Covid-19 impactou saúde cerebral de adultos com 50 anos ou mais

O estudo recentemente publicado na revista científica The Lancet Healthy Longevity destaca o impacto da pandemia de Covid-19 na cognição de adultos a partir dos 50 anos. Pesquisadores britânicos da Universidade de Exeter e do Instituto de Psiquiatria, Psicologia e Neurociências do King’s College London conduziram o trabalho, que revelou um declínio 50% mais rápido das funções cognitivas no primeiro ano da crise sanitária.

 

Para o estudo, os cientistas utilizaram dados do projeto PROTECT, no qual os participantes realizam anualmente testes cognitivos computadorizados que avaliam lógica, solução de problemas e memória. Eles selecionaram 3 mil voluntários, com idades entre 50 e 90 anos, residentes no Reino Unido.

A análise comparou os dados coletados antes da pandemia (março de 2019 a fevereiro de 2020) com as informações dos dois primeiros anos da pandemia: março de 2020 a fevereiro de 2021, e março de 2021 a fevereiro de 2022.

 

Os resultados indicaram um aumento na taxa de declínio cognitivo em todo o grupo no primeiro ano da pandemia, independentemente de terem sido ou não infectados com a Covid-19. O declínio foi 50% mais rápido, com uma intensificação ainda maior entre aqueles que já apresentavam comprometimento cognitivo leve antes do surgimento do novo coronavírus.

 

Surpreendentemente, no segundo ano da pandemia, os cientistas observaram que a tendência de aceleração persistiu, o que tem implicações relevantes para as políticas de saúde pública.

 

A professora de pesquisa sobre demência e líder do estudo PROTECT, Anne Corbett, da Universidade de Exeter, destacou: “Nossas descobertas sugerem que os bloqueios e outras restrições vivenciadas durante a pandemia tiveram um impacto real e duradouro na saúde do cérebro em pessoas com 50 anos ou mais, mesmo após o fim dos confinamentos. Isso levanta a importante questão de se as pessoas correm um risco potencialmente mais elevado de declínio cognitivo, o que pode levar à demência”.

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Asteroide de tamanho massivo passará bem perto da Terra neste sábado, segundo a NASA

Neste sábado (10/08), um asteróide com cerca de 570 metros de diâmetro irá passar pertinho da Terra. Segundo a Nasa, o Asteroide 2006 QQ23 passará a cerca de 7,4 milhões de quilômetros da Terra com uma velocidade de 16.740 km/h.

Esta distância pode parecer enorme, mas os especialistas da agência espacial norte-americana explicam que o objeto passará perto o suficiente para ser considerado potencialmente perigoso, apesar das chances dele encostar na Terra serem mínimas.

Os cientistas estimam que um impacto de um asteróide com o planeta Terra aconteça uma vez a cada dois ou três séculos, por isso, a Nasa tem um programa destinado somente ao mapeamento destes objetos. De acordo com os estudos da agência, há cerca de 900 objetos próximos à Terra e, todos os anos, cerca de 6 deles passam bem perto do planeta.

Em entrevista à CNN, Lindley Johnson e Kelly Fast, do departamento de coordenação de defesa planetária da agência espacial norte-americana, disseram que caso um objeto ameaçador estivesse prestes a atingir nosso planeta, a Nasa lançaria uma missão espacial para tentar desviar sua rota.

Em junho, a NASA divulgou um plano de 20 páginas que detalham as etapas que os EUA deveriam seguir para se preparar melhor para os NEOs (Near Earth Objects), como asteroides e cometas. Além de melhorar a detecção, rastreamento, caracterização de capacidades e previsão de modelagem de NEOs, o plano visa também desenvolver tecnologias para desviar estes corpos, aumentar a cooperação internacional e estabelecer novos procedimentos de emergência e protocolos para ação anti-impacto.

Ainda que hajam várias medidas para evitar um impacto destes com o nosso planeta,  o administrador da NASA, Jim Bridenstine, disse que um ataque de asteroide não é algo que devamos ver com tanta calma e que, talvez, seja a maior ameaça ao planeta Terra. 

Veja o antes e o depois de uma rocha espacial colidir com Marte

Uma rocha espacial colidiu com a superfície do planeta vermelho produzindo uma cratera 10 vezes o seu tamanho. A foto da sonda Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) da NASA, mostra como ficou o solo após a colisão.

De acordo com os cientistas, a estimativa de quando ocorreu a colisão é entre setembro de 2016 e fevereiro de 2019.

Veronica Bray, cientista da Universidade do Arizona (EUA), explica que a MRO captura centenas de crateras por ano e esta está entre as maiores que ela já viu. O impacto criou um evento bastante raro, pelo que se sabe nestes 13 anos de observação contínua da sonda.

Marte tem dunas de areia movediças e redemoinhos de poeira, mas as crateras são as características mais interessantes da superfície do Planeta Vermelho. A cor dessa é fascinante porque deixa ver a onda de impacto. A zona escura onde a poeira foi removida da superfície. Veronica Bray

Peter Grindrod, pesquisador do programa ExoMars e cientista planetário do Museu de História Natural de Londres, postou em seu twitter um GIF mostrando fotos de menor resolução “antes” e “depois” da região do impacto.