Há 60 anos Ditadura Militar se instaurava no Brasil: monumento em Goiânia homenageia as vítimas

Em 2024 completam-se 60 anos em que os militares chegaram a Brasília, e tomaram o poder do Presidente João Goulart, e iniciavam de vez, um dos períodos mais repressivos da história de nosso país: a Ditadura Militar. 

Esse período tão controverso, fez parte da história do país, seja por seus efeitos negativos na economia, repressão com torturas, perseguição, ou até com a censura por parte do governo. Mas pouco se fala sobre a situação do Estado de Goiás durante esses duros anos de nossa história.

Logo no ano em que se iniciou o período, 1964, militares avançaram pelas ruas de Goiânia, e aviões deram rasantes sobre a capital, ameaçando bombardear a sede do governo estadual. O então governador Mauro Borges estava no Palácio das Esmeraldas, resistindo a tomada de seu cargo, mas a pressão logo o fez ceder, e Goiás teve a queda de um governador, deposto pelos militares. Esse foi apenas o início de uma era sombria na vida do povo goiano.

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Foto: Divulgação/Diário de Goiás

Desaparecimentos sem explicação, mortes, e prisões sem julgamentos, estes foram alguns dos motivos que fizeram parte da história de Goiás, e deram origem ao “Monumento aos Mortos e Desaparecidos na Luta Contra a Ditadura Militar”, que foi inaugurado em 2004, no encontro das Avenida Assis Chateaubriand com a Avenida Dona Gercina Borges, no Setor Oeste.

O projeto desse Monumento possui toda uma arquitetura diferente e específica, com características peculiares, que retratam em suas formas duras (ainda que circulares), com cores cinzentas e frias, representam momentos de dor e agonia. Quando chove, as águas correm entre as aberturas superiores da obra, fazendo menção às lágrimas dos familiares das vítimas mortas ou desaparecidas durante a Ditadura.

A ideia do monumento é relembrar a memória de mortos e desaparecidos durante o período militar no Brasil. Entre os anos de 1964 e 1988, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) reconheceu cerca de 434 mortes e desaparecimentos políticos. A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos contabilizou cerca de 362 casos. O Centro de Documentação Eremias Delizoicov e a Comissão de Familiares dos Mortos e Desaparecidos Políticos contabilizaram, em 2010, 383 vítimas.

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Foto: Divulgação/Diário de Goiás

O monumento busca manter uma memória das vítimas goianas que tiveram sua vida interrompida por conta de um regime autoritário e repressivo.

 Ivanor Mendonça, um dos responsáveis pela instalação, conta que a escolha pela obra ocorreu através de um concurso público que elegeu o projeto do arquiteto Marcus Gebrim.

Cada um de seus gomos representa uma vítima: Arno Preis, Cassimiro Luís de Freitas, Divino Ferreira de Souza, Durvalino de Souza, Honestino Monteiro Guimarães, Isamel Silva de Jesus, James Allen Luz, Jeová de Assis, José Porfírio de Souza, Márcio Beck Machado, Marco Antônio Dias Batista, Maria Augusta Thomaz, Ornalino Cândido, Paulo de Tarso Celestino e Rui Vieira Bebert. Quando inaugurado, o Monumento contava com um dispositivo do lado de dentro que fazia com que a água jorrasse pela estrutura, mesmo fora do período de chuva.

O monumento homenageia os quinze sonhadores que perderam a vida ou foram sequestrados por defenderem a causa da “justiça e liberdade”. Uma placa colocada no pé da obra mostra os seus nomes. O lugar onde o monumento foi erguido já estava definido no regulamento do concurso.

 

Ditadura Cubana bloqueia acesso à internet no país para conter protestos

Segundo a ONG Netblocks, que monitora a liberdade na internet, o governo cubana bloqueou parcialmente, nesta segunda-feira (12), o acesso à rede. O objetivo principal da ação é conter os protestos que tomaram conta do país no último domingo (11), muitos dos quais foram organizados por meios de redes sociais.  

 

A estatal de comunicações cubana, Etecsa, e a única operadora de celulares da ilha, Cubacel, bloquearam o acesso da população às plataformas do WhatsApp, Facebook e Instagram.

 

A ordem de cortar o acesso à internet para conter o avanço dos protestos contra o regime ditatorial do país partiu do primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel. Em razão da ação, há poucas informações sobre a amplitude das manifestações. “Diversos jornalistas independentes e defensores dos direitos humanos estão incomunicáveis”, relatou Juan Antonio Blanco, diretor do Observatorio Cubano de Conflitos, em entrevista à Revista Crusoé.

 

A onda de manifestações que teve início no domingo (11) foi uma das maiores das últimas décadas. As primeiras marchas começaram em San Antonio de los Baños, a uma hora ao sul de Havana, de forma aparentemente espontânea. Com ajuda da conexão pela internet, cubanos de ao menos 50 cidades foram informados sobre os protestos e rapidamente se juntaram ao chamado. Até mesmo exilados cubanos em Miami, Nova York e na Europa se somaram ao levante, que demanda principalmente por alimentos, remédios e liberdade de expressão. 

 

Preocupado com a onda de protestos e com o alcance das manifestações impulsionadas pela conexão on-line, o governo cubano decidiu cortar o acesso da população à rede. Mesmo assim, pelo menos quatro cidades cubanas registraram manifestações ontem (12). 

 

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Manifestantes comemoram o aniversário do golpe militar de 64 com carreata em Goiânia

Este domingo (31 de março) marca os 55 anos do início do golpe militar que depôs Jango, dando início a um regime de exceção que se estendeu até 1985. Durante estes 21 anos, não houve eleição direta para presidente, o Congresso chegou a ser fechado e houve censura à imprensa. Segundo dados da Comissão de Verdade, 434 pessoas foram mortas pelo regime ou desapareceram – e, até hoje, só 33 corpos foram encontrados. Na última segunda-feira, o porta-voz Otávio Rêgo Barros instruiu, em nome de Jair Bolsonaro, que o ministério da Defesa faça as ‘comemorações devidas’ na data. Na quinta, o próprio Bolsonaro disse que a ideia não é celebrar e sim ‘rememorar’ o período. Atos em alusão ao golpe de 31 de março chegaram a ser proibidos por liminar, mas a Justiça Federal derrubou a decisão. 

Alguns manifestantes de Goiânia demonstram apoio ao golpe de 64 com a realização de uma carreata ao som do hino nacional. Um homem no alto falante ainda diz “Viva as Forças Armadas”. Ainda segundo nossa leitora que nos enviou o vídeo (confira abaixo), os manifestantes chamam o dia de hoje como “o segundo dia de independência do Brasil”.

 
 
 
 
 
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Manifestantes próximo à praça cívica realizam carreata comemorando “o segundo dia de independência do brasil, em 1964”.

Uma publicação compartilhada por Curta Mais News (@curtamaisnews) em 31 de Mar, 2019 às 7:34 PDT

 

Show: ‘Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores’ entra em cartaz no Teatro Sesi

O Teatro Sesi, promove dia 26 de junho, às 21 horas, um encontro musical das cantoras Christina Guedes, Fernanda Guedes e Ingrid Goldfeld. Juntas, elas resgatam uma  produção musical da época da ditadura militar cantando Músicas de Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Zé Kétti, Ivan Lins e outros, que estão no repertório. 

O evento é na verdade, uma homenagem à produção musical brasileira nos tempos difíceis da ditadura e aos artistas que se destacaram na luta pelo respeito aos direitos humanos e contra os vinte anos de opressão estabelecida no Brasil a partir do golpe militar de 1964. 

Nem todas as músicas foram criadas como forma de protesto, embora tivessem com forte teor político e social e nem sempre fizessem críticas diretas à ditadura. Por sua importância no contexto político cultural, no entanto, tiveram grande importância como legado musical de qualidade, inteligência, bravura e transgressão à ordem vigente. Vale a pena prestigiar!

Anote na agenda:

Show: Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores

Quando: 26 de junho (sexta)

Horário: 21 horas

Local: Teatro Sesi

End: Av. João Leite, nº 1.013. Setor Santa Genoveva

Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Estudantes, idosos acima de 60 anos e industriários mediante comprovação pagam meia entrada

Informações: 3269-0800