Inaugurada a maior usina de captura de carbono do ar do mundo

No inicio do mês de setembro a Islândia anunciou a inauguração da maior usina do mundo projetada para capturar dióxido de carbono do ar e depositá-lo no subsolo, auxiliando no combate às mudanças climáticas. A Orca, palavra islandesa “orka”, que significa “energia”, já está em operação, e promete absorver até 4 mil toneladas de CO2 por ano, o equivalente às emissões de cerca de 870 carros, segundo a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.

 

A usina é resultado de uma parceria entre a startup suíça Climeworks AG e a empresa islandesa Carbfix, especializada em armazenamento de carbono. Constituída por oito enormes contêineres, a planta conta com ventiladores que “puxam” o ar para um coletor. Em seguida, um sistema de filtragem extrai o dióxido de carbono e o aquece a cerca de 100 °C para liberar o CO2 como um gás puro, enquanto libera nitrogênio, oxigênio e outros gases de volta para a atmosfera.

 

A partir daí, o CO2 isolado e altamente concentrado é misturado com água e bombeado para poços subterrâneos profundos, a uma profundidade de mil metros, para que, ao longo do tempo, se transforme em rocha, sendo armazenado permanentemente no solo. De acordo com as empresas responsáveis, todo o processo é alimentado por energia renovável.

 

Esperança para o clima

De acordo com o portal Fast Company, a tecnologia de captura de carbono do ar é complexa, mas continua a avançar a passos largos. A Climeworks ajustou o design do projeto para que a absorção aconteça em ciclos mais rápidos, capturando mais CO2 na mesma quantidade de tempo.

 

E, à medida que a empresa cresce, ela espera que os custos continuem caindo. Acredita-se que o setor siga o caminho dos painéis solares, cujos preços caíram 99% nas últimas quatro décadas. Alguns especialistas preveem que, com a combinação certa de suporte e implantação de políticas, os custos de captura direta de ar sejam reduzidos significativamente nos próximos cinco a dez anos.

Para fazer a diferença, no entanto, a Orca deve seguir um ritmo acelerado de crescimento: a atual planta pode capturar 4 mil toneladas de CO2 por ano, mas o mundo pode precisar capturar 10 bilhões de toneladas de CO2 por ano até a metade do século, segundo uma estimativa, para ter uma chance de limitar o aquecimento global a 1,5 °C e evitar alguns dos piores impactos das mudanças climáticas. A Orca, no entanto, representa uma esperança.

Publicado originalmente em e-Cycle e traduzida pelo portal diplomaciabusiness. 

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Maior usina solar urbana do Brasil fica em cima de um supermercado em Goiânia

Quem passa pela movimentada Avenida Independência, no Centro de Goiânia (GO), nas imediações do Parque Mutirama, nem faz ideia que está bem perto da maior usina solar já construída em área urbana do Brasil. 

A gigante produção de energia solar fotovoltaica está instalada na cobertura do Assaí Atacadista e conta com mais de 2.800 placas com capacidade para fornecer 1.500 MWh de energia limpa. O volume é suficiente para atender 757 casas durante 1 ano inteiro.

Esse patrimônio nacional, localizado no coração do país, é uma iniciativa da GreenYellow em parceria com a própria rede atacadista que pretende diminuir pelo menos 40% o consumo de energia.

Além da energia renovável, a rede de supermercados aposta em outras frentes ligadas à sustentabilidade. A marca, que opera 183 lojas distribuídas no Distrito Federal e em 22 estados das cinco regiões brasileiras, tem transformado o lixo orgânico produzido nas unidades em compostagem. O destino que antes era o aterro sanitário mais próximo agora é usado como adubo.

Usina

Vista panorâmica com a usina em destaque no teto do supermercado em Goiânia (Foto: divulgação)