Goiânia é destaque em patrimônio histórico preservado e turismo cultural

Goiânia é a capital do estado de Goiás, fundada em 24 de outubro de 1933, durante a gestão do então interventor federal Pedro Ludovico Teixeira. A cidade foi planejada e construída com o objetivo de se tornar uma nova capital para o estado, substituindo a antiga capital, a Cidade de Goiás, que estava se tornando inadequada para as necessidades modernas.

 

O plano urbanístico de Goiânia foi elaborado pelo urbanista Atílio Correia Lima, seguindo os princípios do movimento urbanístico conhecido como Art Deco. A cidade foi projetada em formato de um grande tabuleiro de xadrez, com ruas largas e avenidas arborizadas, proporcionando uma estrutura moderna e funcional para a época.

 

Atílio Correia Lima

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Nascido em 1901, Atílio Correia Lima foi arquiteto, urbanista, paisagista e designer Italiano, teve um papel crucial na idealização e modernização de Goiânia, a primeira capital planejada do século XX no Brasil. Sua formação acadêmica o levou a estudar Urbanismo na renomada Universidade de Paris – Sorbonne, trazendo consigo técnicas e concepções projetuais inovadoras. Sua jornada neste mundo arquitetônico foi interrompida em um acidente de avião, deixando sua esposa e seu filho, aos 42 anos. 

 

A cidade surgiu com a ambição de diversificar as riquezas nacionais, antes concentradas no litoral, ao mesmo tempo que revitaliza o Centro-Oeste do Brasil. O então arquiteto incorporou ao projeto urbanístico o estilo Art Déco, símbolo de modernidade e luxo da época, inspirando-se nas cidades-jardins do urbanismo francês para moldar a estrutura de Goiânia.

 

Goiânia foi concebida para abrigar 50 mil habitantes, mas seu crescimento ultrapassou todas as expectativas, transformando-a em uma das principais metrópoles do país, com mais de 1 milhão de habitantes, de acordo com o IBGE. As primeiras avenidas convergem para a Praça Cívica, centro da cidade e lar do maior acervo Art Déco do Brasil.

 

Atílio possuía um legado arquitetônico evidente na região central da cidade, onde edifícios como o Museu da Imagem e Som, Palácio das Esmeraldas, Museu Zoroastro Artiaga e o Coreto enriquecem o patrimônio histórico. A Avenida Goiás exibe o Grande Hotel, Goiânia Palace Hotel e a icônica Estação Ferroviária.

 

Apesar das modificações ao longo dos anos, o legado de Attilio Corrêa Lima permanece graças aos esforços conjuntos de arquitetos, historiadores, museólogos e entidades, mantendo viva a história e a identidade de Goiânia. Seu pioneirismo na introdução de técnicas construtivas inovadoras e sua visão modernizadora continuam a moldar a cidade e a preservar sua memória.

 

Construção de Goiânia

A construção de Goiânia teve um impacto significativo na economia da região. A abertura de novas vias, a urbanização e a instalação de serviços públicos impulsionaram a economia local, gerando empregos e oportunidades para muitos residentes. Além disso, a cidade atraiu investimentos e novos empreendimentos comerciais, consolidando-se como um centro de comércio e serviços.

 

Do ponto de vista cultural, Goiânia também se destacou. A cidade foi planejada para abrigar espaços culturais e de lazer, como praças, parques e teatros. A Praça Cívica, por exemplo, é um importante marco arquitetônico da cidade, com edifícios governamentais e monumentos que contam parte da história de Goiás. Além disso, Goiânia tem uma rica cena artística e cultural, com festivais, exposições e eventos culturais que refletem a diversidade da região.

 

No que se refere ao patrimônio histórico, Goiânia possui diversos edifícios, praças e monumentos que contam a história da cidade e da região. Alguns exemplos incluem:

 

Teatro Goiânia

 

Teatro Goiânia em 1942

Foto: Reprodução IBGE

 

O teatro vive desde 1942, sendo então o mais nobre e  tradicional espaço cultural de Goiânia. Integrando todo o estilo arquitetônico da cidade. 

Projetado no estilo Art déco pelos arquitetos Jorge Félix e José do Amaral Neddermeyer, o teatro faz parte do conjunto arquitetônico original da cidade. Sua construção foi iniciada em 1940 e concluída em 1942, marcando um importante evento na época com a presença do interventor federal do estado, Pedro Ludovico Teixeira.

 

O Teatro Goiânia desempenhou um papel significativo no Batismo Cultural da cidade, exibindo o filme “Divino Tormento” em sua estreia e recebendo a Companhia Eva Todor para uma peça teatral. Embora tenha sido projetado para funções de cinema e teatro, acabou sendo mais usado como um teatro do que um cinema.

 

Com capacidade para 850 pessoas, o teatro é um espaço crucial para apresentações de dança, teatro e música erudita e popular em Goiânia. Em 2003, foi declarado Patrimônio Nacional, reconhecendo sua importância histórica e cultural.

 

Após um abrangente trabalho de restauro e reconstituição de elementos originais, o teatro foi reinaugurado em 28 de dezembro de 2010, com um concerto grandioso que marcou sua reabertura. O evento contou com a participação do barítono Renato Mismetti, do pianista Maximiliano de Brito e da Orquestra de Câmara Goyazes, regidos por Eliseu Ferreira. O Teatro Goiânia continua a desempenhar um papel vital na vida cultural da cidade, proporcionando um espaço para apreciar diversas formas de arte.

 

Teatro Goiânia Atualmente

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Interior do Teatro Goiânia Atualmente

 

Foto: Reprodução Teatro Goiânia

 

Serviço

 

Endereço:  R. 23, 252 – St. Central, Goiânia – GO

Telefone: (62) 3201-4684

 

Peças em Cartaz

Estreia Musical – Camaleão: Quem sou eu?

Foto: Reprodução Sympla

Horário: 16:00H

Ingressos

Inteira 40,00 

Meia 20,00

Henrique de Oliveira + Banda MR Gyn

Foto: Reprodução Sympla

 

Dia: 20 de Setembro

Horário: 20:00H

Ingressos

Inteira 40,00

 

Grande Hotel

Grande Hotel na década de 1940

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Um dos primeiros edifícios de Goiânia, começou a ser construído em 1935 e foi concluído em 23 de janeiro de 1937. Logo após sua inauguração, foram realizados concursos públicos para arrendamento do espaço, que já estava mobiliado e equipado. O contrato de arrendamento foi assinado por Maria Nazaré Jubé Jardim em fevereiro de 1937, com um prazo de três anos, e incluía a condição de manter o letreiro luminoso na fachada aceso todas as noites.

 

O hotel representou luxo, glamour e confiança no progresso social e tecnológico durante seu auge. Foi uma construção estratégica para a cidade, planejada pelo fundador Pedro Ludovico Teixeira, sendo um símbolo do movimento Art Déco. Localizado na Avenida Goiás, esquina com a rua 3, sua posição facilitava o acesso à Praça Cívica e ao Palácio de Governo, bem como à Estação Ferroviária na saída da cidade.

 

Com três pavimentos e 60 quartos, além de quatro apartamentos de luxo, o Grande Hotel acolheu personalidades como o antropólogo Claude Lévi-Strauss e o presidente Getúlio Vargas, que fez um pronunciamento em Goiânia em 1940, enfatizando a relação da cidade com a Revolução de 1930 e a revitalização nacionalista.

 

O hotel também hospedou figuras renomadas como o poeta chileno Pablo Neruda e o escritor brasileiro Monteiro Lobato, autor de “O Sítio do Picapau Amarelo”. Sua localização estratégica e imponente presença fizeram do Grande Hotel um símbolo marcante da visão e do progresso da nova capital, refletindo tanto a história de Goiânia quanto suas conexões com personalidades influentes.

 

Grande Hotel Atualmente

(deteriorado devido ao vandalismo) 

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

O que aconteceu com o hotel

O Grande Hotel tornou-se um vibrante centro cultural e de entretenimento em Goiânia, atraindo uma variedade de visitantes que chegavam à cidade tanto para fins de lazer quanto de negócios. O ambiente do hotel proporciona um local informal e aconchegante para artistas e público se encontrarem e desfrutarem de apresentações musicais.

 

A própria arrendatária Maria Nazaré era uma pianista talentosa e animava as reuniões da sociedade local com suas performances noturnas. Esses eventos sociais eram frequentes, muitas vezes acontecendo aos sábados, e estavam sempre acompanhados de música ao vivo.

 

O “Palácio Monumental”, como o Grande Hotel também era conhecido, sediou os primeiros bailes de carnaval da cidade, com a apresentação de bandas como a da 1ª Companhia da Polícia Militar e o Jazz Band Imperial, entre outros grupos musicais.

 

Ao longo dos anos, o hotel se tornou um ponto de encontro para diversas comunidades urbanas, onde as pessoas se reuniram para curtir música ao vivo, especialmente samba. 

Atualmente, o espaço é destinado para projetos culturais.

 

Serviço

 

Endereço:R. Sen. Jaime, 944 – St. Campinas, Goiânia – GO

 

Museu Pedro Ludovico Teixeira

 

Pedro Ludovico 

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Museu Pedro Ludovico décadas passadas

Foto: Reprodução Desconhecida

 

Pedro Ludovico Teixeira foi um político e administrador brasileiro, desempenhando um papel crucial na história e desenvolvimento de Goiânia. Nascido em Pireneus, Goiás, sua participação na Revolução de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, o conduziu a ser nomeado interventor federal em Goiás (1930-1945), período em que promoveu a modernização do estado e a criação da nova capital.

 

Sua visão era diversificar as riquezas nacionais, que estão concentradas no litoral, promovendo o desenvolvimento do interior. Convidou Attilio Corrêa Lima, arquiteto, para conceber o Plano Urbanístico da Nova Capital de Goiás, que culminou na fundação de Goiânia, uma cidade que incorporou elementos do estilo Art Déco, refletindo sua visão progressista.

 

Além de urbanista, Pedro Ludovico trouxe inovações em infraestrutura, educação e saúde para Goiânia, demonstrando seu compromisso com o desenvolvimento holístico da cidade. Sua atuação também foi marcada pela emancipação política de Goiás e sua influência em movimentos políticos nacionais.

 

Após seu falecimento, a casa onde residia foi transformada em museu em 1987. Seguindo uma trajetória de preservação, o museu passou por reformas, a mais recente iniciada em 2017 e concluída em 2018. A construção, iniciada em 1934 sob a influência da estética Art Déco, preserva essa arquitetura marcante até hoje.

 

Tombada pelo Patrimônio Histórico Estadual, a casa-museu abriga um acervo de 1836 peças, incluindo porcelanas, mobiliário, vestuário, cristais e objetos pessoais de Pedro Ludovico. A biblioteca particular do fundador, com dois mil livros e oitocentos documentos originais, é um tesouro histórico. O acervo iconográfico, com 1142 fotos, contribui para a preservação da história.

 

Museu Pedro Ludovico atualmente

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti

 

Serviço

 

Endereço:  R. Dona Gercina Borges Teixeira – St. Sul, Goiânia – GO

Telefone: (62) 3201-4678

Horário de funcionamento: fechado durante a Segunda, e Terça a Domingo aberto das 09:00H – 17:00H

Horário com visitação agendada

 

 

Estação Ferroviária

Estação Ferroviária em 1957

Foto: Reprodução Tomas Somlo

 

Estação Ferrovária atualmente

Inaugurada em 1950, a antiga Estação Ferroviária de Goiânia desempenhou um papel significativo como ponto de chegada e partida de trens de cargas e passageiros da Estrada de Ferro Goyaz, funcionando até a década de 1980. Este edifício icônico é uma joia do Acervo arquitetônico e urbanístico Art Déco de Goiânia, reconhecido e tombado pelo Iphan desde 2002.

 

O edifício possui uma rica história e características marcantes. No pavimento central, encontram-se dois notáveis afrescos de autoria de Frei Nazareno Confaloni, um pintor e muralista pioneiro da arte moderna em Goiás. A Estação Ferroviária foi inaugurada em 1950, junto com outras estações do trecho entre Leopoldo de Bulhões e a capital. Trens de cargas e passageiros começaram a circular em 1952, operando por três décadas.

 

Entretanto, em 1980, a transferência do pátio ferroviário para Senador Canedo resultou na continuação da Avenida Goiás e na construção da Rodoviária da cidade, marcando o fim da era ferroviária da estação.

 

Tombado pelo Iphan em 2002, o edifício é um componente valioso do acervo Art Déco da capital, resguardando os afrescos de Frei Nazareno Confaloni, notadamente o “Bandeirantes: Antigos e Modernos”.

 

A restauração do edifício, iniciada em etapas, abrangeu desde a revitalização completa até a reconstituição dos detalhes arquitetônicos. A locomotiva Maria Fumaça foi cuidadosamente restaurada e reinstalada na plataforma de embarque, enquanto o relógio da torre também passou por uma reabilitação.

 

Os afrescos datados de 1953, atribuídos a Frei Confaloni, foram meticulosamente restaurados, preservando um marco importante das artes plásticas goianas. As paredes, esquadrias e gradis foram recuperados e pintados, e a edificação recebeu uma nova sinalização, sistema elétrico, hidráulico, climatização e proteção contra descargas atmosféricas.

 

A renovação não se limitou ao edifício, estendendo-se à Praça do Trabalhador, que compartilha uma conexão histórica com a estação. A praça foi requalificada, com nova pavimentação, paisagismo, iluminação e mobiliário, transformando-a em um espaço convidativo para a comunidade.

 

Essa restauração não apenas preserva a herança arquitetônica e cultural de Goiânia, mas também oferece um ambiente renovado para a população, onde passado e presente se entrelaçam harmoniosamente.

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

Endereço: Av. Goiás, 1799 – St. Central, Goiânia – GO

 

 

Palácio das Esmeraldas

Palácio das Esmeraldas em construção

Foto: Reprodução Desconhecida

 

O Palácio das Esmeraldas, cuja construção teve início em dezembro de 1933, foi concluído após um período de três anos, culminando na inauguração oficial em 23 de março de 1937. Seu estilo Art Déco, com linhas retas e um caráter sóbrio que tende para a simplificação, concebido pelo arquiteto Atílio Corrêa Lima, que acreditava que a sede do governo goiano deveria encarnar a racionalidade e a economia, manifestadas em uma construção robusta que atendesse às demandas da vida moderna.

 

As características distintas da arquitetura Art Déco são evidentemente presentes na geometria harmônica, na simetria da fachada e na opção por varandas semi-embutidas. O acesso centralizado por meio do hall e os acabamentos lisos com sancas de luz indireta reforçam essa estética.

 

Foram selecionados elementos que remetessem às características regionais da capital em construção naquela época. Um exemplo notável é a assinatura artística dos vitrais feitos pelo artista russo Conrado Sorgenicht, retratando assim a história social, cultural e econômica da região, incorporando elementos como cavalos, índios, motivos da flora e fauna, além do papel dos bandeirantes na exploração do Centro-Oeste brasileiro.

 

O Palácio é dividido em três pavimentos, que reservam diferentes funções para cada andar. No térreo, estão as instalações administrativas, incluindo o gabinete do governador, espaços para recepções e os salões Verde e Dona Gercina. O cinema, embora atualmente desativado, já foi um espaço ativo no governo de Ary Valadão. Nesse pavimento também se encontra uma capela destinada a reflexões familiares.

 

O segundo e terceiro pavimentos, estão destinados à residência oficial do governador. O segundo pavimento abriga a sala de refeições da família, a sala de chá e outras áreas sociais, enquanto o terceiro pavimento engloba os aposentos reservados para os familiares do governador.

 

O jardim do Palácio, é inspirado no jardim do Palácio de Versalhes, Com 17 jabuticabeiras plantadas por Dona Gercina Borges na década de 40, o pomar é uma característica marcante. Fontes de água e postes de iluminação no estilo Art Déco acentuam a beleza do jardim.

 

Ao longo dos anos, o Palácio das Esmeraldas foi palco de momentos cruciais para a história de Goiás e do Brasil em geral. Em 1988, serviu como local para o lançamento das Diretas Já, com a presença de figuras como Tancredo Neves, Ulisses Guimarães e Henrique Santillo. Também testemunhou homenagens a Ary Valadão Filho após um acidente aéreo e recebeu a seleção brasileira de futebol em 1984, quando conquistaram a medalha de Prata nas Olimpíadas.

 

Hoje, o Palácio das Esmeraldas faz parte do projeto do Circuito Cultural Praça Cívica, uma iniciativa da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (Seduce) que visa unir espaços históricos em um tour guiado acessível ao público. Além da residência oficial do governador, o circuito inclui a antiga chefatura de polícia (agora a sede da Procuradoria Geral do Estado), o Centro Cultural Marieta Telles Machado, a antiga sede do Tribunal de Contas do Estado e o Museu Zoroastro Artiaga. Todas essas construções datadas dos anos 30 são protegidas como patrimônio arquitetônico, e o Palácio das Esmeraldas continua a ser um marcante símbolo da nova capital de Goiás e dos momentos históricos que moldaram a região e o país.

 

Palácio das Esmeraldas Atualmente

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

 

Foto: Reprodução Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Endereço:  Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira – St. Central, Goiânia – GO

Localização: Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira

Telefone(62) 3524-2000

 

Arte Decorativa em Goiânia

O Museu de Arte Contemporânea (MAC) desempenha um papel importante, abrigando não somente uma coleção de arte, mas também obras que refletem a evolução da expressão artística ao longo do tempo. 

 

A capital de Goiás traz consigo uma narrativa rica, espelhando tanto suas raízes culturais quanto sua progressão ao longo dos anos. O projeto e a concepção da cidade, como mencionado anteriormente, foram profundamente influenciados pelo estilo Art Déco. Movimento esse que desempenhou um papel de destaque na configuração visual da cidade, encontrando expressão em edificações, monumentos e espaços públicos.

 

Durante a etapa de construção da  cidade, o Art Déco estava em seu auge; edifícios e monumentos dessa época, como o Teatro Goiânia e o Palácio das Esmeraldas, exibem padrões que caracterizam o estilo. Influência essa que deixou uma marca no paisagismo da cidade até hoje. 

 

Museu de Arte Contemporânea

Foto: Reprodução: Marcos Aleotti /Curta Mais

 

Locais como Feiras de Artesanato enriquecem também a cultura da cidade, sendo muito procuradas por turistas e moradores. Permitindo adquirir peças únicas e decorativas que incorporam a autenticidade cultural. 

O desenvolvimento cultural de Goiânia absorve influências que enriquecem a identidade da cidade e sua relevância.

 

Feira do Cerrado

 

Exemplo de um, dos vários artesanatos possíveis de encontrar em Goiânia é a Feira do Cerrado, por artesãos locais. A feira também conta com uma área de alimentação.

Foto: Reprodução Instagram @feiradocerrado

 

 Artesã: Ana Paula

Instagram da artesã: @donadaflor

Telefone: 62 99151-4496

Endereço: Edif. Trend Office – R. 72, 325 – Sl 1804-1807 – Jardim Goiás, Goiânia – GO

Horário de funcionamento: aos Domingos, das 09:00h – 13:00h

 

Varanda do Ipê

 

A loja é um espaço colaborativo em que são produzidos vários artesanatos repletos de expositores. Sendo a maior loja de artesanato de Goiânia.

Foto: Reprodução Instagram @varandadoipe

 

Endereço: R. 21 – St. Central, Goiânia – GO

Telefone: (62) 99901-9628

Horário de funcionamento: Durante a semana, 08:00h – 18:00h

Sábado, 08:00h – 13:00h 

Fechada aos Domingos

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Chorinho retoma programação gratuita em Goiânia

A programação de 2023 do tradicional Chorinho, que acontece no centro de Goiânia, começa nesta sexta-feira, 14 de Abril com entrada gratuita. Assim como no ano passado, o evento continua sendo realizado na Antiga Estação Ferroviária, na Praça do Trabalhador, e o primeiro show acontece a partir das 19 horas com o Quinteto Regional Choro Canção. Em seguida, às 20h30 sobe ao palco o grupo Os Levados do Samba.

A organização do evento estima a presença de 2 mil pessoas, a cada edição. A realização do Chorinho tem o apoio da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de Goiânia, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros.

A novidade é que, neste ano, a programação do projeto, coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), começa em abril e segue até setembro. “Antes, o Chorinho era realizado de setembro a dezembro, só por três meses e sempre em períodos muito chuvosos, o que de certa forma dificultava com que as pessoas curtissem os shows”, afirma o secretário municipal de Cultura, Zander Fábio.

“Então, optamos por um novo formato em seis meses, que normalmente esperamos menos chuvas. Produzimos com todo cuidado e carinho para que seja um evento familiar, seguro, com estrutura de banheiros, tenda, cadeira, e, claro, diversão garantida”, completa o titular da Secult.

“O Chorinho é mais uma programação cultural feita com investimento e dedicação para que a população aproveite momentos de boa música, lazer e entretenimento com segurança”, afirma o prefeito Rogério Cruz, ao destacar que “o evento já conquistou os goianienses”.

Bandas

Inspirado nos memoráveis regionais de Choro como o de Benedito Lacerda (1934), Canhoto (1951) e Conjunto Época de Ouro (1964), o Grupo Regional Choro Canção é composto pela flauta de Lamartine Tavares, o violão de sete de Gustavo Amui, o violão de seis de Lucas Barbosa, o cavaco e o bandolim de Wygner Amorim e o pandeiro de Anderson Nogueira.

O grupo se dedica ao estudo do repertório clássico do Chorinho, apresentando músicas de Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho. A formação é fruto do encontro de chorões, professores e estudantes de música do Instituto Federal de Goiás, por meio de projetos de ensino e extensão desenvolvidos pela instituição.

Já o grupo Os Levados do Samba trabalha com clássicos da música brasileira, com o intuito de fomentar o samba. Nasceu de conversas despretensiosas que alguns dos integrantes tiveram e perceberam a necessidade de formação reduzida da bateria de uma escola de samba.

O projeto ocorre de abril a setembro de 2023, com shows quinzenais e gratuitos.

Confira abaixo o cronograma:

28/04/2023
Grupo Borandá – 19h20
Thainá Janaina – 20h30

12/05/2023
Grupo São Elas – 19h20
Grupo Dona da Roda – 20h30

26/05/2023
Quinteto Flor do Cerrado – 19h20
Fernando Boi e Samba – 20h30

 

SERVIÇO:

Chorinho 2023

Onde: Antiga Estação Ferroviária, Praça do Trabalhador, Centro

Quando: Sexta-feira (14/04)

Horário: a partir das 19h

 

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Goiânia recebe exposição Via Sacra, com obras sobre caminho de Jesus

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), abre, nesta quarta-feira (13/04), no Museu Frei Confaloni, na Antiga Estação Ferroviária, a exposição Via Sacra. As obras ficarão expostas de 14 de abril até 14 de maio. Na noite de abertura da exposição, dois livros serão autografados por seus respectivos autores: PX Silveira, com “Frei Confaloni – Via Sacra”, e César Garcia, com “Confaloni no Presente”.

Peças integram o acervo do artista César Garcia. São 14 obras produzidas pelo próprio Frei Confaloni, ainda na Itália, em 1965, que rememoram o caminho percorrido por Jesus em sua Vida, Paixão, Morte e Ressurreição. “É motivo de orgulho receber obras do renomado artista Frei Confaloni, no museu que leva seu nome”, afirma o prefeito Rogério Cruz.

Neste mês, são celebradas 57 Páscoas desde que o conjunto de obras foi idealizado. O secretário municipal de Cultura, Zander Fábio, descreve a exposição como “obras belas, de grande peso artístico e representatividade religiosa que proporcionam reflexão, além do reconhecimento à arte”. 

Via Sacra de Frei Confaloni

Na década de 1960, a exposição foi encomendada à Igreja do Convento de Fiesole e, após passar pelo Convento de São Marcos, em Florença, chegou ao Brasil, em 1986. Peças compõem o único conjunto de obras com óleo sobre tela pintado por Frei Confaloni. 

As obras foram pintadas em curto espaço de tempo, por ocasião de uma das viagens do Frei à sua terra natal. Imagens apresentam carga expressionista incomum, que incorporam figuras e fundos no mesmo ambiente pictórico. 

A sequência das obras começa com Jesus no pretório de Pôncio Pilatos, que lava suas mãos, e termina na tela na qual Jesus é delicadamente acolhido no colo de Maria. 

Outro conjunto, também de autoria de Frei Confaloni, mas em afresco, é composto pelos 15 Mistérios do Rosário e está em exposição na Cidade de Goiás. 

Frei Confaloni

Frei Nazareno Confaloni foi pintor, muralista, desenhista e professor, considerado marco zero da modernidade artística goiana, além de uma das principais referências da arte no Estado de Goiás.

Ordenado aos 22 anos, estudou na Academia de Belas Artes de Florença, paralelamente à formação religiosa. Em 1950, pintou 15 afrescos, denominados Os Mistérios do Rosário, a convite do bispo Cândido Penzo. 

Mudou-se para Goiânia em 1952, onde, além da atividade religiosa, dedicou-se à pintura de temática social, utilizando-se da figura humana e da paisagem cerratense. Foi nomeado primeiro vigário da Paróquia de São Judas Tadeu e, ao longo dos anos, foi responsável pelos projetos de construção da Igreja São Judas Tadeu.

A igreja foi inaugurada em 1965, e abriga os restos mortais de Frei Confaloni, sob a permissão especial do então governador em exercício, Luiz Bittencourt. Ao lado de Luiz Curado, idealizou a Escola Goiana de Belas Artes (EGBA), depois transformada na Faculdade de Arquitetura da UCG, onde lecionou pintura e desenho.

Hoje, Frei Confaloni é reconhecido como importante vetor da arte moderna em todo Centro-Oeste por romper paradigmas, abrir fronteiras e inspirar gerações de talentosos artistas, como Amaury Menezes, Siron Franco, Ana Maria Pacheco, Iza Costa, Sáida Cunha e Neusa Moraes.

 

Fotos: Secom

Chorinho de sexta-feira em Goiânia terá estrutura com tenda

Acontece, nesta sexta-feira (26/11), na Antiga Estação Ferroviária, na Praça do Trabalhador, mais uma edição do Chorinho. Para começar, quem faz a alegria da galera é o cantor Leandro Mourão, a partir das 19h; e às 20h15, a Banda Pó de Mico sobe ao palco.

O projeto Chorinho já virou tradição na agenda cultural dos goianienses desde 2003 com a proposta de reunir o público para um evento de rua e democrático. “

O Chorinho é muito querido por uma grande parte da população goianiense e tem sido um sucesso. Mesmo com tempo chuvoso, muita gente tem aproveitado a noite de sexta-feira para curtir uma boa música com amigos e família. Temos uma boa estrutura ao lado da Maria Fumaça, com tenda e palco”, afirma o secretário municipal de Cultura, Zander Fábio.

As atrações estão previstas até 17 de dezembro. Todos os eventos são gratuitos e seguem os protocolos de prevenção à Covid-19, conforme orientações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), bem como os decretos municipais oficiais.

Serviço
Assunto: Chorinho
Data: 26/11
Hora: 19h – Leandro Mourão e Banda / 20h15 – Pó de Mico
Local: Centro Cultural Estação Cultura – Antiga Estação Ferroviária – Centro
Foto: Divulgação/Cultura

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O que fazer em Goiânia essa semana

Chorinho retoma programação nesta sexta-feira na Antiga Estação Ferroviária

A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), retoma a programação do Chorinho nesta sexta-feira (12/11). Às 19 horas o show é com a banda Diabo a Quatro; e às 20h15, Fernando Boi sobe ao palco na Antiga Estação Ferroviária, localizada na Praça do Trabalhador, no Centro da Capital.

fernando
(Músico Fernando Boi / Foto: Secom-GO)

“Nesta sexta-feira, vamos dar sequência aos shows e esperamos os goianienses para uma noite especial com muita música boa”, afirma o secretário municipal de Cultura, Zander Fábio.

O primeiro mês do Chorinho acontece no Centro Cultural Estação Cultura, a Antiga Estação Ferroviária, no Centro. Em dezembro, o Chorinho será realizado no Palácio da Cultura, no Setor Universitário. Toda a programação é gratuita e aberta ao público em geral, seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19.

O projeto Chorinho já virou tradição na agenda cultural dos goianienses. O evento acontece desde 2003 com a proposta de reunir o público para um evento de rua, democrático. “Fizemos algumas adaptações para expandir o Chorinho para outros polos da Cultura. Nossa intenção é fazer com que ele chegue cada vez mais perto das pessoas e continue levando a alegria da música para quem acompanha os shows de grandes nomes da cena cultural de Goiânia”, completa o secretário.

Serviço:

Assunto: Chorinho
Data: 12 de novembro
Hora: 19h – Diabo a Quatro / 20h15 – Fernando Boi
Local: Centro Cultural Estação Cultura – Antiga Estação Ferroviária – Centro

 

Imagem de Capa: Banda Diabo a Quatro (Secom-GO)

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Arquiteto aposentado cria maquete da estação ferroviária de Goiânia

Muito legal a homenagem que o Sr. Nicolau Calil fez para Goiânia. Arquiteto aposentado, é apaixonado por maquetes, e tem como hobby o Ferromodelismo e recria, há cinco anos, em uma maquete no seu ateliê, suas lembranças dos tempos de criança com as locomotivas e estradas de ferro. Como no próximo dia 24 de outubro Goiânia faz 88 anos, ele aproveitou para prestar sua homenagem com uma de suas criações.  

Filho de imigrantes libaneses, Calil Musse, 77 anos, é miniero e mudou-se para Goiânia aos 23 anos, em 1967. Formou-se em Arquitetura pela então Faculdade Católica de Goiás e trabalhou durante 22 como funcionário público municipal. 

 

 “Há muitos anos eu construo essa maquete, que inclusive tem os movimentos reais dos trens, que percorrem os trilhos. Então, pelo aniversário de Goiânia, eu construí outra especialmente dedicada à Antiga Estação Ferroviária. A escolhi por ser um patrimônio tombado pelo IPHAN e uma das mais importantes representações da Art Déco em Goiânia. Foram 30 dias de produção e ela está aí prontinha”, afirma Nicolau.

 

Ele conta que a ideia da maquete da Estação Ferroviária surgiu para agregar força na criação de uma Associação Goiana de Ferromodelismo, que pretende contar a história das estradas de ferro goianas. “É o meu desejo e de mais alguns com o mesmo hobby. Após apresentação da maquete ao secretário municipal de Cultura, Zander Fábio; e ao diretor técnico do Museu Frei Confaloni, Danilo Gomes, surgiu a oportunidade de expô-la na antiga Estação Ferroviária, como uma homenagem de um arquiteto ferromodelista tão bem acolhido por esta terra. Farei com o maior prazer”, comenta.

 

O ferromodelista afirma que o processo criativo passa desde a concepção do espaço e pesquisa por imagens, fotografias físicas do espaço a ser executado, estudo das plantas arquitetônicas disponíveis até a elaboração de projetos no computador para corte e montagem da maquete. “É um trabalho minucioso de arte e arquitetura que encanta a mim e a todos. O maior desafio foi descobrir como fazer as esquadrias (portas e janelas) que acabaram sendo impressas em papel vegetal. Utilizei de madeira, papéis com texturas impressas imitando as originais, impressões em 3D e tintas variadas para acabamento. Tudo junto e no fim sempre dá certo. É a minha paixão pela cidade materializada”.

 

“Uma verdadeira obra de arte! Me encantei com a história de vida e com a arte produzida pelo Nicolau. Temos um grande artista e uma obra linda. Fui à casa dele e vi de perto cada detalhe da maquete. Goiânia merece e ele também merece nosso reconhecimento pela bela homenagem oferecida nos 88 anos da nossa cidade. Em breve a maquete estará exposta no Museu Frei Confoni, na Estação. Sobre a Associação, vamos juntos lutar pela criação”, afirma o secretário Zander Fábio.

 

 

Fotos: Teth Musse

Aniversário de Goiânia tem apresentação em 4D na Estação Ferroviária da cidade

A partir de hoje (21) quem passar pela Estação Ferroviária a partir das 18h30 irá acompanhar um verdadeiro show de imagens. Em comemoração ao aniversário da capital, haverá uma projeção em alta definição com imagens da capital.

A ação recebeu o nome “88 razões para acreditar” e terá imagens exibidas por 88 segundos, com 88 refletores de led. Tudo isso, para fazer alusão aos 88 da cidade.

As imagens que serão exibidas são dos ganhadores do concurso “A Goiânia dos Meus Olhos”, realizado pela prefeitura. Além das imagens, frases irão acompanhar as projeções. Os autores dos textos são vencedores de um outro concurso nomeado de “Goiânia em Palavras”.

As projeções em 4D darão a ilusão de movimento às imagens e tornarão as projeções ainda mais realistas. 

A ação começa hoje e vai até dia 24, no aniversário de Goiânia. Para conferir, basta ir até a Estação Ferroviária na avenida Goiás, n° 1799 no setor Central. As projeções começam às 18h30 e vão até meia-noite.

Estação Ferroviária vai receber projeção com fotos em homenagem a Goiânia

Entre os dias 21 a 24 de Outubro, a Estação Ferroviária de Goiânia receberá uma projeção mapeada inédita com fotos em alta definição para celebrar os 88 anos da capital goiana. A apresentação luminotécnica ficará ligada na estação das 18h30 até meia-noite.

As fotos e frases serão selecionadas através dos concursos ”Goiânia dos Meus Olhos” e ”Goiânia em Palavras”, realizados pela prefeitura, cujo prazo para envio se encerrou na última sexta-feira (15). A tecnologia da projeção será montada pela empresa Apple Produções, juntamente com a Sync Design. Em matéria publicada no Jornal A Redação, o diretor da Apple, Uerique Costa, disse estar animado com a ação: ”Queremos que todos tenham a oportunidade de externalizar seus talentos e sentimentos nesta homenagem pública para a capital”.

O projeto é uma ação chamada de ”88 Razões para Acreditar” que mostrará narrativas audiovisuais com a combinação de frases e fotos em homenagem à cidade. A estrutura será montada dias antes da data oficial, o que totalizará as 88 horas entre a montagem oficial até sua última exibição. Em referência à idade de Goiânia, as imagens projetadas terão a duração de 88 segundos e com efeitos de 88 refletores de led.

 

Imagem: Marcos Aleotti

*Com informações Jornal A Redação

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Após impasses burocráticos, obras de restauração enfim se iniciam na Estação Ferroviária

Desde o ano passado, obra de revitalização da Estação Ferroviária da Praça do Trabalhador, em Goiânia, teve sua ordem de serviço assinada na última quarta-feira (13), pelo prefeito da cidade, Iris Rezende. O valor de R$5.870.000,00 é oriundo de convênio com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As obras se inciam nesta quinta-feira (14) e tem previsão de duração de pouco mais de uma ano, sendo a expectativa de entrega até o final de 2018. 

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Segundo o prefeito: “É um dos símbolos da nossa cidade, patrimônio cultural e que tem valor histórico muito grande. Pois ali, chegavam muitas pessoas à nossa cidade”. Também afirmou que as obras do BRT, no entorno da Estação, serão retomadas em breve, assim como a continuação da Avenida Leste Oeste, que ligará a região até o município de Senador Canedo.

Kátia Bogéa, presidenter do Iphan, afirmou ter particular preocupação com o patrimônio Art Déco da cidade e espera ansiosa por vir a Goiânia entregar a Estação completamente restaurada. E, ainda, afirma: “Esta terra é muito privilegiada pelos monumentos, pelos prédios em Art Déco e precisamos preservá-los. E não é só um dever nosso, do município, estado ou governo federal, é de todos, cabe aos moradores, a sociedade, valorizar este patrimônio, sentir-se parte dele. Por isso, após a restauração, contamos com o apoio para mantê-la em pereitas condições”.

Imagem: Prefeitura de Goiânia

Capa: Marcos Aleotti 

Projeto apresenta música medieval em estações ferroviárias de Goiás

Durante o mês de março, o projeto Montserrat nos trilhos de Goiás irá percorrer os caminhos da Estrada de Ferro pelo interior goiano. A proposta é o resultado do extenso trabalho de pesquisa do Grupo Uccelli, que apresenta uma série de concertos de repertório medieval e renascentista, aproximando o estilo musical da cultura brasileira por meio da ocupação artística que coloca as estações ferroviárias como palco para a combinação de voz, viola de roda, flautas, rabecas, espineta e percussão.

O repertório dos concertos tem como foco a coletânea medieval conhecida por Livro Vermelho de Montserrat, um manuscrito ilustrado com canções do final da Idade Média e encontrado no Mosteiro de Montserrat, em Barcelona (Espanha). A relativa simplicidade das peças forma um desenho melódico de encanto perene, em obras raramente executadas no Brasil, segundo explica a musicista Cristiane Carvalho, que assina a direção artística do projeto. “Da mesma forma, a utilização da malha ferroviária de Goiás como espaço para concertos encontra-se com a revitalização e preservação da memória desse espaço histórico, restituindo sua importância cultural ao Estado”, argumenta.

Além das canções originalmente entoadas pelos peregrinos de Montserrat, a iconografia do período medieval e a tradução de algumas das obras, o Grupo Uccelli também trará, durante as apresentações, as histórias das estações, contadas por antigos ferroviários e registradas em documentário produzido pelo Iphan. As apresentações passarão pelas cidades goianas de Urutaí, Silvânia, Vianópolis e Goiandira, retomando o percurso da Estrada de Ferro de Goyaz e a história da política desenvolvimentista dos anos 1930, com a Marcha para o Oeste, com a proposta de despertar o público para um gênero musical pouco conhecido em paralelo à necessidade de se preservar a memória cultural.

O Grupo Uccelli surgiu em 2013 com um trabalho pioneiro em Goiás, cujo objetivo é unir o conhecimento teórico e prático de obras consagradas através do tempo, proporcionando, por meio da rica sonoridade dos instrumentos medievais, um diálogo constante entre passado e presente, sacro e secular, cultura popular e erudita. O projeto Montserrat nos trilhos de Goiás é uma idealização de Beatriz Pavan e Cristiane Carvalho, com patrocínio do Fundo de Arte e Cultura de Goiás e apoio do Iphan, por meio do Iphan/GO, como parte das comemorações dos 80 anos da instituição.

 

Patrimônio ferroviário em Goiás
Conforme estabelece a legislação, cabe ao Iphan a responsabilidade de receber e administrar os bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal SA (RFFSA), bem como zelar pela sua guarda e manutenção. Goiás é um dos 18 estados, além do Distrito Federal, com bens inscritos na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário.

Nos últimos anos, o Iphan/GO vem atuando na fiscalização e manutenção desses bens, com destaque para a produção do documentário Memória Ferroviária em Goyaz (2011) e para a restauração das estações ferroviárias de Silvânia, Pires do Rio, Goiandira, Urutaí e Vianópolis (estações de Tavares, Ponte Funda e Caraíba). Após as obras, foram feitas cessões de uso para as Prefeituras municipais, visando o usufruto dos espaços pelas comunidades locais.

 

S E R V I Ç O

Dia 18 de março, às 20 horas
Estação Ferroviária de Urutaí
Endereço: Av. Emídia Carneiro, 193-375

 

Dia 19 de março, às 20h
Estação Ferroviária de Silvânia
Endereço: Av. Dom Bosco, s/n

 

Dia 25 de março, às 20h
Estação Ferroviária de Vianópolis
Endereço: Av. Antônio José Quinon, próximo à Pça. 19 de agosto

 

Dia 26 de março, às 16h
Estação Ferroviária de Goiandira
Endereço: Rua Anhanguera, 2-3

Processo de revitalização da antiga Estação Ferroviária de Goiânia começa no próximo ano

O Iphan liberou verba para a reforma da Praça do Trabalhador e a antiga Estação Ferroviária. Ambos estão em condições precárias e as rachaduras internas e externas acompanham extensas infiltrações nas paredes.

Inaugurada em 1950, a Estação completou 66 anos de resistência – o prédio passou por um esquecimento grande por parte da população e do estado, que deixou sua existência por conta própria.

Agora, a Prefeitura de Goiânia desenvolve um projeto de utilização fixa do local, com revitalização completa do prédio e da praça.

A obra de R$ 7,5 milhões foi viabilizada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), por intermédio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. O projeto é assinado pela arquiteta Janaína de Castro, e inclui uma proposta de criação de uma fonte para homeagear o monumento do trabalhador.

Antiga Estação Ferroviária de Goiânia é o retrato do abandono

Curta Mais visitou a antiga Estação Ferroviária de Goiânia e viu o lugar como pouca gente vê. As imagens retratam o abandono do poder público é de deixar qualquer goianiense inconformado. Embora o Plano Municipal de Cultura estabeleça ações que tornam a Estação Cultura de Goiânia (antiga Estação Ferroviária), em um centro de informação turística, a realidade é bem diferente disso.

Estação

Para quem avista a antiga Estação Ferroviária de longe, pode parecer só mais um prédio abandonado no centro da Capital, mas o descaso vai além dos danos físicos – internos e externos. Trata-se do total desinteresse de preservar a nossa cultura e a nossa história. O relógio já não funciona e algumas salas viraram depósito de entulhos. Murais, posicionados na região central da entrada da Estação Ferroviária de Goiânia, que foram pintados pelo Frei Nazareno Giuseppe Confaloni (Viterbo, Itália, 1917 – Goiânia, Brasil, 1977), um dos ícones e pioneiros da arte moderna no Centro-Oeste, ainda está em boa conservação, mas está em perigo.

Estação

Na área externa o mato toma conta da locomotiva, moradores também reclamam da falta de segurança no local. Mas nem sempre foi assim. O local já foi palco de várias atividades culturais, entre elas, o projeto “Nos Trilhos do Choro”, que hoje acontece na Rua do Lazer. Um ponto de cultura que precisa ser resgatado.

trem

Curta Mais ouviu representantes da Prefeitura de Goiânia e do Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Segundo a gerente de patrimônio artístico e cultural da Secretaria Municipal de Cultura, Diolinda Taveira, hoje o prédio está funcionando apenas como ponto de apoio para servidores da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg). Ela esclareceu ainda, que existe um projeto de restauração para a Estação Cultura que aguarda verba federal.

Estação

A assessoria de comunicação da superintendência do Iphan, informou que foram contempladas duas obras em Goiânia pelo PAC das Cidades Históricas: a revitalização da Praça Cívica e a restauração da Estação Ferroviária, na Praça do Trabalhador. Ela explicou que a segunda obra está em análise no Diretoria do PAC, em Brasília e ainda não há previsão de valores e datas para liberação.

 

Estação

 

Nós, do Curta Mais, esperamos que sejam tomadas providências urgentes, não podemos deixar nosso Patrimônio nesse estado de abandono.

Estação       Teto      Entulho

Entulho       teto      Teto

 

Você sabe o que é Arte Déco?

Art déco (pronuncia-se decô) é um movimento artístico internacional que teve início na Europa em 1910. As influências deste movimento atingiu as artes, a arquitectura, o design de interiores e desenho industrial, a moda, a pintura, as artes gráficas e o cinema. A mistura de simplicidade e estilo transformou o movimento Art Déco uma referência de elegância e modernidade.

Goiânia tem um grande acervo de contruções Art Déco, existem prédios que valem a pena ser vistos, num passeio que não toma mais do que uma manhã. Veja a lista de lugares que separamos:

Museu Pedro Ludovico (Rua Dona Gercina Borges Teixeira)

A casa é o local onde o governador fundador da cidade foi morar. Os aposentos do local foram mantidos como eram.

Museu

Praça Cívica

A praça central da cidade de Goiânia possui várias edificações de estilo Art Déco. Construído para ser a sede do governo estadual, o Palácio das Esmeraldas ocupa o centro geográfico da praça. Além dele, podemos encontrar na praça os prédios do Tribunal Regional Eleitoral, da Procuradoria Geral do Estado, da Agência de cultura, da Delegacia de administração e do Museu Zoroastro Artiaga, que contém um acervo formado por documentos históricos, utensílios antigos, objetos relacionados aos índios do Brasil Central e peças artísticas.

Palácio

Museu

tre

 

Avenida Goiás

Os dois maiores destaques Art Déco estão no início da avenida, junto à praça: o Coreto e a Torre do Relógio. Mais abaixo, na esquina com a rua 3, à direita de que desce, encontramos o Grande Hotel. Continuando o passeio, vire à esquerda quando chegar na avenida Anhanguera, no próximo quarteirão encontraremos o Goiânia Palace Hotel. Voltando à avenida Goiás, no cruzamento com a avenida Independência, encontraremos o prédio da Estação Ferroviária.

coreto

relogio

goiânia

Estação

 

Teatro Goiânia

Outra construção no estilo Art Déco localizada no Centro da cidade é o Teatro Goiânia, localizado no cruzamento das avenidas Anhanguera e Tocantins.

Teatro

 

Lago das Rosas
Há uns 10 minutos de caminha do centro, vindo pela avenida Anhanguera, encontraremos o Lago das Rosas. Lá observaremos o estilo Art Déco nas muretas e no trampolim.

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Colégio Lyceu de Goiânia (rua 21 – Centro)

O Lyceu é o colégio mais antigo de Goiânia, com mais de 160 anos de fundação. 

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(Foto: Secretaria de educação do Estado de Goiás)

 

IFG (antiga CEFET – Rua 66 no Centro)

O Instituto Federal de Goiás oferce cursos na área de tecnologia, mas nem sempre foi assim. A escola foi fundada ainda na antiga capital de Goiás com cursos de serralheria, sapataria, alfaiataria, marcenaria, etc. O prédio de Goiânia foi inaugurado em 1942.

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Subprefeitura (Praça Joaquim Lúcio – Campinas)

Outro ponto turístico que conta parte da história de Goiânia é a Praça Joaquim Lúcio, em Campinhas, onde se encontra a subprefeitura.

subprefeitura

 

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Foto de capa: Reprodução/Tapajós Engenharia