Maranhão terá os professores mais bem pagos do Brasil com salários de R$ 5.300,00

A medida entra em vigor no mês de maio e faz parte de um pacote de ações na área de educação

Marcelo Albuquerque
Por Marcelo Albuquerque
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O Estado do Maranhão acaba de assumir a liderança no quesito valorização da educação. O governador Flávio Dino (PCdoB), anunciou esta semana o aumento do piso salarial dos professores. Os docentes maranhenses passam a ser os mais bem pagos do Brasil, ocupando o lugar do Distrito Federal, que assume a vice-liderança dos melhores salários do país na educação pública.

O Maranhão agora vai oferecer aos educadores com licenciatura plena e com jornada a partir de 40 horas salário de R$ 5.384,26. “São medidas que vão desde melhorias nas condições físicas dos espaços escolares e atendimento de demandas históricas da categoria, como concurso público, ampliação de jornada, unificação de matrículas e progressões na carreira”, explicou o Secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

Com impacto financeiro de 132 milhões de reais por ano na folha de pagamento do governo, a medida entra em vigor no mês de maio e faz parte de um pacote de ações na área de educação, como a recomposição salarial de 8% no salário de todos os educadores do Subgrupo do Magistério da Educação Básica, somando 22,05% de reajuste aos professores estaduais em 25 meses de gestão.

Conhecido nacionalmente por ter sua vida política comandada pela família Sarney há décadas, o Maranhão surpreendeu a todos ao quebrar esta oligarquia há três anos com a eleição de Flávio Dino para o comando do Palácio dos Leões.

Mas, mesmo com medidas como a valorização dos profissionais de educação, o trabalho é longo e a região ainda é uma das mais pobres do país, ocupando a penúltima posição entre os 26 Estados do Brasil no índice de Desenvolvimento Humano da ONU divulgado em 2014. Em pesquisa divulgada no mês de dezembro por exemplo, o IBGE constatou que 52% da população viveu em situação de pobreza em 2016. Além disso, o avanço de 2% da extrema pobreza em todo o Nordeste também impactou a vida dos maranhenses.

A expectativa do governo é que crescer 4% em 2018, com o auxílio do agronegócio. “O que tentamos colocar no lugar do patrimonialismo e hiperconcentração de riqueza que herdamos é uma economia mais forte e diversificada, que tenha políticas sociais capazes de distribuir a renda e que haja probidade e honestidade na gestão do dinheiro público”, afirmou o governador Flávio Dino à Folha de São Paulo.