Rabino Henry Sobel; destaque dos direitos humanos no Brasil, morre aos 75 anos

Atuante dos direitos humanos desde a ditadura militar, lutou por esclarecimentos da morte de jornalista Vladimir Herzog

Hérica Bianchi
Por Hérica Bianchi
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O rabino emérito da Congregação Israelita Paulista (CIP) Henry Sobel faleceu na manhã desta sexta-feira (22), chegando aos 75 anos e a causa da morte foi por um câncer. A família honrará o título de rabino como grande seguidor das causas nobres sepultando o rabino no Woodbridge Memorial Gardens, em Nova Jersey no domingo (24).

Ele teve grandes influências no Brasil, e ganhou destaque no caso da morte do Jornalista Vladimir Herzog, também judaico, ainda na ditadura militar no ano de 1975 quando não aceitou a versão da mídia sobre a morte do jornalista. Ele quis saber mais, e exigiu das autoridades esclarecimento da morte do amigo que em versão oficial dizia que Herzog teria se suicidado no campo de concentração onde era mantido preso pelos militares. O rabino prestou linda homenagem ao jornalista que também tinha raízes judaicas, autorizando o sepultamento de Vladimir Herzog no Cemitério Israelita do Butantã seguido por um rito especial judaico, junto à D. Paulo Evaristo Arns e ao reverendo James Wright em 23 de outubro de 1975.

Em nota divulgada pela família ele foi citado como a “voz firme em defesa dos direitos humanos no Brasil”, destacou.

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