Séries sobre política para você assistir e ficar atento as estratégias eleitorais de 2022

Em ano de eleição é comum ouvir a frase ‘só faltava essa’. A verdade é que as estratégias e os acontecimentos eleitorais, na maioria das vezes, são repetições de fatos ocorridos no passado. Para estimular o eleitor a refletir e pesquisar sobre os fatos eleitorais, preparamos uma lista com séries sobre o universo político. Confira.

Designated Survivor

 survivor

Como protocolo de segurança, pelo menos um dos membros do gabinete americano deve ficar em segurança nos eventos da alta cúpula. Thomas “Tom” Kirkman é um inexpressivo secretário de estado que foi designado para esse pouco desejado papel.  Uma explosão mata todos os altos membros do governo e joga todo o peso da presidência dos Estado Unidos no então menos influente ministro. A série estreou em 2016 e teve três temporadas produzidas pela rede televisiva ABC. Atualmente, está disponível na Netflix.

 

Foto: reprodução Netflix

 

Scandal

scandall

 

Criada por Shonda Rimes, o seriado mostra a exaustiva missão de Olivia Pope (Kerry Washington) em gerenciar as crises na Casa Branca. Scandal é uma boa pedida para os profissionais de comunicação que têm interesse pelo assunto. Traições, armações, assassinatos, uma organização secreta dentro do país, uma família complicada e um caso com o presidente americano são só alguns dos contratempos que a protagonista precisa encarar ao longo das sete temporadas.

Foto: Cartaz de divulgação

 

House of Cards 

 house

O palco do poder político esconde muito mais detalhes do que aquilo normalmente mostrado ao público. Em House of Cards, série que estreou em 2013, esse tema é explorado e os porões da Casa Branca são expostos ao público. O thriller político de Frank e Clair Underwood leva a política e o poder às últimas consequências. A série, que é obrigatória para todos os envolvidos na política, está disponível na Netflix e tem conta com 6  temporadas lançadas.

Foto: repdrodução Neflix

 

House of Cards – BBCO 

 House

O popular drama da Netflix é uma adaptação da série britânica produzida pela BBC na década de 90. Os livros que originaram a série foram escritos por Michael Dobbs, um ex-chefe do estado maior britânico. Portanto, espera boas doses de realismos nas cenas.  

A saga conta as manobras políticas de Francis Urquhart, então whip do partido conservador que é alçado ao posto de primeiro ministro depois de uma série de chantagens e traições. 

A série é emocionante e é composta de apenas 3 temporadas de 4 episódios.

 

Foto: Divulgação

 

O Mecanismo

 O

A Operação Lava Jato abriu uma verdadeira caixa preta da corrupção brasileira. Gigantescos escândalos de corrupção, envolvendo importantes políticos e empresas estatais, vieram à tona. Esses escândalos alcançaram cifras na casa dos bilhões, acumulados em desvios e em lavagem de dinheiro, chegando a abranger outros países. Em “O Mecanismo”, série brasileira exibida em 2018, o trâmite da Lava Jato é romanceado, de forma a mostrar para o grande público, as nuances dos grandes casos de corrupção ocorridos no Brasil nos últimos anos.

FOTOS: KARIMA SHEHATA/NETFLIX.

 

The West Wing

 The

A série pioneira nos grandes dramas políticos americanos foi “The West Wing”. Em sete temporadas, o espectador é convidado a conhecer a rotina interna da Casa Branca de Josiah Bartlet. Em sua primeira temporada, West Wing ganhou 9 emmys, um recorde para a época. Até hoje, o drama político é a 8ª produção mais premiada da televisão americana.

É considerada uma das produções políticas mais próximas da realidade.

 

Yes, Prime Minister

Yes

 

Yes, Prime Minister foi ao ar na década de 80, pela BBC, e trouxe um tom jocoso às relações no alto gabinete britânico. Com três temporadas de sete episódios, é um divertido passeio pela cultura formal e sarcástica das rodas políticas inglesas.

Os Bórgias

 os

Os Bórgias estreou em 2011,teve produção canadense-húngara-irlandesa,  e foi criada por Neil Jordan. O roteiro é  baseado na história da Família Bórgia (Borja em valenciano), uma dinastia italiana de origem espanhola, que tornou-se proeminente durante o Renascimento. A família é  lembrada pelo governo corrupto e pela acusação de ter cometido vários crimes, incluindo adultério, simonia, roubo, estupro, corrupção, incesto e assassinato, especialmente por envenenamento.  É estrelada por Jeremy Irons como Rodrigo Bórgia (Papa Alexandre VI) e pelos atores David Oakes, François Arnaud, Holliday Grainger e Aidan Alexander que interpretam respectivamente os filhos Juan (Giovanni), Cesare, Lucrezia e Gioffre Bórgia. Derek Jacobi aparece como o Cardeal Orsini.A série foi cancelada em 5 de junho de 2013, e o último episódio foi ao ar em 16 de junho de 2013.

 

Homeland

 Homeland

O andamento de uma investigação contra terrorismo é o cerne dessa produção estrelada por Clarie Danes e Damian Lewis. Clarie é a oficial de operações da CIA Carrie Mathison, envolvida na investigação do sargento Nicholas Brody (Damian). Ele foi prisioneiro da Al-Qaeda e há suspeitas de que tenha se convertido ao grupo terrorista. As desconfianças aumentam ainda mais depois que Brody é convidado para ingressar no Congresso Nacional.

The Crown

 the

A trajetória da Rainha Elizabeth II é a matéria-prima dos episódios lançados até agora pela Netflix. A série britânica começa com o casamento da mãe do príncipe Charles e a ideia é que siga até os dias atuais. Com figuras reais da vida da rainha, The Crown mostrou o príncipe Philip e até o pastor Billy Graham. A reconstrução da época e a atuação de Clarie Foy são alguns dos pontos positivos da obra.

 

Game of Thrones

games

A adaptação dos livros de George R.R. Martin é uma perfeita alegoria da sociedade atual. A história se passa na terra de Westeros, onde 13 famílias brigam para conquistar o Trono de Ferro. Não faltam meios dos mais perversos possíveis para isso. Podemos citar o envenenar do filho de uma das principais rivais e a explosão de uma igreja inteira.

9 séries que estreiam em maio na Netflix e outros serviços de streaming

Maio promete trazer muito entretenimento para quem curte séries nos serviços de streaming. Além do final bombástico de Game of Thrones, da HBO, as séries que estreiam esse mês contam com assassinatos, histórias fantásticas, minisséries sombrias baseadas em fatos e um pouco de comédia, tanto brasileira quanto internacional.

1. Disque amiga para matar

Essa comédia sombria da Netflix acompanha duas mulheres: Jen (Christina Applegate), que está determinada a encontrar quem atropelou seu marido, e Judy (Linda Cadernilli), que recentemente também passou por uma perda importante em sua vida.

Quando estreia: 3 de maio

Onde assistir: Netflix

2. Cine Holliúdy

Com nomes nacionais de peso como Heloísa Périssé, Falcão e Matheus Natchtergaele, a série conta a história de Francisgleydisson, que luta para manter o cinema vivo no interior do Ceará. Ele é dono da única forma de entreterimento da cidade de Pitombas: o “Cine Holliúdy”.

Quando estreia: 7 de maio

Onde assistir: Globoplay

3. Lucifer – Quarta Temporada

A série, que no ano passado foi cancelada pela Fox, retorna para a quarta temporada na Netflix. Enquanto Chloe (Laura German) tenta lidar com a verdade sobre Lucifer (Tom Ellis), alguém está determinado a evitar que uma profecia se torne realidade.

Quando estreia: 8 de maio

Onde assistir: Netflix

4. Chernobyl

Essa minissérie da HBO conta com cinco episódios dramatizando o que aconteceu durante e depois o acidente nuclear de Chernobyl, em 1986, relatando histórias de sofrimento da população que viveu esse período de terror na União Soviética. 

Quando estreia: 10 de maio

Onde assistir: HBO

5. The Society

Em um dia comum na próspera cidade de West Ham, todos os adultos desaparecem. Para sobreviver nesse novo mundo, os adolescentes precisarão se organizar em sociedade.

Quando estreia: 10 de maio

Onde assistir: Netflix

6. O Mecanismo – Segunda Temporada

A série polêmica de José Padilha retorna para sua segunda temporada. A trama vai se passar em 2014, depois das eleições presidenciais, quando 12 dos 13 maiores empreiteros do Brasil já foram presos.

Quando estreia: 10 de maio

Onde assistir: Netflix

7. The Rain – Segunda Temporada

A série dinamarquesa retorna para sua segunda temporada esse mês. Agora, os sobreviventes precisam encontrar a cura para o vírus que infectou um de seus amigos.

Quando estreia: 17 de maio

Onde assistir: Netflix

8. Dilema

A série é um thriller antológico, ou seja, contará com um arco fechado por temporada. Nesses primeiros episódios, o foco será em uma mulher misteriosa, interpretada por Renée Zellweger, que fará uma proposta irrecusável mas perigosa para um casal de São Francisco.

Quando estreia: 24 de maio

Onde assistir: Netflix

9. Good Omens

Baseada no livro de mesmo nome do escritor Neil Gailman, essa comédia fantasiosa acompanha um anjo e um demônio acostumados com a vida luxuosa entre os humanos. Agora, eles terão que deixar tudo para trás na missão de impedir o apocalipse.

Quando estreia: 31 de maio

Onde assistir: Amazon Prime

Saiba quem é quem em O Mecanismo, série da Netflix inspirada na Operação Lava Jato

Faz apenas uma semana que O Mecanismo, série dirigida por José Padilha (Tropa de Elite) com base na operação Lava Jato, estreou no catálogo da Netflix, mas estes oito dias foram suficientes para uma série de polêmicas envolvendo a produção movimentarem as redes sociais.

Grupos na internet fizeram campanha de boicote à Netflix contra a suposta ‘parcialidade’ da série e até os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff chegaram a sugerir que a produção é irresponsável ao transmitir os fatos para seu público.

Isso tudo porque figuras centrais da operação Lava Jato, que movimenta os noticiários brasileiros desde 2014, são retratadas na obra (com nomes diferentes). Apesar disso, não é muito difícil identificar quem é quem através das características físicas e trejeitos dos personagens.

Assistiu a série e ficou na dúvida sobre quem um personagem ou outro representa? O Curta Mais mostra quem é quem:

db459b35a79b079884c41a4cd4ab9cbf.jpg
O juiz Sergio Moro em ‘O Mecanismo’ é o Juiz Rigo, vivido pelo ator Otto Jr

ae16232b74e9f96bcce29382ac9781bd.jpg
Lula, ex-presidente pelo PT, na versão da série se chama João Higino, interpretado por Arthur Kohl

57c09ac833e4d3a2ac2f34b9eee52a6b.jpg
Dilma Rousseff é Janete Ruscov, cuja pele é dada por Sura Berditchevsky

f706da7f5e0dc02b64588ce1925102ab.jpg
O policial Gerson Machado é Marco Ruffo, por Selton Mello

5236408bd00c83be81a256a333227d49.jpg
Aécio Neves é Lúcio Lemes, por Michel Bercovitch

0228f9303e11d1ff963dce430af801d5.jpg
Erica Marena é vivida pela atriz Carol Abras na personagem Verena Cardoni

bdc0cbed80e91b48315d1fa64cd225e5.jpg
Paulo Roberto Costa, dirigente da Petrobras, na série virou João Pedro Rangel, por Leonardo Medeiros

9aadd76abf478badaa0d25c089bcf41c.jpg
O empreiteiro Marcelo Odebrecht (presidente da Odebrecht, que na série é Miller & Brecht) na série virou Ricardo Brecht, interpretado por Emilio Orciollo Netto

e19f5e93cc907d2454de06ab284564b0.jpg
O doleiro Alberto Youssef é representado na série por Roberto Ibrahim, vivido por Enrique Diaz

 

‘O Mecanismo’ – série sobre Operação Lava Jato gera polêmica e irrita Dilma: ‘fake news’

A série “O Mecanismo”, dirigida pelo brasileiro José Padilha e produzida pela Netflix, chegou causando polêmica e dividindo opiniões nas redes sociais. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que é retratada na produção, fez duras críticas ao seriado, inspirado na Operação Lava Jato. Por meio de nota, a ex-presidente atacou o diretor brasileiro que também esteve à frente de Narcos, outra série de sucesso da Netflix, que reconta a história de Pablo Escobar e também também rendeu polêmica na Colômbia. “A série ‘O Mecanismo’, na Netflix, é mentirosa e dissimulada. O diretor inventa fatos. Não reproduz ‘fake news’. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas”, diz a nota assinada por Dilma.

Dilma diz ainda que o cineasta “tem o desplante” de atribuir as palavras do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre “estancar a sangria” ao personagem associado ao ex-presidente Lula. “Jucá confessava ali o desejo de ‘um grande acordo acordo nacional’. O estarrecedor é que o cineasta atribui tais declarações ao personagem que encarna o presidente Lula”, escreve.

A ex-presidente chama a série de “desonestidade intelectual” por parte de Padilha e compara a narrativa a outros fatos da história mundial. “É como se recriassem no cinema os últimos momentos da tragédia de John Kennedy, colocando o assassino, Lee Harvey Oswald, acusando a vítima. Ou Winston Churchill acertando com Adolf Hitler uma aliança para atacar os Estados Unidos. Ou Getúlio Vargas muito amigo de Carlos Lacerda, apoiando o golpe em 1954”.

A petista finaliza dizendo reiterar o respeito pela liberdade de expressão e manifestação artística, mas defende que a série se assuma como uma obra de ficção. “É forçoso reconhecer que se trata de ficção. Caso contrário, o que se está fazendo não está baseado em fatos reais, mas em distorções reais, em ‘fake news’ inventadas”, diz

Em entrevista ao site “Observatório do Cinema”, publicada neste domingo, o diretor respondeu às críticas feitas à série. Segundo ele, o fato de ter misturado falas e personagens não tem importância. “Essa turma nāo entendeu que a série é uma crítica ao sistema como um todo e nāo a esse ou àquele político ou a qualquer grupo partidário. Por isso se chama ‘O Mecanismo’. Assim, misturar falas ou expressōes de um político-personagem que o público pode confundir nāo tem a menor importância, pois sāo todos parte do sistema. É esse mecanismo que queremos combater”, afirmou o diretor. Para ele, as críticas constituem uma discussão “boboca”.

Leia a nota da ex-presidente Dilma Rousseff na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

O país continua vivo, apesar dos ilusionistas, dos vendedores de ódio e dos golpistas de plantão. Agora, a narrativa pró-Golpe de 2016 ganha novas cores, numa visão distorcida da história, com tons típicos do fascismo latente no país.

A propósito de contar a história da Lava-Jato, numa série “baseada em fatos reais”, o cineasta José Padilha incorre na distorção da realidade e na propagação de mentiras de toda sorte para atacar a mim e ao presidente Lula.

A série “O Mecanismo”, na Netflix, é mentirosa e dissimulada. O diretor inventa fatos. Não reproduz “fake news”. Ele próprio tornou-se um criador de notícias falsas.

O cineasta trata o escândalo do Banestado, cujo doleiro-delator era Alberto Yousseff, numa linha de tempo alternativa. Ora, se a série é “baseada em fatos reais”, no mínimo é preciso se ater ao tempo em que os fatos ocorreram. O caso Banestado não começou em 2003, como está na série, mas em 1996, em pleno governo FHC.

Sobre mim, o diretor de cinema usa as mesmas tintas de parte da imprensa brasileira para praticar assassinato de reputações, vertendo mentiras na série de TV, algumas que nem mesmo parte da grande mídia nacional teve coragem de insinuar.

Youssef jamais teve participação na minha campanha de reeleição, nem esteve na sede do comitê, como destaca a série, logo em seu primeiro capítulo. A verdade é que o doleiro nunca teve contato com qualquer integrante da minha campanha.

A má fé do cineasta é gritante, ao ponto de cometer outra fantasia: a de que eu seria próxima de Paulo Roberto da Costa. Isso não é verdade. Eu nunca tive qualquer tipo de amizade com Paulo Roberto, exonerado da Petrobras no meu governo.

Na série de TV, o cineasta ainda tem o desplante de usar as célebres palavras do senador Romero Jucá (PMDB-RR) sobre “estancar a sangria”, na época do impeachment fraudulento, num esforço para evitar que as investigações chegassem até aos golpistas. Juca confessava ali o desejo de “um grande acordo nacional”. O estarrecedor é que o cineasta atribui tais declarações ao personagem que encarna o presidente Lula.

Reparem. Na vida real, Lula jamais deu tais declarações. O senador Romero Jucá, líder do golpe, afirmou isso numa conversa com o delator  Sérgio Machado, que o gravou e a quem esclarecia sobre o caráter estratégico do meu impeachment.

Na ocasião, Jucá e Machado debatiam como paralisar as investigações da Lava Jato contra membros do PMDB e do governo Temer, o que seria obtido pela chegada dos golpistas ao poder, a partir do meu afastamento da Presidência da República, em 2016.

Outra mentira é a declaração do personagem baseado em Youssef de que, em 2003, o então ministro da Justiça era seu advogado. Uma farsa. A pasta era ocupada naquela época por Márcio Thomas Bastos. Padilha faz o ataque à honra do criminalista à sorrelfa. O advogado sequer está vivo hoje para se defender.

O cineasta não usa a liberdade artística para recriar um episódio da história nacional. Ele mente, distorce e falseia. Isso é mais do que desonestidade intelectual. É próprio de um pusilânime a serviço de uma versão que teme a verdade.

É como se recriassem no cinema os últimos momentos da tragédia de John Kennedy, colocando o assassino, Lee Harvey Oswald, acusando a vítima. Ou Winston Churchill acertando com Adolf Hitler uma aliança para atacar os Estados Unidos. Ou Getúlio Vargas muito amigo de Carlos Lacerda, apoiando o golpe em 1954.

O cineasta faz ficção ao tratar da história do país, mas sem avisar a opinião pública. Declara basear-se em fatos reais e com isso tenta dissimular o que está  fazendo, ao inventar passagens e distorcer os fatos reais da história para emoldurar a realidade à sua maneira e ao seu bel prazer.

Reitero meu respeito à liberdade de expressão e à manifestação artística. Há quem queira fazer ficção e tem todo o direito de fazê-lo. Mas é forçoso reconhecer que se trata de ficção. Caso contrário, o que se está fazendo não está baseado em fatos reais, mas em distorções reais, em “fake news” inventadas.

DILMA ROUSSEFF

Netflix libera novo trailer da série inspirada na Operação Lava Jato

Nos últimos anos, a Netflix tem conquistado cada vez mais espaço nas produções originais, só em 2018, serão cerca de 700 filmes e séries exibidos incialmente pela plataforma de streaming. Claro que não precisamos de muito para saber quão grande é essa gama, afinal, só de entrar no menu principal da plataforma nos deparamos com uma imensa lista de produções catalogadas com o selo Original Netflix.

A primeira produção brasileira foi a série “3%”, lançada em 2016, que contava a história de um, não muito distante, futuro pós-apocalíptico, onde o Continente era uma região do Brasil, miserável, decadente e escassa de recursos. Ao completar 20 anos, todos os cidadãos recebem a chance de passar pelo Processo, uma rigorosa seleção de provas físicas e psicológicas que, se conquistadas com êxito, seriam a passagem para o Mar Alto, região onde tudo é abundante, com extensas oportunidades de vida. Porém, apenas 3% dos inscritos chegam ao destino.

Devido ao baixo orçamento da série não podemos nos ater aos efeitos especiais e produção, chamado por muitos de “Jogos Vorazes brasileiro” acabou conquistando muitos haters, bem como defensores inveterados, não apenas pela produção em si, mas por todo o contexto. Além de ter feito muito sucesso “lá fora”. A segunda temporada da série está em processo de produção e é esperada para ser lançada em abril.

O Mecanismo, é a segunda série brasileira com o selo “Original Netflix”. Assinada por José Padilha [diretor de Tropa de Elite e produtor executivo de Narcos] e Elena Soares [Xingu e Filhos do Carnaval], está sendo produzida desde 2016. Um total de 8 episódios, que foram gravados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília.

A série, baseada na história da Operação Lava Jato, tem como intérprete de seu protagonista o ator Selton Mello. Para “mascarar” alguns personagens reais, a produção optou por expressões como Polícia Federativa, Ministério Federal Público, PetroBrasil, Ricardo ‘Brecht’, entre outras. Segundo a produtora Malu Miranda, isso acontece porque, diferente das produções norte-americanas, no Brasil, tratam-se de “marcas registradas”.

Segundo Daniel Rezende [responsável pelos dois últimos capítulos], o objetivo é Entender e decifrar esse processo, essa engrenagem de como as coisas funcionam. E que vai do mais alto escalão até o ser humano que falsifica carteirinha de estudante para pagar meia no show.

Ao anunciar seus planos de fazer uma série sobre episódios de corrupção no Brasil, José Padilha disse ao Wall Street Journal que iria fazer House of Cards parecer realista. 

Já Selton Mello, empolgado com o papel, contou ao Adoro Cinema queviu em Marco Ruffo uma chance de poder finalmente fazer o meu Don Draper [Mad Men], o meu Walter White [Breaking Bad], o meu Tony Soprano [Família Soprano]. Herói, anti-herói, eu não sei como se chama, porque é um personagem complexo, como são os das séries.

Confira o segundo trailer oficial da série e espere ansiosamente por seu lançamento, programado para sexta-feira, 23 de março na Netflix.