Zacharias Calil é o primeiro médico goiano indicado ao Prêmio Nobel de Medicina

O médico goiano Zacharias Calil foi indicado pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados ao Prêmio Nobel de Medicina por seu trabalho no tratamento de doenças raras, como a separação de gêmeos siameses, síndrome do lobisomem e também pelo desenvolvimento de medicamento para tratar hemangiomas em crianças. Zacharias Calil é médico há mais de 38 anos e, com esta indicação, marca a história da Medicina do Estado por seu pioneirismo e tamanha relevância científica.

“Nunca imaginei que pudesse, um dia, representar o Brasil na disputa de um Prêmio Nobel de Medicina – a mais prestigiada condecoração da ciência, realizada pelo Instituto Karolinska, da Suécia. Vários brasileiros já foram indicados e, embora nenhum tenha sido ainda agraciado, me sinto honrado por ter meu nome ao lado de Carlos Chagas, Adolfo Lutz, por exemplo, apenas por fazer o meu trabalho” disse o médico e Deputado federal pro Goiás.

Zacharias Calil ressaltou ainda que as cirurgias de siameses só têm sucesso devido a uma equipe. “Não sou só eu, mas toda equipe tem que ser homenageada”, lembrou Zacharias, que permanece atendendo às segundas e sextas em Goiânia. A equipe já realizou 18 cirurgias de separação, a maior estatística mundial de uma equipe e de um hospital. Mais um caso está nas mãos da equipe de Zacharias Calil, com previsão de cirurgia para 2020.

Natural de Goiânia (GO), Zacharias Calil estudou Medicina na Universidade Federal de Goiás e, já formado, foi aprovado para residência médica no Hospital de Base, em Brasília (DF). Após a residência, voltou para Goiânia, onde atua até hoje no serviço público. É referência para casos de alta complexidade materna-infantil.

Nesse serviço, pode desenvolver seu interesse pelas pesquisas e possibilidade de realizar grandes cirurgias, algumas inéditas, como o caso de separação das gêmeas esquiópagas Larissa e Lorraine. Foi personagem de vários documentários em canais de televisão, como na Discovery Channel, entre outros em âmbito internacional. Também tem vários artigos médicos publicados em revistas indexadas.

Hoje, além de casos com gêmeos siameses, Calil também é conhecido por ter desenvolvido um medicamento para o tratamento de hemangiomas que se destaca pela eficiência e baixo efeito colateral. Disponibilizado no HMI a custo zero, permite a crianças portadoras desse mal retomar o convívio social, já que todo o tratamento é feito em instituição pública. O tratamento também oferece as aplicações a laser para finalização da recuperação. É o único no país a fazer isto.

Calil é membro da Fundação Birthmark, com sede em Nova York, da qual é referência para tratamento de hemangioma para América do Sul. Foi Superintendente da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás, quando se dedicou a preservar, divulgar e desenvolver ações de apoio aos radiocidentados a fim de transformar a experiência do Césio 137 em aprendizado para as gerações futuras. Eleito deputado federal em 2018, foi o terceiro mais votado pelo Estado de Goiás, com mais de 151 mil votos.

O Prêmio será anunciado em outubro e a cerimônia será em dezembro deste ano.

Toni Morrison, a primeira mulher negra a conquistar um prêmio nobel, morre aos 88 anos

A escritora americana Toni Morrison, que ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 1993, morreu nesta segunda-feira (05/08) aos 88 anos. Seu falecimento foi confirmado nesta terça-feira (06/08), pelo twitter da editora de Toni. Ela foi a primeira mulher negra a conquistar o prêmio.

A autora estava internada no Centro Médico Montefiore, em Nova York e, segundo a família de Toni, ela faleceu após contrair uma leve doença e, apesar da tristeza por sua partida, a família se sente grata por ela ter tido uma vida longa e bem vivida.

Nascida no estado estadunidense de Ohio, em fevereiro de 1931, Toni Morrison ficou conhecida por obras que descrevem os obstáculos políticos e sociais enfrentados pela comunidade negra ao longo da história americana, ganhando o apelido de Pantera Negra, em referência ao grupo que inseriu com força o debate das questões raciais na sociedade americana. 

“O Olho Mais Azul” é seu romance de estreia, publicado em 1970. O livro conta a história de uma mulher negra que sonhava em ser loira dos olhos azuis. Entre seus maiores sucessos estão ‘Sula’ (1973), que lhe rendeu uma indicação ao National Book Award e ‘Amada’ (1988), que lhe rendeu um prêmio Pulitzer e uma adaptação cinematográfica estrelada por Oprah Winfrey, em 1998. 

Toni era muito amiga de personalidades como Barack Obama e Maya Angelou, que prestaram homenagens à escritora em suas redes sociais:

Professora brasileira vai para final do ‘Nobel de Educação’

A professora paulista Débora Garofalo é formada em Letras e em pedagogia e possui pós-graduação em língua portuguesa pela Unicamp. Ela atua há 14 anos na rede pública e é a primeira sul-americana a chegar à final do concurso.

Finalista entre os 10 melhores educadores do mundo do Global Teacher Prize, concorre ao “Nobel de Educação”.

Débora tem a consciência da responsabilidade de se tornar um exemplo e deseja aproveitar esse momento para repensar e incluir a aprendizagem criativa e o ensino de robótica no currículo das escolas, além de estar muito feliz pela valorização da mulher brasileira no campo da tecnologia.

Orientadora de informática educativa em escola municipal na Cidade Leonor em São Paulo, inovou a sala de aula com o “Projeto de Robótica com Sucata” que ensina estudantes de 6 a 14 anos a reaproveitarem o lixo para produzir robôs.

Foram mais de 10 mil candidatos de 179 países e a brasileira teve visibilidade após seu projeto vencer o prêmio de Aprendizagem Criativa Brasil do MIT (Massachusetts Institute of Technology). 

A Varkey Foundation, fundação de caridade global focada na educação para crianças carentes, concederá o prêmio de 1 milhão de dólares. O resultado será divulgado em Dubal, nos Emirados Árabes Unidos, em 24 de março.

Parabéns!

Capa: Professora Débora Garofalo / Arquivo Pessoal