The Street Store Brasília chega à segunda edição.  A organização é composta por uma jornalista, uma agrônoma e duas estudantes, que trouxeram a ideia da Cidade do Cabo, África do Sul para o Brasil. O evento é uma loja de rua com roupas, sapatos e acessórios nas ruas da capital federal que ao invés de vender seus produtos, doa para pessoas em situação vulnerável ou moradores de rua.

Segundo uma das realizadoras do projeto, a jornalista Marcela Nóbrega, os números quase dobraram ou triplicaram nessa edição comparada a do ano passado. As mobilizações, doações e ajuda nas redes sociais também aumentaram significativamente. Foram arrecadas mais de 11 mil peças. Marcela garante ainda que todas as peças estão em ótimo estado. As que não estavam foram lavadas e consertadas. Além disso, foi feita uma triagem dos produtos para separar por sexo, tamanho e cor.

Em agosto de 2015, o projeto atendeu a 550 pessoas e a expectativa este ano é que 700 sejam contempladas. Este é o número estimado de público que chega, em escalas, em ônibus fretados a partir de financiamento coletivo também pelas redes sociais, além das que ficam sabendo da iniciativa.

Hoje, as quatro amigas já contam com reforço de mais três pessoas que entraram no projeto. Além de 120 voluntários, que foram chamados pelas redes sociais e começaram os trabalhos às 10h, em frente à Biblioteca Nacional, no centro da cidade. A ação segue até às 16h.

Quem chega ao local já é recebido em um estande com comidas e depois entra na fila para adquirir as peças, orientadas pelos voluntários em cada etapa, como na escolha de uma camiseta, sapato, bermudas e acessórios de acordo com o tamanho e gosto do cliente. Depois das compras, brincadeiras e com a barriga cheia, muita gente ainda tem a oportunidade de tirar dúvidas relacionadas a direitos. Durante todo o dia, 150 advogados vão se revezar no atendimento à população em um espaço criado pela Comissão de Ciências Criminais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Brasília.

Além dos advogados, a equipe da OAB-DF ainda é composta por um assistente social, um massagista e uma enfermeira que afere pressão e taxa de glicose. Alunos de uma faculdade de medicina da cidade também reforçam o atendimento à saúde.