Também conhecida como Síndrome de Ekbom, a Síndrome das Pernas Inquietas é um distúrbio que se caracteriza por alterações da sensibilidade e agitação motora involuntária dos membros inferiores, mas que, em casos mais graves, pode acometer os braços.
Ainda não se sabe ao certo as causas dessa síndrome, apenas que, além da predisposição genética, a deficiência de dopamina e de ferro em áreas motoras do cérebro está associada à decorrencia de movimentos involuntários e repetitivos.
Para uma síndrome que atinge 1 em cada 20 pessoas no mundo, ela ainda é um mistério e, apesar de não ter cura, tem tratamento.
Os principais sintomas são a sensação de desconforto e necessidade de movimentação das pernas, dor, formigamento, arrepios e pontadas. De maneira geral, se manifesta à noite, durante o sono, impedindo o descanso necessário. Além disso, a intensidade pode ser maior ou menor, variando de leve a grave, diminuindo com o movimento.
O diagnóstico é realizado de maneira clínica, com a descrição dos sintomas e, confirmação através de exames laboratoriais, como a polissonografia e dosagem dos teores de ferritina e transferrina – substâncias que transportam o ferro no sangue.
Crianças são raramente afetadas, sendo os adultos os principais ‘alvos’, piorando com o envelhecimento.
Imagem: Vix
“Imagine ter um enxame de abelhas zunindo dentro da pele das suas pernas, te picando. É muito, muito doloroso.” Esse é o testemunho de Mary Rose, uma senhora de 80 anos que sofre com a Síndrome das Pernas Inquietas, em entrevista à BBC.
E continua: “Faz você querer arranhar suas pernas e levantar durante a noite para dar uma caminhada – é impossível se deitar e dormir, porque as pernas se contorcem de forma incontrolável.”
Mary Rose não fazia ideia do que tinha e testou tudo que conseguia e ouvia das pessoas, desde tomar quinino (para cãibra) até simpatias, como colocar rolhas de cortiça na cama.
No caso da senhora, a única solução foi tomar medicamentos. Desde que mantenha a dosagem correta fornecida pelo médico, não tem mais problemas. Ela conta: “Eu estou livre das pernas inquietas. É verdade que algumas vezes eu ainda tenho um ataque, tão terrível que parece que estou andando toda a noite. MAs é minha culpa, porque eu esqueci de tomar os remédios.”
Em casos leves, evitar cafeína, álcool e alguns tipos de medicamento pode ser suficiente. Assim como fazer leves exercícios, alongar-se ou massagear as pernas, também ajuda.
De qualquer maneira, o ideal é sempre procurar um médico.
Então pessoal, o que acharam da matéria? Já conheciam essa síndrome? COnhecem alguém que tem? Encontraram algum erro? Ficaram com dúvidas? Possuem sugestões? Não se esqueçam de comentar com a gente!
Capa: Biosom