Duas gestantes foram confirmadas com Zika Vírus em Goiás

Foram confirmados dois casos de zika vírus em gestantes no estado. As informações são da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), as duas mulheres estão sendo acompanhadas. As infecções ocorreram no município de Vicentinópolis e também em Inhumas. A doença é transmitida pelo mosquito ‘Aedes aegypti’. 

A infecção pelo zika vírus durante a gestação pode ocasionar problemas neurológicos, a microcefalia. Ainda não existe vacina para esta doença, então as medidas sanitárias são a melhor forma de prevenir que o vírus se espalhe. Segundo a pasta, uma das mães, a de Vicentinópolis já deu à luz, mas a criança ainda vai passar por investigação pelo comitê de investigação de microcefalia.
 
Já no caso da mãe de Inhumas, a criança ainda não nasceu. É preciso aguardar o nascimento para a realização dos mesmos procedimentos para investigar. 
 
Em nota a SES disse:
 
São duas gestantes com casos de zika este ano em Goiás, uma do município de Vicentinópolis e outra de Inhumas. A mãe de Vicentinópolis deu à luz, mas a criança ainda vai passar por investigação pelo comitê de investigação de microcefalia, para que haja um diagnóstico da criança. Não quer dizer que ela teve ou vai ter alguma consequência da zika, como microcefalia.

No caso da mãe de Inhumas, a criança ainda não nasceu, e é preciso aguardar esse nascimento para os mesmos procedimentos que serão também feitos pelo mesmo comitê.

Secretaria de Estado da Saúde de Goiás

 
Foto: Pixabay.

Novo teste para diagnosticar Zika Vìrus custará R$1

Técnica utilizada hoje em dia para detectar a doença, o PCR, custa R$40 e o resultado demora mais de cinco horas.

Pesquisadores da Fiocruz, Fundação localizada em Pernambuco, avançaram no que diz respeito ao Zika, descobriram novo método a baixo custo e rapidez, ou seja, o melhor custo-benefìcio a serviço da ciência. Valeu a pena o investimento de cinco meses de muito estudo: o novo teste custa R$1 e os resultados saem em menos de uma hora.

O autor do projeto, o estudante Seferino Jefferson, garante que essa tecnologia dispensa aparatos complexos e dispendiosos.

O resultado foi fechado após a utilização de 60 amostras de mosquitos Aedes aegypti e Culex quinquefasciatus, o próximo passo terá conclusão de testes em humanos.

Agora é patentear a brincadeira para que seja disponibilizada para a população nos próximos anos.

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Capa: Divulgação / Freepik

Médica goiana é premiada por estudo que relacionou Zika vírus e microcefalia

Um levantamento inédito que comprovou a relação entre o surto de Zika Vírus com bebês nascidos com microcefalia no nordeste do Brasil, realizado pela médica goiana Celina Turchi e indicado pela Fundação Oswaldo Cruz, foi o vencedor da 17ª edição do Prêmio Péter Murányi. O estudo também apontou a relação do vírus com o aumento da mortalidade de fetos.
Celina Turchi formou-se pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1981 e é irmã da presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), de Maria Zaira Turchi. Além da formação em uma academia aqui de Goiás, Celina possui mestrado em epidemiologia pela London School of Higiene & Tropical Medicine/UK e doutorado pelo Departamento de Medicina Preventiva da USP. Atualmente Turchi é infectologista da Fundação Oswaldo Cruz, em Pernambuco.
Segundo a presidente da Fundação Péter Murányi, Vera Murányi Kiss, estudos como o da médica goiana revelam a importância do trabalho dos pesquisadores brasileiros para preservar o futuro das próximas gerações.
Os resultados obtidos devido ao projeto permitiram que fossem criadas medidas de combate ao mosquito transmissor do Zika Vírus por parte do poder público. Como resultado, foram distribuídos repelentes para grávidas moradoras de áreas de risco – além do acompanhamento que foi oferecido para crianças portadoras de microcefalia.
O estudo foi o primeiro que traçou um paralelo entre a microcefalia e a infecção pelo vírus da Zika e acompanhou a gestação de mulheres de oito diferentes maternidades públicas de Recife. Todo processo se deu entre os meses de janeiro e novembro de 2016.
Ademais, o reconhecimento do trabalho de Celina Turchi foi além e ganhou reconhecimento internacional – ela foi eleita uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, eleitas em 2017 pela conceituada revista norte-americana Time.
A cientista brasileira formou uma rede internacional com cerca de 30 profissionais de diversas especialidades e instituições, juntos no Microcephaly Epidemic Research Group (Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia), que conseguiu identificar a relação entre o vírus Zika e a microcefalia em tempo recorde: apenas três meses.

Foto de capa: Celina Turchi/Divulgação/Istoé.

Médica formada pela UFG está entre os 10 cientistas mais importantes de 2016

Celina Maria Turchi formou-se em Medicina pela Universidade Federal de Goiás no ano de 1981, possui mestrado em epidemiologia pela London School of Hygiene & Tropical Medicine/UK e doutorado pelo Departamento de Medicina Preventiva da USP. A médica figura entre os 10 cientistas mais importantes de 2016 na lista divulgada pela revista ‘Nature’ devido à pesquisa que descobriu relação entre a microcefalia e o vírus da zika.

À revista, Celina contou que o trabalho foi um desafio por não haver testes confiáveis sobre o vírus e nenhum consenso em relação à definição de microcefalia. Mas o intenso contato dentro da rede de especialistas formada por ela permitiu gerar evidências suficientes para ligar a infecção por zika e a doença no primeiro trimestre da gravidez.

Turchi integrou uma rede de epidemiologistas, pediatras, neurologistas e biólogos que levou a resultados “formidáveis”. Quando Celina e seus colegas começaram suas pesquisas o conhecimento sobre o zika era extremamente limitado. “Nem em meu maior pesadelo como epidemiologista eu havia imaginado uma epidemia de microcefalia neonatal”, pontuou a pesquisadora à Nature.

 

Tudo o que você precisa saber para fugir dos boatos sobre o zika vírus

É normal, quando novas doenças surgem, que a população fique assustada e com medo de ser mais uma vítima da enfermidade. Nesse caso, a desinformação pode ser a principal causadora de boatos, que acabam viralizando na internet e são compartilhados à exaustão em grupos do Whatsapp. É o que está acontecendo com o zika vírus, doença que, possivelmente, está associada à microcefalia. As falsas notícias acabam atrapalhando os esforços da população e de governos no combate à doença. Conheça agora quais são os principais boatos e como ficar livre deles. Os esclarecimentos foram feitos pela Fiocruz, a Fundação Oswaldo Cruz:

 

Vacina vencida não tem relação com microcefalia

Embora especialistas já tenham afirmado que não existe relação entre um lote vencido da vacina contra rubéola aplicada em gestantes e o aumento de casos de microcefalia, muita gente insiste em disseminar a falsa notícia. É fácil entender: a vacina contra a rubéola não é aplicada em grávidas, inclusive, existe a determinação de que a mulher evite gravidez por 30 dias após toma-la; portanto, ela não pode ser a causadora da má formação em bebês.

 

Mosquitos geneticamente modificados não causaram surto de zika

Há quem acredite que os mosquitos transgênicos criados em laboratório para combater o Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya) sejam os causadores do surto de zika. Inclusive, por causa dos mosquitos transgêneros, um bairro de Piracicaba, interior de São Paulo, conseguiu reduzir em mais de 80% a quantidade de larvas do Aedes. A “informação” não procede!

 

Zika vírus não atinge apenas crianças de 7 anos e idosos para causar problemas neurológicos

É sabido que o aumento do número de casos da Síndrome de Guillain-Barré (SGB) no Nordeste do Brasil pode ter relação com o surto de zika vírus. Contudo, a relação ainda não foi confirmada cientificamente. Vale lembrar que o problema não atinge apenas crianças e idosos, como afirma os boatos, desta forma, não existe um grupo de risco da doença.