50 anos da ida do homem à Lua! Mas será mesmo? Conheça a teoria conspiratória que nega o acontecimento

Ainda hoje há quem acredite que foi tudo uma farsa, conheça os argumentos que baseiam esta teoria

Tainá Luíza Barreto Marques
Por Tainá Luíza Barreto Marques
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Há exatos 50 anos, a missão Apollo 11 marcou a história como a mais extraordinária missão espacial já realizada! 

No entanto, alguns meses após o feito histórico, começaram a surgir teorias conspiracionistas afirmando que a missão foi uma farsa patrocinada pela NASA e pelo governo Norte-Americano, com o objetivo de vencer a corrida espacial contra a União Soviética e serem os primeiros a pisar na Lua. 

Em 1974, o escritor Bill Kaysing publicou o panfleto Nunca chegamos à Lua, em que colocava muitos dos argumentos conspiracionistas clássicos. Alguns anos mais tarde, em 1976, Bill publicou um livro onde contava em detalhes os motivos que o levaram a desconfiar do acontecido. 

Bill trabalhava na Rocketdyne, empresa que forneceu motores para o foguete Saturno V, utilizado na missão Apollo 11. Apesar de não ser engenheiro ou cientista, o escritor afirma que os motores não teriam potência suficiente para chegar à Lua. De acordo com ele o foguete realmente decolou, mas ficou apenas orbitando a Terra durante os dias que a missão estaria ocorrendo, enquanto a NASA preparava um estúdio no deserto dos Estados Unidos para encenar a chegada à Lua.

Embora seus argumentos tenham sido refutado diversas vezes, sua teoria ganhou muitos adeptos e, ainda hoje, há quem acredite que o homem nunca chegou à Lua.  

Confira os principais argumentos que sustentam a conspiração e também os argumentos que a rebatem:

 

 

  • Há muita radiação nos cinturões de Van Allen para que os astronautas sobrevivam ao trajeto. 

        Essas duas áreas que estão a 1.000 e 15.000 quilômetros da Terra são atravessadas em apenas uma hora na viagem à Lua e o metal da aeronave bloqueia a maior parte da radiação.

 

  • A temperatura na Lua pode chegar aos 120 graus e teria matado os astronautas. 

        Não, se levarmos em consideração que a missão foi planejada para que os astronautas chegassem à superfície lunar durante uma hora em que a temperatura não era, evidentemente, tão alta.

 

  • Não há estrelas nas fotos. 

        Os que defendem a conspiração afirmam que, enquanto a superfície lunar e os trajes dos astronautas refletem a luz com muita intensidade e são vistos com claridade, as estrelas não são vistas no fundo. Na verdade, o tempo de exposição das fotos foi muito curto para captar com claridade a fraca luz das estrelas. Se algumas das fotos da Lua são colocadas no Photoshop elas podem ser vistas. Acontece a mesma coisa se tiramos fotos noturnas de uma paisagem muito brilhante na Terra, sem que ninguém insinue que todo nosso planeta é, também, uma montagem da NASA.

 

  • As sombras deveriam ser totalmente negras, já que o Sol é a única fonte de iluminação. 

        Plait lembra que há outra fonte de luz: a própria Lua, cuja superfície é brilhante e reflete a luz do Sol. Os trajes e o módulo lunar também refletiam essa luz.

 

  • Não se levantou poeira durante a alunissagem, que também não causou uma cratera. 

        É uma capa de pó de apenas milímetros em um ambiente sem ar. A velocidade do módulo lunar também não é a que se afirma, de modo que não se levantou tanta poeira e não foi formada nenhuma cratera.

 

  • Nas fotos e vídeos, a bandeira dos EUA aparece tremulando na superfície lunar. Porém, não existe vento na Lua simplesmente porque na Lua não há atmosfera.

        Na verdade, a bandeira se move daquele jeito ao ser manipulada justamente porque não está sujeita à resistência do ar. Vale lembrar que o mastro é de alumínio flexível, por isso o movimento continua mesmo depois que o astronauta tira a mão.