STJ diz que plantar maconha para extrair óleo medicinal não é crime

STJ diz que plantar maconha para extrair óleo medicinal não é crime

Na última quarta-feira (13), a 3ª Seção do Superior Tribunal de Justiça (STJ), discutiu os termos sobre a plantação da cannabis medicinal. A decisão é que plantar maconha para extrair o óleo medicinal não configura crime de tráfico, como era considerado anteriormente.

Para fazer o cultivo, é necessário passar não só por prescrição médica, mas também receber uma autorização da ANVISA, que liberava somente a importação do canabidiol.

Justamente por não conseguir pagar o valor excessivo que é cobrado na importação, o cultivo da planta em casa é uma solução viável, desde que regularizada e fiscalizada por órgãos responsáveis.

Em paralelo, o STF está julgando a descriminalização do porte da cannabis para uso pessoal. Praticamente já no fim, o placar está em 5×1 para a liberação, que só precisa ser discutida em relação a quantidade.

Uso para fins medicinais
canabis

Com o objetivo de ajudar na área da saúde, o canabidiol é um óleo extremamente medicinal, que auxilia em quase todo tipo de tratamento, desde ansiedade, a enxaquecas e problemas mais graves. Atualmente, quase ninguém possui acesso ao medicamento, precisando recorrer ao uso de outras formas. Portanto, a discussão sobre a liberação envolve temas como a possível diminuição do tráfico.

Além disso, foram tomadas outras decisões judiciais positivas, como os planos de saúde, e farmácias de manipulação, que agora fornecem esses medicamentos.

 

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Foto de Capa: FioCruz

Medicina canábica é tema de simpósio gratuito em Goiânia nesta sexta (1º)

Os avanços, benefícios e desafios da Cannabis Medicinal e seu marco regulatório será tema de um simpósio gratuito em Goiânia (GO), nesta sexta-feira (1º) de setembro, no auditório da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás. 

O evento traz participação de diversas entidades do segmento e renomadas autoridades do assunto em um dia de imersão ao assunto, das 8 às 17 horas. Ele é gratuito, mas é necessário realizar inscrição no link AQUI

O Simpósio será voltado para profissionais médicos, odontólogos, farmacêuticos, advogados, legisladores, representantes de órgãos de controles, pesquisadores, estudantes e demais interessados em conhecer e debater sobre o tema Cannabis medicinal.

Temas do Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Painel I – Marco Legal da Cannabis Medicinal no Brasil; 

Painel II – Perspectivas das Entidades Reguladoras sobre a Cannabis Medicinal; 

Painel III – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Produção de Cannabis Medicinal;

Painel IV – Uso da Cannabis Medicinal no Tratamento de Doenças Específicas e casos clínicos;

O simpósio está sendo promovido pela Iquego, em parceria com a OAB/GO, Golden BRZ, USA Hemp Brasil, ÁGAPE, Hub Curta Mais, Fundação REDWOOD, CDPI Pharma, EPHAR com o apoio dos Conselhos Federal de Farmácia – CFF; Regional de Farmácia – CRF/GO; Regional Odontologia – CRO/GO; Regional de de Psicologia – CRP/GO; Regional de Fisioterapia – CREFITO/GO.

 

SERVIÇO:

Simpósio Goiano de Medicina Canábica

Data: 1º de setembro de 2023

Horário: 8h às 17h

Local de realização: Auditório OAB – Seção de Goiás, localizado na Rua 1121, n° 200 – Setor Marista

Inscrição gratuita: www.iquego.go.gov.br

 

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Alexandre de Moraes vota a favor da descriminalização da maconha

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta quarta-feira (2), para não ser considerado mais crime o porte de maconha para consumo pessoal.

Pelo voto do ministro, deve ser considerado usuário quem portar entre 25 a 60 gramas de maconha ou seis plantas fêmeas de cannabis. Além disso, a Justiça também poderá avaliar as circunstâncias de cada caso para verificar eventual situação que possa configurar tráfico de drogas. 

O julgamento sobre o porte de drogas foi retomado nesta tarde com o voto do ministro, que, em 2015, pediu vista (mais tempo para analisar o caso) e suspendeu o julgamento.  A sessão continua para a tomada dos votos dos demais ministros. 

O Supremo julga a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei das Drogas (Lei 11.343/2006). Para diferenciar usuários e traficantes, a norma prevê penas alternativas de prestação de serviços à comunidade, advertência sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a curso educativo para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

A lei deixou de prever a pena de prisão, mas manteve a criminalização. Dessa forma, usuários de drogas ainda são alvos de inquérito policial e processos judiciais que buscam o cumprimento das penas alternativas. 

Moraes avaliou que a lei aumentou o número de presos por tráfico de drogas e gerou “um exército para as facções criminosas”. O ministro informou que dados oficiais mostram que 25% dos presos no Brasil (201 mil) respondem por tráfico de drogas.

“Isso gerou o fortalecimento das facções no Brasil. A aplicação da lei gerou aumento do poder das facções no Brasil. Aquele que antes era tipificado como usuário, quando despenalizou, o sistema de persecução penal não concordou com a lei e acabou transformando os usuários em pequenos traficantes. O pequeno traficante, com a nova lei, tinha uma pena alta e foi para sistema penitenciário. Jovem, primário, sem oferecer periculosidade à sociedade, foi capturado pelas organizações criminosas”, comentou.

O ministro também defendeu a definição de limites de quantidade de drogas para diferenciar usuários e traficantes. 

“Hoje, o tráfico de drogas em regiões abastadas das grandes cidades do país é feito por delivery. Há aplicativos que a pessoa chama e, assim como o IFood leva comida, leva a droga”, completou.

Além da quantidade, Moraes também disse que devem ser levadas em conta as circunstâncias das apreensões para não permitir discriminação entre classes sociais. 

“Quanto mais velho e mais instrução, mais difícil ser caracterizado como traficante”, afirmou.

 

*Agência Brasil

 

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Consumo de maconha torna-se ilegal na Holanda

A partir de agora, as autoridades municipais de Amsterdã, na Holanda, vão aplicar multa de até 100 euros a quem não cumprir a nova regra que proíbe o consumo de maconha nas ruas do distrito de prostituição, conhecido como De Wallen. Essa medida foi proposta em fevereiro e aprovada no dia 25 de maio de 2023.

Mudanças na legislação sobre consumo de cannabis na Holanda

A Holanda tem sido referência quando o assunto é legalização do consumo de cannabis. Desde 1975, o país europeu legalizou a maconha e permitiu que os usuários a comprassem legalmente em cafeterias. No entanto, agora está fazendo alterações na legislação para proibir o consumo de maconha nas ruas do distrito de prostituição.

Bairro De Wallen e suas características

O bairro De Wallen, localizado no centro de Amsterdã, é conhecido por sua vida noturna e bordéis. Responsável por 10 a 15% do turismo holandês, o bairro tem sido alvo de reclamações dos residentes devido à agitação noturna. Os vereadores propuseram mudanças para alterar o ambiente “escuro” do bairro.

Com a implementação da proibição de fumar maconha nas ruas da zona de De Wallen, a polícia vai reforçar a segurança para garantir o cumprimento das medidas pertinentes. Caso a decisão não consiga reduzir o barulho e a perturbação noturna de forma satisfatória, a prefeitura poderá tomar medidas adicionais, como impedir que as coffee shops vendam a erva para consumo em outros locais e acabar com mesas externas nos locais em que o consumo é liberado.

 

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Iquego é o primeiro laboratório público do Brasil a produzir canabidiol

Em Março, o Diário Oficial publicou sobre a parceria inédita entre a Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego) e a empresa norte-americana Golden CBD+. O acordo envolve a transferência de tecnologia, que vai produzir produtos à base de cannabis medicinal para distribuição pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.

No estado, já tramita um projeto de lei na Assembleia Legislativa de Goiás (ALEGO), para a distribuição gratuita de medicamentos, fitofármacos e fitoterápicos prescritos a base da planta inteira ou isolada, que contenham na composição, fitocanabinóides, como Canabidiol (CBD), Cannabigerol (CBG), Tetrahidrocanabinol (THC), nas unidades de saúde pública estaduais e privadas conveniadas ao SUS. Em Goiânia, já é realidade, a capital possui uma legislação própria aprovada.

Segundo Diony Melo, médico especialista em cannabis medicinal, o intuito é fazer com que a população do estado de Goiás e dos outros órgãos públicos, seja de esfera estadual, municipal ou federal, possam ter os medicamentos à base de canabidiol via SUS.

“Inicialmente, serão disponibilizados de imediato para comercialização os seguintes produtos: Full Spectrum Canabidiol 100mg/ml (3000mg/30ml) – Solução Oral e Full Spectrum Canabidiol 200mg/ml (6000mg/30ml) – Solução Oral. A previsão é de que a produção seja iniciada em junho, pois depende de questões sanitárias e de importação”, destaca o médico.

Qual a importância da cannabis medicinal?

O canabidiol é um medicamento derivado da Cannabis, a planta da maconha, que é capaz de atuar no tratamento de doenças que atingem o Sistema Nervoso Central do ser humano. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), mais de 100 mil pacientes realizam algum tipo de tratamento que necessita do uso do canabidiol, também conhecido como CBD.

No ano de 2021, mais de 66 mil medicamentos à base de Cannabis foram importados para o Brasil e o uso medicinal e industrial do canabidiol já é regulamentado em aproximadamente 50 países.

“O movimento das famílias, dos pacientes, das associações, inclusive das empresas que pretendem atuar nesse ramo, já está a todo vapor. E, a meu ver, não vai retrair. Entendemos que pode ser um caminho sem volta para a medicina, um avanço, pois vários resultados demonstram a eficácia do tratamento para uso medicinal. A Iquego está saindo na frente, pioneira como laboratório público no Brasil, se tornando o primeiro a firmar uma parceria nesse sentido. Nossa intenção é fazer com que as pessoas de todo Brasil tenham acesso a essa medicação de forma mais acessível.” afirma o diretor-presidente da Indústria Química do Estado de Goiás – Iquego, José Carlos dos Santos.

A Iquego, com mais de seis décadas de história, e por se tratar de uma estatal que possui como principal acionista o Governo de Goiás, tem como finalidade produzir e comercializar medicamentos e produtos para a saúde atendendo demandas do Ministério da Saúde, Secretarias de Saúde estaduais e municipais.

A Iquego vai cumprir o seu papel, regulando o mercado e o acesso aos produtos via Sistema Único de Saúde (SUS), ofertando por valores mais competitivos e acessíveis. 

iquego

 

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Pesquisa diz que quem usa maconha depois dos 30 tem menos sucesso na vida

Uma pesquisa desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, aponta que usuários de maconha com mais de 30 anos tem menos chance de ter sucesso na vida. O estudo examinou dados de mais de 10.000 pessoas sobre o uso de maconha e anfetaminas aos 21 e aos 30 anos de idade. 

 

Os parâmetros de sucesso pessoal foram definidos com base em tópicos como educação, renda, compra de uma casa própria e felicidade autorrelatada. Segundo os dados obtidos, pessoas que usavam maconha e anfetaminas depois dos 30 anos tinham maior dificuldade em alcançar esses objetivos.

 

A análise da pesquisa diz que o uso de drogas não é necessariamente um indicativo de que a pessoa vai “se dar mal” em sua vida. Porém, para alcançar os parâmetros de sucesso estabelecidos pela equipe de pesquisa, seria necessário abandonar o uso dessas substâncias relativamente rápido.

 

Os pesquisadores reforçaram ainda  que o uso de maconha pode estar ligada a taxas menores de sucesso pessoal não exatamente pelo uso da droga, mas pelo peso social de ser usuário de substâncias. Por exemplo, pessoas que são pegas com drogas, dependendo do país, caem no sistema de justiça criminal.

 

De acordo com o estudo, essas questões dão início a uma espécie de espiral auto-realizável de resultados ruins, como maior dificuldade em se colocar no mercado de trabalho, que pode gerar uma maior dificuldade em conseguir um relacionamento amoroso. Esses resultados podem levar, inclusive, a um uso mais irresponsável de substâncias.

Prefeitura de Goiânia aprova o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica

O prefeito Rogério Cruz sancionou, nesta terça-feira (8), o projeto de lei, criado pelo vereador Lucas Kitão, que inclui a data 27 de novembro como o Dia Municipal da Cannabis Terapêutica no Calendário de Eventos de Goiânia. As informações são do Jornal A Redação.

A proposta foi aprovada no plenário da Câmara, no último dia 10 de Fevereiro, com apenas um voto contrário. De acordo com Kitão, a instituição do Dia Municipal da Cannabis Terapêutica faz parte de uma série de ações de incentivo à pesquisa e à discussão sobre o uso terapêutico da substância, com o objetivo de instruir a população acerca da regulamentação e distribuição dos medicamentos.

Em Goiânia, a Câmara já promulgou a lei que autoriza a regulamentação e a distribuição gratuita de medicamentos prescritos à base de cannabis medicinal. A legislação precisa ainda ser regulamentada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).  

O parlamentar afirmou que quer incentivar o debate e a conscientização, juntamente com a oficialização do Dia da Cannabis Terapêutica, para fomentar ações em defesa dos pacientes que necessitam do tratamento, mas que enfrentam preconceito e dificuldade para adquirir os medicamentos.   

“A inclusão no Calendário Oficial do Município vai permitir que ações sejam realizadas por instituições públicas ou privadas, a fim de promover atividades de caráter educacional na cidade que é referência em todo o Brasil, desde a aprovação da regulamentação desses medicamentos na capital”, explicou o vereador, que tem se dedicado à causa.  

Além disso, a data de 27 de novembro também é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Câncer. A escolha foi idealizada por ativistas defensores do medicamento derivado da cannabis, que apresenta grande efetividade no alívio de sintomas provocados pela quimioterapia.

“Desde 2013 a data já é celebrada não oficialmente. Agora poderemos incluir no Calendário Municipal a realização de debates, palestras e atos públicos, além da distribuição de material informativo”, concluiu Kitão.

 

Imagem: Getty Images

Anvisa aprova nova medicação à base de Cannabis

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nesta sexta-feira (17) uma resolução que autoriza a comercialização de mais um produto medicinal à base de Cannabis no país. O novo produto aprovado é o Extrato de Cannabis Sativa Alafiamed 200 mg/ml. Segundo o órgão, ele é obtido a partir do extrato vegetal da Cannabis sativa, a partir de um conjunto de substâncias da planta.

O produto, de acordo com a Anvisa, é fabricado na Suíça e será importado e distribuído no Brasil como produto acabado pronto para uso. Ele estará disponível sob a forma de solução em gotas, contendo 50 mg/mL de canabidiol (CBD) e não mais que 0,2% de tetrahidrocanabinol (THC). O THC é o princípio ativo priscotrópico da planta. O medicamento será comercializado em farmácias e drogarias a partir da prescrição médica por meio de receita do tipo B (de cor azul).

“O CBD e o THC informados são considerados marcadores no controle de qualidade desses extratos, os quais são compostos também por outras substâncias, como demais canabinoides e taninos. Os extratos vegetais têm composição complexa, podendo conter muitas substâncias ativas que podem agir por diferentes mecanismos no corpo humano, o que torna ainda mais importante o controle e o monitoramento aplicados a esses produtos pelo Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS)”, destacou a Anvisa.

No total, há nove produtos à base de Cannabis aprovados pela Anvisa e que podem ser adquiridos em farmácias e drogarias. De acordo com a Anvisa, são produtos fabricados por empresas certificadas quanto às Boas Práticas de Fabricação, que foram totalmente avaliados em relação à sua qualidade e adequabilidade para uso humano.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reprodução

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Pesquisa avalia ação de cannabis em cápsulas para tratar doenças neurológicas

Uma equipe de pesquisadores da Curtin University, na Austrália, desenvolveu uma cannabis em cápsulas que pode ser usada para tratar distúrbios neurológicos, como alzheimer, esclerose múltipla e lesões cerebrais.

Quando administradas via oral em camundongos com doenças neurológicas, as cápsulas foram absorvidas pelo corpo mais rapidamente e penetraram no cérebro mais rápido do que quando foram entregues na forma líquida.

Com esta nova forma encapsulada, os pesquisadores foram capazes de melhorar a liberação de canabidiol pelo cérebro em 40 vezes em modelos animais e também proteger a droga da oxidação e degradação pela luz, o que ajuda a estender a vida útil do produto.

Mais pesquisas são necessárias para entender se essas cápsulas têm sucesso em humanos, mas o artigo descreve que os resultados são muito promissores, considerando que esse novo encapsulamento parece melhorar significativamente a eficiência com a qual os medicamentos à base de cannabis podem ser metabolizados no organismo quando o foco são as doenças neurodegenerativas.

Leia a pesquisa completa aqui

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Lei municipal autoriza uso de maconha medicinal em Goiânia

O presidente da Câmara de Vereadores de Goiânia, Romário Policarpo, promulgou na última quinta-feira (29/04), a Lei Municipal 10.611, que estabelece a distribuição gratuita de medicamentos nacionais ou importados, produzidos à base de maconha,  para pacientes em que tratamentos convencionais de doenças não apresentem eficácia. 

 

Entretanto, o cultivo doméstico da planta para fins medicinais ainda é considerado crime, com base na Lei de Drogas, de 2006, visto que não há ainda uma regulamentação específica para este fim. 

 

De autoria do vereador Lucas Kitão (PSL), a legislação determina a distribuição dos medicamentos prescritos à base da planta inteira ou isolada, que contenham em sua fórmula as substâncias canabidiol (CBD) e tetrahidrocanabinol (THC). Segundo a lei, deverá ser realizada em unidades de saúde pública municipal, privadas e conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), em Goiânia. 

CRITÉRIOS

De acordo com a norma, é necessário que o paciente apresente prescrição de médico legalmente habilitado, contendo obrigatoriamente, o nome do paciente e do medicamento, a posologia, quantidade, tempo de tratamento, data e assinatura com número do registro profissional no Conselho Regional de Medicina (CRM).

Além disso, o paciente é obrigado a apresentar um laudo médico, com a descrição do caso, o número da Classificação Internacional de Doenças (CID) e problemas relacionados à saúde. O laudo pode ser substituído por autorização administrativa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

 

Segundo a nova norma, esses documentos vão embasar a justificativa para utilização do medicamento, e a viabilidade em detrimento às alternativas terapêuticas ofertadas pelo SUS e tratamentos anteriores. 

 

Cannabis Medicinal: Conheça o projeto que será discutido amanhã na Casa de Vereadores em Goiânia

Na próxima quarta-feira (7), a Câmara Municipal de Goiânia deverá avaliar em plenário, o veto do Paço Municipal ao projeto de lei n°414, de autoria do vereador Lucas Kitão (PSL). A matéria dispõe sobre a política municipal de uso medicinal da cannabis e distribuição gratuita do medicamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Após duas aprovações na Câmara o ex-prefeito Iris Rezende alegou inconstitucionalidade e vetou integralmente o projeto no ano passado. Segundo Iris, a ação interferiria na esfera federal, ao permitir o uso de uma planta vedada pela Legislação. O autor do projeto, Lucas Kitão afirmou que não há nenhum tipo de interferência na Legislação neste sentido. Apenas requer que o município tenha responsabilidade pelo paciente que tem necessidade do medicamento

O projeto voltou novamente  para a Casa de Vereadores e teve sua aprovação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Agora, seguirá como pauta para discussão em sessão plenária. 

Em relação ao projeto, a matéria prevê direito do paciente receber gratuitamente do poder público medicamentos nacionais ou importados à base de cannabis medicinal devidamente autorizado por ordem judicial ou pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com isso, devidas aprovações, a matéria ainda ressalta que convocará celebrações, como, a promoção de fóruns, simpósios, campanhas, seminários e congressos para conhecimento da população em geral e de profissionais da área da saúde sobre a função terapêutica da planta cannabis.

Este projeto conta com o apoio do médico e diretor técnico da Associação Goiana de Apoio e Pesquisa à Cannabis Medicinal (Agape), João Normanha, que salienta que a lei dará acesso ao medicamento para pessoas de baixa renda, porque atualmente apenas pessoas com poder aquisitivo têm acesso aos óleos, devido o preço alto.

 

Para entender melhor

O medicamento cannabis medicinal é derivado da planta conhecida geralmente como maconha. O canabidiol (CBD) é fitocanabinóide que não tem qualquer efeito psicoativo. Quando o canabidiol é utilizado, apresenta interação com o sistema endocanabinoide humano, regulando a homeostase, e atuando em sinais e sintomas como apetite, dor, inflamação, pressão intraocular, controle muscular, metabolismo, qualidade do sono, resposta a estresse, humor e memória. 

Já o Tetrahidrocanabinol (THC) é o fitocanabinoide euforizante com efeito psicoativo e característico do “barato” causado pelo uso da Canabis. Assim como outras medicações utilizadas na medicina, tem poder de criar dependência e abuso, mas tem importância para tratamento de algumas patologias como esclerose múltipla, náuseas e vômitos induzidos pela quimioterapia, Alzheimer e Parkinson, PTSD e mesmo a epilepsia.

O uso compassivo do canabidiol, um dos derivados canabinóides da cannabis sativa foi autorizado pelo Conselho Federal da Medicina por meio da Resolução 2.113/14 para crianças e adolescentes portadores de epilepsias refratárias e tratamentos convencionais. O Conselho declara que o uso do seu extrato não causa vício, dependência ou eventos alucinógenos. Na verdade, reduz a reação do sistema nervoso central, tendo efeito neuroprotetor e anti-inflamatório.

Após aprovação da lei, o benefício serão os pacientes que possuem doenças como, Alzheimer e Parkinson, depressão, epilepsia, autismo, esclerose múltipla, anorexia, dores crônicas e outros.

Foto: Divulgação

Avon lança sua primeira linha de cosméticos à base de maconha

Avon, empresa de cosméticos, acaba de lançar sua primeira linha de produtos à base de canabidiol. A substância derivada da maconha tem efeitos terapêuticos e propriedades poderosas para o cuidado com a pele comprovados cientificamente. Com isso, tem ganhado cada vez mais o mercado de cosméticos.

A linha denominada “Green Godess”, que no português significa “Deusa Verde”, conta com um óleo hidratante para o rosto e um creme para o corpo, com preço base de US$ 33 (R$ 183 na cotação atual) e um óleo facial, com valor de US$ 50 (R$ 277 na cotação atual). 

Avon Independent Sales Representatives - Barb & Denise - Long ...

Segundo a Avon, o óleo facial reduz visivelmente a vermelhidão, acalma a irritação, equilibra a oleosidade e evita o ressecamento.

O cleansing oil Green Goddess é feito com ingredientes de fontes sustentáveis com óleo da semente da maconha, esqualano, cúrcuma e extrato de jojoba, misturado com a planta da maconha, que contém diversas vitaminas e ácidos graxos essenciais“, explica a empresa no site.

Apesar de não possuir THC, substância considerada psicotrópica, a venda de cosméticos à base de canabidiol no Brasil ainda não é regulamentada. Portanto, não há previsão de chegada dos produtos no mercado nacional.

Estudo investiga se componentes da maconha podem proteger contra o coronavírus

Cientistas canadenses estão estudando as variedades medicinais da Cannabis contra a covid-19. A lista de medicamentos promissores aumentam entre os cientistas que avançam na busca por tratamentos em meio à pandemia.

Além de outros medicamentos já anunciados, agora no Canadá, os cientistas falam sobre princípios ativos da maconha que também podem ter um efeito análogo ao da nicotina, elevando a proteção de células contra o coronavírus. Igor Kovalchuck, professor de ciências biológicas da Universidade de Lethbridge e sua equipe sugerem que alguns componentes químicos de uma variedade especialmente desenvolvida de cannabis reduziriam a capacidade do vírus de chegar até as células pulmonares, onde se instala, reproduz e propaga. Os resultados fazem parte de uma pesquisa sobre tratamentos para a artrite, a doença de Crohn, e o câncer.

“Vai demorar para descobrirmos qual ativo é responsável pela redução — podem ser vários”, disse Kovalchuk. Mesmo assim, eles têm focado nas propriedades anti-inflamatórias do Canabidiol, que é comumente utilizado em remédios. 

A teoria ainda não foi testada em pessoas e todo o estudo foi feito usando um modelo 3D de tecidos humanos. O estudo ainda precisa ser avaliado por outros cientistas. 

Imagem: Pixabay/Reprodução

Coca-Cola planeja lançar edição da bebida à base de maconha

Depois do último lançamento com sabor de café, a Coca-Cola planeja lançar uma nova edição da bebida, dessa vez com maconha!

A marca anunciou hoje (17) que está estudando a possibilidade. O novo refrigerante seria à base de canabidiol (CBD), ingrediente não psicoativo da maconha.

O porta-voz da marca, Kent Landers, afirma que a empresa está monitorando a indústria de cannabis e vem conversando com a canadense Aurora Cannabis, produtora de maconha, que também tem interesse na fabricação do novo refrigerante.

O CBD tem propriedades relaxantes, antioxidante e anti-inflamatório, sendo frequentemente utilizada para fins medicinais.

Uma parceria entre as marcas Coca-Cola e Aurora marcaria a entrada de uma grande fabricante no mercado de bebidas não alcoólicas.

 

Maconha é reconhecida como planta medicinal pela Anvisa

 

Com Super Interessante

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou neste mês uma medida que torna a Cannabis sativa oficialmente uma planta medicinal. A Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) No 156, publicada no Diário Oficial da União do dia 8 de maio, incluiu a erva na Farmacopeia Brasileira, código oficial farmacêutico do Brasil.

Em janeiro de 2015, a Anvisa já tinha admitido as propriedades terapêuticas do canabidiol (CBD) devido o seu poder de controlar convulsões em epilepsias de difícil controle. Já em novembro de 2015, o THC teve sua prescrição permitida, desta vez por via judicial, graças a uma ação do Ministério Público do Distrito Federal. Essa é, no entanto, a primeira vez que a Anvisa reconhece que a planta – o vegetal in natura, como se fuma, e não apenas seus componentes – tem potencial terapêutico.

A primeira edição da Farmacopeia, que lista os vegetais com propriedades terapêuticas conhecidas, foi publicada em 1929 e a maconha já estava lá. Em 1938, a erva foi proibida pela primeira vez no Brasil, e logo depois a espécie foi removida da lista.

(Foto: reprodução)