10 frutas nativas do cerrado para você recordar da infância e se deliciar com o sabor

O cerrado possui uma biodiversidade riquíssima, que garante diversas espécies frutíferas de sabores especiais e características. Para celebrar o Dia do Cerrado, que é comemorado neste sábado, 11 de setembro, preparamos uma lista com 10 frutas nativas desse bioma para você experimentar e se deliciar.

 

Antes, porém, precisamos destacar que o cerrado, que ocupa 20% de todo o terrtório nacional,   também  é chamado de savana brasileira, e tem como característica  árvores esparsas e amplas áreas cobertas de gramíneas. Cientistas estimam mais de 4400 espécies de flora na região. 

 

Confira a lista dos frutos que, com  certeza,  você já experimentou e adorou.

 

Araticum

Araticum

Este fruto apresenta um formato bem característico e inconfundível, com elevações na casca, semelhante aos araticuns encontrados em outras regiões do Brasil, porém, estes frutos podem facilmente ultrapassar 1 kg e o aroma da polpa é bastante pronunciado.  Durante a safra, que pode se estender de fevereiro a abril, os frutos são facilmente encontrados nas feiras livres e banquinhas de beira de estrada, sobretudo, nos estados de Goiás e Minas Gerais. Este fruto representa uma renda extra para muitas famílias e cooperativas de produtores agroextrativistas do Cerrado, transformando esta polpa aromática e cremosa em diversos produtos com sabores bem regionais

Goiaba

goiaba

A goiaba é uma gruta originária da região tropical do continente americano, principalmente do Brasil e região do Caribe. – A árvore que produz esta fruta é chamada, popularmente, de goiabeira. As goiabeiras são comuns na América tropical, sudeste asiático e continente africano. Podem atingir até 8 metros de altura.  É um fruto com casca de cor amarela ou verde. A parte interna (polpa) pode ser vermelha ou branca, dependendo da espécie. Possui formato oval com tamanho variando de 3 a 10 cm de diâmetro. A goiaba é uma fruta rica em Vitamina C (ácido ascórbico), portanto é um excelente antioxidante. Cem gramas de goiaba apresenta cerca de 240 mg de vitamina C. Para termos uma ideia, ela tem mais vitamina C do que o limão e a laranja. Também apresenta vitamina A e vitaminas do Complexo B.

 

Graviola

Graviola

A graviola é uma fruta, também conhecida como Jaca do Pará ou Jaca de pobre, utilizada como fonte de fibras e vitaminas, sendo o seu consumo recomendado em casos de prisão de ventre, diabetes e obesidade. A fruta possui um formato oval, com a casca na cor verde-escuro e coberta de “espinhos”. A parte interna é formada por uma polpa branca com o sabor levemente adocicado e um pouco ácido, sendo utilizada na preparação de vitaminas e sobremesas.

 

Jenipapo 

Jenipapo

Embora o nome jenipapo seja bem conhecido não são poucas as pessoas que nunca viram esse fruto. Isso porque ele é muito comum no Norte e no Nordeste, mas em estados de outras regiões do Brasil pode ser mais difícil encontrá-lo. Embora ele possa ser consumido após ser tirado do pé do jenipapeiro, também é usado como ingrediente principal em diversos produtos, como sucos, doces e licores. Mas conhecendo ele ou não, será que você sabia que ele é muito bom para a sua saúde?Em primeiro lugar esse fruto é muito rico em vitaminas B1, B2, B3, B5 e C. Ele também possui uma boa quantidade de fibras, o que significa que é o alimento ideal para quem sofre com prisão de ventre. Inclusive, é muitas vezes utilizado como laxante, tamanha a sua eficácia no trato intestinal. Além disso, é rico em minerais, sendo ferro, cálcio e fósforo os mais presentes.

 

Pitanga

Pitanga

De sabor agradável, que varia entre o doce e o ácido, a Pitanga é uma fruta que conquista admiradores por todo mundo. Muito versátil, pode ser consumida in natura, ou utilizada para o preparo de polpas, sucos, sorvetes, picolés, doces, licores e ainda fermentados.  Assim como outras frutas nativas, a Pitanga também é ingrediente de pratos salgados sofisticados e de sobremesas de dar água na boca. O mercado aposta ainda que o consumo da fruta possa ter um grande crescimento. Existem perspectivas do uso da pitanga como aditivo em bebidas lácteas, na composição com cereais matinais e nas formas de produtos como o refresco em pó e o néctar.

 

Murici

Murici

O Murici é encontrado em toda a América Latina. É um fruto nativo do Cerrado e muito apreciado nas regiões norte e nordeste do Brasil, onde ocorre com maior incidência. No Tocantins a espécie Byrsonima orbignyana.  A espécie, de pequeno porte, atinge cerca de cinco metros de altura, podendo ser plantada em quintais e calçadas.  Floresce mais de uma vez ao ano, e seus frutos, de sabor intenso, são muito apreciados na produção sucos, sorvetes, geleias e também na saborização de aguardentes. Suas folhas, cascas e frutos são muito utilizados na medicina popular, como cicatrizantes, anti-inflamatórios e antifebril.

 

Cagaita

cagaitacagaita

Cagaita (Eugenia dysenterica) fruta originada do cerrado brasileiro, parente da pitanga, possui tamanho pequeno e cor amarelada. Ela é uma fruta bem conhecida entre as pessoas da região do cerrado, pois se consumida em excesso poderá gerar efeitos de embriaguez na pessoa que a consumiu, além de uma diarréia bem forte.

 

Pequi

pequi

O pequi, fruto do pequizeiro, é nativo do cerrado brasileiro. É muito utilizado na culinária da região Nordeste, Centro Oeste e norte de Minas Gerais. De sabor marcante e peculiar, o pequi é consumido cozido, puro ou misturado com arroz, frango. Da polpa pode se extrair também o azeite de pequi, um óleo usado para condimento e na fabricação de licores. Na língua indígena, pequi significa “casca espinhenta”.

 

De cor verde, quando maduro, possui em seu interior um caroço revestido por uma polpa macia e amarela, a parte comestível. O pequi pertence à família das cariocáceas, pode ser encontrado em toda a região Centro Oeste (considerada a capital da fruta), nos estados de Rondônia, Minas Gerais, Pará, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia e Ceará, visto que somente em Goiás podem ser encontradas todas as espécies. A frutificação ocorre entre os meses de setembro e fevereiro.

 

O pequi faz parte da culinária goiana há séculos, desde o início do século XVIII, nas antigas vilas de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), e Vila Boa (cidade de Goiás). Por ser rico em óleo insaturado, vitaminas A, C e E; fósforo, potássio, magnésio e carotenóides; sua ingestão previne tumores, problemas cardiovasculares e evitam a formação de radicais livres.

 

Magaba

magaba

Muito usada na culinária do Nordeste brasileiro, a mangaba nada mais é que o fruto da mangabeira – árvore nativa brasileira que também fornece folhas com propriedades medicinais. Assim como grande parte das frutas, a mangaba se destaca por fornecer uma série de vitaminas e minerais que fortalecem o organismo e contribuem para o bom funcionamento do metabolismo. É uma fruta pequena e arredondada que tem uma pequena similaridade com o pêssego – pois tem uma casca com pontos alaranjados e uma polpa mais leitosa. Seu sabor é levemente ácido, ótimo para o preparo de sucos e doces caseiros. Um ponto interessante dessa fruta é que seu nome tem origem indígena e significa “coisa boa de comer”.

 

Buriti

buriti

O buriti ou miriti (nome cientifico: Mauritia flexuosa) é uma planta de ampla distribuição no território nacional. Pode alcançar até 30 metros de altura e ter um caule com espessura de até 50 cm de diâmetro. A espécie habita terrenos alagáveis e brejos de várias formações, sendo encontrada com muita freqüência nas veredas, importante fitofisionomia do Cerrado. O buriti floresce quase o ano inteiro, mas principalmente nos meses de abril a agosto. A produção de frutos é intensa: segundo dados da Embrapa, são produzidos cinco a sete cachos por ano, cada um destes com 400 a 500 frutos.

“Pai Do Mato” leva pequi e foi finalista em concurso nacional de drinks

Eduardo Amorim é apaixonado por ciências e fez com muito êxito sua transição das salas de aula para os bastidores de badalados bares, das lições de física para a quimíca da mixologia e das equações para as harmonizações.

Finalista da primeira edição do concurso Chiva Masters, Eduardo mostrou porque seu nome é tão relevante no cenário goiano e o quanto nossas raízes, por sua vez, são importantes em seu trabalho.

Para o concurso, o drink “Pai Do Mato” foi criado, sob um tema designado de “comunidade” e Eduardo o fez como uma homenagem ao seu tio, um grande conhecedor de frutos e ervas do cerrado.

O drink leva Chivas Extra, creme de pequi (sim, você leu certo), xarope de flor de hibisco, redução de jatobá e camomila, bitters e suco de limão siciliano servido em uma cumbuca-de-macaco. Cítrico, aromático e repleto de elementos regionais, o drink não decepciona nem os mais exigentes!

drink

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E, quando já estiver pronto para a segunda rodada, Eduardo também está por trás do “Maria Bonita”, um drink que é levado à mesa sob uma redoma que, uma vez retirada, dá ínicio a uma experiência sensorial que começa com o aroma de especiarias defumadas, segue com o visual sedutor da bebida em tons de rosa na taça martíni e então, como um fatality dos famosos videogames, você sucumbe ao primeiro gole e aos goles seguintes até ter que pedir para repetir tudo outra vez.

O “Maria Bonita” é apresentado em uma taça martíni por essa representar o formato do ventre feminino e através da coloração rosa, Eduardo lembra que mesmo a Rainha do Cangaço tem seu lado delicado. O drink leva a brasileiríssima cachaça, morangos, limão e açúcar e é finalizado com uma espuma de gengibre.

A cachaça, assim como outros destilados, lembra Eduardo, são chamados de “spirit” em terras estadunidenses e conseguem amplificar quem somos quando estamos sob seu efeito e ele espera que seus drinks possam ter esse efeito sobre quem os toma, assim como possam repassar seu conceito e história adiante.

drink

drink

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Eduardo carrega consigo uma postura de filósofo e transparece isso em seus drinks e em seu estilo de vida e com novos projetos no horizonte, provavelmente ainda vamos ouvir seu nome muitas vezes.

Ah, importantíssimo te contar onde encontrar estes drinks, certo?!

O “Maria Bonita” está disponível nas cartas de drinks do Butchery BBQ & Drinks (Setor Marista), do Aquarius Restaurante (Jardim da Luz) e no Buteco do Simprão (Cidade Jardim).

Já o “Pai do Mato” está exclusivamente no Butchery BBQ & Drinks, onde você também pode encontrar o próprio Eduardo Amorim e ter a chance de bater um papo descontraído com ele, como este colaborador que escreve esta matéria o fez.

Fotos por Júlio César Vieira