13 razões para se apaixonar pelo setor Campinas em Goiânia

Localizado na zona oeste, Campinas é considerada a mãe de Goiânia – já que antes da criação da capital, o bairro era na verdade um município criado em 1810 (no entanto só foi reconhecida como tal em 1914). Já em 1933, com a criação da nova capital de Goiás, Campinas perdeu a condição de município e foi agregada à Goiânia.

O setor merece ser reconhecido e admirado pelo povo goiano. Por entre as ruas que combinam comércio e trânsito caótico é possível encontrar casas históricas e lugares emblemáticos, como a Matriz de Campinas, o Mercado, a Praça Joaquim Lúcio e a Biblioteca Municipal Cora Coralina.

E na presente data, dia 8 de Julho de 2022, o bairro completa 212 anos. Atualmente, Campinas é um dos setores mais importantes da cidade e se transformou em um dos maiores polos comerciais da região Centro-Oeste.

Pensando sempre em evidenciar o melhor que Goiânia tem, o Curta Mais trouxe 12 motivos para você amar e visitar a nossa querida Campininha.

Confira:

1. Praça Joaquim Lúcio

A Praça Joaquim Lúcio é motivo de orgulho para os goianienses, especialmente para os campineiros, sejam os de nascimento ou de coração. Marco do Setor Campinas, fica em plena Avenida 24 de outubro, a principal do bairro, e nasceu antes mesmo de Goiânia. O nome da praça é uma homenagem ao coronel goiano nascido na cidade de Silvânia em 1853. O coreto, o busto do coronel Joaquim Lúcio e o jardim que se delineia em seu centro compõem o cenário mais agradável e bonito do bairro. 

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Praça Joaquim Lúcio nos anos 40

 

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Praça após revitalização em 2019 (Foto: Nina Pimenta)

 

 

2. Biblioteca Municipal Cora Coralina

O antigo Palace Hotel, inaugurado em 1939, hoje abriga a Biblioteca Municipal Cora Coralina, homenagem à poeta vilaboense que é uma das principais expressões culturais do Estado. O prédio da biblioteca foi construído no estilo Art Déco na década de 30, e sua sacada serviu de palco para discurso de importantes políticos, entre eles, os presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart. A Biblioteca conta com um acervo aproximado de 23 mil livros.

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O então Palace Hotel, em fotografia da década de 60

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(Foto: Arquivo Curta Mais)

 

Onde: Avenida 24 de Outubro, nº 120

3. Estádio Antônio Accioly

O Estádio Antônio Accioly pertence ao clube Atlético Goianiense, time que foi fundado em 2 de Abril de 1937, o primeiro time de futebol da cidade de Goiânia. O estádio foi demolido em 2001 para a construção de um Shopping Center, mas foi reconstruído e voltou a funcionar em 2005.

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Onde: Avenida Perimetral, 921

 

4. Casas históricas

Restaram poucas casas históricas em Campinas. Resistindo ao tempo e à especulação imobiliária, os imóveis residenciais mais antigos do bairro nos brindam com sua arquitetura inusitada para os dias de hoje e nos permitem resgatar um pouco da história de Campinas e da capital. Mais um motivo para amarmos um dos bairros mais importantes de Goiânia.

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Casa histórica na rua Santa Luzia, esquina com Avenida Rio Grande do Sul, Campinas. Fotografia de Valter Mustafé.

 

 

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Casa histórica na Rua Rio Verde, Campinas. Fotografia de Valter Mustafé.

 

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Casa histórica na Rua Senador Morais Filho, Campinas.

 

 

5. Matriz de Campinas

A história da Matriz de Campinas começa no ano de 1843, 90 anos antes do nascimento de Goiânia. Campinas ainda era “Campininha das Flores”, um lugarejo pouco habitado no interior de Goiás. A atual igreja (a construção original foi demolida no início dos anos 60) é a maior de Goiânia.

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Antiga Matriz de Campinas, demolida no início dos anos 60. (Foto: Hélio de Oliveira)

 

Onde: Rua Rio Grande do Sul, s/n, Praça Santo Afonso

 

6. Instituto de Educação em Artes Professor Gustav Ritter

Fundado em 1988, o Centro Cultural Gustav Ritter visa à formação artística, atendendo a população de baixa renda que, não fosse a iniciativa da escola, não teria acesso aos diversos cursos oferecidos gratuitamente no Centro. Foi instalado na antiga Casa dos Padres Redentoristas, adquirida em 1986, pelo governo do Estado de Goiás e inaugurado em 16 de novembro de 1988.  Situado no bairro de Campinas, o prédio, em estilo art-déco tardio, teve sua construção iniciada em 1946 pelo padre Oscar Chaves, foi concluído em 1950 pelo Padre Antônio Penteado e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás pelo decreto n° 4.943 de 31 de agosto de 1998. 

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Onde: Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, 237

 

7. Colégio Santa Clara

O Colégio Santa Clara é um dos cartões-postais de Campinas. Foi fundado em 1922 por quatro Irmãs Franciscanas vindas da Alemanha com a missão de fundar um colégio para a educação de meninas na isolada cidadezinha de Campininha das Flores. O Colégio Santa Clara acompanhou a gestação de Goiânia, sonho do visionário Dr. Pedro Ludovico, e colaborou para o progresso e desenvolvimento da nova capital. Em 2021 completou 100 anos de fundação.

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(Foto: Reprodução Colégio Santa Clara)

 

 

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(Foto: Fábio Lima)

Onde: Rua José Hermano, 920

 

8. Cemitério Santana

Não se trata de um cemitério qualquer, estamos falando do Cemitério Santana, o mais antigo da capital! Passear por suas ruas nos proporciona uma verdadeira aula sobre história e arte. 

Com estilo Art Decó, o cemitério – que tem mais de 80 anos – tem jazigos ricos em detalhes, imponentes e com esculturas em bronze. Estão enterrados ali pioneiros da capital e personalidades, entre elas, o fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira. Um verdadeiro museu a céu aberto.

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(Imagens: Arquivo Curta Mais)

Onde: Rua P-25, s/n

 

Veja também:

Quebrando Tabu – Cemitério Santana, no Setor Campinas, pode virar atração turística

 

 

9. Parque Campininha das Flores

A unidade de conservação que fica no final da Avenida 24 de Outubro conta com pista de caminhada, parquinho infantil, estação de ginástica, bancos de madeira e um lindo lago com fonte, tudo isso em uma ampla área de 32 mil metros. O lugar é ponto de encontro dos moradores do bairro e bairros adjacentes, local de descanso e preservação da natureza.

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Onde: Rua 18-B, s/n

 

Veja também:

Parque Municipal Campininha das Flores é refúgio natural em meio a correria da cidade grande

 

10. Feira Cultural de Campinas

Encontramos em Campinas um sebo com 40 anos de existência. A proprietária, Dona Rose, uma adorável senhora mineira que mora na cidade há 55 anos, nos recebeu com muita simpatia. A Feira Cultural de Goiânia é hoje o mais antigo sebo da cidade! Logo na entrada da loja é possível encontrar caixas com várias mensagens soltas para que as pessoas passem e levem consigo; uma mensagem de fé e esperança. A caixa é abastecida diariamente pela Dona Rose. Vale a visita!

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Onde: Rua Santa Luzia, 622

 

11. Camelódromo

Localizado na Avenida Anhanguera, o Camelódromo de Campinas fica em frente a um dos terminais mais importantes de Goiânia, o terminal da Praça “A”. Inaugurado em dezembro de 1995, foi pioneiro no segmento de comércio popular na cidade, sendo referência para vários outros estabelecimentos do gênero em todo o estado e também no Brasil. Possui uma área de 3000 mil m² e cerca de 350 lojas dos mais diversos segmentos: eletrônicos, brinquedos, games, pesca, perfumaria, relojoaria, confecções, celulares, além de lanchonetes e sorveterias.

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Onde: Avenida Anhanguera, 8044

 

12. Mercado Municipal de Campinas

Começou a ser construído em setembro de 1954, na gestão do prefeito Venerando de Freitas Borges, e foi inaugurado em 29 de janeiro de 1955. Durante muitos anos esse mercado foi o centro de abastecimento de gêneros alimentícios que atendia a Campinas e bairros vizinhos. Ainda hoje o mercado é referência na capital.

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Onde: Avenida São Paulo, nº 361

 

Veja também:

Conheça a história por trás dos mercados populares de Goiânia

 

13. Comércio

Tudo o que você quiser você encontra em Campinas. O bairro é o maior polo atacadista de Goiânia, e conta também com filiais de grandes lojas brasileiras de diversos segmentos. Campinas também é famosa por ser um dos lugares favoritos das noivas, com várias lojas destinadas à venda ou aluguel de vestidos de noiva e trajes de festas em geral. Conta também com grandes lojas de tecidos e aviamentos, o paraíso das costureiras e alfaiates. Se você quiser resolver todos os seus problemas, pode ir pra Campininha: lá tem de tudo um pouco, confirmando o potencial de município independente que sempre teve nossa Campinas.

 

Na palma da mão

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Cemitério Santana vira coleção de moda e ganha projeto de revitalização assinado por Leo Romano

Um dos locais históricos mais significativos de Goiânia virou coleção de moda: no dia 23 de março, o Palácio das Esmeraldas recebe o lançamento do livro “Santana Cemitério Art Déco – Fashion Cemetery”, em café da manhã para imprensa e convidados. O livro apresenta a coleção de moda desenvolvida por alunos de Design de Moda da Universidade Salgado de Oliveira, de Goiânia, que tiveram como inspiração o Cemitério Santana.

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Capa do livro Santana, Cemitério Art Déco – Fashion Cemetery

Croqui assinado por Leando Pires

Para elaborar a coleção que estampa o livro, os alunos do curso de Design de Moda fizeram pesquisas e estudos sobre personagens célebres sepultados no local e, especialmente, sobre a arquitetura art déco muito presente no local. O livro traz o editorial de moda produzido pelos alunos com textos de apresentação, inspiração e referências para a construção da mini coleção. O fotógrafo de moda Augusto Quinan assina o ensaio, e o livro conta ainda com textos de Maria Elizia, Rogério Flori, Leandro Pires, Omar Layunta e Décio Coutinho.

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Foto: Augusto Quinan

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Foto: Augusto Quinan

Durante o evento de lançamento do livro no Palácio das Esmeraldas, os coordenadores do projeto “Santana Cemitério Art Déco”, Leando Pires e Omar Layunta, farão a entrega oficial às autoridades do projeto de revitalização do cemitério, assinado por Leo Romano, que participou do projeto voluntariamente.

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Foto: Augusto Quinan. Editorial assinado pelos designers Marcela Bauer, Liliane M. Silva, Ruth E. Vieira.

Ainda no dia 23 de março, ocorre o lançamento do livro em evento aberto ao público: a partir das 19h, o público poderá conhecer e adquirir o livro na Livraria Nobel do Shopping Bougainville.

 

Lançamento livro Santana, Cemitério Art Déco – Fashion Cemetery

Quando: 23 de março

Horário: 09h

Onde: Sala Dona Gercina Borges – Palácio das Esmeraldas

Evento fechado para a imprensa, autoridades e convidados.

 

Lançamento livro Santana, Cemitério Art Déco – Fashion Cemetery

Quando: 23 de março

Horário: 19h

Onde: Livraria NOBEL – Shopping Bougainville

Endereço: Rua 9, N1855, Setor Marista

Evento aberto ao público

Programas inusitados para fazer em Goiânia e região metropolitana

Conhece cada pedacinho da cidade e está cansado de fazer sempre os mesmos programas? Esta matéria é pra você. Se você pensa que já viu de tudo aqui na capital e arredores, pode ser que esteja enganado. Existem lugares em Goiânia e região metropolitana que ainda podem te surpreender. São espaços inusitados e cheios de histórias pra contar, que podem fazer com que você olhe para a cidade como se fosse a primeira vez. Confira!

 

1. Ver animais empalhados no Museu de Zoologia Professor José Hidasi

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Museu de Zoologia Professor José Hidasi. Fotografias: Sidney Dutra.

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A beleza das aves do Brasil encantou José Hidasi que nasceu em Makó, na Hungria e veio para o Brasil realizar seu sonho de conhecer o país. Fotografias: Sidney Dutra.

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Corujas nativas da Hungria no Museu de Zoologia Professor Hidasi. Fotografias: Sidney Dutra.

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Capivara, Quati e Raposa do campo. Fotografias: Sidney Dutra.

O Museu de Zoologia Professor José Hidasi fica no Zoológico de Goiânia e reúne mais de 300 espécies de animais empalhados, entre eles mamíferos, répteis e aves. O acervo pertencia ao professor José Hidasi, educador ambiental e ornitólogo que doou o museu à prefeitura.

Endereço: Alameda das Rosas, S/N – Setor Oeste, Goiânia.

Telefone:(62) 3524-2390

Horário de funcionamento: de quarta a domingo, das 8h30 às 16h

Valor: R$ 5,00 adulto e R$ 2,50 crianças.

 

2. Fazer a gótica no Cemitério Santana

Cemitério

O Cemitério Santana é um bem de relevância histórica para a capital, além de rico em belezas artísticas e arquitetônicas.

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Talvez o maior atrativo do Cemitério Santana para os visitantes seja a riqueza artística e arquitetônica que ele abriga: o cemitério comporta um rico acervo de monumentos e esculturas em mármore, granito e bronze, fazendo dele uma galeria de arte a céu aberto.

Cemitério

O Cemitério Santana é a morada final de muitas personalidades importantes para a história de Goiânia e Goiás. Nele estão sepultados ícones como o como o fundador da cidade, Pedro Ludovico Teixeira, e sua esposa, Gercina Borges; Venerando de Freitas, o primeiro prefeito de Goiânia; o empresário Jaime Câmara; o senador Alfredo Nasser; o apresentador de programa de TV Coronel Hipopota; o poeta e escritor Leo Lynce, e muitos outros. Além deles, o Cemitério abriga também a sepultura de Padre Pelágio, que recebe visitas de devotos que lhe atribuem milagres.

Endereço: Avenida Independência, Qd. P-89, Setor dos Funcionários

Horário de visitação: 7h às 18h

Entrada gratuita

Telefone: (62) 3524-2485

 

3. Conhecer o universo no Planetário da UFG

Aí dentro fica guardado um dos maiores tesouros de Goiânia: um Planetário Zeiss Jena Spacemaster e um telescópio Zeiss, Cassegrain 150 milímetros de diâmetro e distância focal 2.225 milímetros.

A inauguração do planetário da UFG foi feita no dia 23 de outubro de 1970 e contou com a presença de autoridades da época e convidados. A primeira sessão foi Viagem ao Sistema Solar, que foi gravada na Rádio Universitária por Edgar Montório. O primeiro diretor do Planetário foi nomeado pelo reitor Prof. Farnesi Dias Maciel Neto, que foi o Prof. José Ubiratan de Moura, o qual pertencia ao extinto Instituto de Química e Geociências, e permaneceu no cargo até a paralisação das atividades ocorrida em 1972.

Área interna de projeção do Planetário da UFG.

Mais fascinante do que o próprio lugar, é a sua história: na década de 1970, o Prof. José Ubiratan de Moura – que lecionava a disciplina de Cosmografia na faculdade de Geografia da Universidade Federal de Goiás -, fez um pedido para o MEC de um equipamento chamado telúrio, um tipo de planetário didático e simples, para colocar em cima de uma mesa. Contudo, o pedido não foi compreendido pelos técnicos do governo federal, e como o MEC estava em negociação com o governo da Alemanha Oriental, Goiânia foi escolhida para receber um planetário! Quando o equipamento chegou, todos na UFG ficaram surpresos: ele definitivamente não caberia na mesa do Prof. Ubiratan! O Planetário Zeiss Jena Spacemaster e um telescópio Zeiss, Cassegrain 150 milímetros de diâmetro e distância focal 2.225 milímetros, ficou guardado na Universidade até que a prefeitura de Goiânia construiu a sede, localizada dentro do Parque Mutirama. 

Durante a semana, o Planetário da UFG realiza sessões para estudantes e aos domingos, para o público em geral. 

Valor: R$ 6,00 (estudantes com carteirinha e crianças até dez anos pagam meia entrada)

Sessões abertas ao público: Domingo, sessão infantil, às 15h30 e às 17h para jovens e adultos.

Endereço: Av. Contorno nº 900 – Parque Mutirama, Centro, Goiânia.

Telefone: (62) 3225-8085 e (62) 3225-8028 

 

4. Ver de pertinho a (sinistra) máscara mortuária de Pedro Ludovico no Museu Pedro Ludovico Teixeira

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Fachada do Museu Pedro Ludovico Teixeira.

Máscara mortuária de Pedro Ludovico Teixeira, exposta no museu. 

Museu

Um dos ambientes do Museu Pedro Ludovico Teixeira.

Museu

O Museu guarda uma camionete C-10, último veículo de Pedo Ludovico e o único utilizado por ele. 

Antiga residência do fundador de Goiânia, possui no acervo objeto pessoais, fotos, documentos originais e biblioteca. A casa mantém os móveis originais, um amplo quintal e pomar repleto de árvores frutíferas e até uma piscina, tudo como o dono deixou quando morreu, em 1979.

Endereço: Rua Gercina Borges Teixeira (Rua 26), Centro

Telefone: (62) 3201-4678

Horário: Terça a domingo, das 9h às 17h

Entrada franca

 

5. Se esconder da morte na tumba à prova de morte de Freud de Melo em Hidrolândia

Freud

O medo de ser enterrado vivo é tão grande que o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia e auditor aposentado Freud de Melo construiu uma tumba com água corrente, alimentos, sistema de ventilação, televisão e até um sistema de comunicação com o exterior para se certificar de que não vai ser posto debaixo da terra enquanto ainda puder respirar.

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Exterior da tumba de Freud de Melo.

As excentricidades de Freud de Melo não param por aí. Hoje ele é também o proprietário de um hotel fazenda em Hidrolândia, a aproximadamente 60km de Goiânia, tão singular quanto o próprio. Em um amplo terreno, ele ergueu 37 castelos ao redor do Lago Ideia Molhada, todos cobertos por seixos rolados, as pedrinhas de beira de rio, sem pontas devido ao atrito causado pela água corrente.

 

6. Passear em um complexo de castelos medievais no Hotel Fazenda Lago Ideia Molhada

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Um dos castelos do Hotel Fazenda. Apesar da natureza que cerca o espaço e dos serviços oferecidos pelo Hotel Fazenda, que conta com campo de futebol, auditórios, lanchonete, piscinas naturais, área para camping e até arena para rodeio, poucas pessoas efetivamente se hospedam no local. A maioria dos visitantes é atraída pela curiosidade em conhecer as obras e excentricidades de Freud de Melo, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, uma figura única e singular.

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Castelo Bolo de Aniversário, parte do complexo do Hotel Fazenda.

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Serpente gigante coberta de azulejos.

Situado no município de Hidrolândia, a 18 quilômetros na rodovia rural Hidrolândia-Bela Vista, sinalizada com placas indicativas, numa imensa área verde de cerrado de 25 alqueires goianos com mata nativa preservada, o Hotel Fazenda possui o maior número de monumentos em uma propriedade particular do país. A beleza incomparável, o clima típico da região e a diversidade ecológica tornam o Hotel Fazenda Lago Ideia Molhada num lugar incomparável em se falando de descanso e contemplação, ideal para desfrutar da tranquilidade no meio rural.
No Hotel há uma diversidade de atrações tais como castelos medievais, lago para pesca, campo de areia, piscinas, área de recreação e lazer, matas virgens, salão de jogos, cavalos para cavalgadas e charretes.

Onde: Hidrolândia, divisa com o município de Bela Vista

Como chegar: aproximadamente 60km de Goiânia, acesso pela BR-153 e GO-219.

Informações para hospedagem: (62) 3283-1154

 

7. Presenciar a fé materializada na Sala dos Milagres do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade

A Sala dos Milagres teve início há mais de cem anos ainda na Igreja Matriz e depois foi transferida para o Santuário, no final da década de 1970.

Milhares de itens são deixados por fiéis no Santuário do Divino Pai Eterno. Entre os objetos estão fotos, eletroeletrônicos e até bezerro de duas cabeças.

Sala dos Milagres guarda milhares de fotos deixadas por romeiros, em Goiás (Foto: Fernanda Borges/G1)

Os fiéis que participam da Romaria do Divino Pai Eterno, em Trindade, aproveitam a festa para rezar e agradecer as graças alcançadas. Muitos deles materializam a fé em objetos deixados na Sala dos Milagres, no Santuário Basílica.

Quadro e violão de Leandro estão entre objetos expostos em Trindade.

A Sala dos Milagres fica dentro do Santuário do Divino Pai Eterno, em Trindade. Lá são guardados milhares de objetos, entre eles fotos, roupas, aparelhos ortopédicos, máquinas de costura, televisores, peles de animais e até um bezerro de duas cabeças. Também pode ser visto um uniforme do Exército dos Estados Unidos e quadros que datam do início do século XX.

Endereço: R. Santo Antônio, s/nº – Santuário, Trindade.

Telefone: (62) 3505-1783

Horário de funcionamento: todos os dias, das 8h às 20h, e pode ser visitada por todos os fiéis.

 

8. Saber tudo sobre o acidente radiológico com o césio-137 no Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCN) em Abadia de Goiás

Durante o acidente radiológico com o césio-137 em Goiânia, ocorrido em setembro de 1987, uma das grandes preocupações do governo foi se desfazer da substância radioativa e dos materiais que tiveram contato com ela. Os rejeitos, que nada mais são do que lixo tóxico, se transformaram em um problema de saúde. A solução encontrada, após análise de oito locais em todo o país, foi criar um depósito em Abadia de Goiás, região metropolitana de Goiânia, que acabou se tornando o único depósito de lixo radioativo definitivo no Brasil.

O depósito definitivo (o antigo funcionava no mesmo local) foi construído em 1997, mesmo ano em que foi inaugurado o Centro Regional de Ciências Nucleares do Centro-Oeste (CRCN-CO), unidade da Cnen (Comissão Nacional de Energia Nuclear) em Goiás. O local fica dentro do Parque Estadual Telma Ortegal, que tem 1,6 milhão de m². A estrutura que abriga os rejeitos foi projetada para resistir 300 anos intacta e preparada para desastres como tremor de terra e queda de avião. O depósito do césio-137 tornou-se, então, o único depósito de lixo radioativo definitivo do Brasil.

Aparelhos que detectam material radioativo, usados na época do acidente com o césio-137, em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução)

Aparelhos que detectam material radioativo, usados na época do acidente. Fotografia de Adriano Zago.

Localizado às margens da BR-060, no município de Abadia de Goiás, o Centro Nacional de Ciências Nucleares do Centro Oeste (CNCN-CO), popularmente conhecido como “depósito do Césio” é um espaço administrado pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que fica a 25km do Centro da Capital e é uma ótima oportunidade para adultos e crianças conhecerem a história do acidente ocorrido em setembro de 1987. Por meio de palestras e mostras, os visitantes podem entender os detalhes da tragédia, bem como os benefícios da radioatividade e da energia nuclear e seus diversos usos, técnicas de prevenção em caso de acidentes. 

Endereço: BR-060, Km 174,5, Abadia de Goiás.

Telefone (agendamento de visitas): (62) 3604-6001 /(62) 3604-6002 / (62) 9977-4453

Horário de funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 8h às 16h.

Entrada gratuita

10 razões para amar o bairro de Campinas em Goiânia

Como não amar o bairro de Campinas?

Localizado na zona oeste da capital, Campinas é considerada a mãe de Goiânia, e como toda boa mãe generosa, abriu mão da condição de município para integrar o projeto de desenvolvimento político e econômico do Estado de Goiás que decidiu trazer a nova capital (a anterior era a Cidade de Goiás) para a região. O decreto de 1935 transformou a então cidade do interior goiano em um bairro do recém-criado município de Goiânia.

Ônibus do transporte coletivo que fazia o trajeto da Praça Joaquim Lúcio até a Praça do Bandeirante em 1 (!!!) hora.

 

Até meados de 1933, Campinas das Flores, depois renomeada Campinas, era uma cidade com 123 anos de história com grande extensão de terras, que posteriormente foram doadas por fazendeiros da região para a construção da nova capital. A “mãe” Campinas renunciou a tudo em nome do progresso do Estado de Goiás, e o resultado dessa decisão viria muito tempo depois; o setor perdeu as características bucólicas de uma típica cidade interiorana e passou a fazer parte da rotina agitada de uma grande capital. Campinas ganhou e perdeu: ganhou em desenvolvimento e perdeu em qualidade de vida, e hoje em dia são poucos os campineiros que residem no bairro, expulsos pelo forte comércio da região que acabou deixando o local sem condições de ser habitado.

Apesar das dificuldades – entre elas um trânsito caótico -, Campinas merece ser reverenciada e conhecida pelo povo goiano. Um pouco da história de Goiás passa pelas ruas que combinam um intenso comércio (Campinas é o maior polo atacadista de Goiânia), casas históricas e lugares emblemáticos, como a Matriz de Campinas, o Mercado, a Praça Joaquim Lúcio e a Biblioteca Municipal Cora Coralina. Curta Mais fez um tour pela História e traz para você 10 razões pra amar Campinas. Confira:

 

Praça Joaquim Lúcio

A Praça Joaquim Lúcio é motivo de orgulho para os goianienses, especialmente para os campineiros, sejam os de nascimento ou de coração. Marco do Setor Campinas, fica em plena Avenida 24 de outubro, a principal do bairro, e nasceu antes mesmo de Goiânia. O nome da praça é uma homenagem ao coronel goiano nascido na cidade de Silvânia em 1853. O coreto, o busto do coronel Joaquim Lúcio e o jardim que se delineia em seu centro compõem o cenário mais agradável e bonito do bairro. Nosso primeiro motivo para amar Campinas.

Coreto de Campinas

Praça Joaquim Lúcio nos anos 40.

 

Matriz de Campinas

A história da Matriz de Campinas começa no ano de 1843, 90 anos antes do nascimento de Goiânia. Campinas ainda era “Campininha das Flores”, um lugarejo pouco habitado no interior de Goiás. A atual igreja (a construção original foi demolida no início dos anos 60) é a maior de Goiânia, e entra na nossa lista de razões para amar Campinas.

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Antiga Matriz de Campinas, demolida no início dos anos 60.

 

Colégio Santa Clara

Com mais de nove décadas de história, o Colégio Santa Clara é um dos cartões-postais de Campinas. Foi fundado em 1922 por quatro Irmãs Franciscanas vindas da Alemanha com a missão de fundar um colégio para a educação de meninas na isolada cidadezinha de Campininha das Flores. O Colégio Santa Clara acompanhou a gestação de Goiânia, sonho do visionário Dr. Pedro Ludovico, e colaborou para o progresso e desenvolvimento da nova capital.

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Colégio Santa Clara, edifício estilo Art Déco.

 

Biblioteca Municipal Cora Coralina

O antigo Palace Hotel, inaugurado em 1939, hoje abriga a Biblioteca Municipal Cora Coralina, homenagem à poeta vilaboense que é uma das principais expressões culturais do Estado. O prédio da biblioteca foi construído no estilo Art Déco na década de 30, e sua sacada serviu de palco para discurso de importantes políticos, entre eles, os presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart. Hoje, a Biblioteca conta com um acervo aproximado de 23 mil livros e nos dá motivos de sobra para amar a velha Campininha das Flores.

O então Palace Hotel, em fotografia da década de 60.

 

Parque Campininha das Flores

O Parque Municipal Campininha das Flores – José Mulser é mais um bom motivo para amar Campinas. A unidade de conservação que fica no final da Avenida 24 de outubro com a Rua 18 B e Avenida Padre Wendel, conta com pista de caminhada, parquinho infantil, estação de ginástica, bancos de madeira e um lindo lago com fonte, tudo isso em uma ampla área de 32 mil metros. O lugar é ponto de encontro dos moradores do bairro e bairros adjacentes, local de descanso e preservação da natureza. Amamos!

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No  local em que foi construído o parque funcionava, desde de 1915, o curtume São José, fundado pelo austríaco José Mulser. Ele veio ao Brasil para conhecer a Amazônia e passando por Campinas se encantou com as belezas da região. Em homenagem a ele, o parque foi batizado com seu nome.

 

Mercado de Campinas

Construído em 1954 para atender os moradores do já bairro de Campinas e dos bairros adjacentes, o Mercado é um dos cartões-postais do setor. Inicialmente, contava com açougues, bares e mercearias; atualmente, conta com 73 permissionários que oferecem diferentes produtos: artigos importados, tecidos, malhas, calçados, refeições, lanches e prestação de serviços, dentre outros.

O mercado conta ainda com área destinada à cultura e lazer, oferecendo para a população eventos constantes.

 

Pastel do Mercado Municipal

No Inácios, os pastéis são feitos na hora! Uma delícia que cai bem em qualquer hora do dia ou da noite.

E por falar no Mercado de Campinas, a gente não poderia esquecer aquele que é, de acordo com os frequentadores do lugar, um dos melhores pastéis de Goiânia! Quem quiser tirar a prova, basta procurar pelo Inácios Lanches e Restaurantes, que oferece uma variedade de pasteis para agradar todos os paladares. Mais um bom motivo para guardar Campinas do lado esquerdo do peito.

 

Cemitério de Nossa Senhora de Santana (Cemitério Santana)

Você deve estar se perguntando: “Por que amaríamos um cemitério?”. A resposta é simples: não se trata de um cemitério qualquer, estamos falando do Cemitério Santana, o mais antigo da capital. Passear por suas ruas nos proporciona uma verdadeira aula sobre história e arte. 

Com estilo Art Decó, o cemitério – que tem mais de 75 anos – tem jazigos ricos em detalhes, imponentes e com esculturas em bronze. Estão enterrados ali pioneiros da capital e personalidades, entre elas, o fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira. Um verdadeiro museu a céu aberto.

Cemitério

Cemitério

Jazigo da família de Pedro Ludovico Teixeira no Cemitério Santana.

 

Centro Cultural Gustav Ritter

Fundado em 1988, o Centro Cultural Gustav Ritter visa à formação artística, atendendo a população de baixa renda que, não fosse a iniciativa da escola, não teria acesso aos diversos cursos oferecidos gratuitamente no Centro. Foi instalado na antiga Casa dos Padres Redentoristas, adquirida em 1986, pelo governo do Estado de Goiás e inaugurado em 16 de novembro de 1988.  Situado no bairro de Campinas, o prédio, em estilo art-déco tardio, teve sua construção iniciada em 1946 pelo padre Oscar Chaves, foi concluído em 1950 pelo Padre Antônio Penteado e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico do Estado de Goiás pelo decreto n° 4.943 de 31 de agosto de 1998. Excelente motivo para amarmos o bairro de Campinas.

 

Estádio Antônio Accioly

O Estádio Antônio Accioly pertence ao clube Atlético Goianiense, time que foi fundado em 2 de Abril de 1937, o primeiro time de futebol da cidade de Goiânia. O estádio foi demolido em 2001 para a construção de um Shopping Center, mas foi reconstruído e voltou a funcionar em 2005.

Os torcedores do Atlético Goianiense guardam a esperança de ver seu time jogar no Accioly em 2016. 

 

Camelódromo de Campinas

Localizado na Avenida Anhanguera, o Camelódromo de Campinas fica em frente a um dos terminais mais importantes de Goiânia, o terminal da Praça “A”. Inaugurado em dezembro de 1995, foi pioneiro no segmento de comércio popular na cidade, sendo referência para vários outros estabelecimentos do gênero em todo o estado e também no Brasil. Possui uma área de 3000 mil m² e cerca de 350 lojas dos mais diversos segmentos: eletrônicos, brinquedos, games, pesca, perfumaria, relojoaria, confecções, celulares, além de lanchonetes e sorveterias.

 

 

Comércio de Campinas

Tudo o que você quiser você encontra em Campinas. O bairro é o maior polo atacadista de Goiânia, e conta também com filiais de grandes lojas brasileiras de diversos segmentos. Campinas também é famosa por ser um dos lugares favoritos das noivas, com várias lojas destinadas à venda ou aluguel de vestidos de noiva e trajes de festas em geral. Conta também com grandes lojas de tecidos e aviamentos, o paraíso das costureiras e alfaiates. Se você quiser resolver todos os seus problemas, pode ir pra Campininha: lá tem de tudo um pouco, confirmando o potencial de município independente que sempre teve nossa Campinas.

 

Casas históricas em Campinas

Restaram poucas casas históricas em Campinas. Resistindo ao tempo e à especulação imobiliária, os imóveis residenciais mais antigos do bairro nos brindam com sua arquitetura inusitada para os dias de hoje e nos permitem resgatar um pouco da história de Campinas e da capital. Mais um motivo para amarmos um dos bairros mais importantes de Goiânia.

Casa

Casa histórica na rua Santa Luzia, esquina com Avenida Rio Grande do Sul, Campinas. Fotografia de Valter Mustafé.

Casa

Casa histórica na Rua Rio Verde, Campinas. Fotografia de Valter Mustafé.

Casa histórica na Rua Senador Morais Filho, Campinas.

 

Foto de capa: Reprodução/ Nina Pimenta

Quebrando Tabu – Cemitério Santana, no Setor Campinas, pode virar atração turística

Com estilo Art Decó, o cemitério de Nossa Senhora de Santana, no Setor Campinas, pode se tornar um dos pontos turísticos da capital. O local tem jazigos ricos em detalhes, imponentes e, possui também, esculturas em bronze. Estão enterradas ali pessoas que nasceram ainda no século XIX, pioneiros da capital e personalidades.

A Aefego (Associação das Funerárias de Goiás), luta para que o cemitério seja um permanente lugar de visitação para os turistas.Entre as personalidades sepultas no local estão o do fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira e, ainda, o jazigo do Coronel Popota, que fez sucesso na televisão década de 60.

Cemitério    Cemitério    Cemitério

Fique por dentro!

Construído pelo Governo do Estado de Goiás, em 1939, o Cemitério Nossa Senhora de Santana foi administrado pelo governo durante 20 anos. Em 1959, sua administração foi transferida para o município de Goiânia, na gestão do prefeito Jayme Câmara, que foi enterrado no próprio cemitério. Com fortes traços da art decó presente em diversos jazigos, o cemitério foi tombado como patrimônio histórico do município, em 26 de setembro de 2000.

O cemitério deve passar por reforma para receber visitantes. As obras precisam ser aprovadas pelo patrimônio histórico do município e serão realizadas com parcerias. A previsão é de que a restauração inicie até novembro, mês em que o local completa 75 anos.

 

Por: Arlinson Nascimento