X-Men ’97 não é só um desenho, mas sim a melhor produção da Marvel dos últimos anos
Quando você apertar o Play, logo será transportado para a sua infância, com muita nostalgia e emoção! Esse é o papel da nova série animada da Marvel Studios, X-Men ’97, que chegou ao catálogo do Disney+ como uma reimaginação habilmente tecida, não apenas para evocar a nostalgia da geração que cresceu com a série original no início dos anos 1990, mas também para capturar o interesse de novos espectadores com sua narrativa e temas atemporais.
A série estreou no final de Março com dois episódios, que logo foram aclamados pela crítica especializada. No site agregador de críticas, Rotten Tomatoes, a série animada conquistou 100% na média de aprovação da crítica, enquanto a média de aprovação do público atingiu 94%.
A música de abertura de X-Men ’97 evoca uma sensação de nostalgia palpável, transportando os espectadores de volta aos dias em que esperavam ansiosamente pelos novos episódios da série animada.
Acredite, você não vai querer ‘’pular’’ essa abertura:
Enredo
Ao retomar a tradição estabelecida pela série noventista, a nova iteração mergulha de cabeça em questões sociais e políticas que ecoam além das fronteiras dos quadrinhos. A morte (ou afastamento) do Professor Xavier abre espaço para uma dinâmica intrigante, onde Ciclope, inicialmente visto como o líder natural, confronta desafios pessoais e a responsabilidade de liderar uma equipe em um mundo cada vez mais hostil aos mutantes.
Magneto surge como uma figura complexa, herdando não apenas a liderança dos X-Men, mas também o legado de Xavier, um movimento que desafia as expectativas e adiciona uma camada misteriosa à narrativa.
A série tece esses elementos em uma trama que oscila entre a ação (que é muita) e os dilemas morais, proporcionando um equilíbrio cativante entre o entretenimento e a reflexão.
A introdução de novos personagens, como o brasileiro Roberto da Costa, o Mancha Solar, não apenas diversifica o elenco, mas também oferece uma perspectiva fresca ao universo dos X-Men. Esses novos membros da equipe servem como veículos para explorar a estranheza de ingressar em um mundo já estabelecido, ao mesmo tempo em que proporcionam uma sensação de renovação à série.
A abordagem da série em relação a temas como preconceito, segregação e tolerância é franca e sem rodeios, refletindo de forma contundente os desafios enfrentados por minorias em nossa própria sociedade. Ao replicar eventos do mundo real, como a invasão do Capitólio, a série confronta diretamente o espectador com questões urgentes e relevantes, sem nunca perder de vista o entretenimento.
Nostalgia ao ponto certo
A animação mantém o estilo característico dos anos 90, mas com um refinamento que a torna visualmente deslumbrante para os padrões contemporâneos. Traços fortes e claros se combinam com uma paleta de cores belíssima e moderna, criando um ambiente que é, ao mesmo tempo, nostálgico e moderno.
O Fatídico episódio 5
Com episódios semanalmente, o quinto capítulo da saga foi o mais impactante até aqui. Não apenas supera todas as expectativas do público, como traz em definitivo a melhor narrativa e animação já vista pelas mãos da Marvel Studios.
Este capítulo cheio de nuances traz tudo o que os fãs dos mutantes querem ver na tela e mais um pouco: revolta contra o sistema, romance e descoberta de traições, ideais sendo debatidos, diversas visões sendo expostas e épicas cenas de ação – que deixam muitas produções no chinelo, diga-se de passagem. Há um ponto deste episódio de X-Men 97 que é essencial, porém falar sobre ele seria levantar muitos spoilers e teorias sobre o que ocorreu e o que está por vir.
No geral, X-Men ’97 é uma adição bem-vinda ao cânone dos X-Men, mantendo-se fiel ao espírito da série original enquanto oferece uma nova perspectiva e relevância para uma nova geração de fãs. Com uma narrativa envolvente, personagens complexos e temas socialmente pertinentes, a série promete continuar a cativar espectadores por muitos episódios (e, na torcida, por mais temporadas!).
