Abaixo-assinado quer punição de pais da criança que caiu em jaula de gorila sacrificado

"Queremos que os pais sejam responsabilizados pela falta de supervisão e negligência que resultou na morte de Harambe"

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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O sacrifício do gorila Harambe em um zoológico de Cicinnati, em Ohio, nos Estados Unidos, após uma criança de 4 anos de idade ter caído na jaula do animal, tem causado revolta e provocado debates na internet. No Facebook, foram criados grupos de discussão e várias entidades responsabilizam os pais da criança por “negligência” e pedem o fechamento do zoológico.

Em entrevista a imprensa, o diretor do zoo, Thayne Maynard, disse que não teve escolha. “Tomamos uma decisão difícil e fizemos o certo, porque salvamos o menino. Podia ter sido muito pior”, disse ele. A criança teve ferimentos leves ao ser arrastada e foi internada, mas passa bem.

Pesando 180 quilos, o gorila chamado, de 17 anos, arrastou o menino pela água dentro da jaula. Toda o incidente durou cerca de 10 minutos e foi gravado por visitantes. Em seguida, o animal foi abatido a tiros. Gorilas como ele, da espécie Gorilla gorilla gorilla, estão em perigo. Há menos de 200 mil exemplares ao redor do mundo, segundo entidades de proteção da espécie.

O site site Change.org lançou um abaixo-assinado no último domingo, dia 29, pedindo que o zoo processe os pais do menino por negligência. Até o momento, a petição recebeu mais de 170 mil assinaturas.

No texto da petição, o argumento de que tudo foi causado por “negligência parental”. “O zoológico não é responsável pelos ferimentos da criança e os possíveis traumas associados ao episódio. Queremos que os pais sejam responsabilizados pela falta de supervisão e negligência que resultou na morte de Harambe”, afirma a petição.

No mesmo domingo, manifestantes organizaram um protesto em frente ao zoológico e defenderam um boicote ao local. Para eles, a instituição teria usado “força excessiva” contra o animal.

O grupo People for the Ethical Treatment of Animal (PETA) diz que o episódio é a prova de que “cativeiro nunca é aceitável para gorilas ou outro primatas”.

Abaixo, o momento de tensão registrado pelos celulares dos visitantes: