Turismo no Oriente Médio mantém força apesar dos conflitos entre Israel e Palestina

O Oriente Médio, uma região conhecida por sua rica história, cultura vibrante e paisagens deslumbrantes, continua atraindo turistas de todo o mundo, apesar dos contínuos conflitos entre Israel e Palestina. Mesmo após esse último conflito iniciado em outubro de 2023, o turismo no Oriente Médio continua normalmente. Segundo a agência especializada em oriente médio e destinos exóticos, Excursy,  a segurança dos viajantes é primordial. “Apesar da cobertura mediática dos conflitos em Israel e Palestina, os destinos turísticos em países vizinhos como Egito, Turquia, Marrocos, Emirados árabes e Jordânia estão mantendo estabilidade e segurança. Muitos turistas estão percebendo que esses países oferecem uma experiência enriquecedora, segura e memorável”, comenta Anna Carolina Caro, diretora executiva na Excursy.

 

Marta Gardinelli está nesse momento em tour pelo Egito com a Excursy e segue seu relato “Estamos fazendo o tour pela Excursy, está tudo muito bem preparado, não ficamos nem um minuto desamparadas, sempre um guia ao nosso lado cuidando de tudo, no Cairo e depois na viagem para Aswan. Aqui embarcamos no cruzeiro e hoje cedo fomos a Abu Simbel. O templo de Abu Simbel estava superlotado com turistas de todas as partes do mundo. O motorista e o guia são excelentes, o carro muito confortável, todos muito pontuais. O guia é egiptólogo e nos explica tudo. Está tudo excelente. Estou me sentindo muito segura”, comenta.

 

Outra passageira que esteve viajando no início de outubro pela Turquia comentou: “Eu estive na Turquia no início de outubro de 2023 e estava lá quando os conflitos começaram e nem percebemos porque tivemos todo suporte dos fornecedores locais e o respaldo essencial da Excursy”, aponta Juliana Ponce. 

 

Anna Carolina Caro, enfatiza a necessidade de escolher um operador turístico confiável: “Mesmo em regiões onde a segurança é relativamente estável, é vital ter um acompanhamento especializado para garantir que os turistas possam aproveitar ao máximo sua experiência e evitar possíveis desafios”, aponta Caro. 

 

“Tivemos nossas férias em Dubai agora em outubro e nos sentimos extremamente seguros e sem resquício nenhum do conflito entre Israel e Palestina. Minha dica é, escolha uma agência confiável e vá curtir seu sonho em conhecer esses destinos. Estou muito feliz por me permitir ter férias incríveis”, comenta Aline Barbosa. 

 

Com o crescimento constante do turismo no Oriente Médio, espera-se que a região continue a se destacar como um destino atraente para viajantes que buscam uma mistura única de história, cultura e beleza natural. Enquanto os desafios geopolíticos persistem, a cooperação entre agências de turismo especializadas e os esforços contínuos dos países para manter destinos turísticos seguros desempenham um papel fundamental na promoção do turismo na região.

Acompanhe o Crescimento do Turismo na Região no último ano:

 

– O Egito registrou um aumento de 15% no número de turistas estrangeiros em 2022, totalizando mais de 13 milhões de visitantes, de acordo com o Ministério do Turismo egípcio.

 

– A Turquia viu um aumento significativo no turismo, recebendo mais de 48 milhões de visitantes internacionais em 2022, um crescimento de aproximadamente 30% em comparação com o ano anterior, de acordo com dados do Ministério da Cultura e Turismo da Turquia.

 

– A Jordânia também experimentaram um aumento notável no turismo, com um aumento de 8% no número de visitantes estrangeiros em 2022, segundo o departamento de turismodo país.

 

Garota de 14 anos na Síria se dedica a estudar e educar refugiados na Jordânia

Muitas vezes, no conforto de nossas casas, não percebemos como algumas coisas tão simples e essenciais para nós são encaradas como verdadeiros sonhos, oportunidades quase únicas para quem enfrenta uma realidade muito mais difícil que a nossa. Na Jordânia, uma menina síria de 14 anos se dedica a estudar e também a educar os integrantes do acampamento de refugiados Azraq, no meio do deserto.

Na rotina de Muzon al-Meliha, logo às 10 da manhã ela não tem tempo para pensar nas coisas que perdeu pelo caminho e segue para as suas aulas de inglês e informática. E o fato de viver em uma pequena vila improvisada no árido jordaniano não é motivo para desanimar, não.

Busca por mais direitos e educação para as mulheres chamou a atenção da ONU. (Reprodução)

Busca por mais direitos e educação para as mulheres chamou a atenção da ONU.

A família de Muzon deixou a Síria em 2013 devido aos conflitos civis no país. Atualmente, há um mês, quando tiveram a oportunidade de ir embora do acampamento, a sua tia foi quem a ajudou a convencer todos a deixar a menina ficar no local e continuar os seus estudos.

“Nós deveríamos ter a chance de estudar em qualquer lugar, a qualquer hora”, diz a garota. “Eu não considero o acampamento um obstáculo. Quando eu vim para a Jordânia, achei que não continuaria meus estudos. Mas ir à escola aqui é o que mantém as minhas esperanças.”Muzon e sua colega durante a aula de informática. (Reprodução)

Muzon e sua colega durante a aula de informática. (Reprodução)

A garota conta a respeito das tradições de onde ela vem e como elas afetam negativamente o futuro das mulheres. “Mesmo que algumas meninas queiram estudar, as suas famílias preferem que elas se casem. Aqui, no acampamento, cada vez mais famílias casam as suas filhas. Acham que isso assegura um futuro para elas mais do que a educação.”

“Se você se casa e não tem educação ou conhecimento, você nunca vai conseguir resolver os problemas, ajudar a si mesma ou a seus filhos. Sinceramente, eu coloquei isso [estudar] como o meu objetivo na vida.”

Ela bateu uma bolinha com Malala, paquistanesa que venceu o Nobel da Paz. Literalmente! (Reprodução)

Ela bateu uma bolinha com Malala, paquistanesa que venceu o Nobel da Paz. Literalmente!

A perseverança da menina rendeu até uma alcunha da qual ela gosta muito: “Malala da Síria”, em referência à paquistanesa Malala Yousafzai, vencedora do Nobel da Paz. As duas inclusive se encontraram em Azraq e trocaram figurinhas recentemente.

“Quando as pessoas me chamam de Malala, eu sinto que eu estou realizando um trabalho importante e que as pessoas acreditam nele. Ela me ensinou que, independente dos obstáculos que enfrentamos na vida, podemos passar por eles”, acrescenta. “Malala não ficou em silêncio e levantou a sua voz pelos seus direitos.”'Eu aprendi tudo com meus pais, eles me ensinaram a ter respeito.' (Reprodução)

‘Eu aprendi tudo com meus pais, eles me ensinaram a ter respeito.’ (Reprodução)

Sem perder em momento algum o olhar profundo e determinado, ela fala como se a sua jornada estivesse apenas começando. “Mesmo sabendo que sou jovem, eu sei que posso fazer mais do que estou fazendo aqui no acampamento. Não só aqui, como no mundo todo. Educação é tudo na vida, e tendo educação você entende porque ela é tão importante. Nós temos esperança, nós vamos construir uma Síria muito melhor do que ela era”, encerra.

Para conhecer mais sobre Muzon al-Meliha e como é a sua vida no acampamento Azraq, na Jordânia, veja o vídeo abaixo (em inglês):

Via Yahoo.