Goiás pode ganhar Estatuto da Pessoa com Obesidade

O estado de Goiás está diante de uma importante iniciativa legislativa que poderá beneficiar significativamente a população com obesidade. O projeto, apresentado pelo deputado estadual Virmondes Cruvinel, surge em um contexto onde dados alarmantes revelam a gravidade do problema da obesidade não apenas em nível nacional, mas também regionalmente.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de obesidade, com mais da metade da população brasileira (cerca de 55,7%) apresentando excesso de peso. Em Goiás, essa realidade não é diferente. Segundo o Atlas da Obesidade, elaborado pela Universidade Federal de Goiás (UFG), aproximadamente um em cada três adolescentes do estado está obeso.

A obesidade não é apenas uma questão estética, mas sim uma condição de saúde pública que está associada a uma série de problemas de saúde, incluindo diabetes, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Além disso, o excesso de peso também pode impactar negativamente na qualidade de vida e no bem-estar psicológico das pessoas afetadas.

Deputado Virmondes Cruvinel apresentou projeto do Estatuto da Obesidade

Nesse contexto, o projeto apresentado pelo deputado Virmondes Cruvinel surge como uma resposta necessária e abrangente para lidar com essa questão. O estatuto proposto visa garantir uma série de direitos fundamentais para as pessoas com obesidade, incluindo acesso gratuito a tratamentos médicos, como cirurgias bariátricas e acompanhamento nutricional, além de prioridade no atendimento tanto na rede pública quanto privada de saúde.

O deputado estadual Virmondes Cruvinel destacou, em suas redes sociais,  a importância do projeto que propõe a criação do Estatuto da Pessoa com Obesidade, ressaltando sua relevância ao abordar um desafio que afeta uma parcela significativa da população. Ao citar dados alarmantes, como o Atlas da Obesidade da UFG, que revela que um em cada três adolescentes em Goiás está obeso, o deputado enfatizou a necessidade de atenção para a questão.

Além das questões relacionadas à saúde, o projeto também busca promover o respeito e a inclusão das pessoas com obesidade. A proposta prevê a realização de campanhas de conscientização e combate à gordofobia, visando combater qualquer forma de discriminação ou bullying direcionados às pessoas acima do peso.

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Goiânia decreta situação de emergência devido ao aumento de casos de Dengue

Goiânia está enfrentando uma situação de emergência devido ao aumento significativo de casos de dengue. O Nível 3 de Emergência foi confirmado pelo titular da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Wilson Pollara. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira (12/3). O documento oficial que confirma essa situação será publicado ainda hoje no Diário Oficial do Município.

De acordo com os dados da nona edição do Boletim Epidemiológico Arboviroses da SMS, foram confirmados 5.724 casos de dengue no município, representando um aumento de 52,7% em relação à edição anterior do boletim, que havia registrado 3.744 casos desde o início do ano. Além disso, Goiânia registrou um óbito confirmado e outros 10 em investigação. O crescimento da doença por quatro semanas seguidas caracteriza a epidemia.

O secretário Wilson Pollara ressaltou que essa é uma situação que requer maior empenho por parte de toda a população. Ele afirmou que, da parte administrativa, os processos referentes à epidemia da dengue serão tratados em regime de urgência e prioridade em todos os órgãos e entidades da administração municipal. Além disso, contratações temporárias poderão ser realizadas para evitar que o déficit atual do quadro de pessoal permanenteafete a prestação dos serviços à população de Goiânia.

Em termos operacionais, Pollara confirmou a ampliação de ações preventivas e de combate ao vetor transmissor. A situação exige a colaboração de todos para conter a propagação da doença e proteger a saúde da população.

Dois casos de varíola do macaco foram confirmados em Goiânia

Dois casos de varíola dos macacos na capital foram confirmados em Goiânia. A informação  foi repassada pela Prefeitura Municipal no final da quarta-feira, 13. De acordo com os dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os pacientes são dois homens, sendo um de 26 anos e outro de 41. Um deles tem histórico de viagem para São Paulo, onde já existe circulação comunitária do vírus. A SMS informou ainda que os pacientes estão sendo monitorados e que foram orientados a manter isolamento.

 

Em Goiás, além dos dois casos em Goiânia, já existem outros dois  casos da doença confirmados. Estes pacientes são de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, também dois homens, mas de 33 e 34 anos.   Dados da  Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), apontam que existem 12 casos suspeitos no estado. Outros  quatro já foram descartados. 

 

Os principais sintomas da varíola do macaco são febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, gânglios (linfonodos) inchados, calafrios e exaustão.

 

Como se dá a contaminação?

 

Por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas.

 

De pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais.

 

Por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;

Da mãe para o feto através da placenta;

Da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;

 

Úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.

 

A cidade que controlou o Aedes aegypti com peixinhos

Há quase quatro anos, a população da cidade de Itapetim, no sertão pernambucano, está sem água nas torneiras. São abundantes as caixas d’água espalhadas pelas ruas e dentro das casas, à espera de receber água para as atividades básicas.

O cenário em Itapetim, no sertão pernambucano é de clima quente e bastante água parada — propício para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Em abril desse ano, o município (a cerca de 400 km de Recife) chegou a ter o índice de infestação pelo mosquito (LIRAa) mais alto do Estado de Pernambuco — 13%, ou seja, 13 imóveis com focos em cada 100.

O índice é considerado satisfatório quando é menor do que 1%. Com focos de reprodução do mosquito em mais do que 3,9% dos imóveis, o Ministério da Saúde considera que o município está em risco para dengue.

O corte dos repasses estaduais e federais para o combate ao mosquito, segundo as autoridades locais, fez com que a cidade apelasse para um “exército natural” contra o mosquito que transmite a dengue, a febre chikungunya e o zika vírus — as piabas, peixinhos de água doce que medem entre 4 e 5 centímetros.

Os peixes são colocados em reservatórios fechados e abertos: tonéis, caixas d’água e principalmente cisternas, já que o Aedes aegypti prefere lugares escuros e com água parada para se reproduzir.

A técnica vinha sendo estudada em universidades de Estados nordestinos e aplicada pontualmente em cidades pequenas desde o início dos anos 2000, com diferentes graus de sucesso. Mesmo assim, não substitui o uso do larvicida (produto químico que mata as larvas do mosquito na água) e é vista com ressalvas pelo Ministério da Saúde, que diz haver risco de diarreia caso os peixes sejam colocados na água para beber.

O cloro na água que chega com os caminhões-pipa fornecidos pelo Estado foi um dos primeiros obstáculos ao projeto, já que matava imediatamente os peixes que já estavam nos reservatórios. Inicialmente, era preciso substitui-los semanalmente.

Os moradores são orientados a retirem os peixes antes de encher seus reservatórios e esperem até cinco horas para colocá-los novamente. É o tempo em que os níveis de cloro da água caem o suficiente para não prejudicá-los.

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Agentes usam apenas um peixe em reservatórios de até 200 litros nas casas e ruas da cidade.

 

Com informações da BBC Brasil.

11 coisas que você precisa saber urgente sobre o zika vírus

No último final de semana, o governo brasileiro confirmou a relação entre o vírus zika e a microcefalia, uma infecção que provoca má-formação do cérebro de bebês.

A região Nordeste é a região mais afetada pelo surto de microcefalia – no Brasil todo já são mais de 1.248 casos notificados em 311 municípios em 14 Estados. As notícias sobre o zika e os casos de microcefalia pegaram o país de surpresa e suscitaram várias dúvidas.

O Zika uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

Em Goiânia a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) confirmou nesta terça-feira (1º) que 5 novos casos de microcefalia foram notificados na capital. Os recém-nascidos estão sendo submetidos a exames prescritos em protocolos do Ministério da Saúde (MS) para constatar se o contágio se deu ou não pelo zika vírus. A doença transmitida pelo Aedes aegypti é a principal hipótese para o surto da má-formação no Nordeste do país.

 

Veja abaixo as respostas a algumas dessas questões:

 

Qual a relação entre o zika e a microcefalia?

A partir de exames realizados em uma bebê nascida no Ceará, e que acabou morrendo com microcefalia e outras más-formações congênitas, identificou-se a presença do vírus.

A confirmação foi possível a partir da confirmação do Instituto Evandro Chagas da identificação da presença do vírus em amostras de sangue e tecidos do recém-nascido que veio a óbito no Ceará.

A confirmação da relação entre o vírus e a microcefalia é inédita na pesquisa científica mundial.

A microcefalia é uma má-formação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Normalmente ela é causada por fatores como uso de drogas e radiação. Segundo o governo, na epidemia atual, os bebês nascem com perímetro cefálico menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm.

 

O que ainda não sabemos sobre a ligação entre o zika e a má-formação fetal?

O Ministério da Saúde deixou claro, no entanto, que ainda há muitas questões a serem resolvidas. Uma das questões é como ocorre exatamente a atuação do zika no organismo humano e a infecção do feto.

Também não se sabe ao certo qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial do governo, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez.

 

O que é a febre por Vírus Zika?

É uma doença viral aguda, transmitida principalmente por mosquitos, tais como Aedes aegypti, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

 

Qual a distribuição dessa doença?

O vírus Zika foi isolado pela primeira vez em primatas não humanos em Uganda, na floresta Zika em 1947, por esse motivo esta denominação. Entre 1951 a 2013, evidências sorológicas em humanos foram notificadas em países da África (Uganda, Tanzânia, Egito, República da África Central, Serra Leoa e Gabão), Ásia (Índia, Malásia, Filipinas, Tailândia, Vietnã e Indonésia) e Oceania (Micronésia e Polinésia Francesa).

Nas Américas, o Zika Vírus somente foi identificado na Ilha de Páscoa, território do Chile no oceano Pacífico, 3.500 km do continente no início de 2014.

O Zika Vírus é considerado endêmico no Leste e Oeste do continente Africano. Evidências sorológicas em humanos sugerem que a partir do ano de 1966 o vírus tenha se disseminado para o continente asiático.

Atualmente há registro de circulação esporádica na África (Nigéria, Tanzânia, Egito, África Central, Serra Leoa, Gabão, Senegal, Costa do Marfim, Camarões, Etiópia, Quénia, Somália e Burkina Faso) e Ásia (Malásia, Índia, Paquistão, Filipinas, Tailândia, Vietnã, Camboja, Índia, Indonésia) e Oceania (Micronésia, Polinésia Francesa, Nova Caledônia/França e Ilhas Cook).

Casos importados de Zika virus foram descritos no Canadá, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Austrália (12) Adicionar Ilha de Páscoa. 

Como é transmitida?

O principal modo de transmissão descrito do vírus é por vetores. No entanto, está descrito na literatura científica, a ocorrência de transmissão ocupacional em laboratório de pesquisa, perinatal e sexual, além da possibilidade de transmissão transfusional.

 

Quais são os principais sinais e sintomas?

Segundo a literatura, mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes são caracterizadas por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça e menos frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e haematospermia. Apresenta evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês.

Recentemente, foi observada uma possível correlação entre a infecção ZIKAV e a ocorrência de síndrome de Guillain-Barré (SGB) em locais com circulação simultânea do vírus da dengue, porém não confirmada a correlação.

               

Qual o prognóstico?

Em suma, vem sendo considerada uma doença benigna, na qual nenhuma morte foi relatada e autolimitada, com os sinais e sintomas durando, em geral, de 3 a 7 dias. Não vê sendo descritas formas crônicas da doença.

 

Há tratamento ou vacina contra o Zika vírus?

Não existe O tratamento específico. O tratamento dos casos sintomáticos recomendado é baseado no uso de acetaminofeno (paracetamol) ou dipirona para o controle da febre e manejo da dor. No caso de erupções pruriginosas, os anti-histamínicos podem ser considerados. No entanto, é desaconselhável o uso ou indicação de ácido acetilsalicílico e outros drogas anti-inflamatórias em função do devido ao risco aumentado de complicações hemorrágicas descritas nas infecções por síndrome hemorrágica como ocorre com outros flavivírus.

Não há vacina contra o Zika vírus.

A SVS/MS informa que mesmo após a identificação do Zika Vírus no país, há regiões com ocorrência de casos de dengue e chikungunya, que, por apresentarem quadro clínico semelhante, não permitem afirmar que os casos de síndrome exantemática identificados sejam relacionados exclusivamente a um único agente etiológico.

Assim, independentemente da confirmação das amostras para ZIKAV, é importante que os profissionais de saúde se mantenham atentos frente aos casos suspeitos de dengue nas unidades de saúde e adotem as recomendações para manejo clínico conforme o preconizado no protocolo vigente, na medida em que esse agravo apresenta elevado potencial de complicações e demanda medidas clínicas específicas, incluindo-se a classificação de risco, hidratação e monitoramento.

 

Como evitar e quais as medidas de prevenção e controle?

As medidas de prevenção e controle são semelhantes às da dengue e chikungunya. Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.

Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade

Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti e Ae. albopictus, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.

Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Procedimentos de controle de vetores

As orientações da OMS e do Ministério da Saúde do Brasil para a dengue fornecem informações sobre os principais métodos de controle de vetores e devem ser consultadas para estabelecer ou melhorar programas existentes. O programa deve ser gerenciado por profissionais experientes, como biólogos com conhecimento em controle vetorial, para garantir que ele use recomendações de pesticidas atuais e eficazes, incorpore novos e adequados métodos de controle de vetores segundo a situação epidemiológica e inclua testes de resistência dos mosquitos aos inseticidas.

 

Como denunciar os focos do mosquito?

As ações de controle são semelhantes aos da dengue, portanto voltadas principalmente na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada.

 

O que fazer se estiver com os sintomas de febre por Vírus Zika?

Procurar o serviço de saúde mais próximo para receber orientações.