‘Operação Fronteira’ marca estreia de Ben Affleck na Netflix e filme divide opiniões

Novo longa original da Netflix foi inspirado na guerra do narcotráfico da América do Sul

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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Filme da Netflix sem alguma dose de polêmica não vale, né? E ‘Operação Fronteira’, que acaba de chegar no catálogo, não foge à regra.

O primeiro filme estrelado pelo astro Ben Affleck, com produção original da Netflix, chegou com toda banca de megaprodução e muito barulho. Assinantes que já assistiram estão com opiniões dividas e estão indo às redes sociais polarizar seus comentários.

O fato é que o novo longa é bom, mas não é perfeito. Só de evitar a fórmula batida dos finais felizes (que muitos esperam), já é um motivo a mais para assistir.

O problema, é suprir a expectativa do público quando se junta um elenco de peso com Ben Affleck, Oscar Isaac, Charlie Hunnam, Garrett Hedlund, Pedro Pascal e ainda Kathryn Bigelow (Diretora ganhadora do Oscar por Guerra Ao Terror – 2008) como diretora executiva.

O projeto inicial abordaria o crime organizado e terrorismo na tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. No entanto, os governos locais criticaram bastante a decisão na época. Resultado, as fronteiras abordadas fazem (alguma) referência ao Brasil, Colômbia e Peru. Até as filmagens se afastaram da ideia inicial e muitas cenas acabaram sendo gravadas até no Havaí e na Califórnia. Além disso, as questões mais sensíveis em termos políticos foram retiradas da trama.

Tirando algumas placas direcionando para o nosso país e a oportunidade de ver Ben Affleck com uma lata de Brahma, não existem outras citações. Dirigido e roteirizado por J.C. Chandor (“O Ano Mais Violento”), a obra é produzida por Kathryn Bigelow e Mark Boal, responsáveis por “A Hora Mais Escura” e “Guerra ao Terror”.

O filme revela um esquema de roubo milionário de ex-soldados da Força Armanda dos Estados Unidos na fronteira sul-americana. O lugar é conhecido como “o paraíso do crime organizado”.

O grupo de ex-militares quer assaltar o cartel mais perigoso do mundo para benefício próprio. O objetivo é levar para casa a quantia de US$ 75 milhões.

Contar mais do que isso é fazer spoiler de um filme sem unanimidade. Mas como já dizia Nelson Rodrigues, toda a unanimidade é burra. Polêmicas à parte, o filme merece ser visto até mesmo pela estreia de Ben Affleck e porque gosto é igual a nariz… cada um tem o seu.