Goiânia significa “terra de muitas águas”. Entenda

Goiânia, a capital do estado de Goiás tem uma enorme representatividade para a história da região. Tida como a capital verde do Brasil, seu nome possui uma origem curiosa, sendo escolhido em um concurso por Pedro Ludovico, mesmo estando longe de ser o nome vencedor.

Alguns motivos nos levam a entender essa escolha, seja porque Pedro não queria homenagens para si mesmo na cidade, recusando o nome Petrônia, ou pela geografia extremamente privilegiada do município. De acordo com estudiosos, a palavra Goiânia se origina do Tupi-Guarani falado pelos nativos de Goiás, e significa “Terra de Muitas águas”

E a capital não recebe esse nome atoa, já que seus rios e os 80 cursos d’água foram muito importantes para o crescimento da cidade, sendo o Rio Meia Ponte um dos principais motivos para a escolha do local. Hoje mesmo afetados pela urbanização, essas águas goianas ainda integram e mantêm parte da história de Goiânia.

 

Rio Meia Ponte

Meia

Comportando cerca de 50% da população de Goiás em sua bacia hidrográfica, do Meia Ponte recebeu esse nome por conta de uma história, onde o bandeirante Anhanguera tentou atravessar o rio usando duas toras de madeira, e uma foi perdida na correnteza, fazendo o trocadilho “Meia Ponte”

Sua nascente fica no município de Itauçu, e outra em Taquaral, e de lá, o rio é utilizado para todos os fins, servindo de apoio tanto para  população quanto para empresas que conseguem fazer o despejo de esgotos.

Em boa parte de sua extensão o Rio é cristalino, mas por ser muito antigo e constantemente utilizado pelo estado, há alguns anos sua luta contra a poluição desenfreada se mantém. Em 2004, com a inauguração da ETE, eles tinham planos para tratar 75% do esgoto da capital, que melhorou consideravelmente, mas ainda precisa de muito apoio.

 

Ribeirão João Leite

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Um afluente do Rio Meia Ponte, ele fica mais precisamente entre Goiânia e Anápolis, e também desempenha funções importantes para a pecuária e agricultura regional, mesmo sofrendo com vários problemas de degradação ambiental.

Atualmente, o principal desafio é retomar a qualidade da água na bacia, através de parcerias e estratégias das empresas que fazem uso do ribeirão.

 

Ribeirão Anicuns

anicuns

Aqui é onde os principais cursos d’água da capital desaguam, ligando os principais córregos da cidade, e comportando cerca de 70% da população só nessas sub-bacias. Devido a sua importância histórica, o ribeirão dá nome ao projeto de parques da prefeitura de Goiânia Macambira Anicuns, um dos maiores do Brasil.

 

Ribeirão Dourados

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Um dos principais afluentes do Meia Ponte no estado, ele já serve mais como fonte de lazer para a população. Acompanhando o Rio Dourados, existem vários pontos em sua extensão que são muito usados por turistas em fins de semana e feriados, para atividades que vão desde o canoísmo, por conta de suas águas fortes, ou banho e diversão.

 

Ribeirão Capivara

capivara

Com nascente no município de Nerópolis, ele possui 9 afluentes catalogados e deságua no Rio Meia Ponte após 34,5 km de extensão. Esse ribeirão sofre há alguns anos com atividades humanas em suas margens, como construções em chácaras, desmatamentos e impermeabilização, o que prejudica bastante sua dinâmica fluvial, considerando a importância que o manancial tem para a cidade.

 

Além desses principais Ribeirões, a cidade ainda conta com cerca de 80 cursos d’água que passam por toda a região de Goiânia, tornando a capital uma das mais favorecidas nesse quesito na época de sua construção, dando jús ao nome “Terra de Muitas Águas”.

 

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Foto de Capa: JGDN

Goiânia: você sabe qual o significado do nome da capital? Veja a origem e outras curiosidades

A capital do estado de Goiás, Goiânia, tem um nome um tanto quanto diferente das outras capitais do país. Enquanto outras cidades levam o nome de pessoas (ou santos) como São Paulo e São Luís no Maranhão, a capital verde do país recebe um nome “diferenciado”!

Mas você sabe a origem? Antes da colonização, todo o território do país era ocupado por diferentes tribos indígenas, que tinham dialetos, costumes e tradições bem distintas. Pois bem, nossos antepassados aqui de Goiás eram pertencentes às tribos Avás-canoeiros e os Tapuias, e ambas se comunicavam por meio do belíssimo Tupi-Guarani, que origina diversas palavras da língua portuguesa

 

Os estudos ao longo dos anos, evidenciam que a origem mais provável do nome Goiânia, seja a tradução em Tupi-Guarani para “terra de muitas águas”, e que a palavra original seria algo semelhante a “Guyanna”. Outros estudiosos dizem que essa tradução do tupi pode significar também “gente estimada”.

E felizmente Goiânia faz jus ao nome, já que a região é prodigiosa em cursos d’água, possuindo: 85 mananciais catalogados, sendo o Rio Meia Ponte, quatro outros ribeirões, e 80 córregos espalhados pela cidade. Hoje, com a urbanização, esses cursos d’água que correm entre a cidade estão em situações bem alarmantes, sendo uma preocupação para parte da população.

 

Segundo o artigo “GOYANIA = GOIÂNIA, de poema a topônimo”, dos pesquisadores Antón Corbacho Quintela e Luciana Andrade Cavalcante de Castro, “Goiânia” seria apenas uma adaptação da escrita e sonora do título do livro “Goyania”, publicado em 1896, em Portugal. Escrito por um baiano e publicado na Europa, foi o primeiro livro a exaltar as características do estado de Goiás. 

Hoje, só se tem conhecimento da existência de três exemplares do livro, todos no Brasil. Um se encontra no catálogo de obras raras da biblioteca nacional, no Rio de Janeiro, enquanto os outros dois estão na capital goiana. Um no Instituto Cultural José Mendonça Teles, e o outro está supostamente enterrado na Praça Cívica, junto com diversos outros objetos introduzidos na construção da capital.

 

Quase que nossa capital foi batizada por Petrônia

 

Antes de receber o nome, Goiânia era chamada de “nova capital”, e até ser decidido em 1935, a cidade passou dois anos sem um nome oficial. Por conta disso, um jornal da época lançou o concurso “Como se deve chamar a Nova Capital?”. Duas sugestões chamaram mais atenção: Goiânia e Petrônia (este último que foi dada em homenagem a Pedro Ludovico, fundador da cidade, aos imperadores do Brasil Dom Pedro I e Dom Pedro II, além de Pedro o discípulo de Jesus.

No resultado do concurso, Petrônia foi o grande nome escolhido, enquanto Goiânia recebeu apenas 2 votos. Mas por algum motivo, até hoje desconhecido, Pedro Ludovico decidiu ignorar esses fatos, e batizou a nova capital de Goiânia. A verdade é que Pedro não queria homenagens para si mesmo na cidade, impedindo que colocassem o aniversário da cidade no mesmo dia em que o seu, e chegando até a proibir que dessem seu nome para qualquer bairro ou rua da capital enquanto vivo. 

 

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Foto de Capa: 123 Millhas

 

Conheça a curiosa história do nome de Goiânia que por pouco não foi batizada de Petrônia

Goiânia – palavra que já adquiriu significado e espaço nos dicionários e livros, e que representa hoje uma das capitais do Brasil em constante crescimento, recebendo imigrantes de todas as partes do país e do mundo. Ouvimos seu nome todos os dias, e várias vezes durante um mesmo dia, mas poucos de nós já se perguntaram qual a origem e o significado do nome da nossa querida cidade.

Antes de ser “Goiânia”, a cidade era chamada de “futura capital” ou “nova capital”, em referência à transferência da capital do estado da Cidade de Goiás para a “nova Cidade”. Goiânia nasceu em 1933, mas só recebeu o nome em 1935 – ou seja, a cidade passou dois anos sem um nome oficial.

Afinal, o que significa a palavra “Goiânia”?

A origem mais provável do nome Goyanna é que venha da palavra em Tupi-Guarani “Guyanna”, que significa “terra de muitas águas”. Outros estudiosos dizem que a tradução do tupi pode significar também “gente estimada”.

Segundo o artigo “GOYANIA = GOIÂNIA, de poema a topônimo”, dos pesquisadores Antón Corbacho Quintela e Luciana Andrade Cavalcante de Castro, “Goiânia” é também a adaptação da escrita e do som do título do livro “Goyania”, publicado em 1896 na cidade do Porto, em Portugal. De autoria do baiano Manuel Lopes de Carvalho Ramos, o livro foi o primeiro publicada com temática voltada para o estado de Goiás, e exalta a natureza, o povo e a cultura goianos.

Da primeira tiragem do livro, sabe-se apenas de três exemplares: um deles está no catálogo de obras raras da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro; outro faz parte do acervo do Instituto Cultural José Mendonça Teles, em Goiânia, e um terceiro está supostamente enterrado em algum ponto da Praça Cívica junto com outros objetos introduzidos em 24 de outubro de 1933 na pedra fundamental da construção da capital.

Praça

Praça Cívica, data desconhecida.

Fonte: IBGE.

Do livro para a cidade

Como “Goiânia” foi de título de livro para nome da nova capital ainda é um mistério. No período de criação da nova cidade, outubro de 1933, o jornal O Social da Cidade de Goiás, lançou o concurso “Como se deve chamar a Nova Capital?”, recebendo sugestões e votos de nomes para batizar a cidade, e o vencedor teria direito a uma assinatura do jornal por dois anos.

A primeira sugestão de nome veio de Léo Lynce, intelectual goiano de Pires do Rio. Para ele, a nova capital deveria se chamar “Petrônia”, em homenagem a Pedro Ludovico, fundador da cidade; aos imperadores do Brasil Dom Pedro I e Dom Pedro II; e a Pedro, discípulo de Jesus e fundador da Igreja Católica. Em sua justificativa, ele completa: “Mas, suponhamos que seja ateu ou inimigo pessoal de todos os Pedros. Ainda assim não lhe soaria mal o nome: PETRÔNIA. (…) PETRÔNIA – nome lindo, suave, fácil!”

No mesmo número, Caramuru Silva do Brasil, professor do Colégio Lyceu da Cidade de Goiás, deixou também sua sugestão: Goiânia. Para ele, a palavra possuía significação, sonoridade, grafia e sentido histórico suficientes para representar bem a nova capital, e completa: “GOIÂNIA – Nova Goiás, prolongamento da histórica Vila Boa, monumento grandioso que simbolizará a glória da origem de todos os goianos.”

O nome vencedor do concurso, anunciado em 26 de outubro de 1933, foi – pasmem! -“Petrônia”. E o nome “Goiânia” recebeu apenas dois votos: um do próprio Caramuru, que sugeriu o nome, e outro de uma professora chamada Zanira Campos Rios.

No entanto, ao escolher o nome para a capital, Pedro Ludovico, então governador do Estado de Goiás, ignorou os nomes mais votados, inclusive o que lhe fazia homenagem, e no Decreto de 1935, em que se criava o município, ele batizou a cidade de “Goiânia”, abrindo mão de qualquer vaidade pessoal.

Também por isso Goiânia faz aniversário no dia 24 de outubro. Assessores do político queriam o dia 23 para coincidir com a data de aniversário de Pedro Ludovico, mas ele também recusou, para não pessoalizar a ocasião. Ele também proibiu batizar qualquer bairro da cidade com seu nome, tanto que o Setor Pedro Ludovico foi criado depois de sua morte. Atitudes que revelam a nobreza e espirito público do primeiro administrador da nossa cidade.

Pedro

Pedro Ludovico assina o decreto que marca a transferência da capital da Cidade de Goiás para Goiânia.