Pesquisa da UFG revela a principal queixa de quem anda de ônibus em Goiânia e Região Metropolitana

O estudo foi realizado em parceria com o Ministério Público de Goiás, o Instituto Federal de Goiás e o Procon Goiânia. Foram entrevistadas 2.420 pessoas em 21 terminais da Região Metropolitana de Goiânia

Paloma M. Carvalho
Por Paloma M. Carvalho
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A segurança, a lotação e o conforto dos ônibus coletivos foram os três itens que receberam as piores notas em uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), que avaliou a percepção dos usuários do transporte coletivo na região metropolitana de Goiânia. Durante o levantamento, realizado em parceria com o Ministério Público de Goiás (MP-GO), o Instituto Federal de Goiás (IFG) e o Procon Goiânia, 2.420 pessoas foram entrevistadas, em 21 terminais da região, nos meses de novembro e dezembro de 2016.

Os passageiros avaliaram o transporte em 25 quesitos e deram notas de 1 a 5, que correspondiam às percepções de péssimo, ruim, regular, bom e ótimo. A segurança na viagem dentro dos ônibus e a lotação foram os dois itens pior avaliados, com nota 2,23, ficando entre ruim e regular. O conforto dos veículos recebeu 2,39. De acordo com a percepção dos usuários, o transporte público na região metropolitana é regular, recebendo a nota 2,85.

Segundo o coordenador da pesquisa, o professor de Engenharia de Transportes da UFG, Willer Luciano Carvalho, um dos dados que chama atenção é o que diz respeito à segurança pública. “Além dos usuários se sentirem inseguros dentro dos ônibus, a pesquisa mostrou que a lotação dos veículos e a qualidade dos pontos de parada também estão relacionados ao problema de segurança pública”, afirma. A conservação dos pontos recebeu nota 2,61.

Avaliações positivas
Por outro lado, o uso do cartão de embarque foi o item melhor avaliado, recebendo 3,52 pontos, situando-se entre o conceito regular e bom. A distância da caminhada até ponto de ônibus e a qualidade dos aplicativos também receberam uma melhor avaliação, ambos com 3,33 pontos. Dos entrevistados, 49% afirmaram que levam menos de cinco minutos para chegar ao local de embarque.

Segundo o professor Willer Carvalho, o objetivo da pesquisa não era levantar um diagnóstico sobre a qualidade do serviço prestado, visto que para isso seria necessário um estudo mais amplo. “O foco foi identificar a percepção do usuário”, explica.

Os 25 itens avaliados foram elaborados em torno dos seguintes fatores: infraestrutura, segurança, acessibilidade, qualidade da operação do serviço, qualidade do ônibus e atendimento. Nenhum dos atributos recebeu média global igual ou superior a quatro, que corresponde ao conceito de bom. Também a média global não ficou igual ou inferior a dois, valor equivalente ao conceito de ruim.

 

Informações: Ascom UFG
Foto de capa: Reprodução/Internet

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