Goiânia: cerca de 157 bairros enfrentam escassez de água na capital

A falta de água é um problema que assola muitas cidades brasileiras. E, infelizmente, não é diferente em Goiânia e Aparecida de Goiânia. Desde o último sábado, os moradores dessas cidades estão sofrendo com a interrupção do abastecimento de água. O motivo? Um problema técnico na interligação de uma adutora.

De acordo com a Saneago, técnicos estão trabalhando para resolver o problema. No entanto, a empresa não soube informar quantas pessoas foram afetadas pela falta de água. O desabastecimento atinge áreas nobres e super populosas da cidade, como os setores Jardim Goiás, Jardim América, Setor Bueno e Setor Marista.

A concessionária informou que o trabalho a ser feito no final de semana seria a primeira etapa de interligação da nova adutora Senac/Celg à adutora do mesmo trecho – que já está em operação –, duplicando o volume de água tratada que abastece bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia, atendidas pelo Sistema João Leite. A previsão é de que o problema seja resolvido ainda nesta segunda-feira (29/5).

A falta de água é um problema que afeta a todos. Quando não há água, é difícil realizar atividades básicas do dia a dia, como cozinhar e tomar banho. Moradores não param de reclamar.

Além de residências e estabelecimentos comerciais, o principal posto de vacinação da cidade foi fechado temporariamente, em decorrência da falta de água.

 

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Foto de Capa: Canva

Meia Ponte: rio que abastece Goiânia está próximo do nível crítico

 O Rio Meia Ponte, que é a principal fonte de abastecimento de água de Goiânia e da Região Metropolitana da capital, está próximo do nível crítico 1. Isso quer dizer que a vazão está muito abaixo do normal. O rio está com a vazão de 5.652 litros por segundo. O número, registrado há mais de um mês é bem  perto do índice crítico 1, que é de 5,5 mil litros por segundo.

 

 Segundo o presidente do Comitê da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo, é uma questão de dias para que a situação se torne crítica. “No nível crítico 1 a gente intensifica a fiscalização e a propaganda de redução do consumo da água. Já no nível 2 começamos a cortar o consumo”, explicou Camargo ao  Jornal O Popular.

 

A redução do nível da água acontece em razão do calor e da baixa umidade do ar, segundo André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo).

Afluente do Rio Araguaia em Aruanã (GO) pode ser atravessado a pé

Mais uma tragédia ambiental: o Rio do Peixe, um afluente do Rio Araguaia, está praticamente seco. Os moradores de Aruanã, que fica há 314 km da capital de Goiás, Goiânia, conseguem atravessar o Rio do Peixe com água pelas canelas.

 

Isso era impossível há alguns anos, já que o rio tinha uma imensa quantidade de água e muita correnteza. A Delegacia Estadual do Meio Ambiente investiga pelo menos 20 produtores rurais responsáveis pela drenagem de nascentes e lagos para a geração de pastos, com danos irreversíveis.

Saiba quais bairros de Goiânia ficarão sem água hoje

Nesta manhã de quarta-feira, vários bairros da capital goiana ainda estão sem água. A suspensão do abastecimento na madrugada do dia 21, que durou mais do que o previsto pela Saneago, pode ter afetado a rotina de mais de 600 mil pessoas. 

 

Em Goiânia, as regiões ainda afetadas são os bairros atendidos pelos reservatórios Parque Atheneu e Brisas do Cerrado que não atingiram o nível necessário. A normalização total do sistema depende da completa recuperação da rede e dos reservatórios, com carga d’água. 

 

Segundo a Saneago, técnicos da companhia estão executando manobras na rede e o sistema estará normalizado até o final desta manhã. 

 

Em nota, a empresa informa que o fluxo está normalizado em grande parte dos bairros de Goiânia e Aparecida de Goiânia. 

 

Saiba os bairros que ainda podem estar afetados

 

Serrinha

Parque Amazônia

Jardim Goiás

Pedro Ludovico

Riviera

Jardins Paris

Parque das Laranjeiras

Portal Green

Portal do Sol

Villagio Toscano

Parque Atheneu

Alphaville

Brisas do Cerrado

Recanto dos Buritis

Jardins Atenas

 

Reservatórios de água brasileiros chegam a 10% de sua capacidade

De acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o nível médio de água nos reservatórios brasileiros está hoje abaixo de 20%, podendo atingir o nível mínimo necessário para gerar energia elétrica. As regiões sudeste e centro-oeste são os reservatórios mais preocupantes, pois concentram 70% de toda a água armazenada no Brasil.

 

Segundo o Inmet, as chuvas previstas para esse ano não serão suficientes para acabar com a crise hídrica do país. A previsão é de que essa grande falta de água também influencie grandes consequências para o ano de 2022.

 

Reservatórios de Ilha Solteira, Nova Ponte, Marimbondo, Emborcação e Itumbiara estão com menos de 16% de sua capacidade. A quantidade de água nos rios entre setembro do ano passado até agosto deste ano foi a pior já registrada desde o ano de 1930.

 

Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, responsabilizou a falta de chuva pela crise energética, pedindo para a população economizar energia. Já nesta quarta-feira (8), em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o ex-presidente da Petrobras, Luiz Pinguelli Rosa, criticou a lentidão do governo.

 

“A crítica que eu faço é que isso demorou, com os indícios de que não estava bem a hidrologia já desde o ano passado. As curvas mostram que a afluência de água já mostrava um declínio e seria prudente que medidas fossem tomadas com antecedência”, afirma.

 

O  Ministério de Minas e Energia afirmou que o Operador Nacional do Sistema Elétrico está avaliando as condições das usinas que já estão operando com nível dos reservatórios inferiores a 10%. Contou também que tem flexibilizado regras para impedir o esvaziamento de hidrelétricas das regiões Sul e Sudeste, e que acionou termelétricas em outubro do ano passado.

 

 Fonte: Jornal Nacional

Moradores invadem reservatório da Saneago após oito dias sem água em Goiânia; veja o vídeo

No último sábado, 27, um morador do Residencial Buena Vista, em Goiânia, registrou em vídeo um grupo de pessoas que invadiu um reservatório da Saneago, localizado ao lado do condomínio em que vivem, à procura de água.

Sofrendo com as torneiras vazias por mais de oito dias, dezenas de moradores tomaram a iniciativa desesperada e escalaram a caixa munidos de baldes e bacias para conseguirem alguns litros necessários para as tarefas básicas do cotidiano.

Em nota, a Saneago afirmou que o reservatório está em fase de manutenção e que ele voltaria a funcionar no final do dia.

A previsão é de que mais bairros na capital goiana enfrentem o drama da falta de água ainda nos próximos dias.

Assista ao vídeo:

 

Foto de capa: Reprodução/TV Anhanguera