Diálogos Contemporâneos: ciclo de debates em Brasília convida escritores para discutir aspectos da sociedade brasileira

A partir desta terça-feira (26 de março), Brasília recebe a terceira edição do projeto Diálogos Contemporâneos, que traz escritores e escritoras para discutirem alguns aspectos da formação e construção do povo brasileiro.

As sessões acontecem sempre às terças-feiras, até o dia 14 de maio, no Teatro dos Bancários. Serão oito conferências, marcadas para as 19h, com a presença nomes de peso no cenário nacional e internacional.

Fernando Morais (Olga, Chatô, o Rei do Brasil, Corações sujos) dá o pontapé inicial, com o tema Literatura brasileira e crises políticas, onde serão abordadas as grandes crises na política do país e como foram as abordagens literárias, historiográficas, ensaísticas ou ficcionais durante esses períodos.

Confira a programação completa:

Dia 2 de abril
Biografias do Brasil
Palestrante: MÁRIO MAGALHÃES

A construção do Brasil, o processo de colonização, as etnias e culturas, as políticas econômicas e sociais e os fatos históricos que foram determinantes na formação da identidade do País.

Dia 9 de abril
O amor e a afetividade na história do Brasil
Palestrante: MARY DEL PRIORE

Uma abordagem das relações afetivas e sua construção histórica na sociedade brasileira. O lugar do amor, nas suas diversas manifestações, e o espaço da empatia e da solidariedade no Brasil contemporâneo.

Dia 16 de abril
As grandes metrópoles na literatura brasileira
Palestrante: PAULO LINS

As grandes narrativas da literatura ficcional brasileira que abordaram as metrópoles do País ao longo da história e suas conexões com as mudanças ocorridas nesses cenários, tanto do ponto de vista urbanístico, como social e cultural.

Dia 23 de abril
Raízes do Brasil – herança africana, tradições e novas expressões: uma perspectiva da produção artística negra no Brasil atual
Palestrante: GRACE PASSÔ

O legado, a tradição e as novas expressões da cultura negra na literatura brasileira. Um olhar sobre a produção literária dos negros no Brasil e suas novas expressões.

Dia 30 de abril
Internet e tecnologia: informação e desinformação na era digital
Palestrante: PABLO ORTELLADO

Com a explosão das mídias sociais, da internet e das tecnologias digitais verifica-se a disponibilização de conteúdos como nunca se viu. Juntamente com isso, uma mercantilização opressora, fake news e uso político, dentre outros. Diante disso, o grande desafio passa a ser como utilizar esses instrumentos para expandir o conhecimento e as práticas de cidadania.

Dia 7 de maio
A literatura que vem da periferia
Palestrante: SÉRGIO VAZ

Do hip-hop às publicações poéticas, do funk aos saraus. Uma cultura periférica surge nas grandes cidades e busca afirmar seus valores e sua identidade. As novas expressões e as narrativas literárias que vem das maiorias populacionais que vivem nas periferias das grandes cidades.

Dia 14 de maio
A crônica e o humor na sociedade brasileira
Palestrante: EDUARDO BUENO

Dos clássicos da literatura aos autores da contemporaneidade, o riso e a capacidade de crítica social e suas mudanças em um mundo que exige cada vez mais atitudes que superem preconceitos e afirmem os direitos das minorias em meio à luta contra preconceitos.

Foto: Teatro dos Bancários/Facebook

SERVIÇO
Diálogos Contemporâneos
Local: Teatro dos Bancários (Asa Sul)
Data: de 26 de março a 14 de maio (sempre às terças-feiras)
Horário: 19h
Entrada gratuita
Informações: Diálogos Contemporâneos

Escritora de Brasília é convidada para evento literário na Europa

Foto: Marcello Casal

A escritora Paulliny Gualberto Tort representará Brasília na Primavera Literária Brasileira – um dos eventos mais respeitados no cenário literário –, que acontece entre os dias 14 de março e 10 de maio, com atividades programadas na França, Bélgica e Luxemburgo.

O convite foi feito pelo professor e idealizador, Leonardo Tonus, da Universidade Sorbonne em Paris. A escritora também irá divulgar seu livro Allegro ma non tropo (expressão em italiano para “alegre, mas não muito), lançado em 2017 e semifinalista do Prêmio Oceanos de Literatura – importante concurso para publicações em língua portuguesa – daquele ano.

O Curta Mais Brasília bateu um rápido papo com a autora. Confira:

CM: O convite partiu do lançamento do seu livro? Como foi?
PGT: O convite surgiu, sim, a partir do meu livro. Tive a oportunidade de conhecer o professor Leonardo Tonus, que é idealizador e organizador da Primavera Literária, no ano passado. O Tonus é um grande incentivador da literatura contemporânea brasileira e está sempre de olho em autores novos. Ele leu o Allegro ma non troppo, gostou e passou a acompanhar meus projetos. Acho que a semifinal no Oceanos também ajudou.

CM: Você já sabe para qual atividade foi escalada?
PGT: Assim como os outros convidados, vou participar de diversas atividades. Estarei na França, na Bélgica e em Luxemburgo. O berço da Primavera Literária Brasileira é a Universidade da Sorbonne, então muitos dos encontros se darão por lá. Mas estarei também no Salão do Livro de Paris e em outras instituições nos três países citados.

CM: O seu livro é ambientado em Brasília e na Chapada dos Veadeiros. Em que sentido ele pode ser considerado uma ode ao Centro-Oeste?
PGT: O espaço é um elemento fundamental narrativa. Os perfis das personagens estão entrelaçados com esses dois lugares, de modo que não vejo como esta história poderia acontecer em outro lugar. E é neste sentido que considero o Allegro uma ode ao Centro-Oeste, região em que nasci e à qual pertenço.