Goiânia estuda a implementação de carteirinhas para humanizar o tratamento de pacientes com cannabis medicinal

Goiânia está prestes a dar um passo significativo para garantir mais segurança e facilidade para pacientes que utilizam a cannabis medicinal como parte de seus tratamentos. Um Projeto de Lei apresentado  pelo vereador Lucas Kitão (PSD), no último dia 5 de setembro,  na Câmara Municipal da cidade, busca criar uma carteirinha de identificação para esses usuários, facilitando assim o acesso a medicamentos baseados nesta substância e promovendo uma maior conscientização sobre a importância da cannabis na esfera medicinal.

A proposta do  documento, que promete trazer uma maior segurança jurídica aos pacientes, foi  estruturada para conter informações cruciais que validam e certificam o uso medicinal da cannabis pelo portador. Entre os dados que estarão presentes na carteirinha estão: nome completo, data de nascimento, número de identificação, nome do médico responsável pelo tratamento, data de validade da certificação e o número de registro do medicamento prescrito na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Goiânia está prestes a dar um passo significativo para garantir mais segurança e facilidade para pacientes que utilizam a cannabis medicinal como parte de seus tratamentos. Um Projeto de Lei apresentado  pelo vereador Lucas Kitão (PSD), no último dia 5 de setembro,  na Câmara Municipal da cidade, busca criar uma carteirinha de identificação para esses usuários, facilitando assim o acesso a medicamentos baseados nesta substância e promovendo uma maior conscientização sobre a importância da cannabis na esfera medicinal.

vereador

Créditos: Câmara Municipal de Goiânia

A proposta do  documento, que promete trazer uma maior segurança jurídica aos pacientes, foi  estruturada para conter informações cruciais que validam e certificam o uso medicinal da cannabis pelo portador. Entre os dados que estarão presentes na carteirinha estão: nome completo, data de nascimento, número de identificação, nome do médico responsável pelo tratamento, data de validade da certificação e o número de registro do medicamento prescrito na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Com esta proposta de Lei, o vereador quer que Goiânia fortaleça a integração entre os profissionais de saúde, os órgãos de regulamentação e os pacientes, criando um canal transparente e legalizado para a utilização de medicamentos à base de cannabis, auxiliando na quebra de estigmas sociais relacionados ao uso da planta. Lucas Kitão que já tem um histórico de ações focadas na regulamentação e promoção da cannabis medicinal, tendo inclusive proposto anteriormente a criação do Dia da Cannabis Medicinal em Goiânia e incentivado pesquisas nesta área.

Ao abordar a importância dessa carteirinha, o vereador enfatiza que este é um instrumento “essencial para a identificação dos pacientes”, conferindo-lhes “um meio seguro e confiável de comprovar seu status e acesso a tratamentos necessários”, ao mesmo tempo que trabalha para conscientizar a sociedade sobre a relevância medicinal da cannabis.

Antes de tornar-se lei, o projeto passará por análises detalhadas nas comissões competentes da Câmara Municipal. Após a elaboração do relatório conclusivo, será a vez do presidente da casa legislativa municipal colocar o projeto em votação, um momento decisivo para a viabilidade da proposta. Caso o Projeto de Lei seja aprovado na Câmara Municipal, o texto segue para sanção do prefeito Rogério Cruz.

 

Créditos da imagem de capa: Canva

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Anvisa aprova vacina com eficácia de 80% contra a dengue

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou, nesta quinta-feira (2), a 1ª vacina contra a dengue. A eficácia do imunizante é de 80,2% durante os 12 meses seguintes à aplicação.

A nova vacina, chamada a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, é o primeiro imunizante liberado no Brasil para pessoas que nunca entraram em contato com o vírus da dengue, mas ele também poderá ser aplicado em quem também já teve a doença.

Portanto, não há distinção entre quem teve ou não a doença. Ela poderá ser aplicada em ambos os casos.

. De acordo com a Anvisa, a Qdenga é indicada para a faixa etária de 4 a 60 anos;

. É aplicada em um esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações;

. A vacina é composta por quatro sorotipos diferentes do vírus causador da doença.

. A partir da aprovação da Anvisa, a Qdenga já pode ser comercializada no Brasil na rede privada e no Sistema Único de Saúde (SUS), caso o Ministério da Saúde decida pela sua incorporação.

. Até então, a única vacina contra a dengue disponível no Brasil era a Dengvaxia, fabricada pelo laboratório francês Sanofi Pasteur. O imunizante é recomendado somente para quem já foi infectado com o vírus da dengue. Essa vacina protege contra uma possível segunda infecção, que, no caso da dengue, pode se manifestar de forma mais agressiva e levar à morte.

Eficácia da Qdenga

Nos ensaios clínicos, a Qdenga mostrou ter uma eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose. A vacina também reduziu as hospitalizações em 90%.

Em dezembro de 2022, a agência sanitária europeia European Medicines Agency também autorizou o uso do imunizante na União Europeia.

Recorde de mortes

Em 2022, o Brasil registrou 1.016 mortes por dengue em 2022, algo nunca visto desde a década de 1980, quando a doença “ressurgiu” no país e começou a ser mais frequente, com ciclos de maior e menor intensidade.

 

*Com informações G1

 

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Anvisa retira obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) derrubou, nesta quarta-feira (1º), a obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões. A decisão foi tomada por unanimidade durante a primeira reunião ordinária do ano da diretoria colegiada da agência reguladora.

Ao considerarem uma melhora no cenário de covid-19 no Brasil, com redução de casos e mortes em relação a 2022, os diretores da Anvisa decidiram manter apenas a recomendação do uso de máscaras em aeroportos e aviões, sobretudo para grupos mais vulneráveis e pessoas com sintomas respiratórios.

“A Anvisa reforça que haverá a obrigatoriedade de fornecimento, por parte da tripulação, de máscara facial para casos suspeitos”, destacou a agência, por meio de nota.

Ainda de acordo com o comunicado, as seguintes medidas permanecem em vigor no país: desembarque de passageiros por fileiras; impedimento de viagens para casos confirmados de covid-19; exigência de limpeza e desinfecção de ambientes e aparelhos de ar-condicionado; e avisos sonoros sobre o uso de máscara em aeroportos e aeronaves.  

Linha do tempo

A obrigatoriedade do uso de máscaras em aeroportos e aviões no Brasil havia sido retomada em novembro do ano passado, diante de uma perspectiva de aumento de casos da doença. Algumas semanas depois, o país atingiu um novo pico de infecções por Covid-19, com 350 mil novos casos.

 

 

*Agência Brasil

Imagem: Rovena Rosa

 

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Saiba quanto custa o remédio que trata a Covid e que acaba de chegar nas farmácias brasileiras

Para o tratamento da Covid-19, farmácias e hospitais particulares começam a vendar um novo antiviral: o Paxlovid, desenvolvido pela farmacêutica norte-americana Pfizer.

Embalado na forma de comprimidos, que vem com 30 em uma caixa, o remédio custa mais de 4,5 mil reais no mercado brasileiro. Além da iniciativa privada, o medicamento está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS).

Para comprar o Paxlovid nas farmácias, é necessária uma prescrição médica (receita). A bula e a rotulagem são em português de Portugal e em espanhol.

O remédio consiste em dois medicamentos antivirais em conjunto: o nirmatrelvir e o ritonavir, que quando combinados bloqueiam uma enzima que o vírus da Covid-19 precisa para se replicar no corpo.

No final de novembro de 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a venda do medicamento em farmácias do país. Ele pode ser fornecido tanto para farmácias como para hospitais particulares.

Quem pode usar

Segundo a orientação da Anvisa, o Paxlovid deverá ser utilizado somente por adultos e é indicado para o tratamento da Covid naquelas pessoas que não requerem oxigênio suplementar (quadros leves a moderados) e que apresentam risco aumentado de progressão para Covid grave.

Estudos clínicos mostraram que o Paxlovid pode reduzir em até 89% a possibilidade de hospitalização ou morte em pacientes nessas condições.

Na rede pública, o uso pode ser prescrito somente para os grupos de indivíduos:

Pacientes imunossuprimidos, como aqueles que tratam algum tipo de câncer ou são transplantados, com 18 anos ou mais;

Pessoas com 65 anos ou mais (idosos).

Para além de pertencer a um dos grupos, o paciente deve apresentar quadro leve ou moderado da covid-19, sem necessidade de suplementação de oxigênio.

Vale ressaltar que o medicamento deve ser administrado assim que possível, após o resultado positivo do teste da covid-19 e da avaliação médica. Isso porque o período máximo para o começo do tratamento é de até 5 dias contados a partir do início dos sintomas.

 

Imagem: Jennifer Lorenzini/Reuters

Anvisa determina a volta do uso de máscaras obrigatório em aeroportos e aviões

O uso de máscaras em aviões e aeroportos voltou a ser obrigatório no Brasil. A medida foi decidida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta terça-feira (22), e a medida já começa a valer a partir desta sexta-feira, 25 de novembro.

O uso obrigatório de máscara no local ocorre no momento em que o país enfrenta uma nova onda de contaminações pelo coronavírus. A obrigatoriedade esteve em vigor entre 2020 e agosto de 2022.

De acordo com o diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, o assunto de máscaras em aviões voltou a ser abordado após a agência receber manifestações de especialistas e entidades como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass).

Além disso, a Anvisa também aprovou o uso emergencial de duas vacinas bivalentes contra a Covid-19. Dos cinco diretores da agência sanitária, três deles foram favoráveis aos imunizantes da Pfizer que poderão ser aplicados como dose de reforço na população acima de 12 anos, três meses após a última dose. Ambas as vacinas protegem contra a variante original do novo coronavírus e as últimas subvariantes da Ômicron.

Anvisa determina a proibição de vendas dos chocolates da marca Garoto

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou, nesta terça-feira (18), uma resolução que proíbe a venda e distribuição de dois lotes de chocolates da marca Garoto. A suspeita é que eles possam conter pedaços de vidro após um equipamento da fábrica quebrar.

Os produtos são barras de chocolates (tabletes) de 80g sabor chocolate ao leite com Castanhas de Caju e chocolate ao leite com Castanhas de Caju e Uvas Passas.

A Anvisa alertou ainda que somente esses lotes apresentam riscos. Não há restrições de consumo para os demais produtos da Garoto.

De acordo com a documentação apresentada pela empresa à Anvisa, a maioria dos lotes não foi comercializada, mas, ainda segundo a agência, alguns produtos chegaram a ser distribuídos em Vila Velha, no Espírito Santo, e no estado de Santa Catarina.

A Anvisa informou que o procedimento de recolhimento foi iniciado pela própria empresa após um problema em um dos equipamentos de produção da fábrica onde esses chocolates são produzidos.

Imagem: reprodução G1

Anvisa proíbe venda de massas contaminadas com substância tóxica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta quinta-feira (22) a comercialização, a distribuição e o uso das massas alimentícias da marca Keishi, fabricadas pela BBBR Indústria e Comércio de Macarrão. A determinação consta em resolução da Anvisa. 

 

Conforme a agência, após uma inspeção feita em São Paulo, fiscais sanitários descobriram que as massas fabricadas entre 25 de julho e 24 de agosto deste ano podem conter propilenoglicol contaminado com etilenoglicol. A mesma substância encontrada em petiscos para cães que causou a intoxicação e a morte de mais de 40 animais de estimação em diversas regiões do país recentemente.

 

O propilenoglicol contaminado foi fornecido pela empresa Tecno Clean Industrial Ltda. 

 

A Anvisa realizou inspeção na BBBR Indústria e comércio de Macarrão Ltda. e verificou que essa empresa adquiriu e usou o insumo contaminado como ingrediente na linha de produção de suas massas“, informou a agência.

 

A Keishi é responsável pela produção e comércio de vários tipos de massas de estilo oriental, tais como udon, yakisoba, lamen, além de massas de salgados, como gyoza. Os produtos são vendidos também na forma de massas congeladas. 

 

O que fazer

 

Segundo determinação da Anvisa, empresas que tenham as massas da marca Keishi não devem comercializá-las nem utilizá-las. Consumidores que tenham comprado algum desses produtos também não devem utilizá-los. Em ambos os casos, deve-se entrar em contato com a empresa, para devolução dos alimentos.   

 

Se o consumidor não encontrar a data de fabricação no rótulo do produto, ele deve entrar em contato com a empresa, para confirmar sua fabricação. Se não houver certeza a respeito dessa informação, a recomendação é que não se consuma o produto

 

Etilenoglicol   

 

O etilenoglicol é um solvente orgânico altamente tóxico que causa insuficiência renal e hepática quando ingerido, podendo levar à morte. Não há autorização para o uso dessa substância em nenhum tipo de alimento. 

 

Propilenoglicol 

 

Já o aditivo alimentar propilenoglicol é autorizado para alguns alimentos. Porém, segundo a Anvisa, seu uso não é permitido na categoria de massas alimentícias. Muitas indústrias utilizam o propilenoglicol nos processos de refrigeração, em que não há contato direto com o alimento. Nesses casos, quando a substância é usada apenas no processo de refrigeração, não há risco ao consumo dos produtos das empresas que tenham adquirido o insumo contaminado. 

 

Empresa

 

Até o momento, a Keishi não se manifestou sobre a decisão da Anvisa. A página de internet da companhia saiu do ar há algumas horas.

        

*Agência Brasil

 

Foto: Pixabay

Medicamento à base de Cannabis será vendido via Delivery no Brasil

A farmacêutica brasileira GreenCare, controlada por um dos maiores fundos globais especializados em negócios de cannabis, o Greenfield Global Opportunities, começou esta semana a vender medicamento de cannabis medicinal no varejo por meio de delivery.

Com autorização sanitária obtida junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que permitiu a empresa ter localmente estoque desses itens, a companhia consegue encurtar de 30 dias para 48 horas o prazo de entrega do medicamento ao paciente. Antes de obter essa autorização, a importação era feita diretamente pelos pacientes e demorava cerca de um mês até ser finalizada.

“Em 70% do território nacional, vamos conseguir retirar a receita azul (controlada) na casa do cliente em 24 horas após o pedido telefônico e retornamos com o produto no local depois de 24 horas”, explica Fábio Furtado, sócio e diretor comercial da empresa. Ele ressalta que se trata do primeiro delivery de medicamentos à base cannabis do Brasil, um modelo já usado em outros países.

Com a estratégia do delivery, feita por meio de call center dedicado, a expectativa da companhia é ampliar em 40% a base de clientes no prazo de um ano, prevê Martim Prado Mattos, presidente da farmacêutica e controlador do fundo. Hoje a empresa atende 20 mil pacientes.

Mudança

Quando a farmacêutica começou a desenhar o projeto de venda no varejo, chegou a cogitar a possibilidade de comercializar o produto no balcão da farmácia. No entanto, esse caminho está descartado no momento. Mattos diz que pesaram para a mudança de estratégia alguns fatores, como o relacionamento que a empresa já mantém com os clientes, muitos deles idosos e com dificuldade de ir até às farmácias. Também com a pandemia, muitos médicos começaram atender remotamente pacientes de outros Estados. “Percebemos a necessidade do cliente receber o produto dentro de casa.”

Outro ponto que influenciou a decisão foi que, com o delivery, é possível manter a fidelidade da clientela. “Hoje já temos milhares de pacientes que se relacionam com os nossos canais de vendas e não há por que, neste momento, expô-los junto à concorrência no balcão da farmácia”, diz Mattos.

O primeiro produto que começou a ser vendido por meio de delivery é o extrato de cannabis. A companhia planeja disponibilizar duas outras formulações para o varejo em outubro e dezembro. A expectativa é de ter seis novos produtos à base de cannabis no ano que vem. As entregas serão feitas por uma empresa terceirizada, especializada em logística hospitalar, e o frete será gratuito. No modelo atual, onde o cliente importa diretamente, há o custo de frete. 

 

*Agência Estado

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Primeira vacina nasal para Covid-19 é aprovada

A Administração Nacional de Produtos Médicos da China (NMPA), órgão similar à Anvisa no Brasil, aprovou a primeira vacina nasal contra a Covid-19 do mundo. O imunizante Convidecia, desenvolvido pela farmacêutica CanSino Biologics, será utilizado como dose de reforço no país. A informação foi divulgada pela empresa em comunicado.

Segundo a Biomm, laboratório responsável pela comercialização da vacina no Brasil, a versão injetável da Convidecia – aprovada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e utilizada em países como Chile e México – está sob análise da Anvisa, e a solicitação de um aval para o modelo nasal no país também está nos planos da empresa em breve.

O novo imunizante, que não utiliza agulha, é mais fácil de armazenar e é administrado pelo nariz, através de um spray de aerossol. Cientistas de vários países do mundo, como Cuba, Canadá e Estados Unidos, estão trabalhando em novas vacinas que podem ser administradas de forma nasal.

Especialistas acreditam que, por ser a via de entrada do coronavírus no organismo, o modelo de aplicação pode oferecer uma melhor proteção contra a contaminação, e ter uma maior eficácia para interromper a transmissão do vírus.

No Brasil, também existe um modelo em desenvolvimento pelo Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo, que chegou a solicitar à Anvisa o início dos estudos em humanos no último ano. Porém, com as novas variantes do vírus, os pesquisadores estão avaliando a resposta do imunizante em laboratório às cepas antes de avançar para as etapas com voluntários.

Desde 2020, a China já aprovou oito vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas localmente, como a CoronaVac, desenvolvida pela SinoVac e aplicada no Brasil. No entanto, o país ainda não permitiu que imunizantes estrangeiros sejam utilizados no território.

 

*Agência O Globo

Anvisa aprova liberação de vacina e de remédio contra a varíola dos macacos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil. As informações são do G1.

Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA). A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante já está aprovado nos Estados Unidos, Canadá e União Europeia. Veja as duas autorizações da Anvisa:

– Tecovirimat: concentração de 200 mg, na forma farmacêutica cápsula dura, uso oral, prazo de validade de 84 meses e indicado para o tratamento de doenças causadas por Ortopoxvírus em adultos, adolescentes e crianças com peso mínimo de 13 kg.

– Vacina Jynneos/Imvanex: imunizante da empresa Bavarian Nordic A/S é fabricado na Dinamarca e Alemanha. Vacina é destinada a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e possui prazo de até 60 meses de validade quando conservada entre -60 a -40°C.

No começo de agosto, Marcelo Queiroga afirmou que o Brasil iria receber o antiviral tecovirimat para combater o surto no país. Uma pesquisa publicada na revista científica “The Lancet Infectious Diseases” apontou que o antiviral se mostrou promissor em reduzir a duração dos sintomas e o tempo em que pacientes com a varíola dos macacos são capazes de infectar outras pessoas.

Brasil tem mais de quatro mil casos

A OMS informou na quinta-feira (25) que o número de casos vem caindo após uma tendência de alta que durou um mês. No Brasil, o número de casos confirmados até a noite de quarta-feira era de 4.144, enquanto o número de casos suspeitos era de 4.653, segundo dados do Ministério da Saúde. O país registrou um óbito relacionado à doença.

A OMS disse que as infecções nas Américas mostraram “um aumento contínuo e acentuado” na semana anterior, e a região representou cerca de 60% dos casos no último mês.

Uso de máscaras em aeroportos e aviões deixa de ser obrigatório no Brasil

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta quarta-feira (17), que o uso de máscaras não será mais obrigatório dentro de aviões e aeroportos no Brasil. As informações são do jornal Folha de São Paulo.

A medida passa a valer a partir do momento em que for publicada no Diário Oficial da União, o que deve acontecer nos próximos dias.

A não obrigatoriedade da máscara foi votada por unanimidade na tarde desta quarta. A Anvisa entendeu que o equipamento ainda é recomendável em espaços públicos como aeroportos e aeronaves, mas não mais obrigatório. Desta forma, segundo os técnicos, passa de uma medida de saúde coletiva para um “compromisso de responsabilidade individual”. 

A obrigatoriedade de máscara em aeroportos já havia sido debatida pela agência reguladora em outras reuniões deste ano, mas estava sendo mantida até então. 

Segundo membros da agência, há uma estabilização com tendência de queda no cenário epidemiológico da covid no Brasil e, após reunião com epidemiologistas e infectologistas, as projeções não apontaram que a suspensão da obrigatoriedade de máscaras impactaria no número mortes pelo coronavírus.

Os avisos sonoros serão mantidos, mas ajustados ao cenário pandêmico atual, incluindo a recomendação do uso de máscara por populações mais vulneráveis à Covid-19, como pessoas imunossuprimidas, crianças e idosos.

Em maio, entraram em vigor flexibilizações incluindo a retomada do serviço de alimentação a bordo, a permissão para retirada de máscara para alimentação e retorno do uso da capacidade máxima para transporte de passageiros nos espaços internos dos aeroportos.

Anvisa recebe pedido de registro para teste de varíola dos macacos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o segundo pedido de registro de kit para teste para monkeypox, a varíola dos macacos. O pedido é para o produto Monkeypox Virus Nucleic Acid Detection Kit e foi apresentado pela empresa Comércio e Indústria de Produtos Médico-Hospitalares e Odontológicos Ltda (CPMH).

De acordo com a agência reguladora, o pedido foi solicitado no dia 2 de agosto e já está em análise pela equipe técnica. Anteriormente, a Anvisa já havia o pedido de registro da empresa Biomédica. A solicitação foi analisada e a reguladora emitiu exigência, que é um pedido de informações e dados necessários para a conclusão da análise pela equipe técnica.

O processo do registro envolve avaliar fabricação, confiabilidade dos resultados e efetividade para o diagnóstico.

Diagnóstico

De acordo com a Anvisa, atualmente o diagnóstico da monkeypox no país é feito por meio de ensaios moleculares de PCR com metodologia desenvolvida pelo próprio laboratório de análise clínica, com base em protocolos validados. Essa forma de atuação está regulamentada e é equivalente à aplicada por diferentes países, principalmente quando ocorre epidemia por agentes etiológicos emergentes.

Situação no país

Segundo dados do Ministério da Saúde, até ontem (5), 2004 casos de varíola dos macacos foram registrados no país. A pasta acompanha outros 1.962 casos. Até o momento, uma morte foi confirmada pela doença, em Minas Gerais.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no início da semana que o Brasil receberá, por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o antiviral Tecovirimat para “reforçar o enfrentamento ao surto” de varíola dos macacos. 

 

*Agência Brasil

 

Foto: Reprodução/ Dado Ruvic – Reuters

Brasil começa fase de testes de tratamento inédito contra o câncer

Um tratamento contra o câncer inédito no Brasil, feito a partir de células geneticamente modificadas, acaba de ter seu estudo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os alvos da terapia promissora, até o momento, serão a leucemia linfocítica aguda, linfocítica crônica B e linfomas B. As informações são do portal Só Notícia Boa.

Segundo a agência, a pesquisa clínica será realizada pelo Hospital Israelita Albert Einstein com financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde). O estudo envolve as chamadas células CAR-T. O próprio glóbulo branco, uma célula de defesa, do paciente é retirado e modificado geneticamente em laboratório para atacar um tumor específico. Depois é reintroduzido no corpo da pessoa, onde se reproduz e combate o câncer.

Mais barato e eficiente

Além de ser uma terapia promissora, a pesquisa se tornou atrativa por reduzir consideravelmente os custos médicos. De acordo com a Anvisa, o tratamento pode ficar até dez vezes mais barato, se compararmos com os custos comerciais hoje.

“O ensaio clínico se encontra em fase inicial de desenvolvimento e deverá ser rigorosamente controlado para avaliação dos riscos e benefícios”, disse a equipe que comandará as pesquisas.

Primeiros testes

Nesta primeira etapa poucos pacientes vão participar do estudo. O tratamento contra o câncer, a partir das células CAR-T envolverá apenas 10 pacientes, incialmente. A previsão é terminar a etapa 1 até o meio do ano que vem.

As pesquisas ou ensaios clínicos são estudos realizados com humanos para descobrir ou confirmar efeitos clínicos e terapêuticos de algum tipo de tratamento direcionado.

Essas pesquisas também ajudam a identificar eventos adversos e analisar características e mecanismos de ação, metabolismo e excreção de produto ou medicamento, a fim de verificar a segurança, eficácia e qualidade da terapia, antes de ela ser disponibilizada para todas as pessoas.

A Anvisa já autorizou mais de 18 ensaios clínicos com produtos de terapia avançada, onde os medicamentos e produtos são desenvolvidos a partir de células e genes humanos.

Teste com nova droga aprovada pela Anvisa elimina tumor em 100% dos casos

Um medicamento já aprovado pela Anvisa surpreendeu a comunidade científica ao fazer desaparecer o câncer colorretal em 100% dos pacientes testados. As informações são do portal Terra.

O tratamento foi realizado em um pequeno grupo de 12 pacientes com o anticorpo monoclonal dostarlimab e, em todos eles, houve remissão completa da doença. Os resultados positivos se sustentaram por um ano.

“Durante o período médio de acompanhamento de 12 meses, nenhum paciente recebeu quimiorradioterapia ou foi submetido à ressecção cirúrgica”, diz trecho do estudo norte-americano, publicado no periódico New England Journal of Medicine no dia 5 de junho.

O dostarlimab é aprovado no Brasil para tratar câncer de endométrio, e não tinha sido testado contra outros tipos de tumores até então.

Pesquisa histórica

Os pacientes participantes do estudo tomaram o medicamento por meio intravenoso a cada três semanas por seis meses. Um ano depois do início do tratamento, os tumores desapareceram de exames como ressonância magnética, avaliação endoscópica, toque retal ou biópsia.

Cerca de três quartos dos participantes apresentaram efeitos colaterais leves ou moderados, como fadiga, náusea, coceira e alergias. O estudo ainda não foi concluído, e seguirá acompanhando os pacientes para verificar se os tumores não voltarão. Além disso, outras pessoas devem ser incluídas na pesquisa a partir de agora. Outros tipos de câncer também devem ser testados.

Em entrevista ao The New York Times, o oncologista Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho, afirma que a taxa de sucesso da pesquisa norte-americana não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado em toda a história de estudos contra o câncer.

Remédio contra o câncer de mama

Outros remédios contra o câncer estão chegando ao Brasil. No início do ano a Anvisa aprovou um medicamento para auxiliar no combate ao câncer de mama, um dos tipos de câncer mais letais entre as mulheres brasileiras. Trata-se da combinação entre as substâncias pertuzumabe e trastuzumabe, com dose fixa e aplicação subcutânea – injeção na camada adiposa da pele.

“Além da rapidez, as pacientes se sentiram melhor com essa forma de administração, menos agredidas e invadidas com a aplicação subcutânea do que com a aplicação na veia ou no cateter. Os motivos principais pelos quais elas preferiram o subcutâneo é menos tempo na clínica, mais conforto durante a aplicação, menos estresse emocional e menos dor na hora da injeção”, explica a oncologista Dra. Gisah Guilgen.

De acordo com a Roche, farmacêutica que fabrica o produto, o medicamento servirá para o tratamento de câncer de mama HER2 positivo, tanto inicial quanto metastático.

 

Imagem: Pixabay

Anvisa sugere uso de máscaras e isolamento para adiar chegada de varíola

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está pedindo reforço de medidas não farmacológicas, como distanciamento, uso de máscara e higienização frequente de mãos, em aeroportos e aeronaves, para retardar a entrada do vírus da varíola dos macacos no Brasil. Desde o início do mês, ao menos 120 ocorrências da doença foram confirmadas em 15 países. O Ministério da Saúde instituiu ontem uma sala de situação para monitorar o cenário da monkeypox no Brasil. 

A rara doença pode chegar nos próximos dias, segundo especialistas ouvidos pelo Estadão. No domingo foram registrados casos suspeitos na vizinha Argentina. A varíola dos macacos é, na verdade, doença original de roedores silvestres, mas isolada inicialmente em macacos. É frequente na África, mas de ocorrência muito rara em outros continentes.  

Cientistas acreditam que o desequilíbrio ambiental esteja por trás do atual surto, mas não veem razão para pânico. “Acho muito difícil que (a doença) não chegue aqui”, afirmou o presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez. “Mas se trata de uma doença considerada benigna.” Além disso, existem tratamento e vacinas.

Mas é necessário alerta, segundo a Chefe da Divisão de Moléstias Infecciosas e Parasitárias do Hospital das Clínicas da USP, Anna Sara Levin. “Essa transmissão pessoal é um pouco preocupante, temos de entender se houve uma adaptação do vírus ou contato muito intenso entre as pessoas.”

“É mais um problema que vem se somar ao nosso quadro atual”, disse Urbaez. “O ponto positivo é que a nossa vigilância está muito sensível, conseguindo detectar os problemas em tempo real.” 

 

*Agência Estado

Imagem: pixabay