Depois de quebrar a internet, a web quer saber: quem é ‘Marta golpista de Uberlândia’?

Marta chega aos Trends do Twitter após internautas monitorarem sua atuação em tempo real

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Por developer

“Marta Golpista de Uberlândia” é o nome de um grupo de denúncia a uma suposta estelionatária que atuaria em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, que viralizou nesta quinta-feira (31). Criado no Facebook, o grupo traz relatos praticamente em tempo real da atuação de Marta Maria Mendes de Paula, que, segundo a descrição da página, é “suspeita de estelionato e furtos em Uberlândia”.

Mais do que informações sobre supostos golpes, os membros relatam a localização da mulher. Em um deles, o usuário da rede social escreveu “Marta golpista dentro do ônibus que vai pro distrito de Miraporanga” como legenda de uma foto que mostra a mulher sentada em um coletivo. Em outro relato, o usuário aponta a presença de Marta em um supermercado com um novo visual: “Marta agora de madeixas castanhas no Smart Super Maxi do Santo Inácio”, também com uma foto da suspeita no local.

Marta chega aos Trends do Twitter
No Twitter, vários usuários repercutiram a história. Em uma thread (sequência de postagens), o usuário Victor Oliveira mostra uma conversa com uma suposta prima de Marta. “Então, ela sempre foi meio estranha, mas ninguém imaginava que ela ia começar a dar golpe. Ninguém acreditava no começo, aí a família viu que era real e tentou ajudar com acompanhamento psicológico”, contou a parente, que não foi identificada.

Ainda na conversa, a menina contou a Victor que ela teria começado a dar golpe na família e amigos que tentavam ajudar ela e classifica os detalhes desses supostos golpes como sigilosos. “Galera vem bater na porta da família pra cobrar as dívidas dela, é um caos”, contou, em meio a risadas.

Distúrbios psiquiátricos
A Polícia Civil encontrou alguns boletins de ocorrência registrados contra Marta até 2017, dentre os quais há vários relatos de roubos a lojas de roupas, salões de beleza, falta de pagamento e episódios de surtos psiquiátricos. Em um deles, a irmã da mulher teria ido até o local para onde a polícia foi acionada e apresentado documentos do Ministério Público que atestavam que ela sofre de transtorno bipolar. O MPMG foi procurado para confirmar a existência dos documentos, mas ainda não se manifestou.

Os registros que apontam o nome completo de Marta estão entre 2011 e 2014. Em 2017, a alcunha usada para denunciá-la foi “Marta Golpista”. No boletim, o denunciante contou que ela esteve em um salão de beleza, fez diversos procedimentos no cabelo e comprou produtos vendidos no local, que somaram R$ 240. Marta teria prometido pagar a dívida alguns dias depois, mas como não apareceu, o responsável prestou queixa cinco dias depois do dia combinado.

Nos processos encontrados no site JusBrasil, as sentenças acompanham o padrão da recebida no caso da loja em 2014 com ações extintas por “devedor não encontrado”.

Fonte: Hoje em Dia