Pesquisa na Holanda pode ter descoberto a cura definitiva para a Aids

Mais uma conquista da ciência! Na Holanda, cientistas da Universidade de Amsterdã trabalham em uma pesquisa que pode representar, no futuro, a cura para o HIV. Através da ferramenta de edição genética CRISPR, a equipe conseguiu eliminar o vírus da Aids de um conjunto de células em laboratório. A técnica ainda não foi testada em animais e nem em humanos.

Os pesquisadores holandeses encaram o experimento como uma prova de conceito, já que muitas etapas do procedimento inovador contra o HIV precisam ser aperfeiçoadas. No entanto, é um caminho bastante promissor em direção à cura desta infecção que afeta mais de 39 milhões de pessoas ao redor do mundo.

Hoje, as pessoas que convivem com HIV controlam a infecção com o uso de remédios antivirais, de uso contínuo. É possível impedir a multiplicação do vírus no organismo e restaurar o sistema imunológico com esses medicamentos, mas o agente infeccioso permanece escondido dentro das células — isto ocorre majoritariamente em algumas células do sistema imune e pode ocorrer até no cérebro.

Se o tratamento é interrompido, é comum a infecção voltar. A técnica CRISPR pode remover o patógeno, algo que nenhum remédio disponível atualmente nas farmácias consegue fazer.

Uso da edição genética CRISPR

Através da tesoura genética CRISPR — as responsáveis pela invenção já receberam o Prêmio Nobel de Química, em 2020 —, é possível identificar e alterar pontos específicos do código genético, o DNA, de organismos vivos. Basicamente, a ferramenta de edição genética elimina genes indesejados ou introduz um novo material genético.

Aparentemente, isso parece pouco funcional para pacientes com HIV, já que não se trata de um quadro de origem genética. O ponto é que o vírus da Aids consegue integrar o seu genoma no DNA de algumas células do hospedeiro, o que torna a sua eliminação tão complexa. É o que explica a volta da infecção, após anos de tratamento.

Segundo os autores, eles desenvolveram uma estratégia capaz de eliminar o HIV de diferentes células e de locais em que ele possa estar escondido, os reservatórios. Além disso, “demonstramos que a terapêutica pode ser administrada especificamente às células de interesse”, acrescentam os pesquisadores.

Por isso, os cientistas holandeses apostam que “essas descobertas representam um avanço fundamental no sentido de projetar uma estratégia de cura”.

Cura do HIV?

Até o momento, os únicos pacientes a serem curados da infecção pelo vírus HIV realizaram um transplante de medula óssea durante o tratamento de um câncer, como ocorreu com o paciente Berlim. A técnica tem inúmeros riscos e só pode ser usada em condições muito específicas, por isso, não há planos de expandir esse “tratamento” para outros grupos de pacientes.

No caso do novo estudo, envolvendo a ferramenta de edição genética CRISPR, os pesquisadores demonstraram apenas que a “cura” é viável em laboratório, quando a terapia é aplicada em um conjunto de células. O que foi demonstrado é o primeiro passo no caminho de uma possível e real cura, mas antes será necessário realizar inúmeros testes em animais.

Se o procedimento for seguro e eficaz nos modelos animais, os primeiros humanos poderão testar a técnica — um dia, ela pode ser um ponto de virada no combate ao vírus da Aids, mas ainda é cedo para afirmar isso.

A pesquisa sobre uma possível cura do HIV será apresentada durante o 34º Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (Eccmid 2024), entre os dias 27 e 30 de abril, na Espanha. De forma preliminar, os autores do estudo publicaram um preprint — artigo científico sem revisão feita por pares — na plataforma Research Square.

 

*Fonte: Terra

Veja também:

 

Pesquisadores da USP descobrem composto que pode regredir o câncer de mama 6 vezes mais rápido

Um composto encontrado por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Faculdade de Medicina de Harvard, pode acelerar o tratamento e regredir em até seis vezes o câncer de mama considerado mais agressivo, o triplo negativo.

Esse tipo de câncer de mama corresponde a 15% de todos os casos e sua incidência costuma ser maior em mulheres jovens. Diferente dos outros cânceres invasivos, o triplo-negativo é considerado um dos mais perigosos, pois as células cancerígenas crescem e se multiplicam rapidamente, com maior chance de reaparecerem em outras partes do corpo, ocasionando a metástase.

O trabalho, publicado na aclamada revista científica ‘’Science Signaling’’, analisou compostos disponíveis para encontrar a molécula ideal e inclui uma etapa anterior ao processo da quimioterapia, com a utilização de uma droga identificada que enfraquece as células tumorais.

O tratamento continua em estudo e foi testado durante 21 dias em camundongos. Os resultados, entretanto, se mostraram bastante positivos.

Banana-nanica corre risco de extinção no Brasil? Entenda o que dizem os cientistas

Mais de 100 bilhões de bananas são consumidas todos os anos pelos seres humanos. A maioria delas são do tipo banana-nanica. O alimento já faz parte da nossa dieta há séculos, mas isso pode acabar mudando num futuro não tão distante assim.

A banana-nanica, conhecida internacionalmente como Cavendish, é a variedade dominante no mercado global devido à sua resistência a algumas das principais doenças e à sua longa vida útil. Agricultores favorecem seu cultivo devido à sua alta produtividade em relação a outras variedades, ocupando o mesmo espaço de terra.

Entretanto, cientistas têm emitido sérios alertas sobre o risco iminente de extinção da banana-nanica devido a uma infecção chamada mal-do-Panamá, causada pelo fungo Fusarium oxysporum. Essa doença tem início nas raízes da bananeira e se espalha, comprometendo a capacidade da planta de absorver água e realizar a fotossíntese, representando uma ameaça significativa à produção global de bananas.

Reportado pela Business Insider, o risco de extinção da banana-nanica, também conhecida como Cavendish, é uma preocupação crescente para a indústria global.

Apesar de sua popularidade devido à resistência a várias doenças e à longa durabilidade, essa variedade está enfrentando uma ameaça séria na forma do mal-do-Panamá, uma infecção fúngica causada pelo Fusarium oxysporum.

A doença começa nas raízes da bananeira e, posteriormente, se espalha, prejudicando a habilidade da planta de absorver água e realizar a fotossíntese. Isso coloca em risco não apenas a produção, mas também a diversidade de bananas disponíveis no mercado global, levando os cientistas a buscar soluções urgentes para evitar a possível extinção dessa variedade tão comum em todo o mundo.

A banana-nanica, conhecida internacionalmente como Cavendish, é a variedade dominante no mercado global devido à sua resistência a algumas das principais doenças e à sua longa vida útil. Agricultores favorecem seu cultivo devido à sua alta produtividade em relação a outras variedades, ocupando o mesmo espaço de terra.

Entretanto, cientistas têm emitido sérios alertas sobre o risco iminente de extinção da banana-nanica devido a uma infecção chamada mal-do-Panamá, causada pelo fungo Fusarium oxysporum. Essa doença tem início nas raízes da bananeira e se espalha, comprometendo a capacidade da planta de absorver água e realizar a fotossíntese, representando uma ameaça significativa à produção global de bananas.

Reportado pela Business Insider, o risco de extinção da banana-nanica, também conhecida como Cavendish, é uma preocupação crescente para a indústria global. Apesar de sua popularidade devido à resistência a várias doenças e à longa durabilidade, essa variedade está enfrentando uma ameaça séria na forma do mal-do-Panamá, uma infecção fúngica causada pelo Fusarium oxysporum.

A doença começa nas raízes da bananeira e, posteriormente, se espalha, prejudicando a habilidade da planta de absorver água e realizar a fotossíntese. Isso coloca em risco não apenas a produção, mas também a diversidade de bananas disponíveis no mercado global, levando os cientistas a buscar soluções urgentes para evitar a possível extinção dessa variedade tão comum em todo o mundo.

Banana geneticamente modificada pode ser o futuro

A possibilidade de extinção das bananas-nanicas não seria algo inédito na história do planeta. Outra espécie popular chamada Gros Michel, considerada pelos especialistas como a principal banana de exportação na primeira metade do século passado, simplesmente desapareceu.

O antecessor do fungo Fusarium oxysporum começou a infectar bananas em 1876. Na década de 1950, tinha dizimado completamente a espécie Gros Michel. Com isso, os produtores precisaram buscar uma substituta.

Agora preocupação retorna. Em 1997, os cientistas detectaram uma nova cepa dessa doença na Austrália. Mas foi a partir de 2015 que a condição se espalhou pela Índia e pela China. Ela já alcançou a África e recentemente chegou também à América do Sul.

Por isso, cientistas estão buscando formas de salvar a banana-nanica da extinção. Uma das opções é criar uma espécie geneticamente modificada chamada QCAV-4 , que promete ser altamente resistente ao fungo e outras doenças.

 

*Fonte: Olhar Digital

 

 

Veja também:

Estudo aponta qual é a fruta mais saudável do mundo

 

 

Quer receber nossas dicas e notícias em primeira mão? É só entrar em um dos grupos do Curta Mais. Basta clicar AQUI e escolher.

 

Cientistas descobrem espécie de Beija-flor brasileiro que canta em frequência ultrassônica

Uma espécie de beija-flor com um canto ultrassônico intriga a ciência desde 2015. Isso porque o tipo de vocalização aguda e acima do limite audível para nós, humanos, é até comum para outros mamíferos, como morcegos e cetáceos (baleias e golfinhos), mas é raro em aves.

Mas um beija-flor brasileiro é único em apresentar esse tipo de frequência sonora, e a suspeita é de usá-la justamente para fugir da competição sinfônica de outras aves.

A descoberta, liderada pelo neurocientista brasileiro e professor da Escola de Medicina de Oregon (EUA) Cláudio Mello, conta com a participação de pesquisadores da Universidade do Arizona e da Rockfeller University, ambas também americanas, e da Pontifícia Universidade Católica de Belo Horizonte (PUC-BH) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Chamada de beija-flor preto da cauda branca (Florisuga fusca), a ave, endêmica da Mata Atlântica, é capaz tanto de produzir sons quanto escutá-los acima de 10 quilo Hertz de frequência (considerado elevado).

beija
(Foto: José Antônio Vicente)

Para se ter uma ideia, a maioria das aves canta dentro da frequência sonora intermediária, de 0,5 a 6 kHz, com a média em 2 a 3 kHz. Já os indivíduos de Florisuga estudados cantavam em uma frequência média de 11,8 kHz. Já a faixa considerada audível para o ouvido humano vai de 0,2 a 20 kHz.

As primeiras observações de vocalização da espécie foram feitas ainda na década de 1970, na área da reserva do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), em Santa Teresa (ES), pelo fundador do parque, o naturalista Augusto Ruschi.

À época, sofrendo de perda auditiva, o cientista descreveu que o beija-flor “cantava, mas ele não conseguia ouvir”, achando que era uma condição dele próprio. Mal sabia ele que, na realidade, não era possível escutar o canto da ave.

A descrição da frequência sonora, porém, foi concluída em 2018, em uma publicação na revista científica “Current Biology”. De lá para cá, Mello conta que recebeu uma bolsa da National Geographic Society para fazer uma nova expedição ao Brasil no início de 2020, mas, com a covid, o trabalho de campo foi adiado.

Passado o período mais restritivo da pandemia, ele e os colegas puderam fazer um estudo in loco em outubro último. Observaram 40 aves e viram que a frequência ultrassônica era, de fato, única para essa espécie de beija-flor.

“Quando voltamos com equipamentos especializados para captar ultrassom, comprovamos o que já havíamos constatado, que eles cantam em uma faixa que em geral outras aves não vão ouvir. E isso pode ser interessante, eles podem ocupar uma faixa em que a comunicação deles não é interrompida”, descreve Mello.

Segundo ele, a frequência mais alta, porém, viaja em ondas mais curtas, o que indicaria uma comunicação a curta distância. “Estamos analisando agora os dados coletados para obter a resposta de qual a distância em que essa informação [o canto] chega e, também, se os filhotes conseguem ouvir os pais.”

Nas aves, a vocalização é um instrumento importante até mesmo para o aprendizado dos filhotes. “O aprendizado vocal implica que o filhote de dentro do ninho ouça o canto do adulto e imite o canto, então é extremamente importante entender se eles conseguem ouvir os pais.”

Como há poucos dados na literatura até mesmo sobre como funciona o comportamento de aprendizado em beija-flores, a pesquisa ainda deverá ser testada, inclusive tocando o gravador em outras localidades em que a espécie é encontrada, para saber se esse ensinamento é passado entre as gerações.

Biodiversidade

De acordo com o cientista, um próximo passo da pesquisa é estudar a anatomia interna de Florisuga para avaliar as adaptações que podem existir nas cordas vocais e no ouvido interno desses animais.

“Agora vamos focar projetos de longo prazo. Estamos aguardando firmar alguma parceria com o INMA para estudar a ecologia dessa espécie, que é realmente única. Esse é um bom exemplo de como a gente conhece ainda muito pouco da biodiversidade, e em especial da Mata Atlântica”, diz ele.

A expectativa é que não seja tarde demais, uma vez que a Mata Atlântica é o bioma brasileiro que mais perdeu área nos últimos 40 anos. Os cientistas já comprovaram a importância da floresta, que é considerada um “hotspot” de biodiversidade mundial, para o entendimento da diversidade de espécies brasileiras e também para a descoberta de novas plantas e seres com potencial farmacológico e econômico.

Como os equipamentos utilizados também são próprios para o estudo dos morcegos, o neurocientista afirma que parcerias desse tipo também são bem-vindas, até mesmo considerando o alto custo de cada aparelho, de até R$ 10 mil do captador ultrassônico e de R$ 15 mil a R$ 20 mil do gravador. “Os beija-flores cantam até umas cinco, seis da tarde, e depois vêm os morcegos, então dá para fazer duas pesquisas em um mesmo dia.”

 

*Folhapress

Veja também:

Mais de 50 Ararinhas-azuis chegam ao Brasil em 2023

14 lugares Pet Friendly em Goiânia

Cientistas criam exame inédito que identifica Alzheimer em estágio inicial

Um grupo de cientistas do Reino Unido desenvolveu um exame que se mostrou capaz de diagnosticar, com 98% de acerto, casos de doença de Alzheimer, até mesmo aqueles em estágio inicial, que normalmente são mais difíceis de identificar com os procedimentos atualmente usados. As informações são do Portal R7.

O método é relativamente simples e, segundo os autores do trabalho, pode ser adaptado aos hospitais, pois utiliza um equipamento de ressonância magnética que geralmente já está disponível. Os pesquisadores desenvolveram um sistema de aprendizado de máquina (inteligência artificial) para usar os dados obtidos na ressonância magnética tradicional e diagnosticar a doença.

A precisão em diferenciar estágios iniciais e avançados foi considerada alta — 79% dos pacientes. O algoritmo tem como base uma divisão do cérebro em 115 regiões. Foram alocadas 660 características, como tamanho, forma e textura, para diferenciar os padrões de cada área. O sistema foi, então, treinado para identificar onde as mudanças apareciam e quais delas estavam mais comumente associadas ao Alzheimer.

“Atualmente, nenhum outro método simples e amplamente disponível pode prever a doença de Alzheimer com esse nível de precisão, portanto, nossa pesquisa é um importante passo à frente. Muitos pacientes que apresentam Alzheimer em clínicas de memória também têm outras condições neurológicas, mas mesmo dentro desse grupo nosso sistema pode distinguir os pacientes que têm Alzheimer daqueles que não têm”, explica em comunicado o principal autor do estudo, o professor Eric Aboagye, do Imperial College London.

O Alzheimer é uma doença para a qual não há cura, mas o diagnóstico precoce faz uma grande diferença ao permitir que o paciente tenha acesso a tratamentos que ajudam a retardar o avanço dos sintomas. Os métodos usados hoje no diagnóstico de Alzheimer envolvem testes realizados no consultório e alguns exames de imagem, mas normalmente são feitos somente quando o paciente já tem algum nível de comprometimento cognitivo.

“Esperar por um diagnóstico pode ser uma experiência horrível para os pacientes e sua família. Se pudéssemos reduzir o tempo de espera, tornar o diagnóstico um processo mais simples e reduzir um pouco da incerteza, isso ajudaria muito”, complementa o professor. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), atualmente 55 milhões de pessoas vivem com demência em todo o planeta, das quais entre 60% e 70% têm Alzheimer.

Com o envelhecimento da população, estima-se que a demência poderá atingir 78 milhões de pessoas daqui a oito anos e 139 milhões até 2050. O Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos lista os seguintes sintomas associados ao Alzheimer inicial:

• Perda de memória
• Dificuldade de julgamento, que leva a más decisões
• Perda de espontaneidade e do senso de iniciativa
• Mais lentidão para completar as tarefas diárias normais
• Perguntas repetidas
• Problemas para lidar com dinheiro e pagar contas
• Ficar vagando e se perder
• Perder coisas ou colocá-las em lugares estranhos
• Mudanças de humor e personalidade
• Aumento da ansiedade e/ou agressividade

Os sintomas em casos moderados envolvem:

• Aumento da perda de memória e confusão
• Incapacidade de aprender coisas novas
• Dificuldade com a linguagem e problemas com leitura, escrita e trabalho com números
• Dificuldade em organizar pensamentos e pensar logicamente
• Tempo de atenção reduzido
• Problemas para lidar com novas situações
• Dificuldade em realizar tarefas de várias etapas, como se vestir
• Problemas para reconhecer familiares e amigos
• Alucinações, delírios e paranoia
• Comportamento impulsivo, como despir-se em momentos ou locais inadequados ou usar linguagem vulgar
• Explosões de raiva inapropriadas
• Inquietação, agitação, ansiedade, choro, perambulação — especialmente no final da tarde ou à noite
• Declarações ou movimentos repetitivos, espasmos musculares ocasionais

Os quadros mais avançados de Alzheimer costumam apresentar:

• Incapacidade de se comunicar
• Perda de peso
• Convulsões
• Infecções de pele
• Dificuldade para engolir
• Gemidos ou grunhidos
• Aumento do sono
• Perda do controle do intestino e da bexiga

 

Imagem: Freepik

Cientistas descobrem ecossistema abaixo da maior camada de gelo da Antártica

Um grupo de cientistas da Nova Zelândia que explorava uma grossa camada de gelo na Antártica, descobriu um novo ecossistema, com espécies de animais vivendo em um rio de água doce. As informações são do portal Correio Braziliense.

Em meio a uma pesquisa que investigava as consequências das mudanças climáticas na região, a equipe precisou perfurar uma camada da plataforma de gelo Ross, e acabou encontrando um grupo inédito de animais.

A espécie encontrada vivendo sob a maior plataforma de gelo do mundo, com 487 mil km² de extensão, está no mesmo táxon dos camarões, lagostas e caranguejos e mede cerca de 5 milímetros.

antartida
(Foto: Reprodução UOL)

O cientista do Instituto Nacional de Água e Atmosfera da Nova Zelândia, (NIWA, na sigla em inglês), Craig Stevens, revelou ao jornal britânico The Guardian, que a equipe pensou inicialmente se tratar de um erro. “Pensamos que havia algo errado com a câmera, mas quando o foco melhorou, percebemos um cardume de pequenos artrópodes. Estamos extremamente felizes com a descoberta. Ter todos esses animais nadando em volta do nosso equipamento significa que existe um importante ecossistema aqui”, contou Stevens.

cientistas

De acordo com o líder da pesquisa, Huw Horgan, a extensa rede de rios de água doce sob as plataformas de gelo na Antártica já era conhecida pela ciência, mas ainda não havia sido investigada.

“Observar este rio foi como ser o primeiro a entrar em um mundo oculto”, celebrou o cientista.

 

Imagens: Reprodução Correio

Vitamina K, presente no brócolis, pode proteger contra demência, diz estudo

Um estudo feito na Arábia Saudita mostra novas evidências de que a alimentação tem papel importante na prevenção de doenças neurodegenerativas. De acordo com os cientistas da Universidade AlMaarefa, a vitamina K pode proteger idosos do Alzheimer e outras formas de demência. As informações são do portal Metrópoles.

O nutriente está presente principalmente em vegetais folhosos verde-escuros, como brócolis, couve e espinafre, e também é encontrado no agrião, rúcula, repolho, alface, nabo, azeite, abacate, ovo e fígado. Na pesquisa, os cientistas analisaram o funcionamento do sistema cognitivo e o comportamento de camundongos com idade avançada durante 17 meses. Metade deles recebeu suplementação com vitaminas do complexo K, e a outra metade, dieta tradicional, para comparação. 

Os que receberam a vitamina apresentaram melhora da memória espacial e da capacidade de aprendizagem, além de redução significativa do comprometimento cognitivo – a transição entre cognição normal e demência –, e de depressão e ansiedade. Os resultados do estudo, ainda não publicado em revista científica, foram apresentados no encontro anual da Associação Americana de Anatomia, nos Estados Unidos.

“A vitamina K2 demonstrou um impacto muito promissor em impedir alterações comportamentais, funcionais, bioquímicas e histopatológicas relacionadas ao envelhecimento do cérebro senil”, escreveu o principal autor do estudo, Mohamed El-Sherbiny, em um comunicado.

Ao examinar o tecido do cérebro dos animais os pesquisadores observaram o aumento da tirosina, aminoácido que ajuda a preservar as funções cognitivas.

Os resultados do estudo, ainda não publicado em revista científica, foram apresentados no encontro anual da Associação Americana de Anatomia, nos Estados Unidos.

Os pesquisadores ponderaram que mais pesquisas precisam ser feitas para comprovar os benefícios do nutriente, mas destacaram que a vitamina K “pode ser proposta como abordagem promissora para atenuar os distúrbios relacionados à idade e preservar as funções cognitivas em indivíduos idosos”.

 

Imagem: pixabay

Veja também:

Cientistas descobrem molécula que pode trazer a cura para a Asma

Cientistas brasileiros criam luva capaz de detectar pesticidas em alimentos

Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) criaram um dispositivo sensor vestível embutido em uma luva de borracha sintética capaz de detectar resíduos de pesticidas em alimentos. O trabalho, apoiado pela Fapesp, foi idealizado e liderado pelo químico Paulo Augusto Raymundo-Pereira, pesquisador do Instituto de Física de São Carlos (IFSC-USP).

O dispositivo tem três eletrodos, localizados nos dedos indicador, médio e anelar. Eles foram impressos na luva por meio de serigrafia, com uma tinta condutora de carbono, e permitem a detecção das substâncias carbendazim (fungicida da classe dos carbamatos), diuron (herbicida da classe das fenilamidas), paraquate (herbicida incluído no rol dos compostos de bipiridínio) e fenitrotiona (inseticida do grupo dos organofosforados). No Brasil, carbendazim, diuron e fenitrotiona são empregados em cultivos de cereais (trigo, arroz, milho, soja e feijão), frutas cítricas, café, algodão, cacau, banana, abacaxi, maçã e cana-de-açúcar. Já o uso de paraquate foi banido no país pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A análise pode ser feita diretamente em líquidos, apenas mergulhando a ponta do dedo contendo o sensor na amostra, e também em frutas, verduras e legumes, bastando tocar na superfície da amostra.

Sergio Antonio Spinola Machado, professor do Instituto de Química de São Carlos (IQSC-USP) e coautor da pesquisa, diz que não há nada semelhante no mercado e que os métodos mais utilizados atualmente para detecção de pesticidas se baseiam em técnicas como cromatografia (técnica analítica de separação de misturas), espectrofotometria (método óptico de análise usado em biologia e físico-química), eletroforese (técnica que utiliza um campo elétrico para separação de moléculas) ou ensaios laboratoriais.

“No entanto, essas metodologias têm custo alto, demandam mão de obra especializada e um tempo longo entre as análises e a obtenção dos resultados. Os sensores são uma alternativa às técnicas convencionais, pois, a partir de análises confiáveis, simples e robustas, fornecem informação analítica rápida, in loco e com baixo custo.”

Na luva criada pelo grupo, cada dedo é responsável pela detecção eletroquímica de uma classe de pesticida. A identificação é feita na superfície do alimento, mas em meio aquoso. “Precisamos da água, pois é necessário um eletrólito [substância capaz de formar íons positivos e negativos em solução aquosa]. Basta pingar uma gotinha no alimento e a solução estabelece o contato entre este e o sensor. A detecção é feita na interface entre o sensor e a solução”, detalha a química Nathalia Gomes, pesquisadora do IQSC-USP e integrante da equipe.

Sensores da luva

O processo de verificação de presença de pesticidas é simples. Coloca-se um dedo de cada vez na amostra: primeiro, o indicador; depois, o médio e, por último, o anelar. No caso de um suco de frutas, basta fazer a imersão dos dedos no líquido, um de cada vez. A detecção é feita em um minuto e, no caso do dedo anelar, em menos de um minuto.

“O sensor no dedo anelar usa uma técnica mais rápida. Ele é composto por um eletrodo de carbono funcionalizado, enquanto os dos outros dois dedos por eletrodos modificados com nanoesferas de carbono [dedo indicador] e carbono printex, um tipo específico de nanopartícula de carbono [dedo médio]. Após a detecção, os dados são analisados por um software instalado no celular”, explica Raymundo-Pereira.

luva
(Foto: Nathalia Gomes / USP)

O pesquisador ressalta que a incorporação de materiais de carbono conferiu seletividade aos sensores, uma das propriedades mais importantes e difíceis de alcançar em dispositivos semelhantes. “Uma escolha criteriosa de materiais à base de carbono permitiu a detecção sensível e seletiva de quatro classes de pesticidas dentre os mais empregados na agricultura: carbamatos, fenilamidas [subclasse das fenilureias], compostos de bipiridínio e organofosforados. Assim, um dos diferenciais da invenção está na capacidade de detecção seletiva em presença de outros grupos de pesticidas, como triazinas, glicina substituída, triazol, estrobilurina e dinitroanilina. Com os métodos tradicionais isso não é possível.”

Outro destaque do dispositivo está na possibilidade de detecção direta, sem exigir preparo de amostra, o que torna o processo rápido. Além disso, o método preserva o alimento, permitindo o consumo após a análise.

A luva não tem prazo de validade e pode ser usada enquanto não houver danos nos sensores. Osvaldo Novais de Oliveira Junior, professor do IFSC-USP e coautor da pesquisa, explica que os sensores podem ser danificados por solventes orgânicos (como álcool e acetona) ou por algum contato mecânico impróprio na superfície do sensor (um objeto que o arranhe, por exemplo).

Mercado

Raymundo-Pereira salienta que o produto é inovador e que já está em andamento o processo de requisição de patente junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi). Ele afirma que não há um procedimento simples para a detecção de pesticidas, principal razão pela qual os testes para discriminação de diferentes classes de pesticidas e outros contaminantes ainda não estão disponíveis no mercado. Para ele, o uso de dispositivos como a luva, que permitem a análise química de materiais perigosos in loco, seria relevante em aplicações alimentares, ambientais, forenses e de segurança, permitindo um rápido processo de tomada de decisão no campo.

“Representantes das agências internacionais que fazem o controle da entrada de alimentos nos diversos países do mundo já usam luvas para manipulá-los. Imagine se tivessem um sistema de sensoriamento de pesticidas embutido? Alimentos contendo pesticidas proibidos seriam descartados já na fronteira. O dispositivo pode ser usado durante a colheita também.”

Segundo o pesquisador, o custo do dispositivo é basicamente o custo da luva, sem o sensor. “Os sensores custam menos de US$ 0,1. O custo principal é a luva. Usamos uma luva nitrílica porque é menos porosa que a de látex. Com a pandemia, o preço dela disparou. E o custo individual subiu. Mas, ainda assim, o dispositivo que criamos é um produto muito barato. Mais acessível que os testes feitos atualmente.”

 

 

*Agência Fapesp

Imagem: Divulgação USP

Veja também:

Cientistas brasileiros descobrem molécula capaz de ajudar no combate contra o câncer

Cientistas brasileiros descobrem molécula capaz de ajudar no combate contra o câncer

Pesquisadores do Programa de Pós Graduação em Genética e Bioquímica da Universidade Federal de Uberlândia (PPGGB/UFU) encontraram uma molécula inédita que pode contribuir no combate ao câncer.

Essa molécula é seletiva, ou seja, ela age mais sobre as células tumorais do que sobre as células saudáveis – diferentemente da quimioterapia, que apesar de eficaz, acaba impactando nas células saudáveis e causando efeitos colaterais.

A pesquisa pretende desenvolver tratamentos mais saudáveis para o organismo e pode trazer a cura para doença que é a segunda maior causa de mortes do mundo.

Molécula tem capacidade de eliminar células do câncer

A descoberta faz parte do estudo realizado pelos pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Genética e Bioquímica pela UFU. A molécula inédita é de um complexo de cobre e apresenta seletividade e capacidade de morte celular.

Os testes foram realizados em laboratório, a partir de células tumorais de humanos e de camundongos. O complexo de cobre mostrou ser capaz de induzir a produção de um outro tipo de molécula, chamadas espécies reativas de oxigênio.

As reativas de oxigênio conseguiram atingir as células tumorais, danificando seu DNA. Os prejuízos foram tão severos que as células cancerosas entraram em um processo de morte celular programada, chamado tecnicamente de apoptose.

Nas próximas fases do estudo, os pesquisadores pretendem desenvolver mecanismos em que a molécula descoberta será colocada dentro de nanocápsulas, ou seja, que vire um medicamento.

O cobre no combate ao câncer

Uma das abordagens terapêuticas para tratamento da doença é a quimioterapia, na qual utiliza-se medicamentos que consigam matar as células tumorais. Porém, esse tratamento acarreta efeitos colaterais, pois também é tóxico para as células saudáveis do organismo.

Dentre os medicamentos utilizados atualmente, um deles é feito de platina, metal que não existe naturalmente no organismo humano. Por isso, a ciência tem buscado desenvolver medicamentos quimioterápicos com maior desenvoltura, que sejam seletivos, ou seja, mais tóxicos para as células tumorais e menos tóxicos para as células saudáveis do organismo, aumentando, assim, as chances de cura.

Nesse sentido, a utilização do cobre para desenvolvimento de novos medicamentos vem ganhando destaque, pois ele é um metal essencial para o funcionamento do organismo humano, sendo indispensável para o funcionamento de enzimas, criação de novos vasos sanguíneos, respiração celular e produção de melanina (pigmento da pele).

 

*Com informações Portal Comunica UFU

Imagem: Pedro Henrique Alves Machado, aluno de doutorado do Programa de Pós Graduação em Genética e Bioquímica da UFU – Divulgação

Veja também:

Cientistas explicam porque os cães inclinam a cabeça quando falamos com eles

Cientistas de São Paulo utilizam o Pequi como anti-inflamatório e protetor solar

Muitos cosméticos são produzidos a partir de matérias-primas naturais, que estão disponíveis a baixo custo e sem agredir o meio ambiente. E ainda ajudam a movimentar a economia e ajudar pequenos produtores.

É o caso do pequi, muito utilizado na culinária no cerrado brasileiro, principalmente em Goiás. Além da alimentação, o óleo de pequi, extraído da polpa e da amêndoa do fruto, já é utilizado na indústria farmacêutica e de cosméticos. Mas, o que sobra do pequi após esse processo, equivalente a 90% do fruto, geralmente é descartado, gerando um desperdício de centenas de toneladas por ano.

Isso, no entanto, pode mudar. Pesquisadores da unidade de Assis da Universidade Estadual Paulista (Unesp), encontraram uma forma criativa, sustentável e barata de aproveitar essa matéria-prima natural. Em estudos que começaram em 2016, os cientistas desenvolveram dois novos produtos a partir dos resíduos da fruta: um creme anti-inflamatório e um protetor solar com propriedades antioxidantes, capazes de retardar o envelhecimento da pele.

A professora da Unesp em Assis, Lucinéia dos Santos, cita as vantagens dessa descoberta e destaca benefícios que o aproveitamento das sobras do pequi vai proporcionar. Segundo ela, além dos benefícios no campo da cosmética, a economia social das famílias que dependem do fruto também pode melhorar com o aproveitamento desse material de forma sustentável.

Ainda segundo a pesquisadora, os produtos desenvolvidos com o resíduo do fruto apresentaram resultados promissores em testes farmacológicos. As novidades já foram patenteadas pela Agência Unesp de Inovação e aguardam aprovação da Anvisa para serem comercializadas.

 

*Agência Brasil

Imagem: Reprodução

Veja também:

Pesquisadores transformam casca de tamarindo em combustível para veículos

Cientistas criam exame para facilitar o diagnóstico de tumor no cérebro

Um novo teste para identificar o meduloblastoma, um tipo de tumor cerebral maligno mais comum na infância, pesquisadores da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), no Canadá, criaram um novo exame para facilitar o diagnóstico das neoplasias mais agressivas e possibilitar a indicação do tratamento mais rapidamente.

Em um artigo publicado na plataforma Clinical Cancer Research, os criadores do método contaram que o teste é capaz de diferenciar os casos de meduloblastoma de risco extremamente alto, que precisam de radioterapia imediata, dos de baixo risco, que não têm a mesma indicação de tratamento.

O método possibilitará que as equipes médicas decidam pela melhor estratégia, poupando as crianças que não precisam de abordagens agressivas, como a radio a quimioterapia cerebral. Atualmente, apenas testes sofisticados, e muito caros, realizados em número limitado de laboratórios ao redor do mundo, conseguem identificar as formas mais agressivas da doença.

O novo teste usa uma técnica chamada imunohistoquímica, que é bastante comum. O desenvolvimento do método foi possível porque os pesquisadores conseguiram identificar uma proteína chama TPD52, altamente expressa no meduloblastoma mais agressivo.

Em entrevista ao portal Eurekalert, o principal autor do estudo, Alberto Delaidelli, deu mais detalhes sobre o exame. ”Ao usar uma técnica que está disponível em praticamente todos os laboratórios clínicos, nosso novo teste tem o pontencial de melhorar o diagnóstico e o tratamento futuro do meduloblastoma em crianças em quase todos os cantos do planeta.”

 

Fonte: Portal Metrópoles

Imagem: Divulgação

Veja também:

Instituto Lewis Hamilton investe na formação de professores negros na área da ciência e tecnologia

Hugo abre processo seletivo com salários de até R$ 5,4 mil

Cientistas descobrem novo tratamento para Câncer de Mama agressivo

Em meio à campanha nacional do Outubro Rosa, destinada ao combate e conscientização sobre o Câncer de Mama, temos uma notícia que traz esperança. Uma equipe de médicos e cientistas do Centro Nacional do Câncer de Singapura, identificou um novo método para tratar o câncer de mama chamado triplo-negativo (CMTN), um dos mais agressivos tipos de câncer e com poucas opções de tratamento. A descoberta foi publicada na Revista News Medical, no último dia 15 de Outubro.

A equipe usou um medicamento antineoplásico chamado bexaroteno (vendido sob a marca Targretin, utilizado para o tratamento de linfoma cutâneo de células T) para facilitar esse processo antes da quimioterapia, que ainda é considerado o tratamento padrão básico. Os médicos responsáveis descobriram que as células cancerosas mudam entre diferentes estados celulares, incluindo mudar de menos agressivas para mais agressivas e vice-versa. Ao converter as células cancerosas altamente agressivas para o formato menos agressivo, os tumores são ”preparados” para responder melhor à quimioterapia, que funciona eliminando essas células. 

Este processo biológico é denominado ”transição mesenquimal-epitelial”, e a equipe usou o bexaroteno para facilitar o processo no trabalho pré-clínico do câncer de mama, antes da aplicação da quimioterapia.

câncer
O tratamento neoadjuvante com retinoides pode promover a conversão de células cancerosas mesenquimais, altamente agressivas, em células cancerosas epiteliais, menos agressivas no câncer de mama. [Imagem: National Cancer Centre Singapore]

 

A equipe já anunciou o início de um ensaio clínico humano, com previsão de duração de três anos, para investigar se a abordagem funcionará fora do ambiente laboratorial. ”Para nosso estudo, existe uma veersão de grau clínico do indutor de transição mesenquimal-epitelial, o que facilitou significativamente a tradução direta para o cenário clínico. Esperamos que os resultados sejam o primeiro passo na introdução de um novo conceito no tratamento do câncer”, disse a Dra. Elaine Lim, coordenadora do estudo.

 

*Com informações portal Diário da Saúde

Imagem: Divulgação

Veja também:

Prédios e monumentos recebem iluminação especial para o Outubro Rosa em Goiânia

Goiânia tem dia D da campanha Outubro Rosa

Outubro Rosa: mostra fotográfica e banco de cabelo alertam para o diagnóstico precoce da doença

IFG está com inscrições abertas para oficinas de robótica exclusivo para meninas em Goiânia

Alunas do ensino médio e do fundamental da 8ª e 9ª séries de escolas públicas municipal e estadual de educação de Goiânia, já podem se inscrever para o projeto de extensão ”Steam4Girls: aprendizagem criativa para estímulo de meninas cientistas”. O projeto é promovido pelo Instituto Federal de Goiás (IFG) e tem como objetivo promover oficinas que ensinam a utilização de ferramentas relacionadas à Robótica Educacional e o desenvolvimento de habilidades diante de diferentes desafios, além de permitir que meninas possam ter uma experiência real de uma cientista.

São 30 vagas disponíveis para o curso totalmente gratuito, e as incrições estarão abertas até o dia 22 de Outubro. Para se inscrever, as estudantes precisam ter acesso à internet além da disponibilidade no período vespertino para a participação das atividades que serão online, com início no dia 24 de Outubro. 

De acordo com o professor que coordena a ação, Carlos Roberto da Silveira Junior, serão ministradas 7 oficinas semanais em que as alunas dos cursos de graduação e técnico integrado do Câmpus Goiânia da IFG vão auxiliar no processo de ensino e aprendizagem das estudantes da rede pública e integrarão uma única turma, participando de forma igualitária. Durante as aulas, será estimulado o aprendizado de diversas disciplinas, principalmente em áreas relacionadas como Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática. A ideia do programa é fomentar o protagonismo feminino na área da Ciência.

O projeto ”Steam4Girls” é realizado pela IFG desde 2019 e já atendeu 40 alunas de quatro escolas públicas em Goiás como a Escola Municipal João Bráz; Escola Municipal Dalísia Elizabeth Martins Dolles; Colégio Estadual Professora Olga Mansur e Colégio Estadual Aécio Oliveira de Andrade.

Para se inscrever, acesse este link.

 

*Com informações Jornal A Redação

(Imagem: Divulgação)

 

Veja também:

Instituição de Lewis Hamilton investe na formação de professores negros na área da ciência e tecnologia

Governo de Goiás investe R$ 12 milhões em Centro de Excelência em Inteligência Artificial

Cientistas criam tinta branca capaz de eliminar a necessidade de ar-condicionado

Cientistas de um laboratório da Universidade de Purdue, nos Estados Unidos, criaram uma tinta branca capaz de refletir 98,1% da radiação solar. Eles conseguiram criar uma tinta tão branca, que acabou entrando para o livro de recordes mundiais do Guinness. Mas qual foi a necessidade da invenção?

De acordo com os cientistas, a tinta extrabranca reduz ou até mesmo elimina a necessidade do ar-condicionado, o que pode economizar na energia elétrica e preservar o meio ambiente. A ideia inicial era fazer uma tinta que refletisse a luz do sol, já que atualmente, as tintas com essa finalidade só conseguem rejeitar de 80% a 90% da luz solar, e elas não conseguem tornar as superfícies mais frias do que a temperatura ambiente.

De acordo com explicação publicada no portal Olhar Digital, a tinta absorve menos calor do que emite. Uma superfície revestida com essa tecnologia consegue ser resfriada abaixo da temperatura normal, e sem consumir energia para isso. Por exemplo, usar essa tinta em um telhado com cerca de 9 m² pode resultar em um resfriamento de 10kW, mais forte do que a potência de um ar-condicionado.

Agora, o próximo objetivo é colocar o produto à venda no mercado. Isso pode acontecer em breve, já que, os cientistas já firmaram acordo com uma empresa americana.

Imagem: John Underwood / Universidade de Purdue (Divulgação)

Veja também:

Anatel adia publicação de edital do leilão para uso da tecnologia 5g no Brasil

Nova tecnologia consegue enviar energia elétrica sem fio a 50 metros de distância

Veneno de cobra nativa do Brasil contém molécula capaz de bloquear o Coronavírus

Uma pesquisa desenvolvida por cientistas do Instituto de Química da Universidade Estadual Paulista (IQ/Unesp) identificou que no veneno da cobra brasileira jararacuçu existe uma espécie de proteína capaz de conter a reprodução do Sars-CoV-2, coronavírus causador da Covid-19. 

 

A descoberta ocorreu após testes realizados em laboratório, nos quais os pesquisadores observaram que a molécula extraída do veneno do réptil inibiu em 75% a capacidade do vírus se multiplicar em células de macaco.  Os resultados  obtidos com o trabalho apresentam um caminho promissor na busca por medicamentos para tratar pacientes contaminados pelo coronavírus e geraram um artigo que foi publicado no último dia 12 de agosto, na revista científica Molecules.

 

Em notícia publicada no portal do Instituto de Química, explica  que o grande desafio para a criação de um novo fármaco é garantir que ele seja eficiente contra a doença e que, ao mesmo tempo, não gere reações adversas para quem for tomá-lo. ‘’Nós encontramos um peptídeo que não é tóxico para as células, mas que inibe a replicação do vírus. Com isso, se o composto virar um remédio no futuro, o organismo ganharia tempo para agir e criar os anticorpos necessários, já que o vírus estaria com sua velocidade de infecção comprometida e não avançaria no organismo”, esclareceu o professor e um dos autores do trabalho, Eduardo Maffud Cilli.

 

pesquisa
Figura à esquerda mostra células (em azul) infectadas pelo coronavírus (em verde) sem nenhum tipo de tratamento; já a imagem da direita retrata as células que foram tratadas com o peptideo, ilustrando claramente a menor replicação viral na cultura. Foto: Eduardo Cilli

 

 

Pequeno e fácil de ser obtido, o peptídeo encontrado na jararacuçu é uma molécula que interage e bloqueia a PLPro, uma das enzimas do coronavírus responsáveis por sua multiplicação nas células. Então, a tendência é de que a molécula do réptil mantenha sua eficácia contra diferentes mutações do vírus, como a variante delta.

 

Agora, os especialistas irão avaliar a eficiência de diferentes dosagens da molécula, bem como se ela pode exercer outras funções na célula, como a de proteção, evitando até mesmo que o vírus a invada. Após o fim desses testes, o objetivo é que a pesquisa avance para a etapa pré-clínica, em que será estudada a eficácia do peptídeo para tratar animais infectados pelo novo coronavírus.

 

 

Imagem: Miguel Nema – Parque Estadual Serra do Mar

 

Veja também: CoronaVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen: Entenda as diferenças entre as vacinas contra Covid-19 disponíveis no Brasil

 

Pesquisas revelam que Pequi é um forte aliado contra o Lúpus e Diabete