Prefeitura intensifica fiscalização em terminais de ônibus para conter aglomerações
Por meio da Guarda Civil Metropolitana (GCM), a Prefeitura de Goiânia em parceria com a Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO), intensificou a fiscalização no terminais de ônibus da capital para garantir o cumprimento do Decreto nº1.757, de março de 2021, que estabelece medidas para conter o avanço da pandemia do coronavírus (SARS-CoV-2). Desde as primeiras horas desta segunda-feira, dia 8/3, as equipes percorrem diferentes bairros em todas as regiões de Goiânia.
Participam da ação 33 viaturas da GCM com 54 agentes escalados na força-tarefa para evitar aglomerações no transporte público coletivo que segue em circulação na cidade. Os terminais Bandeira, Goiânia Viva, Isidoria, Parque Oeste e Recanto do Bosque, que juntos somam 110 linhas operantes, tiveram nesta manhã a presença dos agentes da GCM, já a PM atua nos terminais do Eixo Anhanguera, indo desde o Terminal Padre Pelágio até o Novo Mundo.
A Companhia Metropolitana de Transporte Coletivos (CMTC) publicou no domingo dia 7/3 a resolução determinando tal reforço nas oporações para atender a demanda e com atenção as de mais fluxo de usuários. Os fiscais da CMTC monitoram a planilha de atendimento nos terminais e caso haja o descumprimento se faz a aplicação de sanções, além disso anunciou quevai operar o toda a frota de 1100 ônibus, o que inclui a forsa de reserva de 110, com frota de 164 ônibus para atendimento a passageiros de serviços essenciais.
“É preciso que toda a sociedade se envolva nas recomendações feitas pela saúde pública no combate à pandemia Covid-19. O transporte público faz parte dos atendimentos das cidades, mas precisa da colaboração dos segmentos para atender as necessidades sanitárias”, destaca Murilo Ulhôa, presidente da CMTC. A companhia aguarda a publicação de decretos por parte dos outros municípios que integram a Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RMTC) para que o transporte coletivo tenha reflexos na demanda.
Índice de isolamento
Apesar da suspensão das atividades não essenciais na capital, observa-se que o fluxo de pessoas nos terminais ainda é grande, o que preocupa o poder público, uma vez que, mesmo com as medidas restritivas e a fiscalização, a taxa de isolamento é considerada baixa em todo o estado de Goiás. Na última semana, o índice chegou a cerca de 32%, passando a 45,7% neste domingo. Ressalta-se que em março de 2020, o índice de isolamento registrado foi superior a 60%.
“Estamos trabalhando e buscando conscientizar os moradores da capital goiana quanto ao cumprimento do decreto”, afirma o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, ao conclamar a população para que faça sua parte neste momento em que a ocupação de leitos atinge sua capacidade máxima. Na manhã desta segunda (8/3), a capital atingiu 99% de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria. Apesar dos esforços com a abertura de leitos e contratação de profissionais, a nova variante tem avançado em todo o país.
A capital conta com 458 leitos específicos para o tratamento da Covid-19, sendo 254 de UTI e 204 de enfermaria. A partir desta segunda-feira (8/3), novos leitos estarão disponíveis no Hospital das Clínicas. “Contratamos mais 100 leitos, via convênio com Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), e estamos, neste momento, credenciando profissionais para trabalhar nas nossas unidades exclusivamente no tratamento do coronavírus”, sublinhou o prefeito.
Transporte coletivo em atividade
A manutenção do transporte público em atividade foi alvo de intenso debate entre os gestores da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) no último sábado (6/3), ocasião em que o Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), a Defensoria Pública do Estado de Goiás (DP-GO) e Procuradoria de Contas junto ao Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) se posicionaram contrários à paralisação do transporte coletivo.
A continuidade do serviço também foi defendida pelo governador Ronaldo Caiado. Ele ponderou que, “ao paralisar o serviço, vamos impedir o acesso a diversos outros serviços que também são essenciais, como hospitais, farmácias e estabelecimentos de alimentação. Não podemos dificultar a vida das pessoas”. Para o procurador-geral de Justiça de Goiás, Aylton Vechi, é preciso identificar onde as pessoas estão indo para verificar a taxa de isolamento, pois vários estabelecimentos estão trabalhando com meia porta. “Se o decreto estivesse sendo cumprido, o transporte poderia operar em níveis sustentáveis, sem aglomeração”, argumentou.
Fiscalização contínua
Em Goiânia, os supermercados também vão passar por uma fiscalização específica em virtude do não cumprimento do distanciamento social. “Recebi informações de que os supermercados não estão respeitando regras sanitárias e, por isso, já solicitei uma ação rápida para conter esse erro”, disse o prefeito de Goiânia. O novo decreto também determina o fechamento de ferragistas e lojas de materiais de construção, além de bares, restaurantes e distribuidoras, que somente vão oferecer o serviço de delivery.
Foto Reprodução / Prefeitura de Goiânia