Durante as últimas semanas do mês de março, o consumo de pescados neste período possui um aumento significativo devido a Semana Santa, comemorado entre o dia 28 de março e 4 de abril. Com isso, para orientar e alertar os consumidores sobre os cuidados a serem observados na hora da compra, bem como informações de preços, o Procon Goiás visitou 17 estabelecimentos localizados em Goiânia (supermercados e peixarias), para apurar os preços de 41 itens consumidos nesta data.

Segundo os empresários deste segmento, até agora, a demanda sobre os pescados teve uma busca abaixo daquilo que é esperado. A expectativa é que com a chegada mais próxima do feriado, haja uma melhora e pode ser já vista nesta próxima semana. 

Durante a pesquisa do Procon, a maior variação de preço encontrada foi no quilo do Camarão Rosa médio (limpo), que pôde ser visto no valor de R$ 45,00 e também encontrado no valor R$ 167,99. Ou seja, uma diferença equivalente de 273,31%. No ano passado, por causa do agravamento da pandemia no país, a pesquisa de preços de pescados feita pelo Procon não foi realizada, devido a suspensão de atividades. 

Desta forma, eles afirmam que não é possível traçar a comparação dos preços médios dos últimos 12 meses. Porém, se considerarmos os preços estabelecidos em 2019 aos praticados atualmente, os pescados tiveram um aumento médio de 9,38%.

Cuidados a serem observados na hora da compra 

Primeiro, o consumidor deve ficar atento ao pescado que vai comprar. Nos supermercados e peixarias, ele deve estar exposto em balcão frigorífico. Já nas feiras, envolto em gelo picado, sempre protegido do sol e insetos. Caso prefira o peixe congelado vendido em embalagens, veja bem se o balcão não está superlotado, pois isto impede a circulação de ar refrigerado comprometendo a qualidade do produto.

Deve ser verificado se o produto tem o selo de inspeção, data de acondicionamento e prazo de validade. Precisa se atentar também se há presença de água ou sinal de umidade próximo ao freezer, pois isso pode ser um indicativo de que o freezer foi desligado ou teve a temperatura reduzida durante a madrugada e isso também pode prejudicar a qualidade do pescado. 

Saiba que a aparência é um fator muito importante para a compra do produto, pois revela se o pescado está ou não em boas condições para o consumo. Por exemplo, ao comprar, pressione o dedo para constatar a firmeza da barriga do peixe, ele deve voltar ao formato original. Veja se os olhos estão com aspectos brilhantes e salientes. 

É preciso perceber se as brânquias (localizado abaixo do peixe), estão vermelhas e se as escamas estão bem presas ao corpo. No caso de bacalhau e outros peixes secos, não devem apresentar manchas vermelhas ou pintas pretas no dorso, nem umidade, o que pode indicar presença de bactérias. Observe ainda o sal grosso se desprendendo, significa que o bacalhau não está úmido, pois se estivesse, a umidade sugaria o sal. 

Uma dica muito importante para o momento da compra, é analisar o uso de toldos vermelhos, principalmente usados nas feiras. Eles tem como objetivo “maquiar” a cor do peixe e disfarçar que o produto está em boa qualidade, sendo que na verdade, é o contrário. A recomendação é levar o pescado para fora da barraca e verificar sobre a iluminação natural se há ou não a presença do produto.

Como ainda estamos enfrentando a pandemia, tenha cuidado com a higienização. Caso a compra precise ser presencial, o feirante ou vendedor deve estar com luvas e avental para o manuseio do produto. Lembre-se de lavar as mãos com água e sabão e utilize álcool em gel, sempre que puder.

Como dito anteriormente, a pesquisa foi feita em 41 estabelecimentos. E mesmo que o consumidor não visite os locais percorridos durante o levantamento, é possível identificar os preços mais atrativos, ou seja, fazer uma comparação de preços entre um supermercado e outro é sempre bom, principalmente para o bolso.

Para saber quais supermercados foram visitados e os preços encontrados nestes estabelecimentos, clique aqui. 

Foto: Reprodução/Divulgação