Maionese de pequi promete ser a nova iguaria goiana

Alimento desenvolvido na Escola de Agronomia da UFG estará disponível em breve na mesa do consumidor

Adelina Lima
Por Adelina Lima
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Já não é de hoje que os frutos do cerrado têm demonstrado grande utilidade na gastronomia. O pequi é um deles que está sempre presente em receitas da culinária goiana. Desta vez criaram uma maionese com o sabor típico do fruto.

A novidade é resultado de uma pesquisa desenvolvida pela mestranda Mara Lina Rodrigues, peça Escola de Agronomia da UFG. Pensando nas alternativas para o consumo do pequi, desenvolveram uma maionese à base do azeite de pequi.

A textura é idêntica a maioneses tradicionais, mas com sabor e propriedades benéficas vinda do azeite do pequi. A equipe de pesquisadores percebeu que o óleo do pequi tem atuação antioxidante e fonte vitamínica para o corpo humano e, após vários testes, chegou a fórmula perfeita da maionese, de cor amarela intensa e sabor bem característico do fruto.

A maionese promete fazer muito sucesso entre os goianos. E quando esse alimento chegará à mesa dos goianos?

“O pequi é um fruto sazonal e por isso requer maiores cuidados na logística para que haja um abastecimento adequado no mercado. Esperamos que até o final de 2018 esteja disponível para consumo dos brasileiros”, explica a pesquisadora Mara Lina Rodrigues.

Como a maionese de azeite de pequi tem utilidade semelhante a maionese tradicional encontrada no mercado, estudiosos da Gastronomia poderão desenvolver várias combinações saborosas com esta novidade. Imaginem receitas como torta de frango desfiado com a maionese de pequi, ou croquetes com molho a base desta maionese. Hmmmmn, ideias é o que não faltam.

Mas não tente fazer esta maionese em casa, pois trata-se de um produto desenvolvido com ingredientes de uso industrial.

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Criando a maionese de pequi

A intenção foi preservar o máximo possível os ingredientes bioativos do azeite de pequi. Para isso, precisavam de um produto que não passasse por aquecimento durante o processamento. Começaram a testar produtos e, através da maionese, conseguiram obter um produto muito semelhante ao disponível no mercado porém com aroma, sabor e cor típicos do Pequi.

Os testes sensoriais que foram feitos com a maionese mostraram grande aceitação dos consumidores. O alimento não tem receita, pois trata-se de um produto desenvolvido com ingredientes de uso industrial. O desenvolvimento dessa iguaria foi reconhecido como o melhor trabalho pelo Congresso Brasileiro do processamento de Frutas Hortaliças.