Crise da SouthRock ameaça chegada do Starbucks em Goiânia e Aparecida

As expectativas em torno da inauguração das lojas do Starbucks em Goiânia e Aparecida de Goiânia foram sacudidas por recentes turbulências financeiras. A SouthRock Capital, operadora da marca no Brasil, enfrenta dificuldades econômicas que ameaçam a concretização de duas novas unidades da rede de cafeterias, prometidas para os shoppings Buriti e Flamboyant.

A situação ganhou gravidade com o pedido de recuperação judicial feito pela SouthRock Capital no final de outubro de 2023, em meio a um passivo declarado de R$ 1,8 bilhão. A medida, que busca um respiro financeiro para reestruturação de dívidas, reflete os desafios impostos por um período de inflação ascendente, taxas de juros em alta e o prolongado impacto da pandemia sobre a economia.

A companhia, que administra também a cadeia Subway no país, teve um revés quando a Justiça de São Paulo recusou o pedido de recuperação judicial, exigindo uma avaliação detalhada das finanças da empresa. Esta decisão pôs em xeque o cronograma de abertura das lojas no estado de Goiás, onde a unidade do Flamboyant Shopping estava em avançado estágio de implantação e prevista para inaugurar ainda em 2023.

Em nota, a SouthRock Capital ressaltou que a suspensão dos contratos de licenciamento e operação das lojas Starbucks, iniciada pela matriz da rede, foi um golpe que precipitou a crise. Esta medida reforça a incerteza quanto à abertura das lojas em Goiás, deixando consumidores e mercado em estado de expectativa.

Frente a essa conjuntura, os planos para a chegada do Starbucks em território goiano estão, agora, envoltos em dúvidas. Enquanto a SouthRock Capital luta na esfera judicial para reverter sua situação, a possibilidade de Goiânia e Aparecida abrigarem as famosas cafeterias globais pende por um fio, refletindo os impactos da instabilidade econômica nas operações de varejo internacional no Brasil.

Para saber mais a fundo sobre as questões entramos em contato com a assessoria de imprensa do Shopping Flamboyant, em Goiânia, que informou que  ” o anúncio da situação da SouthRock Capital surpreendeu o mercado e o Shopping Flamboyant  lamenta o cenário. A área reservada à marca continuará mantida até a empresa se posicionar”. 

A equipe também entrou em contato com o Buriti Shopping. Estamos aguardando o posicionamento que deve chegar a qualquer momento.

O que dizem os especialistas: 

 

Jessica Farias, advogada e administradora judicial,, analisa os desafios da SouthRock Capital no cenário atual. Foto: Divulgação

Nas palavras ponderadas de Jessica Farias, advogada e administradora judicial, a complexidade desse mecanismo legal é tanto um refúgio quanto um desafio para as empresas em crise financeira. “A recuperação judicial não é apenas uma salvaguarda legal; é uma estratégia de sobrevivência para empresas que enfrentam adversidades financeiras mas ainda carregam o potencial para reerguer-se,” declara Farias. Ela detalha que, para a SouthRock, este recurso jurídico representa uma oportunidade de reoxigenar suas finanças e proporciona um intervalo crítico para reavaliar rotas e recalibrar estratégias frente aos seus credores.

Farias enfatiza, no entanto, que o cenário para a SouthRock é singularmente complicado pela perda da licença da Starbucks, um evento que ela descreve como um “ponto de inflexão”. “A revogação do direito de operar a marca Starbucks não é um contratempo comum — é uma disrupção significativa. Este é um ativo que não apenas gera receita, mas também carrega um capital de marca imensurável, cuja ausência pode desvalorizar a percepção de estabilidade da empresa e minar a confiança dos stakeholders,” analisa a especialista. 

Segundo Farias, a rescisão dos acordos de licenciamento impõe uma redefinição abrupta no modelo de negócio da SouthRock. “Este não é apenas um ativo tangível que se perde, mas também uma fonte de capital simbólico e de posicionamento no mercado. A ausência deste ativo no balanço da SouthRock impõe um questionamento crítico sobre a capacidade de recuperação da empresa, pois afeta diretamente a projeção de suas receitas futuras e, por extensão, a viabilidade do plano de reestruturação,” esclarece Farias.

A advogada conclui, destacando a importância de uma gestão estratégica nesse momento de transição: “Agora, mais do que nunca, é imperativo que a SouthRock demonstre não apenas a sua capacidade de adaptação e inovação, mas também a habilidade de negociar com flexibilidade e inteligência estratégica, elementos que serão decisivos para o sucesso ou fracasso de sua jornada através do processo de recuperação judicial.”

 

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Em um cenário onde o aroma do café se mistura com o odor da incerteza econômica, a SouthRock Capital se depara com um divisor de águas em sua trajetória empresarial. A operadora das franquias Starbucks no Brasil, em meio à turbulência financeira, viu-se compelida a buscar refúgio no instituto da recuperação judicial nesta última terça-feira (31). Com uma dívida declarada de R$ 1,8 bilhão, a empresa é mais uma a figurar na lista de corporações que tateiam por solidez em terreno econômico instável, abalado pelos efeitos duradouros da pandemia e exacerbado pelo cenário inflacionário que assola o país.

O tremor mais recente e talvez mais drástico no edifício corporativo da SouthRock veio na forma de um comunicado da Starbucks Corp., que anunciou o término do contrato de licenciamento com a empresa brasileira. A comunicação oficial, conhecida como “Notice of Termination of Licensing Agreements”, significou mais do que um simples papel; foi o estopim de uma crise que já vinha se desenhando, com a SouthRock em uma luta contra o tempo para gerir atrasos nos pagamentos de royalties e manter a solvência de suas operações.

A operação de 187 lojas da Starbucks, que até então salpicavam o território brasileiro com o emblemático sereia verde, constituía um pilar central na estrutura de receitas da SouthRock. A rescisão abrupta desse direito de exploração não somente abala a estrutura financeira da empresa, mas também põe em xeque a possibilidade de uma recuperação eficaz e a manutenção do fluxo de caixa que sustenta centenas de empregos e a presença da marca no cotidiano dos consumidores.

O olhar jurídico sobre a questão 

Jessica Farias, advogada e administradora judicial,, analisa os desafios da SouthRock Capital no cenário atual. Foto: Divulgação

Nas palavras ponderadas de Jessica Farias, advogada e administradora judicial, a complexidade desse mecanismo legal é tanto um refúgio quanto um desafio para as empresas em crise financeira. “A recuperação judicial não é apenas uma salvaguarda legal; é uma estratégia de sobrevivência para empresas que enfrentam adversidades financeiras mas ainda carregam o potencial para reerguer-se,” declara Farias. Ela detalha que, para a SouthRock, este recurso jurídico representa uma oportunidade de reoxigenar suas finanças e proporciona um intervalo crítico para reavaliar rotas e recalibrar estratégias frente aos seus credores.

Farias enfatiza, no entanto, que o cenário para a SouthRock é singularmente complicado pela perda da licença da Starbucks, um evento que ela descreve como um “ponto de inflexão”. “A revogação do direito de operar a marca Starbucks não é um contratempo comum — é uma disrupção significativa. Este é um ativo que não apenas gera receita, mas também carrega um capital de marca imensurável, cuja ausência pode desvalorizar a percepção de estabilidade da empresa e minar a confiança dos stakeholders,” analisa a especialista. 

Segundo Farias, a rescisão dos acordos de licenciamento impõe uma redefinição abrupta no modelo de negócio da SouthRock. “Este não é apenas um ativo tangível que se perde, mas também uma fonte de capital simbólico e de posicionamento no mercado. A ausência deste ativo no balanço da SouthRock impõe um questionamento crítico sobre a capacidade de recuperação da empresa, pois afeta diretamente a projeção de suas receitas futuras e, por extensão, a viabilidade do plano de reestruturação,” esclarece Farias.

A advogada conclui, destacando a importância de uma gestão estratégica nesse momento de transição: “Agora, mais do que nunca, é imperativo que a SouthRock demonstre não apenas a sua capacidade de adaptação e inovação, mas também a habilidade de negociar com flexibilidade e inteligência estratégica, elementos que serão decisivos para o sucesso ou fracasso de sua jornada através do processo de recuperação judicial.”

 O Impacto além dos números

O cenário econômico, já fragilizado pelos efeitos da pandemia, é agravado pela inflação em alta e juros em patamares elevados, impactando diretamente o setor de serviços e varejo — um golpe sentido com maior intensidade por empresas como a SouthRock. Nas redes sociais, o reflexo dessa crise se materializa em relatos de lojas fechando as portas e funcionários sendo desligados, evidenciando que as reverberações vão muito além das finanças, atingindo o nível do emprego e do bem-estar social.

Na busca por um fio de esperança, a SouthRock, por meio de seu representante legal, o escritório Thomaz Bastos, Waisberg, Kurzweil, clama ao judiciário que permita a manutenção do uso da marca Starbucks, argumentando ser este um suporte vital para a estabilidade do fluxo de caixa e a conservação de empregos. O pedido de recuperação judicial, então, transcende o mero aspecto financeiro, adentrando o campo do impacto social e da preservação de um serviço que se imiscuiu na cultura de consumo local.

Perante a 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, o futuro da SouthRock Capital e da Starbucks no Brasil balança entre possibilidades e incertezas. O que emerge é um quadro onde cada decisão judicial, cada negociação de dívida e cada estratégia de reestruturação desenha não apenas o destino de uma empresa, mas também o de seus colaboradores e clientes. A saga da SouthRock, portanto, torna-se uma história a ser acompanhada com atenção, pois ela pode vir a ser um espelho das vicissitudes econômicas e jurídicas do Brasil contemporâneo.

123milhas entra com processo de Recuperação Judicial com dívida bilionária; entenda

A 123milhas entrou com pedido de recuperação judicial perante a 1ª Vara Empresarial de Belo Horizonte nesta terça-feira pedindo a suspensão, por pelo menos 180 dias, das cobranças judiciais movidas contra a empresa. As informações são do portal Valor Econômico.

O movimento acontece em meio à crise que a empresa enfrenta após anunciar, no dia 18 de agosto, que iria suspender a emissão de passagens e pacotes da linha promocional com embarques entre setembro e dezembro deste ano.

O valor da causa foi estabelecido em R$ 2,3 bilhões, e a empresa diz que vê a crise atual como passageira, ocasionada pelo “momento atípico de conjunção de fatores perniciosos, que não deve afetar de modo definitivo a solidez das atividades”.

A empresa afirma, por meio dos seus advogados, que acreditava em uma redução no preço das passagens, devido à expectativa de grande aumento na oferta de voos pelas companhias aéreas, o que não se concretizou.

O cenário, na verdade, foi de aumento nos preços das passagens, com aumento significativo da demanda, além de alta nos preços dos combustíveis, fazendo com que a 123milhas não conseguisse adquirir os produtos nos termos contratados.

Mesmo com confiança na sustentabilidade operacional, a empresa diz que não restou alternativa a não ser o pedido de recuperação judicial para garantir a continuidade de suas atividades empresariais.

Os sócios da 123milhas não se apresentaram à CPI das Criptomoedas, realizada em Brasília, como estava previsto. Uma nova oitiva dos empresários Ramiro Julio Soares Madureira e Augusto Julio Soares Madureira foi reagendada.

 

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Hotel Maksoud Plaza, o primeiro 5 estrelas de São Paulo, encerra suas atividades após quatro décadas em funcionamento

Depois de 42 anos de atividade, o Maksoud Plaza, um dos hotéis mais tradicionais da cidade de São Paulo, fechou suas portas oficialmente nesta terça-feira (7/12). O processo de recuperação judicial iniciado no ano passado foi concluído, após uma crise que se arrasta há mais de uma década e envolve litígios societários, passivos trabalhistas e dívidas com fornecedores.

Os funcionários do hotel já haviam recebido um aviso prévio, mas só tiveram a confirmação oficial do encerramento das atividades por meio da imprensa. O anúncio do fechamento foi feito em conjunto pela HM Hotéis, administradora do hotel, e pela Hidroservice Engenharia, sua controladora. A crise acelerada pela pandemia e o plano de reestruturação foram apontados como razões do encerramento de atividades após quatro décadas.

“A crise sanitária causada pela covid-19 teve enorme impacto sobre os setores de hospitalidade. O Maksoud Plaza ficou fechado pela primeira vez em sua história entre março e setembro de 2020. Isso causou prejuízos que superam R$ 20 milhões”, informou em nota a assessoria do hotel.

O estabelecimento entrou com um pedido de recuperação judicial em setembro de 2020 para pagar as dívidas de R$ 110 milhões.

A desmontagem do espaço deve ser feita até o dia 27 de Dezembro, o último dia de trabalho dos funcionários. De acordo com a assessoria do hotel, a marca será mantida e deve anunciar novos empreendimentos em breve. Os clientes que tinham reservas futuras no Maksoud Plaza serão reembolsados.

Inaugurado em 1979, Maksoud Plaza foi o primeiro hotel cinco estrelas da cidade de São Paulo e chegou a hospedar grandes artistas, políticos e empresários, além de astros internacionais como Frank Sinatra, Julio Iglesias, Rolling Stones e Guns N’ Roses. Outros ex-hóspedes ilustres foram a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher, o então secretário-geral da ONU Kofi Annan, e os príncipes Rainier e Albert, de Mônaco.

 

 

*Fonte Correio Braziliense

Imagem: Divulgação

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Livraria Saraiva encerra suas atividades em Goiânia

A Livraria Saraiva encerrou, neste domingo (5/12), suas atividades em Goiânia. A empresa fechou a loja do Flamboyant Shopping Center.

O fim das atividades das unidades na capital goiana faz parte do processo de recuperação judicial da Saraiva iniciado em 2018. Em janeiro, as dívidas da empresa estavam em R$ 292,5 milhões. A Saraiva tenta evitar que seja preciso decretar falência.

O fechamento de lojas da Livraria Saraiva não ficará só em Goiânia. Outras 21 unidades devem encerrar as atividades em breve. A Saraiva tinha 73 lojas espalhadas pelo Brasil até março de 2020. Foi quando começou o processo de fechar as portas.

De março a novembro do ano passado, 36 unidades deixaram de existir, segundo relatório da consultoria RV3, que administra o processo de recuperação fiscal da empresa. A Saraiva divulgou um prejuízo de R$ 4,9 milhões para o mês de novembro de 2020. No mesmo mês de 2019, o déficit foi de R$ 13,25 milhões.

 

 

*Fonte Jornal A Redação

Imagem: Reprodução

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Felipe Neto revela processo e recuperação judicial de Silas Malafaia

Na madrugada desta segunda-feira (5), o youtuber Felipe Neto decidiu rasgar o verbo no Twitter contra o pastor Silas Malafaia. O youtuber revelou que o pastor quer vê-lo na prisão após ele ter exposto o esquema de boicote as empresas que apoiam a causa LGBTQ+, organizado pelo religioso.

“Quando me processou na justiça criminal, sua estratégia de silenciamento era de que eu ficaria com medo e aceitaria o acordo. Então ele apareceu na audiência de conciliação, pomposo, dizendo que era só eu deletar o vídeo e pedir desculpas publicamente que ele removeria o processo”, explicou Neto.

Resistente, Felipe ressaltou que jamais aceitaria a proposta e que na época, ao rebater o político, Malafaia teria ficado ‘uma fera’. “Ele achava que estava lidando com um menino do Youtube. Saiu de lá sabendo onde tinha se metido”, completou.

“O processo segue correndo. Ele busca minha condenação com sentença de prisão, simplesmente por eu ter feito meu papel de ser humano e defendido outros seres humanos”, desabafou o humorista, que afirmou que nunca abandonará a luta.

“Contei tudo isso porque acabei de saber que Silas Malafaia entrou com pedido de recuperação judicial em sua empresa, após declarar que não consegue vender nem 25% do que vendia em outros tempos”, expôs.

Por fim, o youtuber deixou uma reflexão sobre a atual situação do ‘inimigo’. “A justiça humana pode falhar, amigos. Mas a justiça do caráter, essa muitas vezes resolve” E também acrescentou: “Faça o bem e você provavelmente seguirá recebendo o bem. Faça o mal… e veja até quando durará seu sucesso.”

A briga entre os dois começou em 2017, quando Malafaia propôs um boicote à Disney aos seus seguidores, devido a um beijo gay que aparece no desenho Star vs. As Forças do Mal. Neto fez então um vídeo ironizando a iniciativa e questionando os métodos do religioso. “Quanto menos te levam a sério, mais alto você grita”, disse.

O líder do ministério Vitória em Cristo avançou, então, com um processo contra o youtuber. O caso ainda corre na justiça. “Silas Malafaia está me processando criminalmente, buscando minha condenação à prisão, simplesmente por eu ter acabado com seu esquema de boicotes à empresas q apoiam causas LGBT”, afirma Neto nas postagens.

Saraiva não consegue renegociar dívida de R$ 675 milhões e pede recuperação judicial

A maior rede de livrarias do país, Saraiva, fez pedido de recuperação judicial nesta sexta-feira (23), depois de não conseguir acordo de renegociação de dívidas com fornecedores. A empresa deve cerca de R$ 675 milhões.

Fundada em 1914, há 104 anos, a Saraiva tem 85 lojas em 17 Estados do país e ocupa grande espaço no comércio eletrônico.

A empresa afirmou que a recuperação judicial não altera o funcionamento da área de varejo. No final de outubro, a Saraiva anunciou o fechamento de 20 lojas em todo o país e cerca de 700 funcionários foram desligados em todas as unidades de negócios da empresa.

“Em decorrência do agravamento de sua situação, a Companhia julga que a apresentação do pedido de Recuperação Judicial é a medida mais adequada nesse momento, no contexto da crise no mercado editorial, reflexo do atual cenário econômico do país”, afirma a companhia.

Em 2018, o segmento de livros, jornais, revistas e papelaria é a atividade com o pior desempenho do varejo brasileiro. Segundo dados do IBGE, desde o início do ano até setembro as vendas tiveram queda de 10,1%, ante uma alta média de 2,3% em todo o setor comercial.

Em nota divulgada ao mercado, a empresa afirma estar tomando “diversas medidas para readequar seu negócio a uma nova realidade de mercado”.

 

 

Grupo Irmãos Soares entra em recuperação judicial

No ano em que a Irmãos Soares completa 50 anos de história, o grupo anuncia que entrou em recuperação judicial para evitar a falência do empreendimento. Em nota, a empresa esclareceu que enfrenta dificuldades financeiras devido à crise econômica e altos juros no País e, por isso, recorreram à proteção legal.

“Agradecemos a compreensão e o apoio nesse momento de superação e de esperança em dias melhores para o nosso País.”, finaliza em nota.

O grupo Irmãos Soares possui mais de 14 lojas e cerca de 500 funcionários nos estados de Goiás e Minas Gerais.

 

Oi pede recuperação judicial de R$ 65 bi, o maior da história do Brasil

 

A Oi entrou com um pedido de recuperação judicial no Rio de Janeiro nesta segunda (20), após não ter conseguido reestruturar sua dívida de R$ 65,4 bilhões, considerada impagável. Trata-se do maior da história no país superando o de Eike Batista, da OGX, de R$ 11,2 bilhões em 2013. O processo judicial é uma medida para evitar a falência da empresa.

A operadora é a maior em telefonia fixa do país e a quarta em telefonia móvel, com cerca de 70 milhões de clientes.

Em nota, a operadora diz que “considerando os desafios decorrentes da situação econômico-financeira das empresas Oi à luz do cronograma de  vencimento  de  suas  dívidas  financeiras , ameaças ao  caixa  das  Empresas  Oi  representadas  por  iminentes  penhoras ou  bloqueios em processos judiciais, e tendo em vista a urgência na adoção de medidas de  proteção das Empresas Oi, a Companhia julgou que a apresentação do pedido de recuperação judicial seria a medida mais  adequada,  neste  momento”.

Ainda não se sabe se a Oi terá sucesso em seu pedido de recuperação judicial. Por enquanto, pelo menos, a empresa conseguiu, com acordo assinado em maio e divulgado apenas recentemente, mais 180 dias para renegociar dívidas com credores do BNDES. 

A crise da empresa está afetando a própria cadeia de comando da companhia. No último dia 10, o então diretor-presidente da Oi, Bayard Bontijo, renunciou ao cargo.

Recuperação judicial
A recuperação judicial é o mecanismo pelo qual as empresas em dificuldade financeira tentam reestruturar a dívida com credores. A lei 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade.

A empresa pretende demitir funcionários?
Ao comunicar o pedido de recuperação judicial, a Oi informou que não prevê fazer mudanças no quadro de funcionários ou de gestão das empresas do grupo em razão da recuperação judicial. “Todas as obrigações trabalhistas da companhia e benefícios atuais serão mantidos  normalmente”, disse a empresa.

Haverá alguma mudança para os clientes da Oi?
Segundo a operadora, o foco em investimentos para melhora de qualidade dos serviços da Oi será mantido mesmo após o pedido de recuperação, “assim como as metas operacionais para 2016”, informou, acrescentando que o pedido visa “garantir a continuidade da ofereta de serviços aos

 

Restaurante Kabanas pede recuperação judicial

“Não tem empresa que se sustente com os juros abusivos dos bancos. Estamos vivendo a maior crise da história do Brasil, com aumento de impostos, altos custos de luz, energia, matéria prima e a própria mudança de hábito do consumidor que está optando por pratos e bebidas mais em conta. Os custos dispararam e não dá para repassar preço, pelo contrário, temos que fazer promoções para atrair os clientes”. As palavras, em tom de desabafo, são de Ricardo Siqueira, dono do Kabanas, um dos mais tradicionais restaurantes de Goiânia.

O grupo que tem 12 anos de história, conta com duas unidades na capital (uma em frente ao parque Vaca Brava, no Setor Bueno e outra no pólo gastronômico do Shopping Flamboyant, no Jardim Goiás, além de um buffet). A dívida acumulada com bancos soma R$ 5 milhões de reais e por causa da “bola de neve”, o empresário foi orientado por advogados a entrar com o pedido de recuperação judicial e criar um plano de pagamento para ter fôlego e não comprometer o negócio junto aos clientes e fornecedores. Em 2016 o movimento caiu 20% em relação ao mesmo período do ano passado e é o pior em toda a trajetória da empresa.

“O problema é relativamente pequeno, estamos em dia com todos os fornecedores e com os funcionários. A briga é com os bancos. O momento é delicado, de uma crise sem precedentes. Nem eu nem meu pai nunca vimos uma crise como esta. O setor foi diretamente afetado com isso e estamos tentando sobreviver”, revela Ricardo Siqueira.

O empresário descarta qualquer possibilidade de fechar as portas. As duas unidades estão funcionando normalmente. “A recuperação judicial não afeta em nada para nosso cliente. A qualidade, atendimento e todos os serviços do Kabanas continuarão com o mesmo padrão de sempre nesses 12 anos de história”, promete. “Os aventureiros não vão suportar este momento, só ficarão os empresários com tradição e com clientela fidelizada”, prevê o empresário. 

Ricardo também fala do momento politico. “Após o afastamento da Dilma, houve um ambiente mais otimista no país, o que refletiu diretamente na volta de muitos clientes. Este é o momento mais delicado da história da empresa, mas vamos superar e voltar acrescer. Acreditamos no nosso negócio e no nosso país”. 

Novidades

O grupo gera atualmente 140 empregos diretos e não pretende promover demissões.

A unidade clássica, em frente ao Parque Vaca Brava, no Setor Bueno, vai passar por mudanças. Além do novo chef de cozinha que deve ser anunciado em breve, o cardápio será reformulado e até a arquitetura deve ser toda repensada. As novidades estão previstas para o segundo semestre de 2016.

Outra aposta é o Kabanas Arte Gourmet, buffet que acaba de ser totalmente reformulado e que tem crescido muito. “O movimento mais que dobrou este ano com pelo menos duas festas por semana”, comemora o empresário.

“Estou de cabeça erguida, trabalho doze horas por dia, temos um nome a zelar, somos respeitado por clientes e fornecedores e vamos passar por este momento de cabeça erguida”

Ricardo Siqueira atendeu o Curta Mais no Dia dos Namorados, na maior correria para os preparativos do jantar. “A casa está com todas as reservas esgotadas”.

kabanas

Ambiente interno da unidade no Shopping Flamboyant.

kabanas

Fachada do tradicional Kabans em frente ao Parque Vaca Brava no Setor Bueno.