Em entrevista exclusiva, Monja Coen fala sobre depressão e a importância da meditação para a saúde

Um dos principais nomes do budismo brasileiro, Monja Coen não tem problema nenhum para unir sua experiência de vida com as mensagens que passa. Uma das líderes espirituais mais famosa do Brasil, ela ministra palestra nesta terça-feira (21) com o tema: Inteligência espiritual e felicidade, no Teatro Rio Vermelho, a partir das 19h.

A Monja Zen Budista Coen, educadora, escritora e palestrante,  é paulistana e  já trabalhou como jornalista profissional. Após ser transferida para Los Angeles (EUA) começou sua ingressão no Budismo, com práticas regulares de zazem, no Zen Center of Los Angeles, local onde fez seus votos monásticos em 1983.

Após anos de treinamento e graduações numa extensa jornada monástica e passagens importantes por templos no Japão, em 2001 Monja Coen deixou o Templo Busshinji e iniciou um pequeno grupo de zazen na casa de um de seus praticantes, que em pouco tempo ficou pequena, sendo criado oficialmente a Comunidade Zen Budista Zendo Brasil.

Com a mesma filosofia de vida, o outro palestrante da noite é Francesc Torralba, doutor em filosofia e teologia, eticista, pesquisador e professor de História da Filosofia Contemporânea e Antropologia Filosófica, diretor da Cátedra Ethos na Universidade Ramon Llull-Barcelona (Espanha).

 

Entrevista completa com a Monja Coen

1- A humanidade passou (e passa) por uma série de transformações evolutivas ao longo de seu desenvolvimento. Como acha que será daqui para frente, é otimista em relação a humanidade?

Não faço previsões futuristas, mas acredito que o DNA humano quer sobreviver.
Para sobreviver a humanidade terá de mudar de atitude em relação à violência contra si mesma e contra o meio ambiente, que é nossa própria vida.

 

2- O Budismo se dedica principalmente ao estudo das causas e consequência do sofrimento. Como o Budismo mudou na sua vida?

O Budismo se baseia na Lei da Causalidade.  Tudo que existe depende de causas e condições. Os efeitos podem ser causas e/ou condições de outros efeitos e assim por diante, em uma rede de interrelacionamentos.   Essa percepção transforma nosso olhar para toda a realidade e nos coloca co responsáveis pelo que estamos vivenciando neste momento.  Momento que também está se transformando.

 

3- A palestra fala sobre sofrimento e hoje se sabe que depressão é uma doença da mais decorrentes da humanidade. Como diagnosticar uma pessoa com depressão o que a filosofia do Budismo pode contribuir para que a pessoa fique bem?

Depressão é a palavra usada atualmente e as práticas meditativas podem facilitar que nos conheçamos em profundidade e possamos perceber os diferentes estados mentais que atravessamos.  Assim, a percepção de onde estamos e a decisão de onde podemos estar se abre.  Não é milagre, não é cura.  É a possibilidade de identificar e procurar ajuda e sair de estados depressivos.

 

4- Você já declarou que já teve depressão, foi esse o motivo que a levou a doutrina do Budismo?

Não foi a depressão que me levou ao Budismo.  Foi a necessidade de conhecer a mim mesma.  Foram as práticas de Zazen (meditação sentada).  Este o verdadeiro portal da sabedoria e da compaixão.  Muito mais do que uma questão pessoal, individual.  Minha crise depressiva foi aos 20 anos de idade.  Minha ordenação monástica foi com 36 anos de idade.  Mas, é claro que, a procura por auto conhecimento e libertação começou muito, muito antes, talvez na pré adolescência.

 

5- O princípio de seus trabalhos diz que a meditação pode ajudar na depressão. Como isso funciona na prática?

A meditação, conforme respondi acima, facilita o auto conhecimento.  Através dele a pessoa pode detectar seus estados mentais e procurar meios de os alterar.

 

6- A pessoa pode fazer isso sozinha ou tem que ser guiada? É possível afastar a depressão conscientemente pelo zen budismo?

As práticas meditativas devem ser orientadas por pessoas que tenham experiência. Da mesma maneira que pessoas com depressão profunda vão precisar de apoio de terapeutas, psiquiatras, remédios.  Tudo depende de cada caso.  Não há milagres nem atalhos.  Há o compreender e o querer sair de estados prejudiciais de consciência.  O Zazen é um portal de auto conhecimento.  Esse auto conhecimento vai muito além do ego, do próprio indivíduo.  É um conhecer da vida em sua pluralidade.  Por isso, se devidamente orientado,  é libertador.  Entretanto, em muitos casos, apenas meditar não é suficiente. Caso por caso.

 

INTELIGÊNCIA ESPIRITUAL E FELICIDADE COM A MONJA COEN

Onde: Teatro Rio Vermelho – Av. Paranaíba, 1576-1864, St. Central

Quando: 21 de agosto de 2018

Horário: 19h

Valores:

Plateia Inferior

R$190,00 – R$90,00 (Assinante Premium Curta Mais)
R$190,00 – R$95,00 (Assinante Básico Curta Mais)

Plateia Superior

R$140,00 – R$65,00 (Assinante Premium Curta Mais)
R$140,00 – R$70,00 (Assinante Básico Curta Mais)

Pontos de Venda Físicos:

Bilherial Digital (online + 4 locais físicos: KomiKeto do Goiânia Shopping, KomiKeto T4, Tribo do Açaí e Butchery bbq).

Unipaz (secretaria)

Curta Mais: Online e Quiosque (1° piso Shopping Bougainville)

Cinemas Lumière (Shopping Bougainville e Banana Shopping)

 

* Meia-entrada (meia solidária): doação de 1 kg de alimento.

* Valor promocional limitado.

 

Classificação indicativa: Livre

Projeto Sexta Aberta traz para Goiânia a líder budista Monja Coen

Nos dias 29 e 30 de janeiro, às 19h, a Universidade Internacional da Paz (Unipaz) traz para Goiânia a Monja Coen, monja zen budista brasileira e missionária oficial da tradição Soto Shu com sede no Japão. Monja Coen também é Primaz Fundadora da Comunidade Zen Budista criada em 2001 com sede no bairro do Pacaembu, em São Paulo. Para participar da palestra oferecida no dia 29 de janeiro, basta doar 2kg de alimentos. A palestra faz parte de um seminário com a Monja, que continua no dia 30 de janeiro, e para o qual é cobrado um valor de R$180 à vista ou R$200 parcelado em 2x no cartão ou cheque. Para se inscrever entre em contato pelo 3941-5556, ou pelo e-mail [email protected].

Antes de tornar-se religiosa, Monja Coen foi jornalista e trabalhou em diversos jornais do Brasil. Converteu-se ao Budismo e tornou-se a primeira mulher e a primeira monja de descendência não-japonesa a assumir a Presidência da Federação das Seitas Budistas do Brasil por um ano. É muito conhecida por suas palestras e por participar de reuniões e diálogos inter-religiosos.

 

Projeto Sexta Aberta

Onde: Unipaz Goiás

Quando: 29 e 30/01/16

Horário: 19h

Endereço: Rua 118, nº 179, St. Sul, Goiânia.

Informações e inscrições pelo telefone: (62) 3941-5556, ou pelo e-mail [email protected]

Entrada: 2 kg de alimentos