Museu goianiense guarda joias do modernismo e encanta visitantes

Com estilo Art Déco, localizado em um importante espaço no arquivo de patrimônios históricos e culturais da jovem capital, a Estação Ferroviária de Goiânia abriga histórias de uma época em que a cidade transpirava modernidade e desenvolvimento.

Em seu interior está uma das maiores joias do modernismo no Estado de Goiás: o Museu Frei Confaloni. Datado de 2019, o mais jovem museu de Goiânia guarda painéis e afrescos pintados pelo religioso desde a década de 1950.

Já na entrada do antigo prédio, estão expostos dois painéis de Confaloni com dimensões iguais a 9 X 4,5m de altura. Batizados como “Bandeirantes – Antigos e Modernos”, os retratos, que atuam a construção da Antiga Estação Ferroviária, eram para o artista um poema e uma introdução ao desenvolvimento de Goiânia.

Museu

Através de uma realidade mítico-social desenhou homens, mulheres e crianças – goianos, goianas e goianinhos – em seu dia a dia. Sem figuração, os personagens são a história da cidade, de dramas diários, carregados em profundos traços de personalidade.

Na visão do artista plástico PX Silveira, biógrafo e representante da família Confaloni no Brasil, o Museu Memorial Frei Confaloni é uma verdadeira joia da capital. “Ele tem a felicidade de retratar a vida e a obra de um artista muito importante para nosso estado”, pontua.

Museu

Para alguns críticos, como Aline Figueiredo, suas obras traçaram tradições culturais para uma cidade recém-pintada. “Numa cidade sem tradição cultural como Goiânia, plantada de uma para outra no Planalto, Confaloni é hoje uma grande memória na História da Arte do Estado, justamente por ter diretamente contribuído para sua afirmação”, pontua.

História

O Museu Frei Confaloni é dividido em duas subgalerias. A Galeria Luiz Curado traz exposições permanentes e uma galeria fixa com obras do artista goiano de coração.

 

Conheça Confaloni

Importante nome do modernismo no Brasil, Frei Nazareno Confaloni nasceu em Viterbo, Itália, se mudou para Goiás a convite do bispo Cândido Penzo na década de 1950 onde desenhou 15 afrescos na Igreja do Rosário, denominados Mistérios de Rosário.

Frei

Na cidade de Vila ao atuou como pároco e introduziu sua técnica dos afrescos. Já em Goiânia, foi participante ativo na fundação da Escola Goiana de Belas Artes (EGBA). Lecionando ainda na Faculdade de Arquitetura da Universidade Católica de Goiás, com aulas de desenho e plástica. Aqui, conheceu Siron Franco, com quem trabalhou por poucos anos. 

Frei Confaloni morreu no ano de 1977, de enfarte, aos 60 anos. Em 1991, durante a Semana Frei Confaloni, foi assinado o decreto para construção do Museu.

 

Serviço

Museu Frei Confaloni

Funcionamento: Terça-feira a domingo, das 8h às 17h

Visitação online através do link

Imagem: Instituto Biapó

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Igreja modernista é marco de fé e arquiteta em Goiânia

A Igreja Nossa Senhora de Fátima, na praça do avião é um marco significativo de fé e arquitetura na cidade. Sua construção reflete não apenas a expressão da espiritualidade, mas também o desejo de inovação e ruptura com as formas arquitetônicas tradicionais. Situada em meio a um cenário de crescente urbanização e desenvolvimento, essa igreja assume um papel importante na identidade cultural e religiosa da comunidade local. A Igreja Modernista de Goiânia foi concebida durante esse contexto de busca por uma nova identidade arquitetônica, inspirada pela estética modernista em ascensão. A igreja, ao incorporar elementos do movimento moderno, que se destacaram por algumas características particulares como o design ousado e inovador, integração de ambientes, uso criativo de matérias como vidro e aço e a importância cultural e religiosa.

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Historia :

A Igreja Nossa Senhora de Fátima na Praça do Avião é um marco religioso e cultural importante situado em um dos pontos emblemáticos da cidade. Consagrada à Virgem Maria sob o título de Nossa Senhora de Fátima, a igreja é um lugar de devoção e encontro espiritual para os fiéis da região. A Arquidiocese de Goiânia foi criada pelo Santo Padre Pio XII, em 26 de março de 1956, pelo documento pontifício (bula) Sanctissima Christi Voluntas. Nessa data, Goiás constituía um só Estado, juntamente com os atuais Distrito Federal e Estado do Tocantins. Numa extensão tão grande havia, apenas, as seguintes circunscrições: Arquidiocese de Goiás, Diocese de Porto Nacional, prelazias de Jataí, São José do Alto Tocantins (Niquelândia), Ilha do Bananal e Tocantinópolis. Em 1955, Dom Emanuel Gomes de Oliveira, arcebispo de Goiás, convocou uma reunião com a Província Eclesiástica de Goiás para um estudo, com a finalidade de fazer uma revisão da divisão eclesiástica do Estado e oferecer à Santa Sé, o pedido de reestruturação das dioceses, com a possível supressão de algumas e a criação de outras. Dom Emanuel não chegou a presidir essa reunião, pois faleceu dia 12 de maio daquele ano. Os bispos, reunidos por ocasião do sepultamento do arcebispo em Goiânia, fizeram o plano e o pedido. Com a criação da nova arquidiocese, a cidade de Goiânia tornou-se o centro de sua sede e concentrou atividades pastorais e administrativas para a região. Desde então, a Arquidiocese de Goiânia tem desempenhado um papel essencial na vida religiosa e na evangelização da população em Goiás, buscando promover a fé católica e contribuir para o desenvolvimento espiritual e social da comunidade.

A localização da igreja na Praça do Avião pode ter uma significância histórica, sendo inaugurada em 1969 como forma de homenagem e preservação da memória do antigo aeroporto de Goiânia. Isso porque o local em que hoje está a praça era o centro das pistas onde pousavam e decolavam os aviões. O local passou por uma grande revitalização em 2013 com a restauração da réplica do Avião 14-Bis, que fica no centro da praça. Essa associação inspirou a construção da igreja no local, buscando abençoar os viajantes e trabalhadores da aviação, bem como oferecer um lugar de oração e conforto para a comunidade local. 

O rápido processo de urbanização trouxe novas demandas, de form mais ágil para cumprir as exigências da evangelização. Dom Fernando assumiu a nova arquidiocese e convocou as forças vivas que estavam dispersas. E uniu-as e coordenou-as, começando a criar a mística da missão entre os fiéis. Direcionou a Romaria do Divino Pai Eterno, confiada já aos padres redentoristas, a quem apoiou e orientou para que a vida das romarias se distinguisse da vida paroquial. E, assim, a pastoral do Santuário foi tomando feições novas de Pastoral das Romarias.

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Ações :

A igreja da grande ênfase as ações social da Igreja arquidiocesana, com o fortalecimento das pastorais sociais, implantou a Feira da Solidariedade que foi realizada em oito edições anuais e agora se integra à Jornada da Cidadania, junto com a PUC Goiás. E foi também sob seu pastoreio que o Santuário do Divino Pai Eterno alcançou o reconhecimento pontifício e tornou-se Basílica Menor. Dom Washington acompanha de perto as ações que os Redentoristas empreendem no sentido da construção da nova Basílica em Trindade.

Serviços :

Localização – Av. Pires Fernandes, Qd. 42 – A , Lt. 10 a 12 – St. Aeroporto – 74070-030 – Goiânia – GO

E-mail: [email protected].

Telefone : (62) 3213-4555 / (62) 99901-9857(WhatsApp)

Expediente da Secretaria :

3ª a 6ª-feira: 8h às 12h e 13h30 às 17h30 /Sábado: 8h às 11h30

Missas :

Domingo: 7h30, 9h30 e 19h

2ª a 6ª feira: 7h e 19h

Sábado: 7h

Confissões: 3ª e 5ª-feira: 14h30 às 16h /Sábado: 9h30 às 11h.

 

 

Autódromo de Goiânia: um ícone modernista do esporte a motor na capital

Adrenalina, velocidade e emoção. Os autódromos são palco de disputas acirradas, torcidas emocionadas, muita alegria e realizações. E para te contar a história do Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna, precisamos voltar alguns bons anos no passado.

Autódromo

Imagem: Rúben Daniel

 

História do Automobilismo

Com grande influência midiática, o automobilismo é um dos esportes mais comercializados do mundo.

As corridas de automóveis começaram quase que instantaneamente após a construção dos primeiros carros movidos a gasolina. A revista parisiense Le Petit Journal, em 1984, organizou a primeira competição na França. Partindo de Paris a Ruão.

Na época, a corrida foi chamada de Competição de Carros sem Cavalos. Aproximadamente 69 carros participaram da corrida de 50 km. Ela determinaria quem poderia participar da corrida de 127 km.

Apenas 25 competidores se classificaram. O conde Jules-Albert de Dion ficou em primeiro lugar. A 19 km/h, com um tempo final de 6 horas e 48 minutos. Mais tarde, a comissão organizadora encontrou um acessório proibido em seu carro. Seu tempo foi cancelado. O título da corrida foi passado a George Lemaître.

Automobilismo

George Lemaître em seu carro após vencer a corrida Paris – Rouen com seu carro Peugeot de 3HP

As competições se tornaram populares na Europa. O clube automóvel francês (ACF) passou a promover corridas internacionais dentro do continente Europeu. Mas o aumento do número de corridas, trouxe também o aumento de acidentes que terminavam em tragédias.

Oito mortes levaram o governo francês a interromper a corrida de Bordéus, e banir corridas de estradas em 1900. Em 1903, um acidente fatal, durante uma dessas corridas, causou a morte de Marcel Renault.

 

Primeiros Circuitos

Diante do número agravante de mortos e feridos, os organizadores perceberam que as corridas eram mais seguras dentro de espaços delimitados. Muitas delas aconteciam dentro de hipódromos, como o de Knoxville Raceway.

Foi 1907, na Inglaterra, que surgiu o primeiro circuito destinado a corridas de carros. O Autódromo de Brooklands foi inspirado no formato oval dos hipódromos. Para adaptação dos carros, as curvas receberam algumas leves inclinações.

Três anos mais tarde, foi construído nos Estados Unidos um dos circuitos mais famosos do mundo: o Indianápolis Motor Speedway.

Automobilismo

500 Milhas de Indianápolis de 1913

Em 1922, o Circuit de Spa-Francorchamps, na Bélgica. Em 1923, o Circuit de la Sarthe, França. Em 1927, o circuito de Nurburgring, Alemanha. Em 1929, o Autódromo Nacional de Monza, na Itália.

 

Automobilismo Pós-Segunda Guerra

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, o automobilismo se espalhou pelo mundo todo. Na ocasião, nasceram diferentes categorias de corridas de carros em circuitos próprios.

 

Autódromo Internacional de Goiânia Ayrton Senna

Autódromo

Imagem: Cecília Epifânio

Durante a década de 60, os goianos adotaram essa paixão pelo automobilismo. Era até doloroso, para os amantes da velocidade, que Goiânia recebesse as competições apenas uma vez ao ano, nos aniversários da cidade (24 de outubro).

Em busca de alimentar esse sonho, esportistas e autoridades políticas se uniram para estudar o melhor espaço e a forma de começar a estruturação do circuito. A gestão de Leonino Di Ramos Caiado escolheu uma área da Fazenda Gameleira, doada por Lourival Louza, por sua localização privilegiada, com facilidade de acesso.

O projeto mordenista foi assinado pelo arquiteto Silas Varizo, com curadoria do automobilista Marcos Veiga Jardim, e conselhos técnicos do bicampeão de Fórmula 1, Emerson Fittipaldi.

Arquiteto

Arquiteto Silas Varizo

O piloto foi fundamental para o desenvolvimento de extensas áreas de escape, e para a instalação de cercas de aço para dividir a pista do público.

Autódromo

Imagem: Cecília Epifânio

A construção do Autódromo de Goiânia começou em 1972, com inauguração em 28 de julho de 1974. Considerado um traçado de extrema segurança com 3,82 km de extensão, o espaço recebe várias competições de motos e carros.

“12 Horas de Goiânia” foi o nome dado a primeira grande competição que aconteceu no circuito. Este foi o primeiro de muitos eventos esportivos que transformaria a praça esportiva em um dos berços do automobilismo no Brasil, e palco de importantes campeonatos do cenário mundial.

Ao longo da década de 80, o Autódromo de Goiânia ganhou visibilidade internacional ao sediar os Grandes Prêmios de Motociclismo em 1987, 1988 e 1989. As corridas foram transmitidas para mais de 80 países, e a praça esportiva foi bem avaliada do ponto de vista técnico pela Federação Internacional de Motociclismo.

Hoje, o Autódromo recebe eventos como Stock Car Brasil Pro Series, Copa Truck. Em 2014, cogitou-se a possibilidade de receber uma etapa do Campeonato de 2015 do MotoGP, mas o circuito não atendeu as necessidades da competição. Em 2019, o Governo de Goiás comentou sobre eventos automobilísticos no autódromo e revelou sonho com Fórmula 1.

Autódromo

Imagem: Cecília Epifânio

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Goiânia ganha nova galeria de arte em casa modernista histórica

Idealizada por Lúcio Albuquerque, Antônio Almeida e Carlos Dale, a ‘Cerrado Galeria de Arte’ despertou em um soft opening nesta quinta-feira (13), voltado aos arquitetos e profissionais da área.

A Galeria deve ser aberta ao público em maio deste ano, de segunda à sexta-feira, das 10h às 19h. E aos sábados, das 10h às 13h.

A primeira exposição reunirá obras de Siron Franco, artista goiano. Com tema “Pensamento Insubordinado”, a apresentação é composta por trabalhos inéditos datados de 1961 a 2023.

 

Cerrado Galeria de Arte

Na rua 84, n°61, no Setor Sul, a obra assinada por David Libeskind foi escolhida pelos galeristas para sediar a nova galeria de arte fixa de Goiânia. Para receber as exposições, a estrutura passou por uma série de adaptações projetadas pelo arquiteto Leo Romano.

O planejamento do ambiente foi minuciosamente calculado para receber uma variedade de exposições. Individuais ou coletivas, a mostra procura apresentar o talento que nasce nos artistas mais jovens e os transformam em grandes personalidades.

Dentro do mesmo espaço, os galeristas procuram promover debates, bate-papo com artistas, críticos e curadores de arte moderno e contemporânea. O objetivo é expandir e divulgar a arte brasileira.

Os galeristas acumulam cerca de 30 anos de experiência no mercado de arte.

 

Residência Abdala Abrão

A residência Abdala Abrão é símbolo da arquitetura plural e modernista que existe em Goiânia. Localizada no coração de Goiânia, abraçando a Praça Cívica, a casa é o point diferencial da região. Sobrevivendo ao tempo e às especulações imobiliárias.

Imagem: Divulgação

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Centro Cultural em Goiânia assinado por Oscar Niemeyer é sinônimo de modernidade

 

O Centro Cultural de Goiânia foi idealizado em 1999. Naquela ocasião, o projeto tinha como destino as áreas centralizadas de Goiânia, como o entorno do Lago das Rosas ou da Rodoviária. Pouco tempo depois, a área que pertencia a Lourival Louza na avenida Deputado Jamel Cecílio foi doada para o então governo visando a construção do ponto de cultura do estado.

Inaugurado em março de 2006, a ideia do arquiteto carioca, Oscar Niemeyer constituía-se na idealização do Monumento aos Direitos Humanos. A construção modernista se materializou sob a forma de uma grande pirâmide vermelha. O monumento abriga um auditório com cerca de 700 lugares, jardim de inverno e salão de exposições. Em seu processo de desenvolvimento, o auditório foi batizado com o nome Lygia Rassi em homenagem a autora goiana de coração.

oscar

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

oscar

A projeção de Niemeyer para Goiânia o animava profundamente. Seus sentimentos, unidos ao anseio de artistas, escritores, músicos e outros integrantes do cenário goiano cultural fizeram o projeto crescer. Aquela projeção original recebeu ampliação de um complexo modernista composto por uma esplanada e quatro edificações desenhadas em formas diversas como retângulo, triângulo, cilindro e uma cambota.

oscar

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

As demais edificações se mantiveram em tons neutros para que toda atenção fosse voltada ao triângulo vermelho. A Esplanada que comporta o Centro Cultural recebeu o nome do ex-presidente do Brasil, Juscelino Kubitschek. O edifício horizontal e espelhado do complexo funciona como o prédio principal e sedia espaços como a administração e a Biblioteca que presta homenagens a Bernardo Élis, J.J Veiga e Paulo Bertran.

esplanada

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

Alguns metros abaixo da Biblioteca, o prédio abriga o CineX. Com disposição de 164 lugares convencionais e cinco espaços para cadeirantes, o cinema funciona todos os dias da semana, das 13h às 22h. As duas salas de cinema proporcionam conforto ao extremo com poltronas reclináveis e espaçosas, além de som e imagem em alto nível.

cinex

O suntuoso prédio com cerca de dez mil metros quadrados conta com três pavimentos sustentado por pilotis, marcas do movimento modernista. O espaço recebe ainda um auditório para 135 pessoas e um restaurante com uma vista incrível da cidade. O Centro Cultural recebeu também o Museu de Arte Contemporânea (MAC) composto por galeria de arte, sala administrativa e pavimento para exposições.

O Palácio da Música Belkiss Spenziere compõe a área do complexo cultural com traçados que esbanjam a marca de Niemeyer. O “palácio” com seu concreto armado em formato esférico virou símbolo de curiosidade àqueles que não compreendem a obra. Seus sete mil metros quadrados abriga um teatro com mais de 1,5 mil lugares. O ambiente conta com fosso de orquestra, camarotes para 284 lugares e bar. Essa obra se tornou a casa principal da orquestra Filarmônica de Goiás (OFG).

palácio

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

O Oscar Niemeyer já contou com outras atrações abertas ao público. O lugar funcionou como point para os jovens que procuravam suas dependências para andar de patins, bicicleta, skate e praticar outras atividades esportivas. Os momentos de lazer contavam ainda com a integração de tendas que proporcionavam desde aluguéis destes equipamentos até a venda de lanches. O espaço também já recebeu, por duas vezes seguidas, o Natal do Bem.

Natal

Oscar

Imagens: Marcos Aleotti Fotografia – Curta Mais

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Correios da Praça Cívica é histórico e conta um pouco da história de Goiânia

Localizado na Praça Cívica, o prédio dos correios funciona como importante parte da história de Goiânia. No começo da década de 1930, Atílio Corrêa Lima ocupava o posto de diretor urbanístico da capital. Atílio teve que lidar com diferentes problemas no período de desenvolvimento da cidade. Sobre alta pressão, o urbanista abandonou o posto em 26 de abril de 1935.

Naquele mesmo ano o Estado de Goiás fixava contrato com a empresa Coimbra Bueno e Cia. Idealizado pelo interventor federal, o plano diretor da nova capital de Goiás, assinado por Atílio, foi seguido. Para Pedro Ludovico, era importante que a cidade fosse construída sobre padrões de uma arquitetura moderna. 

Foi através da idealização modernista do interventor federal que nasceu a Praça Cívica e todas as outras obras em seu entorno. O prédio dos Correios, centralizado no encontro de duas importantes vias da capital, foi erguido de forma a manter a história de uma cidade planejada do zero. O edifício, símbolo de patrimônio cultural, guarda memórias que revelam a identidade de um povo.

Correios

Imagem: acervo Iphan

Entre as avenidas 82 e Tocantins elevava-se o prédio da primeira estação telegráfica de Goiânia, em janeiro de 1936. Cerca de quatro meses depois, em maio do mesmo ano, a agência dos Correios foi inaugurada pelo diretor regional dos Correios e Telegráfos, Benedito de Albuquerque. 

 

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As primeiras correspondências do primeiro prédio dos Correios em Goiânia eram pacotes dos jornais Diário de São Paulo, Diário da Noite, A Pátria e Diário Carioca. Com remetente de Leopoldo de Bulhões, a correspondência chegou em Goiânia por volta das 9 horas da manhã do dia 4 de maio, dois dias após a inauguração dos Correios. 

correios

Imagem: acervo Eduardo Bilemjian

Entre os anos de 1969 e 1973, a antiga sede foi demolida para a construção de uma nova, que se distanciava do estilo Art Déco e aderia ao modernismo. O prédio não é tombado como patrimônio histórico cultural, mas é parte integrante do acervo arquitetônico e histórico da Praça Cívica, sendo este um ponto importante no marco inicial da construção de Goiânia.

Correios

Imagem: acervo Museu Nacional

Funcionando normalmente desde sua inauguração, os funcionários do prédio já enfrentaram complicadas situações. O último caso conhecido foi um surto de infecção pela Covid-19 que resultou em cerca de 40 funcionários infectados e um morto. 

Imagem de capa: reprodução Letícia Coqueiro

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Residência Abdala Abrão é um ícone modernista no coração de Goiânia

Que o centro de Goiânia é um local histórico isso você já sabe. No entanto, O Curta Mais está aqui para te apresentar os detalhes e as construções que trazem mais cor e estrutura à essas histórias.

Na década de 1950, David Libeskind assinava o projeto que constituia o Conjunto Nacional de São Paulo. Uma década mais tarde o artista e arquiteto desenvolve o plano de construção de uma residência modernista em Goiânia. Localizada na Rua 84, a casa se tornou parte integrante do acervo histórico da capital.

residência

Com esboços marcantes da arquitetura modernista, a Residência Abdala Abrão atrai olhares curiosos através de sua fachada impelida pelo concreto armado e alvenaria de blocos cerâmicos. Para esse projeto o arquiteto dispõe-se a trabalhar com uma distribuição em área delimitada no formato de quadrado complementada por um ‘puxadinho’ ao fundo.

Os espaços fluídos e com escassez de compartimentos, traz um charme especial ao projeto. Os níveis são condecorados por escadas pequenas, sendo essa uma marca registrada de Libeskind. A horizontalidade tão comum em casas modernistas também se faz presente nesta construção.

residência

A prova da assinatura de David Libeskind, mais do que os singelos níveis desenhados em escadas, são os materiais utilizados na construção. A casa reúne de maneira cautelosa madeira, vidro, pedras e elementos cerâmicos. 

Essa obra serviu de sede ao Iphan durante alguns anos. Desativada durante o ano de 2019, a casa foi escolhida por galeristas para servir como um novo espaço de arte em Goiânia. Os conhecedores de arte escolheram a residência Abdala Abrão após realizarem um mapeamento da cidade e a entenderem como uma referência residencial na região central de Goiânia.

A galeria Cerrado procura exibir trabalhos de artistas nacionais que se dedicam verdadeiramente à arte. Para a inauguração, a casa passou por algumas reformas acompanhadas de perto pelo arquiteto goiano Leo Romano, uma grande personalidade da arquitetura na década de 1960.

residencia

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Imagens: Letícia Coqueiro 

Ícone modernista foi sede da Assembleia Legislativa de Goiás

A Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO) oficializou sua mudança para o prédio Maguito Vilela. Por cerca de sessenta anos o Parlamento funcionou no Palácio Alfredo Nasser. Com uma diversidade de sedes em seu histórico, a Alego recebe sua primeira casa oficial no ano de 1962. Aos 29 anos da cidade, o Bosque dos Buritis teve parte de seu terreno cedido à Assembleia Legislativa. 

O Palácio Alfredo Nasser surge carregado por um simbolismo histórico e cultural. Seus traços arquitetônicos retratam uma cidade projetada com predisposição à modernidade. O projeto do edíficio desenvolvido por Eurico Calixto de Godoi em parceria com Elder Rocha Lima se erguia sob um plano diretor de apenas dois blocos. Em um deles estava os gabinetes dos deputados, já no outro, estruturava-se o plenário e o refeitório.

palácio

Seguindo a ideologia do modernismo em poucos detalhes e formato simples, dentro dos blocos os ambientes eram divididos através dos móveis. Sem aqueles imobiliários o lugar era um vão livre com banheiros ao fundo. A criação de áreas de circulação foi interligada por grandes rampas e escadas em concreto puro para trazer certa monumentalização à esses lugares.

O interior do prédio foi interligado por pilotis, um conjunto de pilastras e coluna que sustentam as paredes, ao mesmo tempo em que contemplam o lugar com vãos livres. Em tradução, apesar de possuir pilastras o edifício foi contemplado com grandes espaços abertos sem a obstrução destas. 

PALÁCIO

Uma entrada concedia acesso público direto ao plenário. Dentro do órgão deliberativo máximo do Poder Judiciário, as arquibancadas foram posicionadas lado a lado com a câmara dos deputados. O lugar privilegiado permitia visão geral aos políticos. A amplitude de todos os espaços facilitava o acesso para todos. 

Com sua inauguração, o prédio recebeu o título de Palácio dos Buritis. Foi através de um projeto de Lei do deputado Ary Valadão que a sede conduziu-se ao batismo de Palácio Alfredo Nasser posteriormente. A homenagem era oferecida ao goiano que teve sua vida dedicada à política, bem como ao jornalismo e à advocacia. 

PALÁCIO

Em virtude da transformação do Bosque dos Buritis na nova sede da cultura goiana, o local está entregue para a prefeitura. Estima-se que a partir de maio o Palácio Alfredo Nasser abrigará a Secretaria de Cultura do Estado de Goiás. 

Imagem: Acervo ALEGO

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15 obras de arquitetura em Goiânia que todo mundo deve ver de perto

Nem só de prédios históricos vive Goiânia. Mesmo com seus 80 e poucos anos, a cidade já se destaca no cenário arquitetônico com prédios que vão do Art Déco, passam pelo Modernismo e chegam aos estilos mais contemporâneos. Considerada a quarta arte, a arquitetura é celebrada no dia primeiro de julho, quando exaltamos a beleza esculpida em concreto. Com o apoio dos arquitetos Andréia Spessatto, Leo Romano, Victor Tomé e André Lenza, construímos uma lista com as 15 obras de arquitetura em Goiânia que merecem uma visita. Aprecie:

 

Teatro Goiânia

Teatro

Inaugurado em 1942, o Teatro Goiânia foi idealizado pelo arquiteto Jorge Félix e é uma das pérolas do estilo Art Déco da capital. Recentemente restaurado, recebe mais de 800 pessoas para apresentações de dança, teatro e música erudita e popular, e pode ser visitado das 08h às 18h.

Onde: Rua 23, N 252, Centro.

 

Palácio das Esmeraldas

Palácio

Espaço que abriga todos os governadores do Estado de Goiás, o Palácio das Esmeraldas recebeu o nome devido à cor. O prédio Art Déco foi projetado por Atílio Correia Lima e inaugurado em 1937.

Onde: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira, N 01, Centro.

 

Estádio Serra Dourada

Serra

Projetado pelo arquiteto Paulo Mendes da Rocha, ganhador do Prêmio Pritzker de 2006, o Estádio é internacionalmente reconhecido como um ícone da arquitetura. Além de eventos esportivos, recebe shows como o do Paul McCartney, que lotou o lugar em 2013.

Onde: Avenida Fued José Sebba, N 1170, Jardim Goiás.

 

Centro Cultural Oscar Niemeyer (CCON)

CCON

Oscar Niemeyer dá nome a uma construção modernista que se tornou cartão postal da capital. Composta por quatro edifícios que abrigam a biblioteca, o Museu de Arte Contemporânea (MAC), o Palácio da Música e o Monumento aos Direitos Humanos, recebe exposições de arte, eventos, e shows e acolhe o público que usa o espaço para andar de skate e patins.

Onde: Avenida Deputado Jamel Cecílio, N 4490, Quadra Gleba, Lote 1, Setor Fazenda Gameleira.

 

Banco Santander

Banco

 Foto: Naldo Mundim

De estilo modernista, a agência do banco Santander foi idealizada por Ruy Ohtake, um dos maiores ícones da arquitetura nacional.

Onde: Rua 3, esquina com a Rua 9, Setor Central.

 

Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região

TRT

Selecionado em um concurso nacional de arquitetura, o projeto foi desenvolvido pela equipe do Corsi Hirano Arquitetos e foi inaugurado em 2012.

Onde: Rua T-51 esquina com rua T-1, N 1403, Lotes 7 a 22, Quadra T 22, Setor Bueno.

 

Palácio Pedro Ludovico Teixeira

Pedro

 Foto: Claudia Oseki

O prédio de 10 andares, localizado na Praça Cívica, concentra a administração financeira do estado de Goiás e foi recentemente reformado.

Onde: Avenida 82, N 400, Setor Central.

 

Hakone

Hakone

O projeto contemporâneo de um dos melhores restaurantes de comida oriental de Goiânia foi idealizado pela arquiteta Marcia Bizi.

Onde: Rua T-55, N 830, Setor Bueno.

 

Castro’s Park Hotel

CASTROS

Primeiro hotel 5 estrelas da capital, foi inaugurado em 1986 com um projeto arquitetônico de vanguarda para a capital na época e que se mantém relevante ainda hoje.

Onde: Av. República do Líbano, N 1520, Setor Oeste.

 

Sede Social do Jóquei Clube de Goiás

Jóquei

Foto: Lucas Jordano de Melo Barbosa

Também idealizado pelo premiado Paulo Mendes da Rocha, foi fundado em 1938 e funciona como centro de lazer e esportes.

Onde: Avenida Anhanguera, N 3653, Setor Leste Universitário.

 

Ortoclínica Dr. Ednilson Gomes

Clínica

O prédio contemporâneo combina linhas assimétricas com vidro espelhado, dando à clínica odontológica um ar moderno e futurista.

Onde: Avenida T. Um, N 2114, Setor Bueno.

 

Condomínio do Edifício Elba

Elba

 Foto: Lucas Jordano de Melo Barbora

Arquitetura e paisagismo se unem no projeto desse condomínio, localizado em um dos bairros nobres de Goiânia.

Onde: Avenida 136, N 431, Setor Marista.

 

Estação Ferroviária de Goiânia

Ferroviaria

Tombada como patrimônio do estado, a Estação é mais uma preciosidade em estilo Art Déco da capital. Foi construída na década de 50, desativada na década de 70 e atualmente sofre com a falta de segurança.

Onde: Praça do Trabalhador, Setor Central.

 

Residência Abdala Abraão

Abdala

 Foto: Lucas Jordano de Melo Barbosa

A casa modernista projetada pelo arquiteto David Libeskind privilegia a integração entre os ambientes e foi utilizada como cenário para a Casacor Goiás de 2005.

Onde: Avenida 84, N 61, Setor Sul.

 

Monumento do Viaduto Latif Sebba

Latiff

Foto: Daniel Barros

Um dos marcos e cartões-postais de Goiânia, o projeto foi idealizado pelo arquiteto goiano Marco Antonio Amaral, o monumento é uma referência aos primórdios da urbanização de Goiânia.

Onde: Avenida 85, cruzamento com a Avenida D e a Rua 87, Setor Marista.