Vaca mais cara do mundo é goiana e vale R$ 21 milhões

No emocionante leilão em Arandu (SP) na última sexta-feira (16), a vaca nelore Viatina-19 FIV Mara Móveis teve um terço de sua propriedade arrematado por R$ 6,993 milhões, elevando seu valor de mercado para quase R$ 21 milhões. Agora nas mãos dos criadores Casa Branca Agropastoril, Agropecuária Napemo e Nelore HRO, essa preciosidade originária de Nova Iguaçu (GO) faz parte do prestigioso rebanho do Nelore Mara Móveis, detentor de 70% dos exemplares da família Viatina, renomada na seleção da raça nelore nacionalmente.

Em 2022, a Viatina-19 já impressionava ao ser vendida por R$ 8 milhões, estabelecendo seu primeiro recorde. Com apenas 53 meses, ela acumula outros feitos notáveis, como a venda de uma única aspiração de oócitos por R$ 1,2 milhão em 2023 e 13 prenhezes comercializadas nos últimos 12 meses, com média de R$ 389 mil cada.

Silvestre Coelho Filho, proprietário do Nelore Mara Móveis, destaca que desde o nascimento, a Viatina-19 já se destacava por sua aparência e beleza. Aos 8 meses, ela conquistou seu primeiro prêmio na Expoinel Goiás, revelando seu potencial de sucesso. Transferida para a propriedade em Terezópolis de Goiás aos 30 dias de vida, o plantel do Nelore Mara Móveis ainda abriga tias e irmãs da Viatina-19, carregando a genética mais valorizada do mundo.

Coelho ressalta que a formação de animais excelentes, como a Viatina-19, exige investimento em melhoramento genético, acasalamentos cuidadosos e excelência no manejo animal.

Conheça 4 pesquisas agrícolas da UFG que buscam preservar o cerrado

Historicamente, as técnicas agrícolas permitiram que o ser humano abdicasse da vida nômade, o que deu origem às primeiras civilizações. Mesmo sem muitos conhecimentos, os agricultores primitivos já selecionavam as melhores variedades de sementes para plantar e colher alimentos de qualidade.

Fato é que muitos avanços científicos ocorreram de lá pra cá e, atualmente, com o desenvolvimento da ciência genética, é possível transformar o DNA de espécies de plantas para que elas sejam mais produtivas, nutritivas e resistentes a pragas, doenças e mudanças climáticas.

Mas, o que poucos sabem é que experiências do tipo são realizadas no Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas da UFG (PPGGMP). Desde 1985 o programa promove estudos com grandes culturas de arroz, feijão, milho, algodão, sorgo, soja, cana-de-açúcar e eucalipto, localizadas principalmente na região Centro-Oeste.

Pois bem, como os resultados do melhoramento genético dependem do ambiente em que uma determinada espécie será cultivada, o PPGGMP também realiza pesquisas sobre  a conservação de plantas nativas do Cerrado e demais condições ambientais do bioma.

Vamos te apresentar alguns desses estudos:

– A pesquisa da doutoranda Laysla Coêlho, sob orientação do professor Thiago Souza, ajudou na obtenção da primeira variedade brasileira de feijão carioca resistente ao crescimento bacteriano. Para quem não sabe, esses micro-organismos causam uma doença que geram perdas superiores a 50% na lavoura. Inclusive, Laysla foi indicada ao prêmio Melhoramento para Leigos no 10º Congresso Brasileiro de Melhoramento de Plantas, em 2019.

– Enquanto isso, o projeto conduzido pela professora Leila Garcês originou um bioproduto, obtido a partir do fungo micorrízico encontrado nas raízes de uma orquídea do Cerrado.  O bioproduto é capaz de controlar doenças específicas nas plantações de arroz, tomate, soja e cana-de-açúcar, substituindo o uso de agroquímicos. Agora surpreende-se, o Laboratório de Genética de Microrganismos (LGM) assinou um acordo com a Ballagro Agro Tecnologia para o desenvolvimento dessa tecnologia  em larga escala.

– Orientado pelo professor João Batista Duarte e co-orientado pelos pesquisadores Marc Giband (Cirad, França) e João Luis da Silva Filho (Embrapa-Algodão), o doutorando Saulo Muniz Martins propôs a utilização de uma plataforma de fenotipagem radicular para avaliar características de raiz no algodão. Ao associar as características encontradas à marcadores genéticos, foi possível identificar plantas de algodão mais adaptadas a ambientes de estresse.  O projeto foi até premiado no 12° Congresso Brasileiro de Algodão e recebeu o Certificado de Reconhecimento Consuni UFG 2019.

– O doutorando Leonardo Levorato Freire, orientado pela professora Mara Rúbia Rocha, também entrou na lista de premiados do PPGGMP.  O cientista recebeu o ONTA Travel Award 2019, durante o 51° Annual Meeting da ONTA (Organização dos Nematologistas da América Tropical), realizado em San Jose, na Costa Rica. O trabalho dele foi reconhecido por avaliar o quanto um nematoide, microrganismos que vivem no solo e causam danos à plantação, afeta os processos de defesa e de fotossíntese da planta. 

Por fim, há outro destaque: o acervo do PPGGMP. Ele conta com coleções de germoplasma in vivo de numerosas espécies frutíferas nativas do Cerrado, como o pequi, a cagaita, mangaba, castanha do baru, jatobá-do-cerrado e o caju-do-cerrado.

As coletas desse material começaram em 1995 pelo professor Lázaro Chaves e, posteriormente, as professoras Mariana Telles e Thannya Soares ingressaram no projeto. Anualmente os pesquisadores percorrem todo o Cerrado Brasileiro em busca de mais acessos para comporem a coleção.

Para você entender direito, germoplasma é o conjunto de genótipos de uma espécie que são conservados para uso, por exemplo, em programas de melhoramento. 

Com isso, bancos de germoplasma correspondem a locais onde são mantidas as coleções de amostras de indivíduos (como DNA) visando conservar a variabilidade genética existente em uma ou mais espécies. Desta forma, os frutos são protegidos da extinção.  

Agora, veja bem, os métodos utilizados para melhoramento genético das culturas podem ser considerados uma forma ecologicamente responsável de aumento da produção, pois não dependem de novas áreas de plantio, evitando assim o desmatamento.

Para completar, a tolerância natural a pragas e insetos reduz a necessidade da utilização de agrotóxicos, o que impede a contaminação do ecossistema. Essa efetividade das lavouras é importante no contexto de  crescimento populacional, pois alia a alta demanda por alimentos à agricultura sustentável.

Entre outras vantagens pode-se destacar a redução das dependências de importação de alimentos e a colheita de produtos com características físicas mais atraentes, como as espécies sem sementes.

Além da interação com a Embrapa, Emater e diversas universidades brasileiras, os professores do PPGGMP desenvolvem projetos em parceria com instituições internacionais na França, China, Colômbia, Estados Unidos e Uganda.

E não para por aí, o programa  também faz parte da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (RIDESA), principal núcleo de pesquisa em cana-de-açúcar no Brasil.

Atualmente, as variedades de cana da Ridesa são cultivadas em mais de 65% da área com cana-de-açúcar no país, uma contribuição de cerca de 12,3% na matriz energética do Brasil. São 313 empresas envolvidas, que representam  cerca de 75% das entidades brasileiras produtoras de cana, açúcar, etanol e bioeletricidade. 

Fonte: Jornal UFG

Imagem: Pexels

Cientista comprova que o artista Ozzy Osbourne é de fato um mutante

O músico britânico Ozzy Osbourne é conhecido por sua carreira como vocalista do Black Sabbath e também por seus trabalhos solo. Além disso, o artista também ficou conhecido por suas loucuras e pelo abuso de drogas.

Pesquisadores do Knome Inc., de Cambridge, no estado de Massachusetts, Estados Unidos, procuravam um DNA humano notável para agregar aos seus estudos e, em 2010, escolheram o cantor Ozzy Osbourne como cobaia.

Após nove anos de estudo, o pesquisador Bill Sullivan, responsável pela descoberta, explica que Ozzy é de fato um mutante genético e que seu DNA é responsável por mantê-lo vivo após anos de abuso de drogas, tornando-o mais resistente. Atualmente o artista está sóbrio e se livrou de seus vícios. 

A pesquisa foi publicada no livro “Prazer em Conhecer-me: Genes, Germes e as Forças Curiosas Que Nos Tornam Quem Somos” da National Geographic, onde os cientistas explicam que existem variantes na genética humana que mudam a forma como sentimos o gosto de comidas doces, alteram o prazer sentido ao beber café e afetam até questões sobre atração sexual e tendências políticas.

Segundo Sullivan, pessoas que são politicamente liberais, têm maior probabilidade de possuir uma variante de um determinado gene, tornando possível que os cientistas prevejam a afiliação política de alguém com 72% de precisão a partir de um exame cerebral.

Quando se trata de conservadores, a parte do cérebro ativada em situações de medo (amígdala) tende a ser maior, enquanto os liberais, em sua maioria, possuem um córtex cingulado anterior maior – é a área envolvida na análise dos pensamentos instintivos.

“Depois de todos esses anos pensando que éramos agentes livres, percebemos que a maioria, senão todos, possuem um comportamento que vai além da nossa própria vontade”, diz Sullivan.

21/03: Entenda como a genética definiu esta data como o Dia Internacional da Síndrome de Down

O fato da maioria das pessoas ter pouco, ou nenhum, conhecimento sobre a Síndrome de Down faz com que o preconceito sobre elas continue mesmo nos dias de hoje. Por isso um dia dedicado a eles é tão importante, para ajudar a colocar o assunto em pauta.

A ideia por trás deste dia é conscientizar as pessoas sobre a Síndrome e ajudar na quebra de alguns dos estereótipos e preconceiros existentes sobre eles. Em função disso, as pessoas estão aproveitando este momento para fazer suas homenagens e explicar um pouco sobre o assunto na internet.

Dia 21 de março

Mas você sabe porque o Dia Internacional da Síndrome de Down é comemorado no dia 21 de março? A escolha desta data foi feita devido a alteração genêtica que dá origem a esta condição. Afinal, ela é caracterizada pela existência de 3 cromossomos 21. O par de números acabou resultando no dia 21/03, fazendo referência ao número dos seus cromossomos.

Esse mesmo motivo, que deu origem ao dia, fez com que a Síndrome também fosse chamada de Trissomia 21 ou Trissomia do Cromossomo 21. Outro fator importante sobre as pessoas com Síndrome de Down é que, por volta da década de 80, a sua expectativa de vida era de apenas 10 anos. Mas, atualmente, esse número está entre os 60 e 65 anos. 

 

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Capa: Shutterstock

UFG lança edital da segunda edição do Curso de Verão em Genética

O II Curso de Verão em Genética da Universidade Federal de Goiás promove palestras, minicursos teórico-práticos e mesas-redondas, onde serão apresentadas as linhas de pesquisa em que o programa atua.

Para promovendo a interação dos alunos selecionados com os orientadores e respectivos grupos de pesquisa, os selecionados também poderão apresentar seus trabalhos científicos durante o evento. Os melhores trabalhos serão premiados.

Serão 80 vagas disponibilizadas para alunos de graduação, profissionais já graduados e pós-graduandos e alunos de qualquer curso superior das áreas de ciências biológicas e/ou ciências da saúde, independente de suas instituições de ensino.

O curso acontece do dia 21 até 25 de janeiro de 2019, de segunda a sexta.

As inscrições podem ser feitas pelo site CVG-UFG e todas as informações sobre o curso podem ser obtidas pelo site oficial ou pelas redes sociais oficiais do evento: @cvgufg.

Confira o cronograma ofical do evento.

 

Imagem: InfoEnem | reprodução

Algumas pessoas são geneticamente dispostas a viajar, aponta estudo

Você gosta de viajar mais do que as pessoas em geral? Talvez isso não seja apenas uma característica aleatória ou um simples, mas uma marca genética. Um estudo da Universidade Nacional de Singapura vem relacionando há 20 anos o gene DRD4-7D, presente em 20% da população, com a postura em termos de tomada de riscos. A conclusão é a de que existe uma conexão entre esse gene e comportamentos aventureiros.

O estudo, conforme divulgação, também relaciona o estado genético com a propensão constante que algumas pessoas têm em mudar de emprego, ser promíscuo, consumir drogas e praticar outras “aventuras” sociais. Ao que tudo indica, a presença do gene acima citado está relacionada, acima de tudo, ao princípio da impulsividade.

Em entrevista ao Telegraph, O pesquisador Richard Paul Ebstein afirmou que há “evidências para sugerir que o mesmo alelo responsável pela impulsividade e pela busca de novidades está relacionado com a tendência de se colocar em situações financeiramente arriscadas. As pessoas que têm esse alelo parecem estar mais propensas a desafios”.

 

Com informações da Superinteressante