Casa do Pica Pau: a extraordinária história por trás de uma das marcas mais conhecidas (e queridas) dos goianos

No livro “O Óbvio que Ignoramos”, o jornalista Jacob Pétry oferece uma reflexão fascinante sobre o sucesso. O ‘quê’ central de sua narração gira em torno das perguntas: Por que algumas pessoas parecem ter nascido para a glória? Informação? Inteligência? Sorte? Mais oportunidades? Destino? Potencial?

Ao exemplificar o sucesso de personalidades como Gisele Bündchen e John Kennedy, Pétry explica que o acaso extraordinário dessas pessoas nasceu de princípios simples e óbvios. Em nossa exemplificação, vamos lembrar da história da Casa do Pica-Pau, que permeia a cronologia de vida de Seu Luiz

Nascido em 12 de setembro de 1938, Luiz Höhl, filho de Luiz e Dalva Kotnik Höhl, desenhou uma história de triunfos na pequena cidade de Catalão, onde viveu até os seus 30 anos. 

Era 1962 quando ele começou a dar seus primeiros passos rumo ao sucesso. Em uma caminhonete anunciava pela cidade a venda e assistência de motosserras. Foi assim que se fez notável, no meio da mata, por vendedores vindos de São Paulo.

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Luiz Höhl em caminhonete na cidade de Catalão, interior de Goiás

 

Nasce a Casa do Pica-Pau

Para muitos, o preço de aproximadamente 20 vacas fazia com que o aparelho fosse algo impossível de ser vendido ou comprado. Em Goiás, os vendedores não conseguiam vender nenhuma unidade do aparelho. Porém, havia em Catalão um jovem capaz de transformar o impossível em realidade com notável facilidade. 

Do ponto de vista de Luiz, vender motosserras era como vender doces. O sucesso o alcançou rapidamente, e aquela era a prova de que sua marca precisava de um lugar maior para se desenhar. Pensando nisso, no ano de 1968 o jovem casado e pai de três filhos deixou para trás aquela pacata cidade a fim de escrever sua história em Goiânia

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Primeira loja da Casa do Pica-Pau

Sua primeira lojinha, de 21 m², viria em janeiro de 1969. Localizada na Avenida Anhanguera, o pequeno cômodo era gerido pelo jovem catalano com ajuda de apenas um funcionário, o primeiro a ter o registro na Carteira de Trabalho pela Casa do Pica-Pau, Francisco Favoretto. 

A prosperidade da mais nova varejista impôs a expansão da marca. Na década de 1970, a jovem Casa do Pica-Pau ganhou um novo endereço, na Avenida Castelo Branco: a matriz.

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Loja matriz da Casa do Pica-Pau, em Goiânia

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Evolução da fachada da loja matriz da Casa do Pica-Pau com o tempo

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Pouco a pouco, o que era apenas uma lojinha passou a atender as mais diversas áreas do comércio. 

A exemplo da filial localizada em Redenção, no Pará. Inaugurada em 1977, o espaço que até então trabalhava com motosserras e equipamentos para madeireiras da região, passou a fornecer equipamentos para a extração de ouro. 

Em 1988, a Casa do Pica-Pau entrou para o ramo de revenda dos eletrodomésticos. Colocando a empresa na linha de concorrência das grandes revendedoras varejistas goianienses.

Procurando inovar e atender os mais diferentes empreendedores, do agro ao negócio, no ano de 1995 a empresa fechou importantes parcerias com grandes marcas no ramo de tratores e equipamentos agrícolas.

 

Pioneirismo

Hoje, a Casa do Pica-Pau é pioneira em seu modelo imersivo de vendas. Suas lojas trazem espaços que permitem aos clientes conhecer modelos arquitetônicos para seu comércio, equipados com tecnologia de ponta para o melhor atendimento ao cliente. 

Casa

A unidade do Setor Oeste, em Goiânia, foi desenhada seguindo esse ideal, visando a experiência do consumidor. O local reúne ambiente para testagem de ferramentas da marca Stihl, espaço kids e área pet friendly. O modelo desenha algo que vai além de uma loja, compreendendo os sonhos do cliente.

Segundo os representantes, a empresa procura expandir a ideia e replicar seu mais novo conceito de vendas em reformas e novas unidades.

Dentro da loja, a marca procura reunir espaços como açougue/peixaria; bar e restaurante; pizzaria; supermercado; padaria e confeitaria; lanchonete; automação comercial; marcenaria; serralheria e muito mais. 

Atualmente, a marca é referência no setor de refrigeração comercial, ferramentas, máquinas e equipamentos agrícolas. Em parceria com a grande do segmento agrícola, John Deere, o Grupo criado por Luiz Höhl trabalha, além da motosserra, linhas de produtos como tratores, colheitadeiras, plantadeiras. 

Casa

De um vendedor solo de motosserras a 522 colaboradores, a marca reúne 54 anos de empreendedorismo e tradição.

Serviço

Casa do Pica-Pau

Site: casadopicapau.com.br

 

Unidade Matriz – Castelo Branco

Avenida Castelo Branco, 3621, Goiânia, GO – 74430-130

 

Unidade Anhanguera

Avenida Anhanguera, 6126, Goiânia, GO – 74075-010

 

Unidade Aparecida

Avenida Independência, Qd. 32, Aparecida de Goiânia, GO – 74968-150

 

Unidade Av. Rio Verde

Avenida Rio Verde, 2496, Goiânia, GO – 74843-660

Imagens: Divulgação

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Filme mais polêmico do ano, Sound of Freedom já tem data para estrear nos cinemas do Brasil

O longa-metragem Sound of Freedom (Som da Liberdade), estrelado por Jim Caviezel e considerado um dos mais polêmicos do anos, finalmente chegará aos cinemas do Brasil no dia 21 de Setembro.

Baseado na história de Tim Ballard (interpretado por Caviezel), a produção explora um episódio perigoso e violento na vida do ex-agente especial do Governo Americano. A trama se desenvolve a partir de denúncias recebidas em torno de criminosos que exploram crianças sexualmente.

Polêmicas

Vendido como um retrato de um caso real, Sound of Freedom gerou grande repercussão nos Estados Unidos, arrecadando mais de US$ 167 milhões apenas em seu território. Com um orçamento modesto, que girou em torno de US$ 14,5 milhões, o longa-metragem é um dos mais bem-sucedidos do ano.

Considerando sua performance nos cinemas, a narrativa logo chamou a atenção de boa parte do público, da crítica e da imprensa que ainda não haviam tido contato anteriormente. Entre investigações jornalísticas, alguns profissionais da área passaram a sugerir que o roteiro talvez não tivesse fundamentos em uma situação ocorrida de verdade.

A suposta mensagem cristã também causou polêmica, visto que ela gerou intensos debates na internet, além de teorias conspiratórias da extrema-direita, que acreditam na existência de uma seita satânica que sequestraria crianças para rituais ocultos. Além disso, tornaram-se virais publicações e vídeos na web de pessoas que denunciaram supostas tentativas de impedir sessões do filme nos Estados Unidos. Uma usuária do TikTok compartilhou sua experiência após assistir ao filme, relatando que a sessão foi interrompida por uma evacuação de emergência sem explicações.

Sinopse

Sound of Freedom é um filme de drama e ação baseado na história real de Tim Ballard, ex-agente do governo americano responsável por uma missão de resgate de centenas de crianças vítimas do tráfico sexual na Colômbia. Na trama, depois de resgatar um garotinho, Ballard descobre que a irmã do menino também está sendo mantida como refém. Ele decide, então, dar início a uma perigosa – porém nobre – missão para salvá-la. Disposto a dar tudo de si, Tim se demite de seu antigo emprego e viaja para as profundezas da selva colombiana.

Confira o trailer abaixo:

 

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Conheça a história real que inspirou o filme ‘O Menino que Descobriu o Vento’

Misture um roteiro repleto de emoção, recheado de determinação e uma boa dose de superação para nenhum chorão botar defeito. Tudo isso inspirado em uma recente história real ocorrida em meados de 2001 no paupérrimo Malaui.

Estamos falando do novo filme da Netfix, “O Menino que Descobriu o Vento”, que conquistou o público graças à enorme sensibilidade da trama. O filme fica ainda mais emocionante quando lembramos que a história realmente aconteceu.

A história começou a chamar a atenção do grande público em 2009, quando William Kamkwamba, jovem que inspirou a criação do protagonista do filme, deu uma palestra no TED (assista abaixo) na qual ele conta sua história: “Eu falarei rapidamente sobre uma das minhas invenções que tenho mais orgulho” e, a partir de então, descreve a “máquina simples” que mudou a sua vida para sempre.

William nasceu em uma família de camponeses na vila de Kasungu, no Malaui. Apesar de sempre ter vivido na pobreza, a situação se complicou em 2001, quando uma seca assolou a região e causou grandes transtornos para toda a comunidade. Muitos morreram de fome e William e sua família passaram a se alimentar apenas uma vez ao dia.

A filme original da Netflix, dirigido pelo ator britânico Chiwetel Ejiofor (12 Anos de Escravidão”), apresenta a história do garoto que desafia a falta de recursos e modifica a vida de sua família e de um vilarejo no Malaui, no continente africano.

Na produção, William, hoje com 31 anos, é interpretado por Maxwell Simba, enquanto o papel do pai fica a cargo do próprio Ejiofor, que estreia como diretor. O personagem real usou sucata e alguns livros de ciências para desenvolver uma turbina eólica que fornecia energia para manter os aparelhos de sua casa. Mais tarde, ele construiu uma bomba de água movida a energia solar que possibilitou o abastecimento de água potável para toda a vila.

William

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William Kamkwamba e sua invenção que ganhou as telas.

A história é baseada em sua autobiografia, lançada em 2014. No livro, conta que sempre gostou de inventar coisas a partir do que era considerado lixo. Ele foi obrigado a deixar a escola depois de uma grave crise da família. Foi nessa época que ele se apegou à biblioteca de sua vila e, com o que aprendia em livros de física, passou a consertar eletrônicos da vizinhança. “Eu estava determinado a fazer qualquer coisa para poder aprender. Então eu fui para a biblioteca e li livros de ciências, em particular de física”, conta na palestra. Um desses livros, explicava como um moinho de vento poderia bombear água e até mesmo gerar eletricidade. Esse livro mudou para sempre o destino de William. “Bombear água significava irrigação. Uma defesa contra a fome, pela qual nós estávamos passando naquela época”. Foi aí que ele decidiu construir um moinho sozinho.

A história foi parar nos jornais locais em 2006 e, no ano seguinte, o adolescente se apresentou em uma conferência TED na Tanzânia. Empresários financiaram o ensino médio do rapaz e, depois de ingressar em uma universidade ainda na África, conseguiu outra bolsa nos Estados Unidos, onde se formou em Estudos Ambientais, na prestigiada Universidade de Dartmouth, em 2014.

‘O Fotógrafo de Mauthausen’: o cruel (e ótimo) filme da Netflix só não é tão cruel quanto a história real

Difícil não relembrar as atrocidades da segunda guerra mundial e não sentir repugnância pela maldade humana e até onde o ódio racial e as diferenças de pensamentos podem levar as pessoas. Em tempos de polarização política e radicalismo de ideias, um olhar sobre esse passado não muito distante é crucial para repensarmos nosso comportamento e a importância do respeito ao próximo.

É isso que faz o excelente ‘O Fotógrafo de Mauthausen’, produção original da Netflix, que traz um aspecto singular na comparação com outros filmes da Segunda Guerra Mundial. O holocausto de Hitler e seus asseclas dessa vez é narrado sob o ponto de vista dos espanhóis. O drama biografia espanhol de 2018 estrelado por Mario Casas, Macarena Gómez e Alain Hernández, conta a história real de ex-soldados espanhóis e comunistas que haviam enfrentado o fascismo em seu país natal e foram entregues ao governo alemão da época.

Os horrores de Mauthausen-Gusen, um complexo de campos de concentração construído pelos nazistas na Áustria, é revelado ao mundo graças à coragem do fotógrafo Francisco Boix. A impressionante saga de Boix, que passou de prisioneiro a fotógrafo do regime, e depois ficou conhecido como o homem que ajudou a provar o Holocausto.

Quando Hitler percebe que a guerra estava perdida, manda incinerar todas as provas das atrocidades cometidas sob seu comando dentro dos campos de concentração. Com coragem e determinação, Boix salvou vários negativos que depois seriam usados como provas dos crimes de guerra cometidos pelos generais alemães.

Mesmo sem fazer spoilers, vale adiantar que trata-se de um longa emocionante, que não economiza nas cenas de assassinatos dos inocentes que eram presos pelo exército de Hitler nesses locais afastados. ‘O Fotógrafo de Mauthausen’ é mais uma boa prova que a Netflix parece ter deixado para trás a fama de fazer filme ruim. Vale cada minuto!