Sonho realizado: Cadeirante de Brasília explora caverna de 700 metros

A jornalista Mariana Guedes se torna a primeira do país a realizar a aventura

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Por developer

A jornalista Mariana Guedes, que é cadeirante há 7 anos, realizou um dos maiores sonhos: atravessou uma caverna de ponta a ponta. O tour, que faz parte do projeto Natur Trilhas Possíveis, aconteceu no Parque Estadual de Terra Ronca, em Goiás.  

 

A caverna explorada por Mariana tem 96 metros de altura e de comprimento 700 metros. Em entrevista para a CBN, a jornalista contou que foi um experiência incrível. “‘A gente já está dentro da caverna, o teto é bem alto. Está passando um rio, parece bem maior porque tem o eco na caverna. Está sendo lindo. Tem muitas pedras, estamos usando cordas de apoio para subir porque ela é bem alta. Está sendo uma experiência incrível porque nunca imaginei andar no escuro, andar numa caverna fechada”, afirmou.

 

Guedes conta que ficou paraplégica por conta de um acidente de carro e sempre foi muito ativa. Hoje, com 30 anos, ela já saltou de paraquedas, pulou de bungee jump, tirolesa e agora explorou a caverna de ponta a ponta. Ela foi a primeira cadeirante do país a explorar o local.

 

“Sabe quando você dorme em casa e parece que foi tudo um sonho? Eu me belisquei. Graças à Deus, tenho registro para me recordar. Não consigo descrever em palavras, agradecer o suficiente para eles que me emprestaram as pernas, a mente, o coração, o corpo, a alma, quando me carregavam nas costas, pareciam que éramos um só”, contou a jornalista. 

 

Durante a travessia, Mariana teve o apoio de uma equipe com nove pessoas com experiência em primeiros socorros. Segundo ela, tinha brigadista e voluntários. O tour pela caverna começou às 9h30 e finalizou às 18h.

 

De acordo com a guia de turismo Paula Rocha, a travessia teve um planejamento de três meses para dar certo. “‘A travessia da Mariana foi bem planejada, com todos os nossos parceiros. A caverna tem 700 metros de comprimento, mas tem subidas íngremes com corda, abismos, passagens de rio. Tem passagem de ponte estreita, agachamento. Voluntários foram com ela nas costas. No final, a gente viu que era mais possível do que a gente imaginava’, explicou Rocha à CBN. 

 

Além da caverna do Parque Estadual de Terra Ronca, Mariana já planeja explorar novos lugares e também fazer uma nova descida de rapel. 

 

*Com informações da CBN