Sonda chinesa chega no lado oculto da Lua pela primeira vez na história
Objetivo é estudar a composição dessa parte do satélite, que não pode ser vista da Terra
A sonda chinesa Chang’e-4 aterrissou no lado escuro da Lua nessa quinta-feira (2), tornando-se a primeira nave espacial a fazer pouso suave no lado inexplorado do satélite, jamais visível a partir da Terra.
Integrada por um pousador e um veículo explorador, a sonda desceu na área pré-selecionada no lado escuro da Lua às 10h26 (hora de Pequim),anunciou a Administração Nacional Aeroespacial da China.
O foguete Long March-3B, que transporta a sonda, decolou do Centro de Lançamento de Satélites de Xichang, na província de Sichuan, no último dia 8.
Foguete Long March-3B, que carrega a sonda lunar Chang’e 4, decola do Centro de Lançamento de Satélites Xichang em dezembro de 2018 — Foto: Reuters
A missão realizará tarefas de observação astronômica de rádio de baixa frequência, análise de terreno e relevo, detecção de composição mineral e estrutura da superfície lunar e medição da radiação de nêutrons e átomos neutros para estudar o meio ambiente.
#BREAKING China’s Chang’e-4 probe lands successfully on far side of the moon at 10:26 a.m. BJT Thursday, marking the first ever soft-landing in this uncharted area pic.twitter.com/rTlJ4EzOw2
— CGTN (@CGTNOfficial) 3 de janeiro de 2019
Imagem: Nasa
Mas o que é o ‘lado escuro da Lua’?
Por causa de um fenômeno chamado “rotação sincronizada” nós só conseguimos ver uma face da Lua. Isso quer dizer que o tempo de rotação da Lua é igual ao seu período orbital. Ou seja, o tempo em que a Lua gira em torno de seu próprio eixo é igual ao tempo que ela leva para girar ao redor da Terra. Então essa sincronia entre rotação e translação faz com que só possamos observar um lado da Lua.
O outro lado da Lua tem uma crosta mais grossa, com mais crateras. Também há menos “mares” – planícies basálticas escuras formadas pelo impacto de meteoritos na superfície lunar.
Via: Agência Brasil