Netflix libera novo trailer da série inspirada na Operação Lava Jato

Para "mascarar" alguns personagens reais, a produção optou por expressões como "Polícia Federativa" e "Ministério Federal Público"

Júlia Marreto
Por Júlia Marreto
2cc26aae5e10a8fe607e1c2cbf95d332

Nos últimos anos, a Netflix tem conquistado cada vez mais espaço nas produções originais, só em 2018, serão cerca de 700 filmes e séries exibidos incialmente pela plataforma de streaming. Claro que não precisamos de muito para saber quão grande é essa gama, afinal, só de entrar no menu principal da plataforma nos deparamos com uma imensa lista de produções catalogadas com o selo Original Netflix.

A primeira produção brasileira foi a série “3%”, lançada em 2016, que contava a história de um, não muito distante, futuro pós-apocalíptico, onde o Continente era uma região do Brasil, miserável, decadente e escassa de recursos. Ao completar 20 anos, todos os cidadãos recebem a chance de passar pelo Processo, uma rigorosa seleção de provas físicas e psicológicas que, se conquistadas com êxito, seriam a passagem para o Mar Alto, região onde tudo é abundante, com extensas oportunidades de vida. Porém, apenas 3% dos inscritos chegam ao destino.

Devido ao baixo orçamento da série não podemos nos ater aos efeitos especiais e produção, chamado por muitos de “Jogos Vorazes brasileiro” acabou conquistando muitos haters, bem como defensores inveterados, não apenas pela produção em si, mas por todo o contexto. Além de ter feito muito sucesso “lá fora”. A segunda temporada da série está em processo de produção e é esperada para ser lançada em abril.

O Mecanismo, é a segunda série brasileira com o selo “Original Netflix”. Assinada por José Padilha [diretor de Tropa de Elite e produtor executivo de Narcos] e Elena Soares [Xingu e Filhos do Carnaval], está sendo produzida desde 2016. Um total de 8 episódios, que foram gravados em São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba e Brasília.

A série, baseada na história da Operação Lava Jato, tem como intérprete de seu protagonista o ator Selton Mello. Para “mascarar” alguns personagens reais, a produção optou por expressões como Polícia Federativa, Ministério Federal Público, PetroBrasil, Ricardo ‘Brecht’, entre outras. Segundo a produtora Malu Miranda, isso acontece porque, diferente das produções norte-americanas, no Brasil, tratam-se de “marcas registradas”.

Segundo Daniel Rezende [responsável pelos dois últimos capítulos], o objetivo é Entender e decifrar esse processo, essa engrenagem de como as coisas funcionam. E que vai do mais alto escalão até o ser humano que falsifica carteirinha de estudante para pagar meia no show.

Ao anunciar seus planos de fazer uma série sobre episódios de corrupção no Brasil, José Padilha disse ao Wall Street Journal que iria fazer House of Cards parecer realista. 

Já Selton Mello, empolgado com o papel, contou ao Adoro Cinema queviu em Marco Ruffo uma chance de poder finalmente fazer o meu Don Draper [Mad Men], o meu Walter White [Breaking Bad], o meu Tony Soprano [Família Soprano]. Herói, anti-herói, eu não sei como se chama, porque é um personagem complexo, como são os das séries.

Confira o segundo trailer oficial da série e espere ansiosamente por seu lançamento, programado para sexta-feira, 23 de março na Netflix.