Morre aos 91 anos o ator Jerry Lewis

A lenda da comédia

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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Jerry Lewis, lenda da comédia e um dos últimos representantes da Hollywood clássica, faleceu aos 91 anos em sua casa de Las Vegas, segundo confirmou seu representante à revista Variety. O ator e diretor morreu de causas naturais e rodeado por sua família às 9h15 (13h15 de Brasília). 

Jerry Lewis, que começou sua carreira artística como a metade de uma dupla humorística com Dean Martin em bares e rádios, se transformou nos anos sessenta em um dos rostos mais importantes da meca do cinema, conseguindo os maiores contratos exclusivos da época, graças ao sucesso nas bilheterias de sua habilidade para caretas e o slapstick (pastelão). Na Paramount, com quem assinou um contrato de 14 filmes em sete anos por 10 milhões de dólares (31 milhões de reais), se transformou no nome mais importante e conseguiu liberdade absoluta para fazer tudo o que quisesse. Estreou, à época, os filmes O Mensageiro Trapalhão (1960) e O Professor Aloprado (1963). Seus personagens excêntricos, mas adoráveis, se multiplicavam e repetiam.

Sempre dividiu o cinema com seu trabalho humanitário como o presidente da Associação contra a Distrofia Muscular, pela qual ano após ano até 2011 apresentava uma maratona solidária nos EUA. Foi justamente em um desses eventos que se reencontrou com Dean Martin, de quem se separou em 1956 em uma das brigas de ego mais lembradas de Hollywood. O membro do Rat Pack e Lewis não se falaram durante 20 anos.

Lewis nasceu em 16 de março de 1926 em New Jersey com o nome de Joseph Levitch, de origem judaica. Seus pais trabalhavam no mundo do espetáculo musical, de modo que começou a cantar em público desde os cinco anos.