Queda de temperatura em SP: Cinco moradores de rua são encontrados mortos

O frio é causa mais provável para a elevação no número de mortes

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Por developer

A onda de baixas temperaturas atingiram em cheio a capital paulista desde a madrugada de sexta-feira (5) e podem ter causado a morte de ao menos cinco pessoas nas ruas da cidade. Desde que a frente fria chegou a São Paulo, a polícia já encontrou mortos no centro, na zona oeste e na zona leste, com suspeita de hipotermia.

Nesta segunda-feira (9) foram confirmados mais dois óbitos: em Santo André, no ABC Paulista, e outro em Assis, região oeste do Estado. Tudo isso se deve, segundo o Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), a uma massa de ar polar intensa que passa pelo Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. As temperaturas não ultrapassaram os 16ºC de máxima em alguns pontos da capital paulista.

Em comunicado oficial à imprensa, a Prefeitura de São Paulo garante que está atendendo os mais necessitados em dias mais frios. Confira o comunicado na íntegra:

“A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) já registrou mais de 470 mil acolhimentos (uma mesma pessoa pode ser atendida em todos os dias de operação e entrar várias vezes na soma) nos Centros de Acolhida desde o último dia 22 de maio, quando a pasta deflagrou o Plano de Contingência para Situação de Baixas Temperaturas. Desse total, 6.700 acolhimentos foram realizados no período de plantão (noite e madrugada) da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS), que pode ser acionada via Central 156.

A operação segue até 20 de setembro e consiste no reforço da oferta ao acolhimento na rede socioassistencial pela equipe de orientadores socioeducativos para a população mais vulnerável, sempre que a temperatura atingir um patamar igual ou inferior a 13°C ou sensação térmica equivalente.

Das 8h às 22h, os orientadores socioeducativos que atuam nos Serviços Especializados de Abordagem Social (SEAS) fazem as abordagens em pontos estratégicos da cidade, ofertando encaminhamentos (para as pessoas em situação de rua que aceitam) a rede de acolhimento e outros serviços da rede pública.

Desde o início da Operação, as equipes do SEAS já realizaram 53.844 abordagens (uma mesma pessoa pode ser abordada várias vezes), que resultaram em 23.267 encaminhamentos para serviços de acolhimento.

No período das 22h às 8h, a abordagem é realizada pela Coordenadoria de Pronto Atendimento Social (CPAS), que deve ser acionada via Central 156, mas as pessoas em situação de rua também podem procurar os serviços espontaneamente. Caso o local procurado já tenha a sua ocupação total preenchida, os profissionais que atuam nos serviços deverão prestar o primeiro atendimento, protegendo-os do frio enquanto articulam uma vaga na rede de acolhimento do município.

Nos serviços de acolhimento os conviventes podem lavar suas roupas, tomar banho (recebem um kit de higiene), guardar seus pertences no bagageiro, ter acesso a refeições (café da manhã, almoço e jantar), pernoite (com camas, travesseiro e cobertor), além de receber o atendimento social e ser encaminhado para outras políticas públicas de acordo com a sua demanda.”

Como ajudar

A população também pode ajudar as pessoas em situação de rua solicitando uma abordagem social por meio da CPAS, que funciona 24 horas por dia e pode ser acionada pela Central 156.

A solicitação pode ser anônima, mas é importante ter as seguintes informações para facilitar a identificação:

– O endereço da via em que a pessoa em situação de rua está (o número pode ser aproximado);

– Citar pontos de referência;

– Características físicas e detalhes de como a pessoa a ser abordada está vestida.