Drones passam a entregar encomendas e revolucionam logística no Brasil

As operações com drones ganharam nova importância após a autorização de entregas comerciais no Brasil concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) em janeiro deste ano. A tecnologia, com os primeiros protótipos ainda na década de 1970, é uma tendência que se consolida a cada dia e a utilização impacta novas formas de consumo, vida das pessoas, e até a adaptação dos imóveis. De acordo com a consultoria internacional Gartner, 5 milhões de aparelhos devem ser vendidos no mundo por ano até 2025, gerando, possivelmente, um faturamento de cerca de US$ 15,2 bilhões a cada ano. O uso do drone, considerado um veículo aéreo não tripulado (VANT), pode variar entre recreação, sendo conhecido como aeromodelismo, e profissionais, existindo até cursos para pilotagem.

Com a popularidade, o drone passou a oferecer outros serviços, como o de salvamento de pessoas em rios ou mar, com o transporte de coletes, e até mesmo a entrega de alimentos, o que foi regulamentado pela ANAC neste ano. Atualmente, o iFood, um dos maiores aplicativos de entrega do País, faz testes de entrega em Campinas (SP) e Sergipe. A empresa já adiantou à imprensa que vai ampliar a tecnologia para outras regiões após a autorização pela agência, mas que o serviço vai funcionar como complemento ao trabalho dos entregadores, que deverão pegar o pedido no local do pouso e levar até o cliente. Por causa disso, o número de drones pontos, também conhecido por droneport, deve aumentar.

O engenheiro e especialista em desenvolvimento imobiliário, Cleberson Marques, aposta nas mudanças em imóveis para adotar esse novo meio de transporte. Para ele, à medida que a demanda por esses serviços cresce, serão necessários mais pontos para que o drone tenha condições de pouso. 

“Em um primeiro momento não haverá drones pontos em 100% dos locais necessários. Será preciso uma adaptação dos imóveis para isso. Valparaíso de Goiás terá o primeiro drone ponto implantado em um empreendimento imobiliário residencial de grande porte que será lançado em março e esse tipo de estrutura é uma forma de ancorar na expansão deste tipo de serviço”, explicou o especialista que atua na região.

Entorno do DF

A proximidade de Valparaíso com Brasília deve favorecer não somente os drones pontos, mas também a implantação de pequenos Centros de Distribuição. “A adoção dos drones como meios de entregas vem somar com a mudança de comportamento dos clientes, que hoje compram muito mais on-line e fazem das lojas físicas apenas pontos de experiências ou retiradas de produtos” observou o engenheiro. Para ele, o principal movimento que aumentou e alterou o sistema de logística foi o consumo da internet. 

“Diante disso, as empresas começaram a repensar os centros de distribuição pelo novo movimento de compra. Antes haviam grandes centros para atender as lojas como um todo e ficavam afastados. Dentro da logística, as entregas iam para os centros e depois para as lojas que mantinham um estoque básico. Com a ascensão da pandemia, ao invés de mandar para a loja, encaminham para o cliente final”, ressaltou Cleberson Marques.

Na cidade, um bairro planejado em implantação vai disponibilizar um drone ponto e proporcionar aos futuros moradores e trabalhadores a facilidade de receber encomendas via aérea. O local para pouso e decolagens de drones já estava no projeto antes mesmo da regulamentação da ANAC.

Para Cleberson Marques, a nova tecnologia também vai ajudar o meio ambiente, pois diminuirá a poluição. De acordo com ele, haverá redução do número de caminhões e automóveis que fazem entregas circulando pelas ruas. “Ela reduz a necessidade de veículos automotores nas ruas, o que significa menos trânsito, menos acidentes, menos poluentes no ar, visto que drones são elétricos, na pontualidade das entregas, além de apresentar redução de custo e tempo”, concluiu.

iFood será a 1ª empresa no Brasil a usar drone em delivery

O iFood anunciou parceria com a empresa Speedbird Aero para realização de delivery via drone. Nesta sexta-feira, 21, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) autorizou a Speedbird Aero a realizar entregas comerciais no Brasil com a aeronave remotamente pilotada DLV-1 NEO. É a 1ª concessão desse tipo em solo brasileiro.

A empresa poderá usar o modelo de drone para entregas com cargas de até 2,5 kg em um raio de 3 km. A permissão, segundo a Anac, é válida “inclusive em ambientes urbanos, mantendo margens de segurança estabelecidas no projeto”.

A Anac indica que será preciso respeitar algumas condições: não sobrevoar pessoas, manter distância de possíveis fontes de interferência eletromagnética, observar alturas máximas e mínimas de operação e as condições meteorológicas.

“É uma conquista única para o Brasil. Esse é um marco histórico na aviação, mas também no desenvolvimento da sociedade. É o início de uma mudança que agilizará as entregas com o uso de um modal aéreo em parte das rotas”, diz Fernando Martins, chefe de logística e inovação no iFood.

O iFood explica que os drones vão realizar apenas uma parte do trajeto: eles levam os pedidos até um droneport –área de pousos e decolagens de drones. De lá, são coletados por um entregador parceiro do iFood, que completa a entrega.

A Anac diz esperar que o ganho de experiência possa desenvolver “novas ferramentas e soluções tecnológicas” que “permitirão no futuro operações cada vez mais avançadas com menos restrições e em maior volume”.

Segundo a agência, o processo de autorização do modelo DLV-1 NEO foi desenvolvido ao longo de 8 meses de “intensos trabalhos” entre a Speedbird Aero, a AL Drones e Anac.

A agência informou ter participado de 4 ensaios com representantes da empresa: 3 em São José dos Campos/SP, para a avaliação das características técnicas da aeronave, e 1 em Aracaju/SE, para avaliação operacional.

 

*Fonte Poder 360

Imagem: Divulgação

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Anac autoriza aeródromo de Santa Helena de Goiás a receber aeronaves de pequeno e médio portes

O presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra), Pedro Sales, visita, nesta quinta-feira (21/01), às 9h30, o aeródromo de Santa Helena de Goiás, na região Sudoeste do Estado. A unidade passou por reforma e adequação e, agora, recebeu a homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o que garante definitivamente abertura ao tráfego aéreo.

As obras de adequação do aeródromo é uma parceria do Governo de Goiás, por meio da Goinfra, com a Prefeitura Municipal de Santa Helena de Goiás. O acordo firmado em 2020 garantiu os recursos necessários para a conclusão das obras.

O local recebeu adequação do terminal de passageiros, sistema de auxílios luminosos (balizamento noturno), revitalização da sinalização horizontal e vertical da pista de pouso e pátio de aeronaves, conclusão das cercas e alambrados. O espaço possui pista asfaltada com 1.400 metros de extensão, além de amplo pátio de aeronaves.

A Anac autorizou o Aeródromo de Santa Helena para a operação diurna e noturna de aeronaves de pequenos e médios portes, incluindo a possibilidade de pousos e decolagens de aviões de linhas aéreas regionais.

Foto: Divulgação/Governo de Goiás

Justiça proíbe cobrança por despacho de bagagem em voos

A Justiça de São Paulo concedeu uma liminar nesta segunda-feira, 13, que suspende a resolução da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre a cobrança extra pelo despacho de bagagens. As novas medidas entrariam em vigor na terça-feira (14).

O juiz federal José Henrique Prescendo compreendeu que “é dever da Anac regulamentar e assegurar aos consumidores de passagens aéreas um mínimo de direitos em face das companhias aéreas”. Para ele, isso não ocorre na resolução proposta que deixaria “o consumidor inteiramente ao arbítrio e ao eventual abuso econômico por parte daquelas empresas, vez que permite a elas cobrarem quanto querem pela passagem aérea e, agora, também pela bagagem despachada”.

As regras atuais do despacho de malas ficam mantidas, ou seja, os passageiros não serão cobrados por bagagens de até 23 kg em voos nacionais e por dois volumes de até 23 kg em viagens ao exterior.

 

Foto de capa: Reprodução/Época NEGÓCIOS

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Senado anula decisão sobre cobrança por bagagem

Nesta quarta-feira (14), o Senado aprovou o projeto de decreto legislativo que suspende as regras recém estipuladas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), que permite que as companhias aéreas cobrem pelo transporte de bagagens em voos nacionais e internacionais.

Durante a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que a proposta é um “gesto em defesa do consumidor”.

As novas regras

As medidas aprovadas pela Anac no dia 13 de dezembro começarim a valer a partir de março do próximo ano. Além de permitir a cobrança do despacho das bagagens, a Anac também aumenta de 5 para 10 quilos o peso máximo das bagagens de mão por passageiro.

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Empresas aéreas estão autorizadas a cobrar por bagagens despachadas

A decisão foi tomada nesta terça-feira pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). A partir de 17 de março de 2017, as empresas aéreas poderão cobrar pelo transporte de bagagens em voos nacionais e internacionais. O valor a ser cobrado pelo despacho das bagagens será estipulado pelas próprias companhias áreas.

Segundo a agência, cada empresa terá autonomia para criar as próprias regras de bagagens, inclusive, pode optar por manter as franquias atualmente em vigor.

Outras mudanças anunciadas foram o aumento do peso máximo das bagagens de mão por passageiro, que passa de 5 para 10 kg, e da gratuidade na mudança do nome impresso na passagem aérea.

Anac deve aprovar o fim do despacho grátis de bagagens em voos nacionais e internacionais

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) deve aprovar na semana que vem as novas normas do setor aéreo que têm como ponto mais polêmico o fim do transporte grátis de bagagem para todos os passageiros.

As novas regras vão permitir que as empresas passem a cobrar pelo despacho de bagagem em todos os voos nacionais e internacionais. Atualmente, cada passageiro pode levar uma mala de 23 kg nas viagens dentro do Brasil e até duas malas de 32 kg para voos para o exterior.

O passageiro terá direito ao transporte gratuito apenas da bagagem de mão, caso as novas medidas sejam mesmo aprovadas.

A proposta foi divulgada pela Anac em março. Os passageiros tiveram dois meses para apresentar propostas de alteração das normas. Depois de debates internos na Anac, a resolução deve ser votada pelo conselho da agência na próxima semana.

Revista de passageiro em aeroporto ficará mais rígida no Brasil a partir de segunda-feira (18/07)

Todos os aeroportos do Brasil vão reforçar os procedimentos de inspeção de passageiros e bagagens em voos domésticos a partir desta segunda-feira (18). A medida foi anunciada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A mudança faz com que as regras de segurança nos voos nacionais se tornem semelhantes as de um voo internacional. A Anac também ressaltou que os novos procedimentos não têm relação com os Jogos Olímpicos, que começam no dia 5 de agosto.

O objetivo da Agência é padronizar o embarque às práticas mundiais. As companhias aéreas ressaltam que a mudança vai causar lentidão e filas no setor de embarque.

1 – A retirada de notebooks e dispositivos eletrônicos das bolsas, a inspeção de malas de mão por agentes de segurança;

2 – Possibilidade de revista corporal, inclusive em crianças;

3 – Os agentes dos aeroportos poderão pedir para inspecionar a bagagem de mão dos passageiros. Quem se negar a abrir a mala ou a passar pela revista corporal será proibido de entrar na área de embarque.

4 – As mudanças não alteram a lista de itens que já são proibidos na bagagem de mão, como objetos cortantes e garrafas com mais de 100 ml de líquido.