Diabo Velho deu nome a extraordinária cidade goiana localizada as margens do rio Paranaíba

Anhanguera, localizada no coração de Goiás, pode ser considerada a menor cidade do estado, abrigando uma comunidade estimada em 927 habitantes, conforme dados do IBGE. Com uma área total de apenas 44km², seu nome, derivado de “anhanga” – que significa “diabo velho” – destaca-se não apenas por sua etimologia curiosa, mas também por seu tamanho incomum. Classificada como o terceiro menor município do Brasil, Anhanguera só fica atrás de Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 836 residentes, e de Borá, em São Paulo, com uma população de 877 pessoas.

A história de Anhanguera remonta às antigas sesmarias de Campo Limpo, hoje integradas ao município de Goiandira. Originalmente parte da sesmaria do Coronel Onofre Ferreira, a área era conhecida como Fazenda Santa Rosa. Posteriormente, sob a influência da expansão ferroviária a partir de 1913, as terras adquiridas por Onofre Ferreira foram fundamentais para o surgimento da atual cidade de Anhanguera, por volta de 1930.

Além de sua história peculiar, Anhanguera oferece aos visitantes uma paisagem deslumbrante, especialmente ao longo das margens do Rio Paranaíba, onde o pôr do sol é de tirar o fôlego. A cidade também está estrategicamente situada próxima à Barragem da Embocação de Furnas, formada pelo represamento das águas do Rio Paranaíba e do Ribeirão Pirapitinga. Este lago de rara beleza tornou-se uma atração turística de destaque no município, com uma área de camping muito apreciada pelos visitantes que buscam tranquilidade e contato com a natureza.

Destaca-se ainda a praça localizada junto ao lago, que se estende por 50 metros sobre as águas, oferecendo uma experiência única aos visitantes.

As imagens que ilustram a beleza singular de Anhanguera foram gentilmente cedidas pelo site oficial da Prefeitura de Anhanguera, Goiás.

Se você busca experiências autênticas e paisagens encantadoras, não deixe de incluir Anhanguera em seu roteiro de viagem. Aproveite para se conectar com a natureza e desfrutar da hospitalidade calorosa desta pequena joia goiana.

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A busca por destinos menos explorados tem ganhado espaço entre os amantes das viagens, e Goiás reserva preciosidades em suas menores cidades. Segundo os dados mais recentes do Censo IBGE 2023, nós listamos um olhar detalhado sobre as 10 menores cidades do estado, cada uma revelando sua própria identidade e charme peculiar.

De Anhanguera a Nova Aurora, desvende conosco as particularidades, belezas naturais e experiências únicas que esses destinos singulares proporcionam.

Saiba que a 3ª menor cidade do Brasil está em Goiás e tem apenas 923 habitantes.

Através dessa viagem, mergulhe nas tradições, na tranquilidade e nas riquezas culturais que fazem dessas pequenas cidades verdadeiros tesouros do interior goiano.

 

Conheça as 10 menores cidades de Goiás:

 

1. Anhanguera – 927 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Prefeitura de Anhanguera

A menor cidade de Goiás, tanto em população quanto em extensão territorial, Anhanguera é a terceira menor cidade do Brasil.

Apesar de sua dimensão reduzida, a cidade oferece um potencial promissor para o ecoturismo, com campings e lagos que guardam uma beleza intocada.

 

2. Cachoeira de Goiás – 1.384 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Prefeitura de Cachoeira de Goiás

Medalha de prata entre as menores do estado, Cachoeira de Goiás, fundada em 1892, respira tradição e acolhimento a seus 1.384 habitantes.

Conhecida por suas festas religiosas, a cidade preserva seu charme histórico.

 

3. Lagoa Santa – 1.568 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: divulgação/ Thermas Lagoa Santa

No sudoeste de Goiás, na divisa com o Mato Grosso do Sul, Lagoa Santa se destaca por suas paisagens deslumbrantes.

Apesar de pequena, a cidade recebe milhares de turistas anualmente, atraídos pela beleza que a região oferece.

 

4. Moiporá – 1.701 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Agência Cora Coralina

Reconhecida por suas trilhas na natureza e a tradicional Cavalgada de Moiporá, a cidade, a 178 km de Goiânia, atrai público de todas as idades.

Os amantes de aventura têm fácil acesso ao Parque Estadual da Serra Dourada, situado a apenas 190 km de distância.

 

5. Davinópolis – 1.798 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Drone Star

O grande destaque de Davinópolis é a ponte que conecta a rodovia Go-210, um projeto que aproxima os estados de Goiás, Minas Gerais e o Distrito Federal.

As 10 menores cidades de Goiás

Ponte sobre o Rio Paranaíba, divisa de Minas Gerais e Goiás. Foto: divulgação

A cidade se posiciona estrategicamente como um ponto de conexão entre regiões.

 

6. Água Limpa – 1.853 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: O Popular

Localizada nas proximidades de Caldas Novas e Rio Quente, Água Limpa é um convite ao turismo de aventura, com trilhas de bicicleta e banhos de rio como atrações imperdíveis.

O Parque Estadual da Mata Atlântica complementa a experiência natural próxima à cidade.

 

7. Aloândia – 1.891 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Prefeitura de Aloândia

Investindo no ecoturismo, Aloândia destaca-se pelas cachoeiras e esportes radicais.

Seu centro tranquilo e acolhedor convida os visitantes a explorarem a região, sendo a Cachoeira de Itambé o ponto alto, oferecendo a oportunidade de rapel e revigorantes banhos.

 

Cachoeira do Itambé

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Prefeitura de Aloândia

Com cerca de 60 metros de altura, a cachoeira do Itambé é ideal para a prática de rapel, pois seus pontos de ancoragem são bem firmes e o visual é de extrema beleza.

Para chegar até a cachoeira existem duas trilhas diferentes: a primeira passa por dentro de uma fazenda particular (500 metros), mas precisa de autorização para entrar. A segunda opção é a mais utilizada, o acesso é fácil, com uns 2 km de caminhada, é preciso deixar o veículo na beira da estrada e seguir a pé até a cachoeira.

A entrada é gratuita!

 

8. São João de Paraúna – 1.898 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Prefeitura de São João da Paraúna

Próxima ao Parque Estadual do Paraúna, São João de Paraúna cativa visitantes com suas paisagens deslumbrantes.

O município compartilha suas riquezas com a renomada Paraúna, tendo iniciado sua trajetória com a construção de uma igreja em homenagem a São João Batista.

 

9. Diorama – 2.071 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Wikipédia

Conhecida como um dos lugares mais pacatos de Goiás, Diorama encanta com sua beleza natural exuberante e cachoeiras deslumbrantes.

O turismo floresce em meio à serenidade que a cidade oferece, tornando-a um refúgio para os que buscam paz e contato com a natureza.

 

10. Nova Aurora – 2.103 Habitantes

As 10 menores cidades de Goiás

Foto: Prefeitura de Nova Aurora

Localizada a 260 km de Goiânia, Nova Aurora destaca-se pela segurança e tranquilidade, registrando uma ausência de crimes violentos há mais de uma década.

Além disso, a tradicional cavalgada reúne anualmente mais de 2 mil participantes, consolidando-se como um evento marcante.

 

Ao explorarmos as 10 menores cidades de Goiás, somos transportados para além dos números, descobrindo tesouros escondidos em cada localidade.

O interior de Goiás revela a riqueza do estado não apenas em suas paisagens, mas na autenticidade de suas comunidades.

Do ecoturismo à tradição, essas cidades oferecem experiências únicas, lembrando-nos de que a grandiosidade de Goiás reside não apenas em suas metrópoles, mas também nas pequenas pérolas que compõem sua essência.

Em um convite à desaceleração, as menores cidades demonstram que o verdadeiro encanto muitas vezes estão na simplicidade.

Goiânia significa “terra de muitas águas”. Entenda

Goiânia, a capital do estado de Goiás tem uma enorme representatividade para a história da região. Tida como a capital verde do Brasil, seu nome possui uma origem curiosa, sendo escolhido em um concurso por Pedro Ludovico, mesmo estando longe de ser o nome vencedor.

Alguns motivos nos levam a entender essa escolha, seja porque Pedro não queria homenagens para si mesmo na cidade, recusando o nome Petrônia, ou pela geografia extremamente privilegiada do município. De acordo com estudiosos, a palavra Goiânia se origina do Tupi-Guarani falado pelos nativos de Goiás, e significa “Terra de Muitas águas”

E a capital não recebe esse nome atoa, já que seus rios e os 80 cursos d’água foram muito importantes para o crescimento da cidade, sendo o Rio Meia Ponte um dos principais motivos para a escolha do local. Hoje mesmo afetados pela urbanização, essas águas goianas ainda integram e mantêm parte da história de Goiânia.

 

Rio Meia Ponte

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Comportando cerca de 50% da população de Goiás em sua bacia hidrográfica, do Meia Ponte recebeu esse nome por conta de uma história, onde o bandeirante Anhanguera tentou atravessar o rio usando duas toras de madeira, e uma foi perdida na correnteza, fazendo o trocadilho “Meia Ponte”

Sua nascente fica no município de Itauçu, e outra em Taquaral, e de lá, o rio é utilizado para todos os fins, servindo de apoio tanto para  população quanto para empresas que conseguem fazer o despejo de esgotos.

Em boa parte de sua extensão o Rio é cristalino, mas por ser muito antigo e constantemente utilizado pelo estado, há alguns anos sua luta contra a poluição desenfreada se mantém. Em 2004, com a inauguração da ETE, eles tinham planos para tratar 75% do esgoto da capital, que melhorou consideravelmente, mas ainda precisa de muito apoio.

 

Ribeirão João Leite

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Um afluente do Rio Meia Ponte, ele fica mais precisamente entre Goiânia e Anápolis, e também desempenha funções importantes para a pecuária e agricultura regional, mesmo sofrendo com vários problemas de degradação ambiental.

Atualmente, o principal desafio é retomar a qualidade da água na bacia, através de parcerias e estratégias das empresas que fazem uso do ribeirão.

 

Ribeirão Anicuns

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Aqui é onde os principais cursos d’água da capital desaguam, ligando os principais córregos da cidade, e comportando cerca de 70% da população só nessas sub-bacias. Devido a sua importância histórica, o ribeirão dá nome ao projeto de parques da prefeitura de Goiânia Macambira Anicuns, um dos maiores do Brasil.

 

Ribeirão Dourados

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Um dos principais afluentes do Meia Ponte no estado, ele já serve mais como fonte de lazer para a população. Acompanhando o Rio Dourados, existem vários pontos em sua extensão que são muito usados por turistas em fins de semana e feriados, para atividades que vão desde o canoísmo, por conta de suas águas fortes, ou banho e diversão.

 

Ribeirão Capivara

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Com nascente no município de Nerópolis, ele possui 9 afluentes catalogados e deságua no Rio Meia Ponte após 34,5 km de extensão. Esse ribeirão sofre há alguns anos com atividades humanas em suas margens, como construções em chácaras, desmatamentos e impermeabilização, o que prejudica bastante sua dinâmica fluvial, considerando a importância que o manancial tem para a cidade.

 

Além desses principais Ribeirões, a cidade ainda conta com cerca de 80 cursos d’água que passam por toda a região de Goiânia, tornando a capital uma das mais favorecidas nesse quesito na época de sua construção, dando jús ao nome “Terra de Muitas Águas”.

 

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Foto de Capa: JGDN

Cidade goiana é apontada pelo censo 2023 como a terceira menor do Brasil

Anhanguera, em Goiás, é a menor cidade do estado, sua população é estimada em 927 habitantes, segundo o censo do IBGE 2023. A 269 km de Goiânia, a área total do municipio é de 44km².

Seu nome anhanga + -ûer(a), significa “diabo velho”. Mas o que impressiona mesmo é seu tamanho, que além de ser o menor de Goiás, é o terceiro menor município do Brasil. Só fica atrás da cidade mineira Serra da Saudade, que tem 836 moradores, e de Borá, que fica em São Paulo e tem uma população de 877 pessoas. 

A região onde hoje se localiza o município de Anhanguera, pertenceu a Sesmaria de Campo Limpo, atual cidade de Goiandira. A região era uma pequena Extensão de terras adquiridas pelo Coronel Onofre Ferreira da Sesmaria de Campo Limpo, a gleba de terras passou a ser conhecida como Fazenda Santa Rosa . As terras da Sesmaria de Campo Limpo, adquiridas por Onofre Ferreira, viriam a ser, onde se formaria a atual cidade de Anhanguera, a partir de 1930, sob a influência da estrada de ferro na região a partir de 1913 .

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Foto: IBGE

Outra coisa que impressiona é a vista maravilhosa que Anhanguera oferece. As margens do Rio Paranaíba o pôr do sol é de arrasar!

A menor cidade de Goiás, está junto à Barragem da Emborcação de Furnas formada pelo represamento das águas do rio Paranaíba e do Ribeirão Pirapitinga.

 

De rara beleza, o lago constitui hoje a forte atração turística do município. Junto à margem existe uma área de camping muito apreciada por quem chega na pacata cidadezinha.

A praça, junto ao lago, com um vão de 50 metros avançados sobre as águas, é uma atração a parte.

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Dá uma olhadinha em algumas fotos de Anhanguera:

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Já corre para conhecer!!!

 

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Todas as imagens foram extraídas do site oficial da Prefeitura de Anhanguera, Goiás.

Menor município de Goiás é um tesouro escondido às margens do Rio Paranaíba

Anhanguera, um encantador município no interior de Goiás, na Região Centro-Oeste do Brasil, revela um segredo surpreendente. Apesar de ser o menor em termos de população e área em todo o estado, sua essência é a de um verdadeiro gigante.  A cidade fica a 290 km de Goiânia e 370 Km de Brasília.

Com apenas 927 habitantes estimados em 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Anhanguera é o terceiro menor município do Brasil, ficando atrás apenas da cidade mineira Serra da Saudade, com 836 moradores, e de Borá, em São Paulo, com uma população de 877 pessoas.

Com uma área total de 44 km², o município se destaca por sua singularidade e caráter incomparável. Apesar de ser considerado um dos menores municípios do país, Anhanguera guarda em seu nome uma história curiosa. Originado do termo “anhanga” e do sufixo “-ûer(a)”, que remete ao “diabo velho”, o nome Anhanguera revela uma aura misteriosa e enigmática.

A área atualmente ocupada pelo município de Anhanguera pertencia originalmente à Sesmaria de Campo Limpo, que é a atual cidade de Goiandira. Essa região era uma pequena extensão de terras adquiridas pelo Coronel Onofre Ferreira da Sesmaria de Campo Limpo. A gleba de terras passou a ser conhecida como Fazenda Santa Rosa. As terras da Sesmaria de Campo Limpo, adquiridas por Onofre Ferreira, viriam a se tornar o local onde a atual cidade de Anhanguera foi estabelecida a partir de 1930, influenciada pela estrada de ferro na região a partir de 1913.

Além disso,  Anhanguera encanta com uma vista deslumbrante. Às margens do Rio Paranaíba, o pôr do sol é simplesmente espetacular! A menor cidade de Goiás encontra-se ao lado da Barragem da Emborcação de Furnas, formada pelo represamento das águas do Rio Paranaíba e do Ribeirão Pirapitinga.

Esse lago de beleza extraordinária tornou-se uma forte atração turística no município. À beira do lago, há uma área de camping muito apreciada por aqueles que visitam essa tranquila cidadezinha. Destacando-se, a praça próxima ao lago possui um impressionante vão de 50 metros estendendo-se sobre as águas, sendo uma atração à parte.

Anhanguera é um tesouro escondido pronto para surpreender aqueles que o visitam. Seus encantos vão além dos números e estatísticas, oferecendo uma experiência única aos moradores e visitantes. Com uma atmosfera acolhedora e um estilo de vida tranquilo, o município prova que a grandeza não se mede apenas em tamanho, mas também em autenticidade e beleza singular.

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Coronel Hipopota foi um ícone da televisão goiana e você precisa conhecer a sua história

A televisão brasileira é guiada por personalidades que marcaram época. Mesmo que o tempo passe e ocorra a mudança de programas, personagens e apresentadores, toda essa composição deixa ao público um misto de boas lembranças.

Para os goianos, as mais doces lembranças foram marcadas pela persona de Coronel Hipopota. O personagem que ganhou espaço no hall da fama brasileiro entre os anos 50 e 70, e virou referência na televisão em Goiás.

 

Professor Maximiliano – O Coronel Hipopota

Maximiliano Carneiro, filho de Miguel e Aciba Carneiro, nasceu na cidade de Araguari, Triângulo Mineiro, em 3 de julho de 1916. De origem árabe, era considerado um verdadeiro prodígio, uma criança à frente do seu tempo.

Com apenas dois anos de idade, era pego comendo quibe cru e conversando em sua língua de origem. A vida do garoto era um verdadeiro reality show. Muitas pessoas iam até ele para apreciar sua inteligência de perto. Alguns chegavam a se assombrar com sua capacidade de somar e multiplicar.

Ao terminar o colegial, se mudou para o Rio de Janeiro, a fim de cursar Medicina. Um ano mais tarde, em 1935, mudou para São Paulo junto com a família. No entanto, Maximiliano não se via como médico e acabou desistindo do curso.Começou a cursar Ciências Exatas e Filosofia. Mas ele sabia que sua vida seria voltada à arte popular, em um trabalho que pudesse proporcionar um contato direto com o público.

Inicialmente, seu currículo foi composto por sua atuação como professor de Português e Matemática. Depois, lecionou Direito Comercial. Em São Paulo, atuou como comerciante de laticínios e cereais, sorveteiro em Jaú, e comprador de batatas em Campinas (SP).

 

Nasce o Coronel Hipopta

Alimentando seus sonhos em São Paulo, começou a correr atrás de trabalhos que pudessem envolver o cinema e o teatro. Ingressou em alguns jornais, onde participava de diversos programas e ajudava nas edições.

Em 1942, o jovem voltou a residir no Triângulo Mineiro, em Uberlândia. Como ponta direita no futebol local, ganhou o apelido de hipopótamo. Sua postura rígida lhe rendeu o acréscimo de mais um apelido: Coronel. O Coronel Hipopótamo era conhecido por seu jeito que lembrava as autoridades policiais de seu tempo.

Com a saída do radialista Moraes Cesar da Rádio Educadora, Maximiliano começou a trabalhar como comunicador. Responsável pelo programa “Nossa Fazenda”, descobriu que aquele era o caminho que ele tinha procurado durante toda a sua vida e dedicou-se ao máximo.

Casado com Maria José Rodrigues, se mudou para Goiânia em 1961, onde assumiu a direção da Rádio Anhanguera. Em meados de 1963, o programa que geria foi integrado à programação da TV Anhanguera, como pioneiro da música sertaneja. Para as apresentações, Maximiliano decidiu adotar o apelido que fazia parte de sua história em Minas.

Coronel

O programa “Coronel Hipopota” foi eternizado na história da televisão goiana. Durante 17 anos foi líder de audiências graças ao carisma de Maximiliano e do povo sertanejo. Sendo interrompido apenas duas vezes.

A primeira interrupção foi causada durante o período de ditadura militar. Maximiliano vendia linguiças produzidas por sua esposa durante o programa. O jargão “quem quer a linguiça da primeira dama?” era quase uma marca registrada. Mas a frase não era vista com bons olhos pelos militares, e o programa ficou fora do ar por duas semanas.

As apresentações de Coronel Hipopota começaram às quintas-feiras, depois aos sábados e, posteriormente, passaram a ocupar as programações de domingo.

Seu público alvo era a moça simples, empregada doméstica, e atendentes de balcão. Pessoas que se afastavam da burguesia e abraçavam a simplicidade da vida de forma alegre.

E tudo girava ao seu redor! Ele era o centro e, o público, se reunia em torno dele, em arquibancadas que trabalhavam na composição do auditório. Ao redor do professor estavam suas bailarinas, as famosas Hipopotecas. Passaram pelos palcos nomes como Dinair Gonçalves, Selma, Vera Lúcia, Aparecida, Clarice e Samanta.

Para os amantes do Coronel, sua personalidade nunca ficou chata, suas piadas não perdiam a graça. O repertório era composto por fatos tão inusitados, que criavam diversas situações embaraçosas.

A animação do apresentador fornecia ao público competições inesperadas. Em uma delas, os participantes entraram em uma aposta para ver quem seria capaz de comer duas dúzias de bananas em velocidade recorde. E o brinde foi um macaco!

Maximiliano Carneiro era assistido como a alegria do povo. Sua morte súbita aos 64 anos de idade, em 1981, deixou para trás uma multidão de goianos devastados, acompanhado até a sepultura o motivo de seu sorriso mais genuíno.

Imagens: Reprodução

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Monumento ao bandeirante: conheça a história e o significado da histórica e polêmica estátua de Goiânia

Bartolomeu Bueno da Silva – o Diabo Velho, ou Anhanguera como é popularmente conhecido, recebeu tal apelido do povo Tupi. O pseudônimo faz referência a quando o bandeirante ateou fogo em água ardente na tentativa de assustar indígenas para que revelassem onde estavam localizadas as minas de ouro.  

No ano de 1722 Bartolomeu Bueno da Silva liderou a expedição de Bandeirantes em direção ao estado de Goiás com permissão da Coroa. A caravana foi inicialmente composta por 152 homens, dentre os quais encontravam-se padres e indígenas. O percurso não foi fácil. Sem direção certa alguns bandeirantes começaram a perecer por desidratação. Outros desistiam do percurso na tentativa de voltar para São Paulo. Quando a expedição finalmente chegou ao Rio Tocantins, a caravana contava com apenas setenta homens. 

Foi só em 1725, próximo a atual cidade de Goiás, que os bandeirantes encontraram ouro. No ano seguinte (1726) Anhanguera estabeleceu-se nas terras das minas e ganhou o posto de capitão-mor da mineração recém-descoberta. Bartolomeu Bueno da Silva permaneceu como superintendente das ‘minas dos Goiases’ até 1734, quando entrou em conflito com comandantes paulistas. 

Anhanguera fora acusado de sonegação de impostos à Coroa, sendo processado e perdendo seu direito de explorador. Permaneceu então no arraial de Sant’Anna, atual cidade de Goiás, em uma tentativa de apaziguar as disputas pelo controle das minas. 

 

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O Bandeirante faleceu em Goiás no ano de 1740. Falida, sua família se mudou para o longo do rio Corumbá. Seu filho primogênito decide reclamar à Portugal as injustiças perante a história de seu pai. No ano de 1746, a família obtém a restituição das passagens dos rios Jaguari, Atibaia, Grande, das Velhas e Corumbá.

Anhanguera foi elevado ao status de herói recebendo homenagens póstumas em grandes quantidades. A principal via da capital, Avenida Anhanguera, foi assim nomeada em sua homenagem. 

 

Estátua de Bartolomeu Bueno da Silva – Goiânia

Em 9 de novembro de 1942 foi inaugurado o Monumento ao Bandeirante, uma homenagem de São Paulo. A estátua surgiu como fruto do Estado Novo da Era de Getúlio Vargas, da caminhada do progresso para o Oeste, de uma nova política hegemônica. A escultura em bronze com três metros e meio de altura busca retratar o bandeirante que deu nome à Praça do Bandeirante, como é popularmente conhecida a Praça Attilio Correia Lima. 

A histórica Praça foi palco de vários movimentos estudantis como o comício pelas Diretas Já no ano de 1984 que reuniu cerca de 300 mil pessoas. Em 1992 aconteceu o comício caras-pintadas com inúmeros jovens em luto contra a corrupção. Ao longo dos anos, o aumento no fluxo de carros na avenida Anhanguera fez com que a histórica praça fosse reduzida significativamente. 

 

Estátua com os dias contados

Durante a pandemia de 2020 espalhou-se pelo mundo uma onda de protestos em apoio ao movimento ‘Black Lives Matter’. Em Bristol, Inglaterra, a estátua do traficante de escravos Edward Colston foi arrancada da base e lançada ao rio. Em Los Angeles, nos Estados Unidos, a própria prefeitura mandou retirar o monumento de Cristóvão Colombo. 

Segundo o professor e historiador José Luciano, a estátua de Anhanguera representa “como o modelo racista e excludente de nossa sociedade triunfou”. A fama de Anhanguera, Diabo Velho, é parte da história envolta pela crueldade com que tratava os nativos em atos de racismo e massacres indígenas. 

Em 2021 tramitou na Câmara Federal Projeto de Lei PL 5296/20 que “proíbe em todo território nacional o uso de monumentos para homenagear personagens da história ligados à escravidão”.

 

Foto: Letícia Coqueiro

Conheça Adriel Vinícius o cantor goiano que faz do Eixo Anhanguera o seu palco

Com um bom tempo de estrada artística e um talento de fazer inveja, um jovem artista goiano faz dos ônibus do Eixo Anhanguera, o seu palco e nele encontra um público muito diferente do que normalmente tem em teatros ou em bares.

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Talvez você, que anda no eixão, já tenha visto Adriel Vinícius, aplaudido pelos grandes nomes da música em Goiás, como uma das boas novidades surgidas por aqui, nos últimos anos. Um rapaz magro, extremamente simpático e talentoso, tocando e cantando suas músicas em troca de uns trocados.
“O eixo, para mim, é um lugar de passagem. Às vezes encontro uma louca satisfação de ver as pessoas querendo estar lá, perdendo seus pontos e horários para ouvir mais uma música”, comenta Adriel. E completa: “é um público muito real, que fala em cada sorriso e em cada moeda depositada no chapéu, com uma sinceridade de quem sobrevive diariamente e tem pouco a perder em desagradar ou não.

 
 
 
 
 
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Nunca #imaginei que eu seria uma pessoa tão #feliz.

Uma publicação compartilhada por Adriel Vinícius (@adrielviniciusb) em 5 de Fev, 2019 às 5:39 PST

O Eixo Anhanguera corta Goiânia de Leste a Oeste e carrega cerca de 250 mil passageiros todos os dias. São 14 quilômetros de muitas histórias e pessoas que fazem da via seu principal meio de transporte.
Goiano que é goiano já andou de eixão!

Não é incomum, neste vai-e-vem de gente, encontrarmos vendedores de balinhas, de doces e até de ralinho pra pia. No eixo se encontra de tudo.
Entre tantos goianos que vão e vem todos os dias, está Adriel Vinícius. O cantor e compositor encontrou ali uma forma de mostrar seu trabalho e ganhar uns trocados.

Para quem não conhece, o artista já tem uma carreira bacana no meio artístico. Tem vários CDs ou EPs lançados nas redes sociais. E até foi vocalista de uma banda de reggae de Brasília, que conseguiu um bom sucesso nacional.
Aqui em Goiânia, o talento de Adriel começa a abrir espaços pela cidade e não é incomum ouvir críticas positivas sobre a música do compositor. Esteve, em 2018, no principal festival de MPB do Centro-Oeste do Brasil, o Goiânia Canto de Ouro. Recentemente, participou da edição de 2019, do mesmo evento, no teatro Goiânia Ouro.

Adriel no 9° Goiânia Canto de Ouro

Atualmente, está gravando mais um CD, dessa vez com produção de dois feras da música: o baterista Fred Valle e o guitarrista Front Jr (ex-produtor musical do sertanejo Gusttavo Lima).
“Toco aproximadamente há dois anos no Eixo e vi muita coisa por lá. Mas sempre me senti acolhido por quem passa e quer ficar. Sempre foi muito real o poder prático que a música tem no coração e no cotidiano das pessoas”, finaliza.

 

 

Conheça a verdadeira história por trás do monumento ao bandeirante no centro de Goiânia

Bartolomeu Bueno da Silva (pai) veio ao sertão goiano pela primeira vez em 1682, saindo de São Paulo com a sua expedição e com seu filho (Bartolomeu Bueno da Silva Filho), rumo ao curso do rio Vermelho, atravessando o atual território do Estado de Goiás. Retornando, encontrou uma aldeia indígena do povo Goiá. Diz a lenda que os bandeirantes viram as índias ricamente adornadas com ouro. Como os nativos se recusaram a falar onde encontrar o metal, o bandeirante Bartolomeu (pai) pôs fogo em uma tigela de aguardente, afirmando que se não mostrassem o local do ouro, iria atear fogo sobre todos os rios e fontes. Com medo, os índios informaram onde ficava a mina e o apelidaram de Anhanguera, que significa em tupi, “Diabo Velho”.

Se ele foi visto como “Diabo Velho” pelos índios, porque temos uma estátua sua em Goiânia?

“O monumento não foi feito para representar o Bartolomeu pai, e sim o filho”, afirma Cristina de Cassia Pereira Moraes, do Departamento de História da Universidade Federal de Goiás. É importante pensar que ele é um produto do tempo dele. E não um caçador de índios, afirma a pesquisadora.

Bartolomeu Bueno da Silva (filho) veio pela primeira vez com seu pai em 1682. Em 1720, solicitou uma licença para voltar às terras de Goiás, onde seu pai encontrou o ouro. No ano de 1722, saiu de São Paulo, junto com a sua expedição de aproximadamente 150 homens, junto a índios, para que pudessem ter êxito em sua busca.
Quando encontrou ouro, fundou o Arraial de Santana, futuramente conhecida como Vila Boa de Goiás, atualmente Cidade de Goiás.

Localizado na Avenida Anhanguera, Goiânia recebeu o monumento como presente da Universidade de São Paulo como um símbolo que representa as maiores colaborações do bandeirante para o Estado de Goiás, que foram as primeiras expedições, primeiras rotas em busca do ouro e a fundação dos primeiros Arraias.

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Descobrimos uma incrível lojinha de antiguidades escondida bem no centro de Goiânia

Por nossos passeios por Goiânia, encontramos mais uma joia da história e da cultura da capital. Na Avenida Anhanguera, no centro da capital, descobrimos uma loja de antiguidades que carrega consigo um pedaço da história da cidade e do mundo. Fundada em 16 de agosto de 1975 pelo Sr. Carlos Gomes, a loja Som Livre já tem 40 anos de tradição, se transformando em um ponto de encontro para os amantes das raridades e antiguidades aqui na capital. A primeira loja fundada ficava na Avenida Araguaia; depois, o estabelecimento mudou para a Avenida Goiás; e então, passou a ocupar a Avenida Anhanguera, onde se encontra hoje.

Loja

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O marido passou o comando da loja para Maria Alice, que assumiu o posto com o cunhado, João Batista, um grande entendedor da história da música popular brasileira e do rock. João é também apaixonado por antiguidades – seu amor é tão grande que ele já colecionou desde tampinhas de refrigerantes até selos e calendários.

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João Batista e Maria Alice, proprietária da Som Livre. Os dois preservam um pedaço da história e da cultura da cidade e do mundo.

 

Entre os achados da loja, estão:

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Vários vinis, de gêneros como o rock clássico, MPB, sertanejo e o modão de raiz. Os valores variam de R$5 até R$280 – que é o vinil mais caro à venda da casa, o “Sinfonia da Alvorada”, um concerto ao vivo realizado na inauguração de Brasília, encomendado por Juscelino Kubitschek em 21 de abril de 1960. A loja também vende mini-vinis, que vão de R$5 até R$65.

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Vinil mais caro da Som Livre: Sinfonia da Alvorada, por R$280.

 

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Fitas cassete de vários cantores sertanejos e de MPB, qualquer uma por R$2, e fitas cassete virgens a R$10 cada uma.

 

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Coleção de selos, calendários antigos, latas antigas de refrigerante e cerveja e adesivos antigos de bandas de rock.

 

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Miniaturas de carros antigos.

 

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Fitas de vídeo VHS com títulos de grandes clássicos do cinema.

 

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Máquinas fotográficas analógicas antigas e filmes para as máquinas, com opções de 24 e 36 poses.

 

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Livros antigos, revistas, e as clássicas revistinhas de cifras, ou “modinhas” cifradas sertanejas, que fizeram grande sucesso nos anos 80.

 

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Quadros e fotos antigas.

 

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Rádios antigos, aparelhos de vídeo cassete, vídeo laser, toca discos, toca fitas para carros, som 3 em 1, gravadores de rolo da década de 1970, filmadoras da década de 80, um mini gravador de fita com mini cassete tape japonês e muito mais!

A loja também faz restauração e customização de violão e de peças antigas de violão e vende até agulhas para vitrola (quem tem uma sabe como é difícil de encontrar!).

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Maria Alice também trabalha na restauração e customização de instrumentos.

A peça de maior valor de toda a loja, no entanto, não está à venda: uma matriz original de um disco da década de 70, do cantor Lindomar Castilho, ocupa com orgulho a parede da loja. O cantor é grande amigo de Maria Alice, e ela recebeu das mãos do próprio o tão valioso presente, que hoje é seu grande xodó.

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Matriz original do disco de Lindomar Castilho, da década de 70, recebido de presente do cantor por Maria Alice.

Para João Batista, a Som Livre é de grande valor não só para a família, mas para a cultura da cidade, pois mantém e resgata a história da capital e do mundo através de objetos antigos. Sem dúvida, o valor da Som Livre ultrapassa qualquer quantia que se possa cobrar por suas antiguidades. A loja é um pequeno museu de preciosidades, um oásis para os amantes de antiguidades e os que sabem reconhecer o valor do passado.

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Som Livre

Endereço: Avenida Anhaguera, N4396, Centro

Telefone: 9290-2439 (Seu João) | 8551-3528 (Dona Alice)

Projeto leva arte para passeio nos coletivos de Goiânia

Música, poesia e performances teatrais invadem os veículos do transporte coletivo do Eixo Anhanguera, em Goiânia, neste sábado, 14 de novembro, com o projeto “Literatura no Eixo”, um sarau no qual um grupo de artistas compartilha com os passageiros em viagem diversas formas de linguagem artística e distribui livros gratuitamente aos usuários.

 

Literatura no Eixo

Quando: 14 de novembro

Horário: 15h

Local: Saída a partir do Grande Hotel (Avenida Goiás, esquina com a Rua 3 – Centro)