Produtos europeus terão preços reduzidos no Brasil

Graças a acordo entre Mercosul e União Europeia produtos europeus terão seus impostos reduzidos, possibilitando menores preços de venda no Brasil. Confira que produtos são esses e qual será a redução estimada

Tainá Luíza Barreto Marques
Por Tainá Luíza Barreto Marques
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Acordo de livre comércio firmado na semana passada pela União Europeia e Mercosul, vai reduzir as tarifas de 91% dos produtos importados da UE para o Brasil. Após acordo ser aprovado pelos países envolvidos, inicia-se o prazo para redução das alíquotas, que é gradual e pode levar até 15 anos em alguns setores.

Apesar do acordo ainda ter um longo caminho a ser percorrido para a sua implementação, especialistas do mercado explicam como as reduções podem ocorrer e que produtos podem ser afetados. Confira abaixo uma lista com produtos e as mudanças que os mesmos podem sofrer:

 

Vinhos, refigerantes e licores

13991d95d11b75fdbf3d53b02091ca69.jpgFoto: Banco de Imagem Pixabay

Atualmente os vinhos provenientes de países da UE sofrem uma aplicação de impostos estabelecida pelo Mercosul de 27%. Com a implementação do acordo, essas tarifas, que são pagas pelos importadores, podem ser reduzidas à zero. Os licores e outras bebidas destiladas também estão na lista de redução, atualmente esses produtos tem taxas de importação entre 20% e 35%. Os refrigerantes também podem sofrer redução em suas tarifas, que hoje chegam à 35%. O acordo, porém, estabelece um preço mínimo para espumantes durante os 12 primeiros anos de implementação.

 

Automóveis e peças

eab0475b059056ea257e0f9f1d75e9c1.jpgFoto: Banco de Imagem

Hoje, os impostos aplicados pelo Mercosul para a importação de carros vindos de países da UE é de 35%. Com o novo acordo, essas taxas podem ser reduzidas pela metade nos próximos 7 anos, e zeradas nos próximos 15. Já as peças para os automóveis, que tem aliquotas atuais variadas entre 14% e 18%, também sofrerão reduções.

Segundo Carlos Primo Braga, ex-diretor de Política Ecônomica do Banco Mundial, as quedas de preço dos automóveis dependerá da competição de mercado. O mesmo aposta que, a partir do momento em que acordo for colocado em prática, as estratégias comerciais de empresas do segmento oriundas de países da UE vão ser diferentes das aplicadas pelas empresas americanas, por exemplo, e isso será benefico para a indústria e para o consumidor final. 

 

Vestuários, calçados e tecidos

3309e2bd4a047ffc8f5925bd00603a0f.jpgFoto: Banco de Imagem Pixabay

As taxas de importação praticadas hoje pelo Mercosul em relação à vestuário são de 35%. Setor também sofrerá quedas, havendo a possibilidade de ter suas taxas zeradas, embora não de forma abrupta e sim ao longo dos anos, dependendo de inúmeras variáveis como qualidade e economia. 

 

Chocolates e laticínios

48543b0807bea613f14e80d2171ee880.jpgFoto: Banco de Imagem Istock

Produtos da área alimentícia, como chocolates, balas e biscoitos, também terão seus preços reduzidos, atualmente esses produtos tem uma taxa de 20%. Produtos derivados do leite, como queijos e leite em pó, que hoje tem taxas de importação no valor de 28%, também fazem parte da lista de redução.

No caso dos laticínios, as taxas serão reduzidas de forma progressiva ao longo dos 10 anos seguintes à formalização do acordo.

 

Farmacêuticos e químicos

4ebe2ceb9535eb532c2f7ec51ffd32a9.jpgFoto: Banco de Imagem

Com taxas atuais de 18% para produtos químicos e de 14% para farmacêuticos, segmento ocupa a liderança da tabela de importações originárias da UE feitas pelo Mercosul. Segundo o site da União Europeia, estes produtos também poderão ficar mais baratos no futuro. 

 

Os benefícios serão implementados a longo prazo e dependerão de resultados positivos das reformas ecônomicas brasileiras. Vale lembrar que o texto atual do acordo ainda passará por revisões de todos os países envolvidos e pode sofrer alterações.

 

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Foto: Banco de Imagem Freepik