Filarmônica de Goiás lança álbum com composições de Edino Krieger em todas as plataformas de streaming

A Orquestra Filarmônica de Goiás, aclamada internacionalmente por suas gravações, acaba de disponibilizar seu novo álbum nas principais plataformas de streaming, incluindo Spotify, Deezer, YouTube e Apple Music. O lançamento faz parte do projeto Música do Brasil, do selo europeu Naxos, e apresenta o álbum “Krieger: Canticum Naturale, Ludus Symphonicus e Variações Elementares”, com 22 composições de Edino Krieger.

Sob a regência de seu maestro titular, Neil Thomson, a Filarmônica executou as composições de Krieger. A composição “Fanfarra e Sequência” contou com a participação do Coro da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, e “Canticum naturale II. Monólogo das águas teve a voz da soprano Flávia Fernandes. Esta última obra, composta em 1972 e baseada em cantos de pássaros e ruídos ambientais da Amazônia, é a mais conhecida do compositor.

As gravações da Filarmônica de Goiás têm conquistado destaque nacional e internacional. Recentemente, a revista inglesa Gramophone, uma das maiores do mundo em música clássica, publicou uma crítica elogiosa a outro álbum da Filarmônica, feito em conjunto com a violoncelista Marina Martins, executando sinfonias de Claudio Santoro. O álbum, que é o segundo no ranking mundial do selo Naxos, foi produzido dentro do projeto Brazilian Concert.

Sobre Edino Krieger

Edino Krieger, nascido em Santa Catarina, começou a estudar violino com o pai aos 7 anos. Estudou no Conservatório Brasileiro de Música e na Juilliard School of Music de Nova York, onde também tocou na Mozart Orchestra. Ganhou o Prêmio Internacional da Paz na década de 1950 em Varsóvia e, já em Londres, estudou composição com Lennox Berkeley e trabalhou para a Rádio BBC produzindo programas sobre compositores britânicos contemporâneos que seriam transmitidos para o Brasil ao longo do ano de 1956. Krieger faleceu em dezembro do ano passado, aos 94 anos.

A Filarmônica de Goiás

A Orquestra Filarmônica de Goiás, com mais de 43 anos de história, tem se destacado no cenário brasileiro, com investimento tanto no repertório nacional quanto em obras contemporâneas. A Filarmônica criou diversas séries de concertos, como o projeto Raízes, com apresentações em diferentes cidades do estado. Com menos de 15 dias do lançamento da gravação com composições de Claudio Santoro, pelo selo internacional Naxos, já está na 14ª posição dos álbuns mais ouvidos no Reino Unido.

A Filarmônica de Goiás é mantida pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, e gerida pelo Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia da Universidade Federal de Goiás.

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Os segredos ocultos de Goiânia em são revelados em uma exposição bombástica e gratuita. Você não vai acreditar no que estava escondido!

Goiânia, conhecida como a Capital do Cerrado, a Capital do Centro-Oeste e a Capital do Agronegócio, é um polo de relevância histórica e cultural não só para o estado de Goiás, mas para todo o Brasil. Situada estrategicamente no coração do Brasil, Goiânia tem uma posição geográfica invejável, estando próxima de importantes cidades do país. A capital goiana encontra-se a poucas horas de Brasília, Uberlândia, Cuiabá, Campo Grande, Palmas, Belo Horizonte e São Paulo, tornando-se um ponto de convergência entre essas importantes metrópoles.

Além de sua importância geográfica, a rica história da cidade está prestes a ser mais explorada e celebrada. Este mês, Goiânia completa 90 anos e, para comemorar essa trajetória repleta de memórias e significados, o Museu da Imagem e do Som (MIS) inaugura a exposição “Luz e Sombra: As Memórias Escondidas nas Esculturas de Goiânia”. A mostra, que tem abertura marcada para a próxima quarta-feira (18/10), às 19h, visa provocar reflexões sobre os monumentos do centro da cidade, explorando diferentes visões e interpretações.

Com curadoria da museóloga, professora e mestra Bárbara Yanara, e em colaboração com os alunos do 4° período do curso de Museologia da Universidade Federal de Goiás (UFG), a exposição reúne obras que buscam revelar os encantos mais profundos da história da capital. As peças convidam o público a um olhar cotidiano e crítico sobre os monumentos, desvendando controvérsias e memórias ocultas dos processos ocorridos na formação social, cultural e material de Goiânia.

O MIS é uma unidade da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e está localizado no prédio do Centro Cultural Marietta Telles Machado, na Praça Cívica. A entrada é gratuita, e a exposição fica aberta ao público até 15 de janeiro, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h.

Serviço:
Assunto: Exposição Luz e Sombra: As Memórias Escondidas nas Esculturas de Goiânia
Quando: Abertura: Quarta-feira (18/10), às 19h
Visitação: Até 15/01/2024, de segunda a sexta-feira, das 9 às 17h
Onde: Museu da Imagem e do Som – Praça Cívica, Setor Central, Goiânia
Entrada gratuita

A exposição é uma oportunidade única para moradores e turistas mergulharem na rica tapeçaria histórica e cultural da cidade, reavivando memórias e fortalecendo o vínculo dos cidadãos com sua capital.

Por: [Seu Nome]
Fotos: Secult
Legenda: Museu da Imagem e Som inaugura exposição sobre os monumentos do centro de Goiânia a partir de quarta-feira (18/10)
Fonte: Secretaria de Estado da Cultura – Governo de Goiás.

Conheça o bairro de Goiânia preferido por estudantes e o que fazer de legal na região mais universitária da capital

A ocupação do Setor Universitário começou já nos primeiros anos de existência da nossa capital. Foram operários e outros personagens das classes mais humildes que, sem condições de adquirir um lote na cidade planejada, começaram a ocupar terras do estado. As margens do Córrego Botafogo abrigaram as primeiras ocupações, que depois foram se espalhando no sentido leste da cidade e chegaram onde hoje está o Setor Leste Universitário.

Cercado pelo verde e localizado próximo ao centro de Goiânia, é conhecido por ser um dos mais antigos da cidade e foi pensado principalmente ao redor da comunidade de estudantes do bairro, mas também possui atrativos para todo tipo de público. O local é conhecido como área das três principais universidades do estado, a Pontíficia Universidade Católica de Goías (PUC-GO), Universidade Federal de Goías (UFG) e o Instituto Federal de Goías (IFG).

Uma curiosidade interessante é que os terrenos das universidades foram doados pelo governo estadual, antes da maioria dos moradores se estabelecerem no setor. 

Na região, podemos encontrar hospitais e clínicas ao longo do bairro com destaque para os Hospitais Universitários, como o Hospital das Clínicas, postos de saúde e diversos laboratórios.

O bairro foi pensado exclusivamente para a comunidade de estudantes e possui uma ótima localização, ao lado do Setor Central, Sul e Marista.

 

Restaurantes e Bares

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O bairro é recheado de pontos gastronômicos, desde cafés confortáveis e relaxantes a restaurantes com pratos maravilhosos de dar água na boca. 

Que tal tomar um café para começar o dia bem ? O Nilay Coffee é considerado o primeiro café 100% to go da cidade. Dessa forma, a ideia é comprar seu enroladinho de queijo, um muffin, o café e seguir seu caminho. 

Um dos mais conhecidos na região é o Abrigô Coletivo que oferece um almoço gostoso em um ambiente legal, inclusive, com opção vegana. O coletivo tem ainda estúdios de design e tatuagem.

A outra opção explorada pelos estudantes é o Lado leste. O bar, que abre no fim da tarde, é ideal para quem quer curtir um happy hour no bairro. Tem bons petiscos, hambúrgueres e também variedade de chopes.

O Matuto Bar é um dos mais queridinhos dos moradores do setor, com varanda, mesas ao ar livre e música ao vivo. Servindo comida tipicamente brasileira acompanhada de cerveja, é uma boa pedida para quem está visitando ou pensando em se mudar para o bairro. 

 

Nilay Coffee

Endereço: Av. Universitária, QD-88 – LT-34 – Setor Leste Universitário, Goiânia – GO, 74605-010 

Contato: (62) 98131-2756

 

Abrigô Coletivo

Endereço: R. 260, 661 – Setor Leste Universitário, Goiânia – GO, 74610-240 

Contato: (62) 99279-2971

 

Lado Leste Cervejaria

Endereço: R. 240, 81 – Qd 94, Lt 09 – Setor Leste Universitário, Goiânia – GO, 74605-170 

Contato: (62) 99498-3443

 

Matuto Bar

Endereço: R. 242, 190 – Setor Leste Universitário, Goiânia – GO, 74603-190 

Contato: (62) 3941-1708

 

Para os amantes do esporte 

Vila

Conhecido como um dos pontos mais queridos da cidade pelos amantes do futebol, o OBA, Estádio Onésio Brasileiro Alvarenga certamente é um destino querido. Localizado na Rua 256, 120, o estádio, foi inaugurado em 1980 e tem capacidade de 11.788 espectadores. 

Praça Universitária 

praça

O espaço bastante popular entre os estudantes é a Praça Honestino Guimarães, construída em 1969 para abrigar o complexo de universidades de Goiânia da época, por isso, ainda é o campus da PUC/GO e da UFG. Muito além disso, a Praça Universitária é um verdadeiro museu a céu aberto, repleto de esculturas de artistas locais. Possui ainda uma pista para caminhada e pedaladas.

No mesmo local, reúne toda a história da PUC Goiás, que conta com um museu moderno e traz detalhes da universidade que teve participação significativa na construção histórica do nosso Estado. 

Paróquia Universitária São João Evangelista

Paróquia

A construção da igreja se iniciou em 2002, e o ambiente conta com revestimento acústico, peças litúrgicas e obras de arte sacra. Foi inaugurada em 2009 e contou com a presença do cardeal Zenon Grocholewski e o arcebispo metropolitano de Goiânia, Dom Washington Cruz. 

SESC Unidade Universitário 

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O SESC atua em diversas atividades e possui um grande número de eventos abertos ao público que vale a pena conferir. A unidade do Setor Universitário possui uma excelente estrutura e conta com opções de lazer como: clube e academia, além de apoio à cultura, edução, lazer, saúde e assistência

 

Créditos da imagem de capa: Matuto Bar

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Pela 1ª vez na história, Universidade Federal de Goiás empossa professor indígena

Na tarde da última quarta-feira (13/2), a natureza em torno do Núcleo Takinahakỹ, da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Goiás (FL/UFG), dava as boas-vindas aos presentes que aguardavam a cerimônia de posse do primeiro professor indígena da UFG, Gilson Ipaxi’awyga Tapirapé. Primeiro, sol e calor na composição da mesa diretiva: além de Gilson, estavam a reitora Angelita Pereira de Lima; o vice-reitor Jesiel Carvalho; o pró-reitor de Gestão de Pessoas, Sauli dos Santos Júnior; a secretária de Inclusão da UFG, Luciana de Oliveira Dias; e o representante do Conselho do Núcleo Takinahakỹ, Makatu Kayabi.

Em seguida, trovões compunham a música de fundo durante a leitura do Termo de Posse, realizada pela diretora da Administração de Pessoas, Wilma Maria Gonçalves dos Santos. A ventania trouxe frescor para a cerimônia e contribuiu para o clima de festa, enquanto a reitora Angelita e Gilson assinavam o Termo de Posse que, a partir daquele momento, passava a valer como uma Portaria de Nomeação para que ele venha a exercer o cargo efetivo de professor da carreira de Magistério Superior, em regime de dedicação exclusiva, com lotação na FL.

 

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Conheça os povos indígenas de Goiás

 

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A coordenadora do Núcleo Takinahakỹ, Aline da Cruz, explicou que a vaga ocupada pelo empossado nasceu de um edital de inovação em que trabalharam juntos os professores e as respectivas unidades acadêmicas: Jamesson Buarque de Souza (FL), João Medrado (Instituto de Matemática e Estatística – IME), Eugênio de Carvalho (Faculdade de História – FH), Izabela Tamaso (Faculdade de Ciências Sociais – FCS) e o professor Anderson de Paula (Faculdade de Filosofia – Fafil). “É uma grande alegria para nós do Núcleo Takinahakỹ termos o primeiro professor indígena da UFG”, celebrou Aline. 

A secretária de Inclusão, Luciana Dias, falou da satisfação de receber o novo professor na UFG: “Essa já é a sua casa, Gilson, que conhece profundamente a Universidade na condição de aluno e também de professor. Seja muito bem-vindo a essa casa que você olha agora a partir de um outro lugar, confiamos na missão grandiosa que você deve cumprir aqui”.

“Esse é um momento de agradecimento, alegria e emoção”, pontuou o agora professor da UFG, Gilson Ipaxi’awyga Tapirapé, com a voz embargada daqueles que tentam falar em meio às lágrimas. Ele contou da luta durante os estudos, principalmente no mestrado, época em que perdeu a mãe, a irmã e o avô. Como a conquista seria ainda maior na companhia dos familiares, o Sindicato da Associação dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) ajudou a trazer a esposa, o pai e os filhos do professor para a cerimônia.

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Entre outras pessoas e instituições, Gilson agradeceu ao seu povo Apyãwa e ao corpo docente do Núcleo Takinahakỹ , em especial, à professora Mônica Veloso Borges, sua orientadora desde 2007. “A alegria de estar discutindo hoje Territorialidade e Ancestralidade começa a partir do curso de Educação Intercultural. Quando se fala em território e ancestralidade, estamos falando sobre vitalidade cultural e vitalidade linguística. O Núcleo tem sido espaço de construção de nova perspectiva metodológica para visibilizar as culturas e línguas indígenas”, explicou o professor, enquanto a chuva finalmente caía como que detalhe artístico da cerimônia.

Segundo a reitora Angelita, a praxe do dia de posse é um ato administrativo, em sala, apenas com a chefia imediata. “Mas a UFG jamais poderia deixar de dar a esse momento a visibilidade e importância merecidas. Nós queremos que este lugar, em que você certamente passará muito tempo da sua vida, seja de muita realização. A sua posse, professor Gilson, está muito prestigiada por quem conduz a gestão da UFG e a sua presença nos faz e fará enxergar melhor essa Universidade. Quero te agradecer por vir engajar conosco nesse projeto de Universidade Federal de Goiás, na sua universalidade, na sua diversidade e nos seus desafios”, ressaltou.

O professor Gilson é mestre em Letras e Linguística, na área de Estudos Linguísticos pela UFG (2020). Possui graduação em Educação Intercultural – Ciências da Linguagem (2011) e especialização em Educação Intercultural e Transdisciplinar: Gestão Pedagógica, também pela Universidade Federal de Goiás – UFG (2015). É professor da Escola Indígena Estadual Tapi’itãwa, onde exerceu a função de diretor em 2016 e 2017. Também é pesquisador na Ação Saberes Indígenas na Escola (Rede UFG/UFT/UFMA).

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*Fonte: UFG / Luciana Santal

Imagens: Carlos Siqueira

 

 

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Entenda a nova forma de ingresso nos cursos de graduação da UFG

A Universidade Federal de Goiás (UFG), irá contar com um novo processo seletivo para ingresso na instituição. O Pró-Reitor de Graduação, Israel Trindade, explicou ao G1 que o intuito é preencher as vagas que sobram das inscrições regulares nos cursos de graduação.

 

O processo seletivo já vai começar a valer no primeiro semestre deste ano. As vagas que não forem preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), vão ser ofertadas no edital complementar e, em seguida, serão liberadas como vagas remanescentes.

 

Segundo o pró-reitor, será possível participar usando a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) desde 2009. Enquanto o Sisu aceita apenas a nota da última prova aplicada.

 

O pró-reitor ressaltou que ainda não está definida a data para publicação do edital. “A intenção é que ele seja divulgado entre fevereiro e março”, disse ao portal.

 

Os cursos contemplados no processo seletivo dependerão do preenchimento na seleção regular. Segundo Israel Trindade, caso um curso tenha todas as vagas preeenchidas no processo regular, ele não será ofertado no complementar.

Foto: Reprodução

 

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UFG 62 anos: conheça a história da instituição goiana

A Universidade Federal de Goiás (UFG) está comemorando 62 anos da sua criação, em 14 de dezembro. A partir dessa segunda (12) começa uma semana cheia de atividades programadas para lembrar a data, que será encerrada com um baile especial. Confira a programação completa do evento:

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Semana comemorativa dos 62 anos da UFG. Foto: Divulgação/UFG

 

Segunda-feira (12/11)

9h – Exposição 4º Poder, no Centro Cultural da UFG

Abertura da exposição do jornal “4ºPoder”, que será antecedida de um café da manhã com bate-papo e acompanhada de debate sobre a Universidade naquele período

19h – Lançamento livro Gestão UFG 2018-2022 e  documentário Dossiê “Covid”, na Faculdade de Enfermagem e Nutrição

 

Quarta-feira (14/12)

9h –  Homenagem aos que abriram caminhos para uma grande UFG, no Centro de Eventos da UFG

As atividades serão antecedidas por um café da manhã com bate-papo, a partir das 8h30

 

Sexta-feira (16/12)

8h – Comemoração 60 Rádio Universitária, na Alameda das Rosas, n.º 2.200, Setor Oeste

 

Sábado (17/12) – 20h30min

Baile da UFG – Baile da Democracia – Centro de Eventos da UFG – Câmpus Samambaia – Endereço: Av. Esperança, s/n – Vila Itatiaia, Goiânia – GO

Público-alvo: comunidade acadêmica a partir da compra de ingresso 

Venda de ingressos: https://baile.secom.ufg.br/

 

Para homenagear esta importante instituição goiana vamos contar sua história e curiosidades. Acompanhe!

 

História da UFG

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Presidente Juscelino assina decreto para fundação da UFG. Foto: Reprodução/Jornal UFG

Era uma sexta-feira, de uma semana de dezembro de 1960. O então presidente da República, Juscelino Kubitschek, assinava o decreto que instituía a Universidade Federal de Goiás. Dois dias antes, em 14 de dezembro, o Congresso Nacional acabava de aprovar o projeto de criação da instituição, que nasceu do anseio de idealistas, como os participantes do movimento estudantil.

Um ano antes, em 23 de abril, eles fundaram a Frente Universitária Pró-Ensino Federal em Goiás, que lutava incansavelmente para reunir as faculdades de Direito, de Farmácia e Odontologia, de Engenharia, de Medicina e o Conservatório Goiano de Música numa instituição de ensino superior federalizada. Entre os integrantes, estava Orlando Ferreira de Castro, ora aluno, ora professor da Escola de Engenharia do Brasil Central.

A Universidade Federal de Goiás foi criada no dia 14 de dezembro de 1960 com a reunião de cinco escolas superiores que existiam em Goiânia: a Faculdade de Direito, a Faculdade de Farmácia e Odontologia, a Escola de Engenharia, o Conservatório de Música e a Faculdade de Medicina. A partir desta data, Goiás passou a formar seus próprios quadros profissionais e a não depender de mão-de-obra qualificada vinda de outras regiões do país. Para os jovens goianos isso significou oportunidade de formação profissional e intelectual em uma instituição pública, gratuita e de qualidade. Foi um marco na história do Estado.

No entanto, essa vitória da sociedade goiana foi antecedida por um processo que demandou grandes esforços por parte de professores e estudantes da época. Em 1959, os docentes das cinco escolas que constituíram a UFG na sua fundação formaram a “Comissão Permanente para a Criação da Universidade do Brasil Central”, presidida pelo professor Colemar Natal e Silva, então diretor da Faculdade de Direito de Goiânia. O objetivo da comissão era formular um projeto de criação da universidade e entrega-lo ao Congresso Nacional.

Em paralelo a mobilização dos professores, os estudantes goianos promoveram um movimento vigoroso pela criação de uma universidade pública, a ser mantida pelo governo federal. Eles criaram, em abril de 1959, a Frente Universitária Pró-Ensino Federal, que promoveu reuniões, audiências e debates com autoridades em assembléias ou congressos estudantis, e organizaram passeatas e comícios reivindicatórios.

O projeto dos professores foi elaborado e, acrescido de colaborações dos parlamentares goianos, transformou-se em lei no Congresso Nacional. A assinatura do decreto foi feita presidente Juscelino Kubitscheck, no dia de 18 de dezembro de 1960, em uma cerimônia realizada na Praça Cívica que reuniu milhares de pessoas, demonstrando o anseio da população de Goiás pela criação da universidade. A aula inaugural ocorreu no ano seguinte, no dia 07 de março de 1961, em solenidade que lotou o Teatro Goiânia.

O passo seguinte foi estabelecer um projeto pedagógico para a instituição. Para isso, a UFG realizou a “Semana de Planejamento”, que reuniu expositores e personalidades importantes da área cultural e pedagógica do país, como os sociólogos Darcy Ribeiro e Ernesto de Oliveira Júnior. Após várias discussões, ficou decidido que a UFG deveria superar o modelo clássico de ensino que vigorava no Brasil para se aproximar mais da realidade contemporânea mundial.

Nesta visão, “a instituição deveria ser um centro de transformação pedagógica, cultural, social e política, inspirada na cultura e sem concepção ideológica pré-concebida”, segunda palavras do então reitor Colemar Natal e Silva. A materialização dessa idéia foi a intensificação da vida cultural da universidade e uma maior integração entre estudantes, professores e a comunidade.

Ao longo dos seus 62 anos de história, a UFG diversificou e ampliou sua atuação e atualmente possui 104 cursos de graduação presenciais e 22 mil estudantes, distribuídos em quatro câmpus, Goiás e Goiânia. Na capital, a UFG conta com o Câmpus Aparecida de Goiânia, o Câmpus Colemar Natal e Silva (Praça Universitária) e o Câmpus Samambaia. Na Regional Goiás, a UFG oferece 7 cursos divididos em duas Unidades Acadêmicas Especiais.

Primeiro Formando

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Documentos do primeiro formando. Foto: Reprodução/Jornal UFG

Oito alunos que se formariam nesta faculdade em 1960 precisaram esperar o ano seguinte, pois apenas um deles tinha pontuação suficiente para a aprovação: José Rubens Ambrósio. Natural de Catalão, ele se mudou para Goiânia aos 17 anos com o objetivo de estudar. Morou em quartos com chão de terra batida, sem chuveiro de água quente, na Avenida Paranaíba, e almoçava em pensões. Seguia a pé até a Praça Botafogo para chegar ao Hospital das Clínicas, sede provisória da Escola de Engenharia. 

Na noite de formatura, José Rubens fez o juramento em nome da turma e foi o primeiro a receber o diploma, como queria o reitor Colemar. E dele também ganhou uma coleção de livros de engenharia, tão raros e caros para a época. Da Escola de Engenharia, veio uma medalha de honra ao Mérito. Para que ninguém duvidasse do fato, José Rubens pediu à instituição uma carta que confirmasse a verdade sobre a medalha. Casou-se com a engenheira Jane Laboissière, a primeira mulher a se formar na área pela UFG. Após a formatura, ele logo foi contratado por uma empresa multinacional e se mudou para São Paulo. Dos 15 anos que se dedicou a esse emprego, dez foram vividos no exterior. Voltou ao Brasil e trabalhou na Eletronorte até se aposentar, em 1991.

Essa trajetória de lutas e conquistas de José Rubens se une a tantas outras de sucesso para comprovar que, há 62 anos, é mesmo um orgulho ser UFG! 

 

 

Foto de capa: Reprodução/Brasil Escola

Com informações de Jornal UFG e do site oficial da Instituição

UFG abre Processo Seletivo com 138 vagas para ingresso nos cursos de Música em 2023

A Universidade Federal de Goiás (UFG) lançou o Edital para o Processo Seletivo para ingresso nos cursos de Música (bacharelado e licenciatura) do Câmpus da Região Metropolitana de Goiânia que exigem prova de Verificação de Habilidades e Conhecimentos Específicos (VHCE). O Processo Seletivo visa preencher 138 vagas, e é organizado pelo Instituto Verbena/UFG, em parceria com o  Centro de Gestão Acadêmica da UFG, responsável pela matrícula dos aprovados.

 

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas de 17/11/2022 a 15/12/2022 no Portal do(a) Candidato(a). Para a seleção, será considerado o desempenho na VHCE somada ao desempenho no ENEM, ambas de caráter eliminatório e classificatório.

 

Todos os candidatos com inscrições homologadas serão convocados para a realização da Prova de VHCE, que poderá ser presencial ou remota, conforme escolha no ato da inscrição. A VHCE será avaliada por bancas examinadoras constituídas por professores designados pela Escola de Músicas e Artes Cênicas da UFG.

 

 

Foto: Reprodução

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Goiânia recebe Olimpíada Brasileira de Robótica neste final de semana

Goiânia recebe no próximo sábado, 27/08, a Etapa Estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). O evento, com entrada gratuita, acontecerá no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, no Câmpus Samambaia da Universidade Federal de Goiás (UFG) das 8h às 18h, com rodadas de competição previstas para iniciar às 10h, 14h às 16h.

 

A etapa faz parte da Modalidade Prática da Olimpíada onde cerca de 50 equipes formadas por alunos do ensino fundamental e médio de escolas públicas e privadas, devem montar e programar robôs capazes de realizar, em um ambiente de simulação, o resgate de vítimas em um cenário de desastre. Os participantes concorrerão nas categorias de melhor robô, melhor programação, prêmio de inovação, prêmio maker, dentre outros. Além disso, as equipes que obtiverem melhores resultados poderão ganhar uma vaga para representar o estado de Goiás na OBR Nacional que acontecerá na cidade de São Bernardo – SP, no mês de outubro.

 

Para Meigna Ferreira, coordenadora do ensino fundamental anos finais do Colégio Lassale, a robótica educacional proporciona aos estudantes o desenvolvimento de habilidades e conhecimentos para resolver problemas, com estratégias eficientes, usando a tecnologia. “Nesse processo há uma mobilização para o trabalho colaborativo, o protagonismo e a criatividade dos envolvidos. Por desenvolver competências e habilidades importantes para o século 21 é que o Colégio Lassale acredita e investe nas aulas de robótica”, ressalta a coordenadora.

 

De acordo com o professor Walisson Gôbbo, da Jumper Robótica Educacional, empresa responsável pelas aulas de robótica na escola e com vasta experiência em escolas goianas, as equipes estão em treinamento desde janeiro. Para Walisson, que tem outras duas escolas competindo, é um grande momento em que o alunos poderão mostrar o que aprenderam ao longo das aulas. “Dentre os desafios desta etapa incluem seguir uma linha preta, passar por lombadas, seguir um caminho correto em uma encruzilhada, superar rampas e gangorras, desviar de obstáculos, dentre outros”, destaca.

 

A competição

 

A OBR é uma competição onde os alunos precisam desenvolver um robô para resgatar vítimas em um ambiente hostil de desastres naturais. A ideia é que os alunos, com a orientação do professor, desenvolvam um robô que supere diversos tipos de desafios e que no final resgate vítimas (representadas por bolinhas pretas/mortas e prateadas/vivas) para assim ajudar em possíveis desastres.

 

Modalidades

As equipes de competidores são formadas por, no máximo, quatro alunos e estão divididas em três níveis: o nível 0 e 1 é voltado aos alunos do ensino fundamental e o nível 2 aos do ensino fundamental, médio e técnico, com grau diferente de dificuldade a ser enfrentado pelos competidores.

No nível 0 e 1, há uma simulação de resgate e o robô competidor precisa encontrar uma vítima, superando várias adversidades. Já no nível 2, além de encontrar a vítima durante a simulação, o robô deve resgatá-la, passando também por diversos obstáculos e cruzamentos. Cada nível conta com três rodadas de disputa nas categorias fácil, médio e difícil. As equipes com as maiores pontuações garantem vaga na final nacional, que será realizada de 17 a 22 de outubro de 2022, em São Bernardo do Campo (SP). Em todo o Brasil, mais de cinco mil alunos participam da modalidade.

 

Serviço

Etapa Estadual – Modalidade Prática da Olimpíada Brasileira de Robótica

Data: Sábado (27/8)

Horários: das 8h às 18h (abertura do evento acontece às 9h)

Local: Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, Câmpus Samambaia UFG

Endereço: Avenida Esperança, s/n – Vila Itatiaia, Goiânia – GO

Entrada: Gratuita

 

 

 

Foto: Site Olimpíada Brasileira de Robótica

Novo ranking elege UFG entre as 20 melhores IES do Brasil

A Universidade Federal de Goiás está entre as 20 melhores instituições de ensino superior do Brasil, pelo Ranking de Xangai. Este indicador analisa e avalia todo ano mais de duas mil Universidades ao redor do mundo e as mil instituições com melhor desempenho são anunciadas. Na região Centro-Oeste, o ranking é liderado pela Universidade de Brasília (UnB) e pela UFG.

Além do Ranking Xangai, a UFG também foi classificada por dois rankings do Reino Unido, internacionalmente reconhecidos. No ranking Times Higher Education (THE), a UFG foi classificada entre as 1.200 instituições mais importantes do mundo e, no ranking QS World University, entre as 900 universidades mais reconhecidas. Ainda, o ranking QS aponta a UFG como uma das 50 instituições de ensino e pesquisa mais relevantes da América Latina. 

De acordo com a equipe da Secretaria de Planejamento, Avaliação e Informações Institucionais (Secplan) da UFG, os principais fatores que posicionaram a UFG nos rankings internacionais foram o número de pesquisadores altamente citados em bases científicas internacionais, o elevado nível de publicações internacionais e a habilidade da instituição em desenvolver parcerias com outras instituições, empresas e organismos nacionais e internacionais.

Todo esse reconhecimento, confirmado pelos três rankings internacionais mais relevantes na área científica e de ensino, reafirma o comprometimento da UFG com avanços científicos, com a qualidade do ensino e reafirma seu importante papel na transferência de conhecimento no estado de Goiás e no país. Além disso, cada vez mais, o desempenho acadêmico e a interação da UFG com a comunidade científica internacional vem sendo confirmado por esses rankings estrangeiros. 

 

Sobre o ranking Xangai

 

O Ranking Xangai ou Academic Ranking of World Universities (ARWU), é um ranking de instituições de ensino superior feito até 2008 pela Universidade Jiao Tong de Xangai e desde então pela Shanghai Ranking Consultancy. A classificação avalia e identifica universidades com notório desempenho, desde que tenham pesquisadores laureados com Nobel, medalha Fields, com elevado nível de publicações, citações internacionais ou com trabalhos publicados em revistas como Nature ou Science.

UFG lança novo Instituto

A Universidade Federal de Goiás (UFG) lança nesta sexta-feira (12/08) o Instituto Verbena/UFG (IV/UFG), que incorpora o antigo Centro de Seleção (CS/UFG) e amplia sua oferta de serviços. O lançamento será marcado por uma cerimônia restrita a convidados no Centro de Cultura e Eventos Professor Ricardo Freua Bufáiçal, às 20h. No evento será realizada oficialmente a virada do Centro de Seleção para o Instituto Verbena/UFG e o público geral já poderá acessar os conteúdos pelo site www.institutoverbena.ufg.br.

 

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, enfatiza que “até chegar ao Instituto Verbena, o Centro de Seleção foi reestruturado em seus objetivos para continuar prestando o serviço que presta, com a qualidade que presta, mas ampliar sua potência de serviço”. É com esse norte que o Instituto Verbena/UFG já nasce com os mais de 50 anos de experiência do Centro de Seleção e agrega ainda mais valor e expertise à essa atuação.

 

De acordo com a diretora executiva do IV/UFG, Claci Rosso, “a criação do Instituto Verbena/UFG dá um salto na oferta de serviço, e nós nos colocamos à disposição para atender com excelência não apenas o Estado de Goiás, que é bem representado pela UFG, mas também as regiões Centro-Oeste, Nordeste, Norte e todo o país”. A diretora executiva explicou que a partir de um diagnóstico foi identificada essa necessidade de atendimento em todo o país, e constatou-se a capacidade da UFG em realizar esses serviços. “É um desafio e uma grande responsabilidade que também faz parte da nossa missão com a sociedade”, afirmou Claci Rosso.

 

Além dos concursos e seleções e outros serviços já executados, o IV/UFG também realiza conferências, cursos de formação de diversos níveis, avaliação de serviços empresariais e industriais, avaliação de diversos sistemas da rede pública, pesquisas eleitorais e de opinião, pesquisa de satisfação, diagnóstico de mercado e análise de concorrência, entre outros serviços. A realização dos serviços pelo Instituto Verbena/UFG é sempre pautada na missão de atender com excelência seus públicos, tendo como valores a ética, o sigilo, a cooperação, a inovação e o empreendedorismo.

 

Verbena 

 

O nome do Instituto Verbena é uma uma homenagem à ex-professora da Faculdade de Educação Verbena Moreira Soares de Sousa Lisita, que faleceu em 2007 quando presidia o Centro de Seleção da UFG. Durante a cerimônia de lançamento do Instituto Verbena/UFG, a Assessora Especial do Gabinete da Reitoria, Sandramara Matias Chaves, irá entregar uma placa de homenagem à família de Verbena Lisita. 

Além disso, o nome escolhido faz referência a uma flor que é bastante conhecida no Brasil e uma das espécies que floresce no Cerrado. 

A planta verbena já foi utilizada como símbolo para selar pactos e acordos, e os embaixadores carregavam suas flores ocasiões especiais.

 

Foto: Reprodução/Brasil Escola

UFG desenvolve teste rápido e barato para detectar varíola dos macacos

Pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG), com base na mesma técnica utilizada anteriormente para criar teste da covid-19 e do zika vírus, desenvolveram, agora, um teste para a monkeypox, doença que foi decretada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como surto é considerada uma emergência de saúde pública. O teste Lamp detecta o DNA do vírus, amplificando o material genético de maneira simples, rápida e barata. 

 

O exame foi desenvolvido pela Universidade com insumos 100% nacionais e ainda não tem financiamento. Pelos cálculos dos pesquisadores, os reagentes para um exame ficariam em cerca de R$ 3. 

 

Tal qual o teste da covid-19, a solução muda de cor no caso da presença do DNA do vírus. O indicador fica amarelo em caso de detecção. O teste é rápido, feito em aproximadamente 40 minutos, com equipamentos simples de laboratório. O teste foi desenvolvido a partir de uma amostra enviada pelo Laboratório de Virologia Clínica e Molecular da Universidade de São Paulo (USP). 

 

A professora do Instituto de Química da UFG e coordenadora da pesquisa, Gabriela Duarte, disse que a melhor amostra para o teste é a retirada do líquido da pústula, que são as erupções da pele, mas também é possível encontrar o vírus na urina, sangue e esperma, embora não tão concentrados.

 

 

 

Foto: GettyImages

UFG cria metodologia que agiliza identificação de plantas ameaçadas de extinção

A Universidade Federal de Goiás (UFG), desenvolveu ferramentas e metodologia para agilizar o processo de avaliação de risco de extinção de espécies. Os métodos, desenvolvidos pelo pesquisador Bruno Ribeiro, do Programa de Pós-Graduação (PPG) em Ecologia e Evolução do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), visam agilizar a análise de classificação de risco das espécies e contribuem para a promoção de programas eficazes de conservação e proteção. O estudo está entre as 49 teses selecionadas em todo o Brasil que concorrem ao Prêmio Capes de Tese de 2022.

O pesquisador entende que conhecer melhor os riscos, colabora para a elaboração de estratégias para se reverter o quadro. “O princípio para se proteger uma espécie é que ela esteja ameaçada, então, esse é o passo inicial, identificar se a espécie é ameaçada e depois desenvolver programas, ações e estratégias para manejar, para proteger, com o intuito de tirar essa espécie da lista de ameaçadas”, afirma Bruno Ribeiro.

Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), apenas cerca de 5% das espécies que existem no planeta foram avaliadas até hoje. Em relação às plantas brasileiras, as protagonistas da pesquisa de Bruno, das 4617 avaliadas, 2113 já estão na lista vermelha, sendo a lista que categoriza as espécies como criticamente em perigo, em perigo ou vulnerável.

O pesquisador destaca que, depois que uma espécie entra para a lista vermelha, é essencial que políticas de conservação sejam desenvolvidas para que não caia no “precipício da extinção”. “Se uma espécie está ameaçada, ela dificilmente vai se recuperar sozinha. Se ela está ameaçada e fora de uma unidade de conservação, terra indígena, enfim, totalmente desprotegida, a chance dela sumir é muito maior”, pontua.

Ecologia para crianças

A relevância da pesquisa e a necessidade de discussão do tema despertaram o pesquisador para divulgação voltada a um público diferente: crianças e adolescentes. “A ideia de divulgação para o público geral surgiu na metade do doutorado, depois que escrevi o primeiro capítulo, que é uma revisão sobre o processo de avaliação de risco”, disse Bruno, ao explicar os motivos que o levaram a dedicar os últimos capítulos de sua tese para um público diferente do habitual, ou seja, crianças e adolescentes que gostam de ciência.

A linguagem e os termos científicos foram adaptados para atingir um público-alvo que extrapolasse os limites da academia. O resultado final foi a publicação dos artigos finais da tese em um site de ciências para crianças. “A ideia inicial era mandar para a Ciência Hoje, que tem como público-alvo estudantes do ensino médio e acadêmicos que estão no início da faculdade, e a editora sugeriu a escrevêssemos também para crianças, leitoras do Ciência Hoje das Crianças”, relembra Bruno.

Os artigos “Quem entra na lista vermelha?”  e  “Chá de sumiço”, que integram os capítulos finais da tese de doutorado, podem ser acessados na página da revista Ciência Hoje das Crianças e servem de conteúdo educacional, respondendo a questões pertinentes sobre conservação e preservação de espécies ameaçadas, voltada para o público infanto-juvenil.

A tese de doutorado do pesquisador foi uma das indicadas pelo PPG de Ecologia e Evolução da UFG para concorrer ao Prêmio CAPES de Tese 2022, que reconhece os melhores trabalhos de conclusão de doutorado defendidos em programas de pós-graduação brasileiros. A pesquisa de doutorado de Bruno está entre as 49 teses selecionadas em todo o Brasil. O resultado sai em agosto deste ano.

 

Foto: Pixabay / Ilustrativa

Pesquisadora da UFG ganha Prêmio de Mulheres Brasileiras na Química

A pesquisadora Carolina Horta Andrade, da Universidade Federal de Goiás, é uma das ganhadoras do 5ª Prêmio Mulheres Brasileiras na Química. Ela venceu na categoria ‘’Líder Emergente’’, por seu trabalho na descoberta de medicamentos para tratamento da Covid-19 e doenças emergentes e negligenciadas como tuberculose, Zika, malária, leishmaniose e esquistossomose.

Aos 38 anos, a cientista goiana é uma das mais destacadas em todo o mundo no campo da Química Medicinal Computacional e utilização de inteligência artificial para a busca desses novos medicamentos. Ela ainda coordena projeto mundial em parceria com países do BRICS (que reúne Brasil, Rússia, Índia China e África do Sul), na busca de fármacos contra a Covid-19.

A pesquisadora comentou sobre ter sido reconhecida pela premiação: “É um grande orgulho receber o Prêmio Mulheres Brasileiras na Química, que reconhece não apenas meu trabalho de pesquisa, mas minha dedicação no apoio às nossas jovens cientistas”, diz Carolina Horta Andrade. “Sem dúvida, isso irá incentivar ainda mais as mulheres a buscarem seu espaço e ampliarem sua participação no mundo científico’’, pontuou.

O objetivo do Prêmio Mulheres Brasileiras na Química é promover justamente a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática no país e avançar na compreensão do impacto da diversidade na pesquisa científica.

O prêmio é oferecido pela Sociedade Americana de Química (ACS, sigla em inglês), em parceria com a Sociedade Brasileira de Química (SBQ) e cada vencedora receberá US$ 2 mil (cerca de R$ 11 mil) em dinheiro, um SciFinder ID válido por 1 ano, assinatura gratuita da ACS por 3 anos, um certificado de prêmio e o troféu.

Além disso, elas serão homenageadas em uma cerimônia que acontece no dia 2 de Junho em Maceió, durante a 45ª Reunião Anual da SBQ.

 

*Com informações portal de notícias UFG

Imagem: Arquivo Pessoal

UFG desenvolve novo método para controle biológico do Aedes aegypti

Nos últimos dois anos, pesquisadores do Laboratório de Patologia de Invertebrados do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (LPI/IPTSP) da Universidade Federal de Goiás (UFG) têm dedicado sua atenção ao Aedes aegypti, transmissor principal dos vírus da dengue, zika e chikungunya. O grupo tem trabalhado no desenvolvimento de um método para controle biológico do inseto. 

A pesquisa desenvolveu formulações granulares que carregam conídios e microescleródios do fungo Metarhizium humberi. Os microescleródios, que são estruturas resistentes com reservas nutritivas, produzem novos conídios deste fungo, que é capaz de infectar e causar a morte de adultos, larvas e ovos desse mosquito.

O mosquito é atraído para um dispositivo por causa da sua semelhança com um criadouro ou local de descanso. No dispositivo, o inseto tem contato com o tecido que contém grânulos com fungo. Nesses grânulos, há microescleródios que, em ambientes com umidade elevada, produzem conídios, que são infectantes para os mosquitos. “Resultados dos nossos estudos mostram a importância da umidade elevada para produção de conídios. A formulação é aplicada dentro dos dispositivos, que não são armadilhas pois os mosquitos não ficam presos: entram, ficam contaminados e saem”. A ideia seria esse dispositivo ficar em áreas peridomiciliares onde ocorre esse mosquito.

Os dados da pesquisa que demonstram a importância da umidade relativa do ar para a produção de conídios sobre os grânulos e a eficácia da formulação granulada para controle biológico de Aedes aegypti fazem parte de artigos publicados em 2021 na revista Applied Microbiology and Biotechnology. O pesquisador explica que “os microescleródios precisam de condições de umidade elevada para produzir micélio e conídios na superfície dos grânulos. O estudo sobre o efeito da umidade no desenvolvimento de Metarhizium humberi nos grânulos e pellets foi uma etapa importante do processo. Sem esses conídios, a formulação preparada com microescleródios não afeta os mosquitos”.

De acordo com o professor que lidera a pesquisa, Wolf Christian Luz, o Metarhizium humberi é uma espécie nova e foi isolado pela primeira vez em 2001 pelo grupo liderado pelo professor Christian a partir de amostras de solo coletadas no Cerrado. “A linhagem Metarhizium humberi IP 46 utilizada na nossa pesquisa já foi estudada intensamente em Aedes aegypti em condições de laboratório e apresenta atividade inseticida em ovos, larvas e adultos desse vetor. O objetivo dos estudos em andamento é melhorar a atividade do fungo através de métodos de produção, formulação e aplicação de fungos para controle do Aedes aegypti”, esclarece Christian.

Até o momento, já foram realizadas três etapas da pesquisa: estudos in vitro com preparações diferentes de formulação granulada para melhoramento da produção de conídios sobre os grânulos ou pellets após a aplicação; estudos em condições de laboratório com adultos de Aedes aegypti; e estudos em condições de semi-campo e de campo com um dispositivo protótipo e grânulos para controle de Aedes aegypti. Os passos seguintes consistem, entre outros, em estudos sobre o melhoramento de formulações e métodos de aplicação, o comportamento de adultos de Aedes aegypti, métodos sobre a detecção de IP 46 para o monitoramento do efeito de aplicação e dispersão do fungo em condições de semi-campo e de campo.

Os experimentos foram realizados em laboratório sob condições controladas, mas o professor já vislumbra bons resultados nas próximas etapas da pesquisa. “Fizemos testes de semi-campo e de campo com um dispositivo desenvolvido por nosso grupo utilizando uma formulação granulada desse fungo numa pequena cidade perto de Goiânia para controle do Aedes aegypti. Os resultados são promissores”, exalta.

 

Imagem: pixabay

Angelita Lima é empossada reitora da UFG á distância por estar com COVID 19

A Universidade Federal do Goiás informou hoje através de um comunicado que a professora Angelita Pereira de Lima tomou posse como reitora de forma remota nesta-sexta (14/1). A docente, que ocupou o cargo de diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC-UFG) da instituição, está com covid-19.


A UFG comunicou que “Em função do atual contexto da pandemia e pelo fato de a professora Angelita Pereira de Lima ter testado positivo para covid-19 e consequentemente na impossibilidade de realizar a posse presencialmente, o Ministério da Educação (MEC) encaminhou à Universidade Federal de Goiás o termo que dá posse à reitora nomeada por meio de Decreto Presidencial publicado no Diário Oficial da União (DOU).”


A reitoria informou ainda que a nova reitora
“encontra-se bem, submetendo-se aos protocolos definidos pela médica que a acompanha”. Angelita dará entrevista, de forma remota, às 14 horas de hoje. A coletiva será transmitida pelo canal da universidade no YouTube. Tanto a reitora quanto os jornalistas participarão da entrevista de forma remota, por vídeo.

Imagem: divulgação UFG