Veja as quantidades de fragmentos de insetos e pelos de roedores tolerados nos alimentos pela Anvisa

Em alguns casos são aceitáveis fragmentos de insetos e pelos de roedores

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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Esta semana a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou o recolhimento de cinco lotes de molho e extrato de tomate com pelo de roedores acima do permitido. Sim, é isto mesmo que você leu. Há uma tolerância para esse tipo de ingrediente indesejado nos alimentos industrializados.

Um saquinho de óregano com 10 gramas, por exemplo, pode conter até 20 desses animais mortos próprios da cultura. Isso é o que tolera uma resolução da Anvisa, publicada em 2014, que trata de matérias estranhas em alimentos. O texto declara “aceitáveis” também alguns níveis de fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco), areia, ácaros mortos, fungos e bárbulas, as ramificações das barbas que formam a pena das aves (exceto de pombos).

Ao todo, há quatro alimentos em que são tolerados insetos inteiros mortos. Além do orégano, podem haver cinco insetos inteiros em 25g dos chás de camomila, menta ou hortelã, excetuados indicativos de risco. Não são permitidas, porém, “baratas, formigas, moscas que se reproduzem ou que tem por hábito manter contato com fezes, cadáveres e lixo, bem como barbeiros, em qualquer fase de desenvolvimento, vivos ou mortos, inteiros ou em partes”.

Há um nível aceitável também para pelos de roedor. 

Conheça dez limites determinados pela Anvisa

Produtos de tomate (molhos, purê, polpa, extrato, catchup e outros derivados) – até 10 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 100g; um fragmento de pelos de roedor em 100g.

Doce em pasta e geleias de frutas – até 25 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 100g.

Farinha de trigo – até 75 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas praticas (não considerados indicativos de risco) em 50g.

Café torrado e moído – até 60 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g.

Chá de camomila – até 90 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g; cinco insetos inteiros mortos (exceto os indicativos de risco) em 25g.

Chá de menta ou hortelã – até 300 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g; cinco insetos interios mortos (exceto os indicativos de risco) em 25g; dois fragmentos de pelos de roedor em 25g.

Chá de boldo – até 75 fragmnetos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 25g; dois fragmentos de pelos de roedor em 25g; 70 bárbulas, exceto de pombo, em 25g.

Orégano (todas as formas de apresentação) – até 20 fragmentos de insetos indicativos de falhas das boas práticas (não considerados indicativos de risco) em 10g; 20 insetos inteiros mortos próprios da cultura em 10g; um fragmento de pelo de roedor em 10g.

Páprica – até 80 fragmentos de insetos (não considerados indicativos de falhas das boas práticas) em 25g, onze fragmentos de pelos de roedor em 25g, 20% de campos positivos de fundo (segundo contagem de filamentos micelianos pelo método de Howard).

Alimentos em geral – até 1,5% de areia ou cinzas insolúveis em ácido.