Manual de sobrevivência em Goiânia, escrito por uma verdadeira goiana

Chega de esteriótipos, quem é de fora precisa conhecer Goiânia por nossos olhos

Marcella Alves
Por Marcella Alves
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Quem já viajou para fora do estado sabe: existem 1001 pré-conceitos sobre como são e como agem os goianos.

Convenhamos, alguns são reais, mas outros chegam a ser engraçados de tão absurdos.
Pensando nisso, esse texto foi feito para explicar para as pessoas de fora de Goiás como nós goianos pensamos e agimos.

Para começar, somos sim a terra do sertanejo. Algumas das maiores duplas sertanejas saíram daqui e outras que não saíram, mudaram para cá. Mas não é só isso que toca por aqui. Nós também somos o berço da música independente. Assim como o festival Villa Mix estoura as duplas sertanejas e a pecuária é um evento bastante esperado, aqui tem o Bananada, o Goiânia Noise e o Vaca Amarela que apresentam diversas bandas independentes e  que tocam do rock ao hip-hop. E acredite, festivais de música eletrônica também fazem muito sucesso por aqui.

Além disso, tem baladas para todos os gostos. Sertanejo, rock, pop, funk, bares badalados, diversos hookahs e aqueles copos sujos também.

E se você estiver em algum rolê por aqui e de repente alguém gritar “vila” seguida por várias outras pessoas, não se assuste. Isso é normal. O Vila Nova é um time daqui e gritar seu nome se tornou uma espécie de tradição, até mesmo para quem não torce pra ele.

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Aqui tem sim quem ande de botina, chapéu e fivela porque gosta e não é peão ou fazendeiro. Mas também tem quem ande porque é peão ou fazendeiro e fora do trabalho usa tênis e cabelo arrepiado.

Aquela coisa que fica nas ruas e organiza o trânsito chama “sinaleiro”. “Paia” é algo que para nós é sem graça. “Trem” resume quase tudo o que a gente quer falar, mas acabamos esquecendo o nome. “Uai” inicia ou finaliza quase todas as nossas frases. Pra gente bolacha são aquelas recheadas e biscoito é o de queijo ou o frito que a nossa avó faz quando vamos visitá-la. E “pit dog” tem em todo lugar com os melhores sanduíches pra comer depois da festa ou até antes.

Ninguém nunca vai fazer uma pamonha melhor que a nossa, pão de queijo é mineiro, mas aqui a gente também manda muito bem nessa receita e galinhada também é um prato essencial do nosso estado. Apesar disso, churrasco, comida japonesa, comida mexicana e todas as outras culinárias que não são típicas daqui também agradam bastante.
Pequi é algo extremamente goiano, mas acredite, não é uma paixão universal. Tem quem não goste.

Tem muita fazenda em torno do estado e nos interiores também, mas nem por isso nossas cidades são iguais a uma roça. Na verdade, a capital é muito bem desenvolvida, tem água quente, tem energia, tem aeroporto, muitos carros e vários ainda dizem que é um dos melhores lugares para se morar. Mas sim, você provavelmente vai ver alguém andando a cavalo no meio da rua.

Tem uma coisa que a gente não pode discordar de ninguém: as nossas mulheres realmente são maravilhosas. E além de lindas, são extremamente legais. Pode conversar com uma sem medo, você não vai se arrepender.

A gente fala “porrrrrta, porrrrteira, porrrrtão” e é chato quem fica imitando e tirando sarro. Todos os estados tem seu sotaque e é isso que faz com que cada um seja especial da sua própria maneira.

Aqui sempre faz calor. Algumas vezes é normal, algumas vezes é quase insuportável. A gente sempre reclama, mas se faz 15° já está todo mundo agasalhado e sentindo muito frio. Inclusive, são nesses dias que as botas saem do nosso armário.

Não temos praia por aqui, mas temos Caldas Novas com águas naturalmente quentes e cachoeiras maravilhosas em diversas cidades para se refrescar naqueles dias que são insuportáveis.

Goiás é diferente do que muitas pessoas pensavam? Com certeza. Se você ainda não conhece, a gente aconselha a vir visitar o estado e tirar suas próprias conclusões ao invés de só ler o nosso texto. Mas de uma coisa a gente tem certeza: você vai querer voltar!

 

Dá uma olhadinha também em como reconhecer um goiano na praia.

Imagem: Rafael Ferreira – Drone Like/Divulgação