Arquiteto projeta primeira cidade aquática do mundo para o Rio de Janeiro

A “Aequorea” seria feita de prédios embaixo d’água que atingiriam até um quilômetro de profundidade, com capacidade para receber até 20 mil pessoas

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque

O arquiteto belga Vincent CalleBaut propôs um projeto ousado e futurista de fazer inveja ao Aquamen, herói que vive em uma cidade no fundo do mar.

A “Eco-cidade” submersa foi planejada para o litoral da cidade do Rio de Janeiro e propõe uma vida sustentável sob o mar. 

A “Aequorea” – nome dado pelo arquiteto – seria feita de prédios embaixo d’água que atingiriam até um quilômetro de profundidade, com capacidade para receber até 20 mil pessoas. As informações são do tabloide inglês Mirror.

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O projeto foi concebido como um meio de reduzir a “pegada de carbono”, composto por estruturas que não necessitam de combustíveis fósseis. Além disso, a cidade submersa seria capaz de produzir sua própria energia e calor.

No projeto, os arranha-céus seriam feitos de lixo reutilizado e algas e contariam com 250 andares e até meio quilômetro de largura. A entrada nos prédios é projetada para a superfície, por meio de um “telhado medusa” com diversas docas – para embarcações – e jardins, como espaços de convivência.

vincent.callebaut.org/

A água potável utilizada pelas pessoas é retirada do mar produzida por uma planta de energia que utiliza a pressão da profundidade para separar o sal. Cada prédio contaria com chaminés de vento ou estações de oxigênio como forma de fornecimento de ar natural. Além de moradias, o projeto permite escritórios, oficinas, e até locais para exploração agrícola e pomares.

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A apresentação do projeto feita pelo arquiteto belga foi preparada para destacar a diminuição dos recursos naturais em terra. O projeto foi apresentado junto com uma carta datada de 24 de dezembro de 2065, escrita por uma “aquanauta” adolescente, criada por CalleBaut. “Quando o meu avô me conta sobre a forma de vida terrestre do seu tempo, parece totalmente absurdo hoje”, diz um trecho da carta.

“Eles estavam consumindo a cidade como uma mercadoria, em vez de um bem comum que deve ser estimulado em simbiose com a natureza. Nunca se esqueça disso: oceanos produzem 50 por cento do oxigênio do planeta, eles são o pulmão do mundo”, adverte a carta.