Musical ‘Gonzagão – A Lenda’ chega a Goiânia em apresentação única e gratuita

A adaptação de João Falcão é sucesso de críticas e público

Adelina Lima
Por Adelina Lima
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Há 3 anos e meio em cartaz e com diversos prêmios e críticas positivas na bagagem, o espetáculo do autor e diretor João Falcão chega a Goiânia.
Comovente, inovador e poético. Estas qualidades não explicam, mas resumem a adaptação de João Falcão da vida de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, musical intitulado “Gonzagão – A Lenda”. O público vai do riso às lágrimas com facilidade, ao som de quase 40 canções, entre as quais, “Cintura Fina”, “O Xote das Meninas”, “Qui nem Jiló”, “Baião”, “Pau-de-arara” e sua mais célebre criação, “Asa Branca”.  Para os mineiros, um momento especial, que mistura emoção e mágoa, no encontro de Gongazão e Gonzaguinha, que morou os últimos anos de sua vida em Belo Horizonte.  “Nele, não há formato importado – é musical made in Brazil”,  diz Tatyana Rubim, idealizadora do projeto Teatro em Movimento.

O musical recebeu os prêmios Shell na categoria Melhor Música 2012 e APTR na categoria melhor Produção de 2012.

 A Produção

Como em qualquer história de homem que vira mito, a vida de Luiz Gonzaga tem passagens em que as versões de seus biógrafos não batem, em que realidade e fantasia se confundem. Desde que foi convidado pela produtora Andrea Alves, da Sarau Agência de Cultura Brasileira, há dois anos, para criar um musical sobre o rei do baião, João Falcão se sentiu livre para tratar mais do mito do que do homem. O resultado é “Gonzagão – A lenda”, espetáculo que estreou em 19 de outubro de 2012 no Teatro Sesc Ginástico, no Rio.

“É a história de Luiz Gonzaga, mas não é enciclopédico, como a Wikipédia”, diz João Falcão, que evitou qualquer didatismo na construção do texto, embora tenha lido vários livros sobre esse que é um dos artistas mais importantes da música brasileira, falecido em 2 de agosto de 1989 e cujo centenário de nascimento ocorrido em 13 de dezembro de 2012.

O Elenco

 A trupe da peça é formada por oito homens, Adrén Alves, Alfredo Del Penho, Eduardo Rios, Fabio Enriquez, Marcelo Mimoso, Paulo de Melo, Renato Luciano, Ricca Barros – todos revezando-se nos vários papéis, inclusive no de Gonzaga – e apenas uma mulher, Laila Garin. Vista primeiramente como um homem – evocação de Diadorim, Luzia Homem e outras famosas personagens da literatura de sertão -, ela se infiltra naquele ambiente que era apenas masculino e vai perturbá-lo. É uma trama paralela a de Luiz Gonzaga.

O Enredo

Na história do rei do baião, o diretor se permitiu rebatizar duas mulheres importantes da vida do músico, Nazarena -o primeiro grande amor- e Odaléa -a mãe de Gonzaguinha, de quem Gonzagão assumiu a paternidade, embora fosse estéril, e deu para um casal criar- como Rosinha e Morena, respectivamente, nomes que aparecem em músicas do compositor. E ainda se permitiu criar um encontro que nunca aconteceu: Luiz Gonzaga e Lampião, dois mitos nordestinos.

 

Musical “Gonzagão – A Lenda” 
Quando: dia 25 de junho às 20h

Local: na Praça Dr. Pedro Ludovico Teixeira (Praça Cívica)

Entrada Franca
Classificação: 12 anos
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