1ª Mostra Cultural de Mossâmedes: resgate da identidade e valorização do patrimônio

No Centro de Mossâmedes, especificamente na Praça Damiana da Cunha, um evento de proporções significativas está prestes a ocorrer. Trata-se da 1ª Mostra Cultural de Mossâmedes, uma iniciativa que coincide com as comemorações do O Jubileu dos 250 anos da Matriz de São José. O evento acontece nos dias 16 a 19 de março, às 19h, na praça Damiana da Cunha. A entrada é gratuita.

Nesse contexto festivo, a comunidade local se une para celebrar e preservar sua rica história, bem como para valorizar seu patrimônio material e imaterial.

“É um esforço conjunto para contemplar todas as frentes da cultura local”, comenta Sebastião Filho, um dos organizadores do evento. A mostra engloba uma variedade de atividades, incluindo apresentações musicais, exposições de fotos, artes plásticas, artesanato e arte indígena, além de uma amostra culinária intitulada ‘Sabores do Coração do Cerrado’. 

Todas essas manifestações culturais são resultado de doações e trabalho voluntário, refletindo o desejo da população de Mossâmedes por acesso à cultura, conforme garantido pela Constituição Federal.

Além de celebrar a identidade mossamedina, a mostra marca o início de um esforço para unir a comunidade em torno do projeto de resgate histórico da cidade. A história de Mossâmedes está intrinsecamente ligada à política de aldeamento da Coroa Portuguesa, que visava utilizar a força de trabalho dos povos originários do Brasil Central na pecuária e agricultura, mesmo que às custas de muita violência.

Contudo, a 1ª Mostra Cultural vai além da celebração local, buscando apoio de instituições públicas e privadas para a implementação de projetos ambiciosos, como a construção de cinco museus na região. Esses museus, que abordarão desde a história local até aspectos antropológicos e botânicos, são vistos como pilares essenciais para o resgate da memória e a valorização da cultura goiana como um todo.

A iniciativa ganha ainda mais importância ao ressaltar que a cultura em Goiás não pode ser limitada a apenas seis municípios. O esforço coletivo para realizar a 1ª Mostra Cultural reflete o desejo de preservar e promover a diversidade cultural e histórica da região, enquanto se aguarda o reconhecimento oficial de marcos como a Igreja de São José de Botas como patrimônio do povo brasileiro pelo IPHAN.

Espetinho pode se tornar Patrimônio Cultural Imaterial de Goiânia

Na última quinta-feira (22), a Câmara Municipal de Goiânia aprovou, em segunda e definitiva votação, um projeto de lei que busca reconhecer o “espetinho” como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade. A iniciativa, proposta pelo vereador Sandes Júnior (PP), aguarda agora a sanção do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para se tornar lei.

O vereador Sandes Júnior destaca que as “receitas regionais são conhecidas e valorizadas por compor hábitos alimentares nativos, sendo elaboradas com ingredientes disponíveis na região e preparadas com técnicas transmitidas de geração em geração”.

Para ele, o reconhecimento do espetinho como patrimônio cultural imaterial visa preservar e transmitir esse legado gastronômico para as futuras gerações.

A proposta ressalta a importância do registro das identidades gastronômicas regionais, destacando que a preservação dos bens de natureza imaterial é fundamental para garantir o acesso das futuras gerações a aspectos culturais importantes.

Sandes Júnior enfatiza que essa transmissão de legado não apenas preserva a culinária local, mas também fortalece a interação entre a cultura e a alimentação, conectando a história com a imigração e as adaptações nos hábitos alimentares do povo brasileiro.

O vereador conclui sua argumentação ressaltando a popularidade do espetinho entre os goianos, independentemente do sabor. “De carne, de queijo, de frango ou suíno, cada um com a sua preferência. Tem para todo lado em Goiânia”, afirma. Agora, resta aguardar a decisão do prefeito Rogério Cruz para que o espetinho seja oficialmente reconhecido como parte integrante do patrimônio cultural imaterial da cidade, celebrando uma tradição gastronômica que há gerações une sabores e histórias em Goiânia.

 

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Qual a primeira capital de Goiás?

A história de um estado muitas vezes é contada pelas marcas deixadas em sua primeira capital. Em Goiás, essa narrativa ganha vida na cidade de Vila Boa, hoje conhecida como Cidade de Goiás. Entre suas ruas de pedra e casarões coloniais, reside um legado que remonta aos primórdios da colonização brasileira, que oferece  aos visitantes uma imersão na riqueza cultural e histórica do estado.

Foto: divulgação

Localizada no coração do cerrado brasileiro, a primeira capital de Goiás é um testemunho vivo das transformações que moldaram a região ao longo dos séculos. Fundada em 1727, Vila Boa foi o centro administrativo e cultural da capitania de Goiás durante o período colonial, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento da região.

O conjunto arquitetônico preservado da Cidade de Goiás conta a história da ocupação portuguesa na área, com igrejas barrocas, casarões coloniais e praças que refletem a influência da época. Entre os pontos de destaque estão a Igreja Matriz de Sant’Ana, construída no século XVIII, e o Museu das Bandeiras, que abriga artefatos e documentos que contam a trajetória da cidade e do estado.

 

Igreja Matriz de Sant’Ana/Foto: divulgação

Além de seu valor histórico, a primeira capital de Goiás também é um centro cultural, onde tradições seculares se mesclam com a vida contemporânea. Festivais de música, dança e gastronomia celebram a diversidade cultural do estado, enquanto artistas locais mantêm viva a herança artística e artesanal da região.

Atualmente, a cidade de Goiás recebe visitantes de todo o Brasil e do mundo, atraídos pela sua atmosfera encantadora e pelo rico patrimônio histórico. Ruas de pedra que contam histórias, igrejas centenárias que guardam segredos e uma paisagem que reflete a força e a beleza do cerrado brasileiro fazem da primeira capital de Goiás um destino imperdível para aqueles que desejam explorar as raízes e a identidade desse estado tão diverso e fascinante.

 

Corumbá (GO): Revelamos os maiores segredos do paraíso do Cerrado

O Salto de Corumbá, situado no município de Corumbá de Goiás, não apenas se destaca pela sua impressionante queda d’água de 50 metros de altura, mas também pela completa infraestrutura que acolhe os visitantes. Este complexo natural, que serve como um marco da região da Serra dos Pireneus, oferece uma experiência única de imersão na natureza com sua piscina natural originada da cachoeira e uma sequência de corredeiras, poços e lagos que convidam ao lazer e à contemplação. Além disso, uma gruta complementa o cenário, proporcionando aos visitantes uma oportunidade de explorar ainda mais as maravilhas geológicas da área.

Localizado estrategicamente entre as capitais Goiânia e Brasília, o Salto de Corumbá encontra-se a aproximadamente 124 quilômetros de distância de Goiânia e cerca de 120 quilômetros de Brasília, tornando-o um destino acessível para moradores e turistas que procuram um refúgio nas paisagens do Cerrado. A viagem pela BR-414 é facilitada por uma rodovia totalmente pavimentada, o que assegura um trajeto tranquilo e seguro até o complexo.

O Parque Natural Salto Corumbá se destaca como um dos expoentes do ecoturismo no Cerrado Goiano. Com sete cachoeiras em sua composição, o parque oferece uma experiência de imersão total na natureza para seus visitantes. Além das quedas d’água, o local disponibiliza infraestrutura para camping, pousada com instalações rústicas e confortáveis, restaurantes e um parque aquático. O ambiente é projetado para proporcionar tranquilidade, sendo um refúgio do barulho e estresse urbanos​​.

A experiência é enriquecida pelas atividades radicais disponíveis, que incluem desde trilhas que somam mais de 1,5 km, ideais para explorar a região e suas paisagens, até passeios a cavalo e a Trilha do Ouro, uma espécie de montanha-russa pelo cerrado. Para aqueles que buscam relaxamento, o parque funciona todos os dias, oferecendo o Day Use das 8h às 18h​4​​5​.

A gastronomia local é uma atração à parte, com opções de buffet self-service por quilo e serviço à la carte que oferecem pratos prontos e comida típica de boteco, ideal para um momento descontraído​​. Além disso, os visitantes podem desfrutar de sorvetes, picolés, drinks especiais e outras sobremesas. Para maior comodidade nas transações, o parque utiliza um sistema de cartão consumo, onde os visitantes carregam a quantia desejada e utilizam-no em pontos de recarga, garantindo mais agilidade e segurança​. Importante observar que algumas atividades são cobradas à parte e o parque oferece facilidades de pagamento, como parcelamento em até três vezes sem juros​​.

A cidade de Corumbá de Goiás, situada a apenas 8 km do parque, complementa a experiência turística. A cidade possui grande potencial turístico, sendo cercada pela vegetação típica do Cerrado e abrigando uma rica herança cultural e histórica. Corumbá de Goiás oferece inúmeras cachoeiras, rios e trilhas para exploração e tem uma posição estratégica entre Goiânia e Brasília, facilitando o acesso via rodovias asfaltadas​.

A cidade de Corumbá

A cidade de Corumbá de Goiás, fundada em 8 de setembro de 1731 como um pólo de mineração, é carregada de histórias e transformações. O nome Corumbá tem origem tupi-guarani e significa “banco de cascalho”, aludindo às atividades de mineração nos rios Corumbá e Ribeirão Bagagem. Com a inauguração da capela de Nossa Senhora da Penha de França em 1734, a povoação se tornou o centro de toda a região do Rio Corumbá​​.

A cidade foi moldada pela busca de riquezas naturais, como pedras preciosas, por bandeirantes paulistas e portugueses. Essa fase inicial de desenvolvimento foi seguida por um vaivém administrativo que viu Corumbá de Goiás ganhar e perder o status de vila e município várias vezes, até obter sua autonomia político-administrativa definitiva em 1902 e adotar seu nome atual em 1943 para diferenciar-se de uma cidade homônima em Mato Grosso​.

Hoje, o turismo se junta à agricultura e à pecuária como pilar econômico, com destaque para o Centro Histórico e as cachoeiras, embora o acesso a algumas atrações possa ser limitado sem veículo próprio​​. Corumbá de Goiás mantém a essência de cidade do interior com uma economia sustentada pela produção de alimentos como milho, feijão, soja e pela criação de gado, complementada pelo turismo que valoriza sua rica herança cultural e natural​.

 

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Foto: Prefeitura de Corumbá

Folia de Reis e Festa do Divino Espírito Santo agora são Patrimônio Cultural Imaterial Goiano

Goiás é uma terra da fé, que se reconhece por meio dela e gera, inclusive turismo de negócios e da fé em diversas cidades. Os festejos santos também buscam reconhecimento. Recentemente, a Festa do Divino Espírito Santo (origem enraizada no próprio cristianismo e é tão antiga quanto a própria Igreja Católica) e a Folia dos Reis (vai muito além de uma celebração e faz parte da história do povo católico). 

As duas celebrações católicas foram sancionadas oficialmente como Patrimônio Cultural Imaterial Goiano, na última segunda-feira, 25, pelo governador Ronaldo Caiado. Está disponível no Diário Oficial do Estado, a Lei Estadual nº 22.270, que consagra as festividades a um patamar histórico.

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Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília

A Festa do Divino Espírito Santo já tinha sido considerada Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil, pelo Iphan, desde 2010, por sua contribuição para a cultura do país e do mundo. Mas foi somente em fevereiro de 2023, que o deputado estadual Amilton Filho (MDB), propôs o projeto de lei para considerar as festividades como patrimônio, também do estado.

As festividades da Folia de Reis são realizadas entre os dias 24 de dezembro, véspera de Natal, e 6 de janeiro, Dia de Reis. Enquanto a Festa do Divino Espírito Santo é realizada anualmente durante a segunda metade do mês de maio.

Foto: Elisângela Leite

Feira Hippie em Goiânia pode virar patrimônio imaterial do Estado

A Feira Hippie, em Goiânia, pode se tornar Patrimônio Imaterial do Estado de Goiás. A decisão vai ser debatida em evento da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) que acontece nesta terça (29) na Vila Cultural Cora Coralina. A reunião será com os detentores e representantes da Feira Hippie de Goiânia juntamente com a população, e será discutido o registro da feira como patrimônio cultural  imaterial do Estado de Goiás.

Desde 2019, a Secult trabalha no processo que visa conceder o registro de patrimônio imaterial da feira, que vai garantir políticas públicas efetivas de preservação e continuidade do bem para as futuras gerações. “É um trabalho que exige muita pesquisa e levantamentos, e tudo isso está feito em conjunto com a comunidade e os feirantes. Tudo isso vai garantir a proteção legal dessa feira que já é parte da cultura goiana”, explica a secretária de Estado da Cultura, Yara Nunes.  

O objetivo do encontro é apresentar e tirar dúvidas sobre as etapas do processo de registro e sua finalidade. Também serão ouvidas as principais demandas e expectativas em relação ao reconhecimento oficial da feira como patrimônio cultural imaterial do Estado.

Ainda serão realizados outros encontros e pesquisas para a finalização do Dossiê Técnico de Registro, que será feito junto com os detentores, respeitando sua autonomia e protagonismo. Posteriormente, o Dossiê Técnico será encaminhado ao Conselho Estadual de Cultura para a deliberação final.

Sobre a Feira Hippie

Considerada a maior feira ao ar livre do Brasil e da América Latina, a Feira Hippie conta com aproximadamente 7 mil bancas. É realizada às sextas, sábados e domingos, em um ponto histórico e turístico da cidade, a Praça do Trabalhador, ao lado do Terminal Rodoviário de Goiânia, próximo à antiga Estação Ferroviária de Goiânia, com vista para a Maria Fumaça.

Sua história começa no final da década de 1960, quando alguns hippies expunham suas peças no Mutirama, posteriormente na Praça Universitária, depois na Praça Cívica até o local que se encontra atualmente. A comercialização forte do local é a moda, que atrai excursões de todo Brasil. Também são encontrados produtos de diversos setores como artesanato, calçados, peças para o vestuário, produtos importados, artigos regionais, comidas típicas de Goiás e de outros estados e países, mostrando a diversidade cultural da Feira Hippie.

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Foto: reprodução TripAdvisor

 

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Projeto de Lei quer reconhecer vira-lata caramelo como Patrimônio do Brasil

Um projeto de lei apresentado na Câmara dos Deputados quer reconhecer a expressão “vira-lata caramelo” como patrimônio cultural imaterial do Brasil. O texto é do deputado Felipe Becari (União Brasil – SP), defensor da causa animal.

De acordo com o texto, a proposta homenageia o cachorro ao caracterizá-lo como “um dos cachorros mais populares e amados” do país. Além disso, o projeto de lei exalta a “mistura de raças” do animal: “mostra que a diversidade é uma das nossas maiores riquezas”.

Becari afirmou que a proposta de transformar o vira-lata caramelo em patrimônio brasileiro partiu de entidades sociais que lutam pelos direitos dos animais. “Fui eleito pelas pessoas que amam o meio ambiente e os animais. As questões de abandono e de maus-tratos precisam ser enfrentadas no país, e o Parlamento é o espaço adequado para essas discussões”, comentou.

“Temos de fomentar as adoções. Apenas no instituto que apoio temos quase mil animais à espera de um lar. Assim, a ideia é reforçar a cultura da adoção e o fim do preconceito contra os animais sem raça definida”, completa.

Agora, o projeto protocolado na Câmara aguarda despacho do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para a definição das comissões nas quais tramitará.

 

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Conheça as sete maravilhas do Brasil candidatas a Patrimônio Natural da Unesco e que são pontos turísticos fascinantes

As ondulações branquinhas em contraste com o céu azul lembrariam o deserto se, entre uma e outra duna, não se avistassem lagoas de águas cristalinas. As ondas de areia poderiam remeter a praias, mas, ao tocar os grãos, quase integralmente de quartzo, a sensação é de nunca ter visto nada igual de tão fino e leve. Ao provar a água, ela é doce. O vento sopra as dunas enquanto o olhar se perde tentando alcançar o horizonte. Destino de tirar o fôlego, os Lençóis Maranhenses podem ganhar outro patamar para além da perfeição: é forte candidato a Patrimônio Natural da Humanidade no Brasil.

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A lista com sete candidatos ao título, mantida em sigilo, deverá ser divulgada ainda este mês. Além do Maranhão, estão no páreo belezas de outros estados: a Serra da Capivara (PI), o Parque de Itatiaia (RJ), o Raso da Catarina (BA), as Cavernas de Peruaçu (MG), os Banhados do Taim (RS) e a Serra do Divisor (AC).

Lençóis Maranhenses – Maranhão

Lençóis

 

Serra da Capivara – Piauí

Serra

Parque de Itatiaia – Rio de Janeiro

Parque

 

Raso da Catarina – Bahia

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Cavernas de Peruaçu – Minas Gerais

Cavernas
(Foto: Mauricio Oliveira / Viagens Possíveis)

 

Banhados do Taim – Rio Grande do Sul

Banhados
(Foto: Wikimedia Commons)

 

Serra do Divisor – Acre

Serra
(Foto: Marcos Vicentti)

 

 

A “lista-tentativa” elaborada pela ONG World Heritage Watch (WHW) dá suporte às autoridades que determinam quais serão os sítios eleitos. A indicação de cada um é feita pelo país que o abriga, para depois ser sancionada pela Unesco.

A documentação da candidatura do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses está pronta desde 2018 no Ministério das Relações Exteriores, mas o processo ficou paralisado no governo Bolsonaro.

Embora não tenha caráter oficial, a lista da WHW tem grande influência. Criada há 10 anos, na Alemanha, a ONG tem avaliado o status de conservação dos locais que já são patrimônio da humanidade e prospecta novos candidatos.

Como a Unesco recebe pedidos de todos os países do mundo, sua equipe não consegue avaliar tudo com rapidez, e os países com presença da WHW têm ganhado agilidade.

— Quem controla a lista é a Unesco, mas a decisão na prática é tomada pelo país — explica José Pedro de Oliveira Costa, professor do Instituto de Estudos Avançados da USP e representante da WHW no Brasil. — Em todas as vezes que o Itamaraty fez sugestões à Unesco, nunca houve alguma que não fosse aceita.

Se levado em conta que o Brasil possui mais de mil unidades de conservação, a lista do WHW é pequena. Mas a inclusão de muitas áreas seria contraproducente. A Unesco adota a política de conceder um título por ano para cada país, e a decretação dos patrimônios naturais da humanidade se mistura à dos patrimônios culturais, alguns deles também pleiteados pelo Brasil.

A expectativa é que as sete locações indicadas ganhem o título ao longo dos próximos 15 anos. Outras áreas são avaliadas, como o arquipélago de Abrolhos, na Bahia, e os cânions da Serra Geral, no Rio Grande do Sul.

Os critérios da Unesco não se limitam à qualidade da preservação.

— Aquilo que mais conta na tomada da decisão é a demonstração de que uma área candidata é realmente diferente e única. Ela precisa se destacar no âmbito mundial, seja do ponto de vista de biodiversidade, de paisagem ou de elementos de geologia — explica Angela Kuczach, diretora-executiva da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação, ONG que realizou o trabalho de avaliação dos patrimônios naturais no Brasil em parceria com a WHW.

O critério de originalidade pesou desta vez, por exemplo, para inclusão do Raso da Catarina, já que o Brasil não tem ainda nenhum patrimônio da humanidade na Caatinga. O Raso é uma bacia de solo muito arenoso e profundo, na Bahia, onde surgem surpreendentes cânions.

Turismo cresce

A entrada de áreas naturais na lista confere um status de prioridade na conservação dos sítios relacionados, e costuma dar visibilidade turística aos sítios listados.

— Mas com o benefício, vem também um aumento da responsabilidade — diz Kuczach. — Com o título de patrimônio natural, o estado de preservação dos sítios fica sob maior atenção da comunidade internacional, e os governos se sentem meio que obrigados a cuidá-los. É por isso que muitos governos relutam em encaminhar novos pedidos de sítios, que foi o que aconteceu agora no governo Bolsonaro.

No Brasil, o título já foi dado ao Pantanal (MT/MS), Amazônia Central (AM), Costa do Descobrimento (BA/ES), complexo Ilhas Atlânticas (Fernando de Noronha e Atol das Rocas), Parque Nacional do Iguaçu (PR), Vale do Ribeira (PR/SP) e complexo Chapada dos Veadeiros/Parque das Emas (GO).

Para duas delas (Iguaçu e Pantanal), o WHW recomenda no momento status de “perigo”, por ameaças e estágios de degradação. Em Iguaçu, um projeto de lei prevê a reabertura da antiga Estrada do Colono, que corta o parque nacional ao meio, apontada por cientistas como uma perturbação grave à biodiversidade. O Pantanal também sofre ataques ao seu bioma.

A Unesco prevê que, se um processo de deterioração for comprovado em um Patrimônio da Humanidade, o local pode perder o título. A Rede Pró UC e o WHW disseram ao GLOBO, porém, que têm recebido do novo governo sinais positivos em relação à preservação dos sítios já existentes e qualificação de outros a receberem o título. O relatório das ONGs com a nova lista tentativa deve ser lançado oficialmente em 23 de janeiro, em um evento no IEA-USP.

 

*Agência O Globo

 

 

Governo firma parceria para preservação do Coreto da Praça Cívica e Relógio da Avenida Goiás

O Governo de Goiás fez parcerias para preservar o Coreto da Praça Cívica e o Relógio da Avenida Goiás. Nesta segunda-feira (31/10), os secretários de Estado da Retomada e da de Cultura se reuniram com representantes da Secretaria Municipal de Cultura de Goiânia, do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da capital, da Caixa de Assistência dos Advogados de Goiás (Casag) e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para definir as ações de recuperação e manutenção dos prédios.  

O Coreto e o Relógio integram o conjunto de monumentos e prédios de Art Decó no centro da capital tombados pelo Iphan em 2003. Eles fazem parte do projeto “Adote uma praça”, da Prefeitura de Goiânia, que assinou um termo de cooperação com a Casag em 2019 e, a desde então, a entidade se tornou responsável pela recuperação e manutenção dos prédios. 

Na reunião ficou estabelecido que a Prefeitura de Goiânia irá renovar o termo de cooperação com a Casag. Como a ação imediata para preservar os monumentos, a administração municipal, por meio da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), fará a limpeza e cuidará do paisagismo do Coreto da Praça Cívica e do Relógio da Avenida Goiás (foto).

relogio

Nas atribuições e responsabilidade de cada um no novo documento, a Casag continuará responsável pelo restauro e manutenção dos prédios. Já o Governo de Goiás será parceiro em ações de segurança para prevenir futuras depredações. 

Participaram da reunião os secretários de Estado Marcelo Carneiro (Cultura) e César Moura (Retomada); o superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Goiás, Allyson Cabral; a secretária-executiva da Secretaria Municipal de Cultura, Luana Jardim; o presidente do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de Goiânia, Welington Silva; e a secretária-geral da Casag, Daniella Grangeiro Ferreria Kafuri. 

 

Fotos: Secom

Festa das Cavalhadas de Pirenópolis concorre a prêmio internacional

A tradicional Festa das Cavalhadas de Pirenópolis foi indicada para o Prêmio Internacional Passaporte Aberto com a categoria ”Festa do Ano”. A premiação é organizada pela Organización Mundial de Periodismo Turístico (OMPT) e acontece há seis anos em San Luis Potosí, no México.

Além das Cavalhadas, outras cinco festividades populares da América Latina concorrem ao prêmio: Campeonato Mundial de Alfajor (Argentina), Festa de la Vendimia (Chile), Fiexpo Latin América (Panamá), Noche europea de los museos (França) e Tianguis 2022 (México).

O concurso tem como objetivo reconhecer projetos e iniciativas de grande relevância. O resultado sai no dia 4 de Setembro.

Tradição

As Cavalhadas são celebrações que fazem parte da Festa do Divino Espírito Santo. Inspiradas nas tradições de Portugal e da Espanha na Idade Média, elas ocorrem há mais de 200 anos em Goiás e são uma demonstração de religiosidade e cultura, e que ainda fomenta o turismo e a economia local.

O cenário consiste em uma representação das batalhas entre cristãos e mouros que ocorreram durante a ocupação moura na Península Ibérica (século IX a século XV). São dois exércitos com 12 cavaleiros cada, que durante três dias se apresentam, encenando a luta, ricamente ornada e com belíssimas coreografias.

Em 2022, após dois anos sem realização por causa da pandemia da Covid-19, as tradicionais Cavalhadas em voltaram a ser realizadas nos dias 5, 6 e 7 de junho.

 

Imagem: Secult

Conheça 10 construções que fazem parte do patrimônio histórico de Goiás

No dia 17 de agosto é comemorado o dia do Patrimônio Histórico, ótimo dia para refletir sobre a preservação da nossa história enquanto humanidade. E olha que bacana: para garantir a preservação dos bens históricos, o Senado aprovou nesta semana o projeto de lei que aumenta a pena para quem pichar ou degradar monumentos tombados para de 1 a 3 anos de prisão, além de multa.

A importância de monumentos históricos é imensa, para podermos conhecer e entender nossas origens. O Curta Mais e a Novo Mundo valorizam o patrimônio histórico de todo o Brasil, e principalmente o do Goiás. E para comemorar essa data do nosso jeito, fizemos uma lista com 10 contruções que fazer parte do patrimônio histórico do estado de Goiás. Vamos lá?

 

Palácio da Instrução – Cidade de Goiás 

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O prédio foi tombado pelo patrimônio histórico em 1929, mesmo ano em que a cidade de Goiás era tida como a capital do Estado, e as ações realizadas no projeto de reforma buscaram atender totalmente as recomendações do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O Palácio da Instrução abrigou estruturas da educação estadual, inclusive sendo a primeira delas. 

 

Centro Cultural Martim Cererê – Goiânia 

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Ponto de encontro da cena alternativa de Goiânia, o espaço recebe shows, festivais, feiras e diversos eventos em sua programação. 

Inaugurado em 1988, a unidade está localizado no Setor Sul, e abriga os teatro Pyguá e Yguá, e o Bar Karuhá.

Em 2020, o Centro Cultural passou por uma ampla revitalização que incluiu a parte interna e externa, com serviços na parte elétrica, hidráulica e mobiliário. 

Os canteiros dos jardins, assim como todas as dependências do Centro Cultural recebem cuidados diários de limpeza e manutenção, para garantir que a unidade tenha as melhores condições e suporte para receber os novos projetos e encontros quando o funcionamento voltar ao normal.

 

Prédio do Grande Hotel – Goiânia

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O Grande Hotel foi inaugurado em 23 de janeiro de 1937 na cidade de Goiânia, onde hoje é o setor Central, sua construção foi iniciada em 1935 e foi inaugurado em 1938.

Foi o primeiro hotel de Goiânia e uma das mais importantes construções da cidade na época, tombado como patrimônio histórico de Goiânia pelo IPHAN em 18 de novembro de 2003

 

Teatro Goiânia – Goiânia

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Localizado na Avenida Anhanguera no cruzamento com a Tocantins, o Teatro Goiânia chama atenção por sua beleza revestida em Art Déco. Através do projeto feito pelo arquiteto Jorge Félix, a construção faz parte da história de Goiânia e completa 90 anos em 2022. Em 5 julho de 1942 o então Cine-Teatro Goiânia – como assim era chamado – abria suas portas em grande estilo.

 

Casa de Altamiro de Moura Pacheco – Goiânia 

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Sobrado onde morou um dos notáveis pioneiros de Goiânia, passou por obras de restauração. Localizada na Avenida Araguaia, esquina com Rua 15, no Centro da capital goiana, a casa passa despercebida aos olhos dos mais desatentos. Mas possui um acervo cultural que ajuda a contar a história de Goiânia, Goiás e também de Brasília.

Construída nos anos 30 e tombada como bem histórico de Goiânia pela prefeitura em 1999, a Casa da Cultura foi doada para a Academia Goiana de Letras (AGL) em 1993, três anos antes da morte de Altamiro de Moura Pacheco. Além do sobrado, foi doado todo o seu acervo pessoal contendo fotos, medalhas, livros da histórica biblioteca, bens móveis e obras de arte que preservam a história de Goiás.

 

Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário – Pirenópolis

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Para o povo goiano a Igreja de Nossa Senhora do Rosário é o maior centro da fé católica. É a mais tradicional igreja católica estado de Goiás, construída a partir de 1728 pela Venerável Irmandade do Santíssimo Sacramento e dedicada a Nossa Senhora do Rosário, padroeira dos pirenopolinos. 

A imagem de Nossa Senhora do Rosário veio para Pirenópolis em 1727, sendo a padroeira da cidade.

 

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha de França – Corumbá de Goiás

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O conjunto arquitetônico constituído pela Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha de França e dos bens edificados que a envolvem foi tombado pelo Iphan, em 2000. A formação do povoado de Corumbá de Goiás remonta à mineração do ouro no Estado de Goiás, durante o século XVIII, após a Guerra dos Emboabas na região das Minas Gerais e a expulsão dos paulistas da área. 

Por volta de 1725, iniciaram-se as expedições rumo ao interior em busca de novas áreas de mineração.

 

Cine Teatro Esmeralda – Corumbá de Goiás

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O Cine Teatro Esmeralda integra o Núcleo Tombado de Corumbá de Goiás pelo Iphan e continua em plena atividade com capacidade para 140 pessoas é considerado um dos grandes atrativos da cidade. Em novembro de 2011, o prédio foi todo restaurado pelo Patrimônio Histórico Nacional com projeto arquitetônico de Paulo Farsette.

 

Casa de Cora Coralina – Cidade de Goiás

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O Museu Casa de Cora Coralina foi inaugurado em 1989 e preserva na história as frases, os pensamentos, os poemas e poesias dessa importante figura da literatura brasileira. Tem por objetivo projetar, executar, colaborar e incentivar atividades culturais, artísticas, educacionais e filantrópicas visando, sobretudo, à valorização da identidade sociocultural do povo goiano, além de preservar a memória e divulgar a sua obra.

 

Casa da Princesa – Pilar de Goiás

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Também conhecida como Casa Setecentista ou Casa de Rótulas, é um edifício de arquitetura civil, uma morada senhorial, situada no centro histórico da cidade de Pilar de Goiás. Construção da metade do século XVIII, no apogeu da mineração do ouro em Pilar, presumivelmente entre 1741 e 1760. Tem paredes em taipa de pilão e adobes, telhado de telha de barro canal e fundação em pedras argamassadas com barro. 

 

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Chica Doida é reconhecida como Patrimônio de Goiás

Sucesso nas pamonharias de todo o Estado, a Chica Doida foi reconhecida oficialmente como Patrimônio Cultural e Imaterial de Goiás. As informações são do Jornal A Redação.

A lei, de autoria do deputado Coronel Adailton (PRTB), foi sancionada pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e publicada no Diário Oficial de quarta-feira (13/4).

A Chica Doida teria sido criada na cidade de Quirinópolis, no sul goiano, há mais de 70 anos. A base do prato é o milho, e a receita original leva queijo, linguiça e jiló, mas hoje é possível encontrar versões adaptadas com itens como presunto e frango desfiado.

A história conta que a iguaria surgiu por acaso, durante uma pamonhada na fazenda. Ainda havia massa de milho para fazer mais pamonhas, mas a palha acabou. Dona Petronilha Ferreira e seu marido, João Batista da Rocha, decidiram então “inventar moda”.

A massa do milho foi incrementada com bastante cebola picada, alho e pimenta malagueta. Depois, acrescentaram sobras de queijo, linguiça e jiló, e levaram o prato ao forno.

Todos ficaram admirados com o sabor da invenção, que virou Chica Doida. Chica, em homenagem à Francisca, uma senhora que morava com a família; e doida, devido à presença marcante da pimenta.

A receita atravessou gerações, e hoje essa delícia é encontrada até mesmo em outros estados do Brasil. Mas que eles não se atrevam a reivindicar a autoria do prato: a Chica é goiana! É lei.

 

Imagem: Reprodução

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Marmelada de Santa Luzia é reconhecida como Patrimônio Cultural de Goiás

A Marmelada de Santa Luzia é um doce tradicional feito com marmelos encontrados na região de Luziânia, em Goiás. A receita tem sido passada de geração para geração, por descendentes de quilombolas, e chegou ao estado ainda no século XVIII. E agora, o doce se tornou Patrimônio Cultural material de Goiás. As informações são do Jornal O Popular.

O projeto de reconhecimento foi de autoria do deputado Coronel Adailton (PRTB), e agora a Lei 21.278, foi sancionada pelo governador Ronaldo Caiado e publicada no Diário Oficial de Goiás na última terça-feira (5).

A Marmelada de Santa Luzia tem esse nome pois é produzido artesanalmente em Luziânia, que antigamente se chamava Santa Luzia. A área de produção é o Planalto Central, onde a capital do país, Brasília, foi construída nos anos cinquenta. O produto é embalado em caixas de madeira típica, feita pelos próprios produtores. A marmelada se preserva melhor quando em contato com a madeira, e uma fina camada se forma na parte superior. É consumida ao final das refeições como sobremesa, ou servida com queijos locais.

marmelada

O doce é produzido por comunidades quilombolas, descendentes de escravos afro-brasileiros, que viviam em quilombos: vilas que foram fundadas entre os séculos 17 e 18 por escravos que conseguiam fugir de seus senhores e do terrível trabalho forçado em plantações e minas. Os escravos que conseguiam fugir, se esconderam nas florestas e viveram em isolamento por longos períodos, mantendo sua forte identidade cultural. Destas comunidades de Luziania, Mesquita e Xavier, cerca de 30 famílias estão envolvidas com a produção tradicional da Marmelada de Santa Luzia.

 

Imagem: Loja Enquanto Isso em Goiás

Brasil tem novo Patrimônio Mundial da Humanidade reconhecido pela Unesco

O Comitê do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) inscreveu sete novos locais em sua 44ª sessão online e avaliou as candidaturas dos próximos patrimônios mundiais culturais e naturais ao redor do mundo, o Brasil era um dos candidatos. 

 

Na manhã desta terça-feira (27), a cerimônia enfim reconheceu o sítio carioca Roberto Burle Marx (SRBM) como Patrimônio Mundial da Humanidade. Países como Espanha, Índia, Irã e China também já receberam as nomeações. 

 

O comitê analisou as indicações da lista da Unesco, começando pelas candidaturas realizadas até o ano passado, que não puderam ser avaliadas por conta da pandemia da covid-19, que foi o caso do Brasil. O dossiê do Sítio Burle Marx foi entregue à Unesco em janeiro de 2019 e defendia o valor da propriedade como laboratório botânico e paisagístico. 

 

Com 407 mil metros quadrados, o sítio, localizado na Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio, dispõe de um grande acervo botânico a céu aberto, com uma variedade de 3,5 mil espécies de plantas.

 

O Brasil também possui outros patrimônios reconhecidos pela Unesco como o Centro Histórico de Goiás, ruínas de São Miguel das Missões (RS), Parque Nacional Serra da Capivara (PI), Santuário do Bom Jesus de Matozinhos (MG), Centro Histórico de Ouro Preto (MG), Centro Histórico de Olinda (PE) e patrimônios mundiais considerados naturais como o Completo de Áreas Protegidas do Pantanal (MT/MS) e o Complexo de Conservação da Amazônia Central (AM).

 

Foto: Leo de França

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Ipê amarelo mais antigo de Goiânia poderá ser tombado como patrimônio da cidade

O Ipê amarelo localizado na Avenida Contorno, ao lado do Parque Mutirama no centro de Goiânia, poderá ser tombado como patrimônio goiano. A informação é da Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) que prepara um relatório justificando a proposta que será encaminhada à Câmara Municipal, para apreciação no segundo semestre do ano, quando ainda as ruas da cidade estarão tomadas pelo colorido dos ipês.

 

Considerada “a flor nacional”, com florada  exuberante e  bela, muito utilizada no paisagismo, a espécie tem cerca de 70 anos e é considerada a mais velha e frondosa da capital. Segundo o presidente da Amma, Luan Alves, a iniciativa tem o objetivo de ressaltar o valor histórico e a importância paisagística do exemplar, além de ampliar os cuidados com a sua preservação. “O tombamento de uma árvore é uma ferramenta de reconhecimento da relevância ambiental e sociocultural de exemplares que fazem parte da história da cidade e ao mesmo tempo determina a preservação deles, tornando essas árvores imunes ao corte”, explicou.

 

A bióloga da Amma Wanessa de Castro contabiliza cerca de 10 mil exemplares distribuídos pela cidade, segundo o último levantamento, com predominância para as espécies amarela e rosa. Esse número tende a ampliar, pois, conforme ela explica, a planta é a preferida nas ações de distribuição de mudas organizadas pela Prefeitura de Goiânia. No entanto, ela esclarece que é necessário avaliar a metragem do local escolhido para o plantio. “O ipê amarelo, por exemplo, cresce muito e não pode ser plantado embaixo de fiação ou em calçadas estreitas.”

 

A  árvore pode alcançar de 6 até 14 metros de altura e o tronco de 30 a 50 cm de diâmetro. Elas começam a  florescer a partir do final de julho até setembro. Considerado madeira nobre, o Ipê fornece material para estrutura de obras em ambientes externos, construções de pontes, vigas, esquadrias, pisos, escadas, móveis, peças, fabricação de instrumentos musicais, de portas e janelas, dentre muitas outras finalidades.

 

 

O nome ipê origina-se da língua indígena tupi e significa casca dura. O mesmo também é conhecido como pau d’arco, porque antigamente os índios utilizavam a madeira dessas árvores para fazer os seus arcos de caça e defesa. Ou seja, há muito tempo o ipê é utilizado como matéria-prima em razão da boa qualidade da madeira, que tem como características principais ser muito densa, forte, pesada e dura, difícil de serrar. Também tem grande durabilidade, mesmo quando em condições favoráveis ao apodrecimento, e é de alta resistência aos parasitas e à umidade.

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Foto: Sinésio Dioliveira