Após o pedido de advogada da vítima, Polícia Civil afasta delegado que disse não saber se houve estupro coletivo

Adelina Lima
Por Adelina Lima
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Depois de afirmar que não estava convencido de que realmente houve estupro coletivo no caso da menina de 16 anos estuprada por mais de 30 homens no Rio de Janeiro, o delegado Alessandro Thiers foi afastado do caso pela Polícia Civil. A advogada da vítima, Eloísa Samy, e o Ministério Público pediram o afastamento de Thiers alegando machismo e misoginia no tratamento da adolescente.

No final da tarde de domingo, a Polícia Civil do Rio anuncio que o caso ficará sob a responsabilidade da delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV). Em nota, a Polícia afirmou que a decisão “visa evidenciar o caráter protetivo à vítima na condução da investigação, bem como afastar futuros questionamentos de parcialidade no trabalho”.

Segundo o canal Globonews, Bento afirmou que a garota entrou no Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes ameaçados de Morte (PPCAM), executado pela Secretaria de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro. Ela já teria saído de casa e estaria em local não divulgado.

Em seu perfil de Facebook, Eloísa Samy afirmou que a família da adolescente dispensou seus serviços.

 

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